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História A OUTRA FACE de Jaejoong - Coração Dilacerado


Escrita por: barbieviolet

Notas do Autor


Saindo mais um capitulo
Desculpe pela tão cansativa demora. Estava tendo muita dificuldade para postar esse cap

Capítulo 9 - Coração Dilacerado


Fanfic / Fanfiction A OUTRA FACE de Jaejoong - Coração Dilacerado

            Capitulo 9

                   Coração Dilacerado

 

 

            Extremamente aflito e muito assustado, JaeJoong caiu de joelhos gritando. Foi um grito tão forte que aterrorizou a todos da casa.

      Na cozinha, a cozinheira Kasy tirava a louça limpa da máquina. Um prato escapou de uma de suas mãos assim que ouviu o grito.

      - Misericórdia ! - sentiu um frio subindo por sua espinha.

     Megumi entrou bastante apressada e ofegante, chegando perto do filtro encheu um copo com água e bebeu rápido se engasgando.

      Kasy foi ao seu socorro dando uns tapas em suas costas.

       - O que esta fazendo, Megumi.

       A jovem criada tossiu muito vermelha e com os olhos marejados.

      - Vo-Você...ouviu aquele grito ? - e pigarreou arrumando a garganta.

       - Claro, não sou surda.

          Megumi passou a andar de um lado para o outro passando as mãos pelos braços sentindo frio. Era como se subitamente a cozinha fosse tomada por um ar gelado.

      - Mas o que será que aconteceu ?

      - Eu sei - Megumi parou olhando aflita para a mais velha - Estava um tanto perto quando ocorreu a tragédia.

      - Tragédia ? - o rosto cansado de Kasy ficou rígido - Megumi, de que tragédia esta falando ?

     - Da tragédia que houve a pouco tempo. A Taeyeon-san caiu da escada.

      - Ah, não !

      - Sim. A queda que ela sofreu foi bem feia - Megumi se aproximou mais e quase sussurrou - Eu tenho certeza que foi aquele suburbano,o filho da Jessica que empurrou a Taeyeon-san.

      - É melhor você parar, Megumi - se afastou bem aborrecida - JaeJoong é um bom menino, incapaz de fazer mau a alguém.

     - Você fala isso por que ele é cego, e por que gosta dele.

       Enfezada, Kasy pegou uma cebola que estava numa sacola em cima do balcão e se aproximou de Megumi enfiando a cebola em sua boca.

      A empregada cambaleou com o rosto ficando molhado de lágrimas e o nariz ardendo muito.

       - Morra engasgada com essa cebola !

       Com uma das mãos Megumi tirou a cebola que estava presa nos dentes e a jogou no chão, tossindo.

     - F-Ficou louca ? Quase me matou !

     - É uma pena não ter funcionado. Agora pare de falar e venha me ajudar.

     " Céus, o que será que deu na Taeyeon-san" pensou apreensiva. Estava começando a ter um mal pressentimento.

     Ao mesmo tempo, Yunho que estava num telefonema muito importante, quando ouviu o grito ficou assustado. Jogando o celular num sofá saiu rapidamente da sala e andou rapidamente pelo corredor.

    " Que foi aquele grito. Será que aconteceu alguma coisa com ele ?"

      - JaeJoong ! - berrou assim que o viu caído no chão chorando. Contudo estacou vendo Donghae se aproximando do menor e o abraçado por trás trazendo-o para seus braços.

     A raiva e o ciúme correu como ferro derretido nas veias de Yunho. Tamanha era sua fúria que sua visão ficou embaçada. Mas por que diabos ver aqueles dois juntos o incomodava tanto ? Por que sentia tanta raiva ? Por que o ciúme o perturbava tanto?  JaeJoong já não lhe tinha feito sofrer muito, então por qual motivo estava tão magoado ?

     - Yunho ! Yunho, meu filho, desce aqui depressa !

       Ficou espantado ao ouvir sua mãe o chamando aos gritos. Ignorando-os passou pelos dois e desceu a escada quase correndo.

      - Mãe, aconteceu... - perdeu a voz vendo Taeyeon no chão desmaiada - Taeyeon ! Taeyeon ! - se abaixando passou a mão trêmula no rosto dela e olhou aflito para seus pais.

      - Filho - Heechul o fitava, entristecido - A Taeyeon caiu da escada.

      Os olhos escuros de Yunho ficaram enormes, o ar sumindo de seus pulmões.

    - A Taeyeon caiu da escada ? - olhou de volta para a escada - Como isso foi acontecer ?

     - E você ainda pergunta, meu filho - BoA olhava com desprezo para Jessica - Foi o filho sujo dessa vagabunda que derrubou sua noiva da escada.

      - Cale a boca ! - Jessica ergueu uma mão dando um tapa forte na face de BoA - Não se atreva ofender meu filho.

    - Jessica-san, se acalme - Yoona a segurou pelo braço - E a senhora, mãe, veja a situação em que estamos, não piore ainda mais as coisas.

     - Chamaram uma ambulância ? - perguntou Yunho sem tirar os olhos de sua noiva.

      - Sim, Yunho, não se preocupe - respondeu seu pai

     '' Por favor Deus, que meu filho esteja bem'' Yunho rogou em  pensamento com os olhos cheios de lágrimas.

      - JaeJoong ! -com os olhos marejados Jessica subiu a escada indo ao encontro de seu filho que estava acompanhado de Donghae - Você esta bem ?

    O menor balançou a cabeça negando e afundou o rosto no peito de Donghae.

      - Jessica-san, acho melhor irmos embora - falou sério.

      - Tem razão - erguendo uma mão afagou o cabelo de seu filho.

        No mesmo momento viram um grupo de para-médicos entrando no grande aposento, um deles estava segurando uma maca.

     - Que confusão toda é essa - JaeJoong se afastou pouco de seu noivo, sua cintura cingida pelo braço dele.

     - A Taeyeon esta sendo levada pelos para-médicos.

     - Como ela esta ?

    - Continua desacordada. Ei, Jae, ela vai ficar bem - se curvou o beijando na testa - Fique tranquilo.

     - Desculpe, eu não consigo.E como quer que eu fique calmo numa situação dessa.

    - Mas é preciso – com um dedo secou as lágrimas do rosto do menor – Lembre-se que o médico advertiu que por causa da sua gravidez você não pode ficar nervoso – com uma das mãos acariciou o ventre do noivo.

    JaeJoong se esforçou a sorri.

   -     -Tem toda razão.

   -    Acho melhor irmos embora. Esse lugar esta começando a fazer me sentir mal - falou Jessica olhando para baixo vendo que BoA também a olhava.

      Logo depois estavam dentro do carro. O veículo foi se afastando cada vez mais da mansão pegando avenida.

        - E no fim nem jantamos - falou Jessica.

       - É verdade. O que acham de passarmos num restaurante, conheço um lugar que servem uma comida caseira bem deliciosa.

        Jessica olhou para seu filho. O garoto tinha a cabeça encostada no vidro fumê, chorava silenciosamente e pela sua expressão dava para notar que estava esgotado.

       - Donghae, acho melhor levar meu filho e eu para casa. JaeJoong precisa descansar.

       - Sim, claro.

      O garoto se afastou do vidro virando o rosto para o outro lado.

      - Eu não quero ir para casa.

      Jessica ficou muito séria.

      - Não quer ir para casa ? Você vai para casa sim.

      - Não vou, mãe.

      - E eu posso saber por quê ?

      - Preciso ir para aquele hospital.

       - O hospital que a Taeyeon foi levada ? - perguntou Donghae.

      - Sim.

      - Meu Deus ! Não posso acreditar no que estou ouvindo - Jessica ficou irritada - Depois de tudo que você passou essa noite, ainda pretende fazer essa loucura.

      - Mãe, eu preciso...

      - NÃO ! - Jessica berrou assustando os dois - Acha que é fácil para mim ficar vendo você sofrendo tanto - prosseguiu com voz pouco baixa, os olhos marejados.

   -  - Eu entendo, mas a senhora tem que compreender o meu lado - JaeJoong tinha a cabeça baixa, as mãos trêmulas apertavam uma a outra - eu tenho que ir até aquele hospital, preciso muito saber se aconteceu algo grave com a Taeyeon.

    Jessica deu um longo suspiro.

     -  Ahn, isso não é bom - Jessica sorriu lembrando de seu falecido marido - Bem, sei que é inútil discutir com você. Mas me prometa que vai se cuidar.

     O garoto ergueu o rosto e sorriu.

    - Eu prometo, e obrigado, mãe. Donghae, você sabe para qual hospital a Taeyeon foi levada ?

     - Sim eu sei.

    - Primeiro vocês dois me deixam em casa.

 

    Vinte minutos depois Donghae e JaeJoong tinham acabado de chegar no hospital particular. Era um prédio de quinze andares com ótimas acomodações, quase todo feito em vidro com praças arborizadas e tudo feito com materiais  e instalações de última geração.

     Os dois passaram pelo grande hall e foram para a sala de espera. Donghae olhou para o menor, ele estava com os olhos baixos e parecia bem inquieto.

    - Donghae, como vamos saber onde a Taeyeon foi levada.

    - Vou perguntar na recepção.

    -Pode ser, mas nós não pertencemos a família dela.

    - Hm, deixa isso comigo - acariciou a pequena orelha do menor os dedos deslizando para a bochecha - Por que não se senta um pouco. Você esta abatido.

    JaeJoong deu um sorriso forçado.

    - Eu estou bem. Vou esperar aqui mesmo.

   - Certo, volto logo - e se afastou indo para a recepção.

     Alguns minutos depois.

    - Tudo certo, consegui. A Taeyeon foi levada para área de clinico geral.

    - E onde fica ?

   - No quinto andar. Ela acabou de fazer uma série de enxames e foi para o quarto.

    - Tomara que ela esteja bem.

    - Esta mesmo preocupado com a Taeyeon.

     - Claro que estou - entraram no elevador. Donghae apertou o botão cinco do painel iluminado - Quero muito que ela esteja fora de perigo. O bebê que ela esta esperando é a coisa mais importante para o Yunho.

- Você é muito gentil.

  - Não posso desejar mal a um ser que ainda nem nasceu.

    Donghae crispou os lábios, estava sendo tomando por um sentimento sombrio que lhe amargou a boca.

      - Yunho não merece que você se preocupe tanto com ele - disse baixo, com timbre duro.

      - Eu sei.

      Quando chegaram no lugar, havia uma sala particular reservada somente para familiares e amigos mais chegados, enquanto os dois se aproximavam de mãos dadas não demorou alguns minutos para que fossem notados.

    - Mas o que significa isso ! - BoA tinha se aproximado tendo uma expressão de que comeu e não gostou - Donghae, eu posso saber o que você e esse vagabundo estão fazendo aqui ?

     - Vejo que a "educação" não esta incluída entre as qualidades da senhora - falou JaeJoong bem rude.

      Donghae olhou para o menor com os olhos muito arregalados. BoA também estava bem pasma.

     - Ora, ora o garoto bonzinho se revelou possuir uma língua afiada - BoA zombou.

      - Estou farto da senhora sempre ficar me ofedendo - disse com voz bem amargurada o olhar irado - Eu até hoje não entendi, por que a senhora nunca gostou de mim e sempre acha uma oportunidade para ficar me humilhando.

    - Ja-JaeJoong - Donghae estava cada vez mais espantado.

    - Ter um verme como você invadindo a vida do meu filho foi mais do que o suficiente para não gostar de você - BoA tinha expressão de menosprezo -  E além disso você é filho daquela mulher. Filho daquela vadia.

    - A senhora... - subitamente o menor perdeu a voz assim que foi fortemente abraçado por trás por seu noivo.

     - BoA para seu próprio bem, é melhor não falar mais nada. Esta aborrecendo meu lindo noivo - disse Donghae com voz macia, embora o olhar estivesse fúnebre.

     Donghae sorriu olhando o garoto. Ele tinha se acalmado.

      BoA fez um movimento coquete tirando o cabelo de cima de um dos ombros.

     - Você devia se envergonhar. Esta manchando a imagem da nossa família.

    - Me envergonhar ? - com delicadeza soltou JaeJoong se pondo ao lado do menor. Estava pronto para jogar um monte de coisas na cara de BoA, contudo com o que estava acontecendo achou melhor não dizer nada por enquanto.

     - E então não vão me dizer o motivo de aparecer aqui.

     - Nós viemos saber como a Taeyeon esta - falou JaeJoong sério.

     - Oh, é mesmo ? - os olhos escuros de BoA fincaram sem piedade no menor - Donghae até posso entender, mas você garoto, que empurrou a pobrezinha da Taeyeon para que ela sofresse...

   - Chega, BoA ! - a voz de Donghae agora estava bem alterada - Tome muito cuidado quando for abrir a boca - acrescentou com voz pouco mais baixa.

    - Morda sua língua antes de me jogar uma acusação dessa ! - falou encolerizado.

    - JaeJoong, não se incomode é só ignorar - disse Donghae deslizando os dedos pelo braço do menor.

      Naquele momento uma mulher muito bonita e bem vestida se aproximou deles.

    - BoA, minha querida aconteceu alguma coisa ? - e olhou para Doghae e o garoto.

    - Sooyoung - BoA se virou para a amiga seu rosto tinha mudado por completo - Ah querida, vejo que as coisas não foram fáceis.

     - Não foram mesmo. Mas e esses dois quem são eles ?

     - Acho que é a primeira vez que nos encontramos. Sou Lee Donghae - se apresentou estendendo a mão.

    - É sim - apertou a mão dele - Han Sooyoung. Aquele de terno cinza chumbo é o meu marido - apontou com o dedo mostrando.

       Donghae olhou na mesma direção e viu que se tratava de Han Kyung o famoso cerugião plástico. Tinha visto ele algumas vezes nas primeiras páginas dos jornais. Ergueu uma mão acenando e foi cumprimentado.

Sooyoung voltou olhar para o garoto. Quando estivera afastada pode notar que vinha de família pobre, era um garoto de aparência singela embora muito bonito. O garoto que a tempo vinha atrapalhando a vida da sua filha, o empecilho da felicidade da sua querida Taeyeon.

    Fitou-o com desprezo lembrando que um momento atrás estivera no quarto com sua filha acompanhadas do médico.

      - Doutor, por que ficou tão sério - Sooyoung estava com o coração na mão.

     - Sooyoung-san, eu sinto muito, a notícia que tenho é péssima.

      - P-Péssima ? - olhou sua filha na cama. Taeyeon estava de camisola recostada confortavelmente em três travesseiros, o rosto sem maquiagem  e com um curativo na testa - Mas o que tem de tão grave a minha filhinha ?

     - Mãe, eu perdi meu bebê.

     - Você perdeu... - a cor sumiu do semblante de Sooyoung, os olhos ficando bem amplos - O quê ! - se aproximou da cama sentando na mesma e a abraçou chorando muito triste e angustiada.

    - Minha filha, minha querida menina.

    - Mãe, chega - se soltou a empurrando - Eu estou bem.

    - Como pode estar bem. Taeyeon, você acabou de perder seu bebê.

    - Sim, aconteceu e não podemos fazer nada - disse com frieza.

      Sooyoung ficou assustada diante a tamanha indiferença da sua filha.

    - Taeyeon, por que esta falando dessa maneira ? Não sabe que um  filho é a coisa mais importante...

    - Chega mãe ! - cortou com voz e olhar muito duro - Realmente não me importo nenhum pouco.

    Estando pálida, Sooyoung se ergueu da cama dando alguns passos para trás.

    - Sempre...sempre o meu sonho era ser avó - Sooyoung chorou.

     Afastado delas, o médico Takahiro olhava atentamente uns papéis que segurava. Seus olhos então se ergueram e fitaram a bela jovem na cama e se assustou com a enorme frieza que viu naquele olhar.

    - Aff, mãe - suspirou - A senhora sabia bem que eu não queria aquele bebê. Apenas fiquei grávida para obrigar o Yunho a se casar comigo e olha que tive me esforçar bastante.

     - Sei, mas quando ele souber não vai querer mais se casar com você.

     Taeyeon riu com deboche.

     - Ah mamãe eu tenho um jeito de manter o Yunho preso a mim.

     O rosto de Sooyoung ficou bem sério.

    - Oh, é mesmo ? E o que pretende fazer?

    - Muito simples - esboçou um sorriso perverso - Vou fingir que ainda estou grávida.

     - E como pretende fazer isso ? Sua barriga vai parar de crescer e o seu noivo não é nenhum tolo.

     - Eu sei, não se preocupe com esse detalhe

  -   Você esta querendo mentir para o Yunho, isso é muito errado - falou Sooyoung bem rígida.

     Taeyeon sorriu zombeteira.

     - A senhora sabe, que se Yunho souber que eu perdi o bebê, ele vai sair correndo para ficar com aquele prostituto.

     - Sim, eu sei, mas não estou de acordo.

    - Pouco me importo. A senhora tem que ficar do meu lado. Mãe é da minha felicidade que estamos falando.

     Com os lábios cerrados, Sooyoung fitava sua filha. A cada minuto que foi passando ficava cada vez mais horrorizada.

    - Mãe, a senhora me prometeu que faria de tudo para eu ser feliz.

    - Verdade, eu prometi. Mas você quer que eu concorde com essa maluquice. Vamos enganar seu noivo, mentir para o seu pai e a família do Yunho.

    O sorriso de Taeyeon se alargou.

    - Ah, será por uma ótima causa. É por minha felicidade.

    - Com licença - o médico tinha se aproximado das duas - Me desculpe, acabei ouvindo a conversa, eu acho Taeyeon-san que você não deveria fazer isso. O seu noivo precisa saber da verdade.

    - Quem é o senhor, seu médico de quinta categoria, para se intrometer na minha vida - disse bem irritada.

    - Taeyeon, minha filha, olha o respeito.

     O médico sorriu forçado.

     - Esse médico aí que se atreva abrir a boca, eu acabo com o senhor - Taeyeon soltava raios dos olhos.

      - Perdoe-me. Como eu conheço a família Han a muito tempo, achei que deveria me intervir.

      - Pois o senhor devia é se atirar num poço. É um assunto particular - a voz de Taeyeon estava bem dura - O meu noivo não pode de maneira nenhuma saber que eu perdi o bebê. Não posso me separar dele.

     - Senhorita , eu até entendo sua situação, mas o que vai fazer é cruel.

      - Cruel vai ser se eu perder o Yunho, e você seu idiota não fique metendo os dedos onde não foi chamado - falou furiosa.

     - Minha filha - Sooyoung olhou sem jeito para o médico - Desculpe a minha filha, Takahiro-san. Eu tenho uma pergunta para fazer.

      - Pode perguntar.

     - A minha filha vai poder engravidar de novo ?

    - Não, eu sinto muito. A queda da escada foi muito grave, fiquei bem pasmo por ela não ter quebrado nenhum osso.

     Sooyoung chorava de novo, e ainda mais aflita.

      - Sooyoung-san, agradeça por sua filha estar viva.

       Sooyoung balançou a cabeça concordando e olhou para sua filha. Taeyeon era sua única e estimada filha. Estava disposta a participar daquele plano sujo.

    - Fique calma, minha filha - Sooyoung olhou para o médico. Se era pela felicidade de sua menina, estava disposta a concorda com qualquer absurdo - Não se preocupe doutor Takahiro, o que estamos tratando dentro desse quarto só ficará entre nós. Diga o seu preço.

    O médico estava nervoso demais. Ele andava de um lado para outro sem saber o que fazer.

      - Takahiro-san, o que acha de cento e cinquenta mil - Sooyoung ofereceu - É uma quantia bem gorda, não acha ?

    O mesmo engoliu em seco. Realmente era uma quantia bem favorável. Pensou em várias coisas que podia fazer com o dinheiro.

    Não, no que estava pensando.

    - Eu acho...

     - Duzentos mil ? Esse valor esta bom para o senhor ?

      Takahiro ficou zonzo.

     - A senhora jura mesmo que ninguém mais vai ficar sabendo.

     - Sim, vai ficar tudo bem, o senhor não vai perder seu emprego e muito menos terá sua profissão manchada - mãe e filha trocaram olhares malévolos.

    - Duzentos mil é um sonho - disse Taeyeon.

    - Não sei não, eu tenho muito medo. Se alguém descobrir eu posso acabar atrás das grades.

    - Pode ficar tranquilo, Takahiro-san, ninguém vai saber, apenas continue agindo normalmente para não levantar nenhuma suspeita - disse Sooyoung.

    - Esta bem...eu aceito os duzentos mil - falou tremendo.

     Taeyeon sorriu muito feliz e satisfeita.

      Tirando o talão de cheque de dentro da bolsa, Sooyoung fez um cheque no valor exato e entregou para o médico.

     - Takahiro-san, preciso que me entregue os resultados dos meus exames - pediu Taeyeon.

     - Certo, eu vou pegar. Volto logo - e saiu por outra porta.

     - Taeyeon, você não me contou como foi que caiu daquela escada.

      - Foi ele - a expressão de Taeyeon se assemelhou a uma máscara demoníaca.

     - Ele ? Mas de quem esta falando ?

     - Do ex-esposo do Yunho, aquele garoto desgraçado.

     - Esta falando daquele JaeJoong ?

     - Claro ! - berrou muito irada - Quem mais seria se não fosse aquele gato de rua.

     - Mas minha filha isso é um absurdo. Eu sei que ele é o culpado por você não ter se casado com o Yunho antes, mas derrubar você da escada é um exagero, e ele é cego.

     - E desde quando ser cego impede da pessoa fazer mal a outra.

     - E  por qual motivo, JaeJoong faria essa maldade com você ?

     - Ele sabia que eu estava grávida do Yunho e não suportou a ideia de que eu iria dar um filho para o Yunho e quis me machucar.

     - Céus ! - Sooyoung estava horrorizada - Aquele garoto é um perigo.

       Taeyeon sorriu de lado. Estava mentindo para sua mãe e no entanto não ligava a mínima para isso.

      O médico voltou com um envelope e entregou na mão de Taeyeon.

      - Os resultados dos seus exames.

      - Obrigada. Tudo que preciso fazer é destruir esses papéis e prosseguir com minha gravidez - e gargalhou.

       - Sooyoung, minha querida você esta bem ? - perguntou BoA.

- Sim, eu estou bem - respondeu sem tirar os olhos de JaeJoong.

   ''Foi ele, o ex-esposo de Yunho"

     Esse garoto é o culpado por minha filha ter perdido o bebê. É por culpa dele que não poderei ser mais avó. É por culpa dele que a Taeyeon teve que recorrer a uma solução tão vil.

    - Sooyoung-san, perdoe-me ainda não apresentei o meu noivo - Donghae falou com expressão alegre no rosto - Esse é Kim JaeJoong.

    - Eu sei quem ele é - respondeu, a voz parecendo sair do fundo da garganta. Sentia o sangue congelando nas veias.

    - A senhora sabe quem eu sou - o menor deu um sorriso tímido - Apesar de ser a primeira vez que nos encontramos.

    A culpa é dele, a culpa é dele, a culpa é dele, a culpa é dele. Esse refrão se repetia na mente bem perturbada de Sooyoung.

      - Donghae e eu viemos saber sobre sua filha. A Taeyeon esta bem ?

      - Se ela esta bem ? - o olhar estava bem sombrio - Ahn sim com certeza.

      - Que bom. E o bebê ?

      Que expressão estranha é essa nesse garoto ? Ele esta zombando do nosso sofrimento ? A quem ele esta tentando enganar? E ainda tem o atrevimento de perguntar a respeito do meu neto.

     Sooyoung curvou os lábios sorrindo com bastante frieza.

     - O bebê esta bem.

     - Sério ? Fico tão contente - JaeJoong sorriu com os olhos cheios de lágrimas.

    Não aguento mais ve-lo na minha frente. Se aproximou mais acertando um tapa na face de JaeJoong. O golpe foi tão inesperado que nem Donghae teve tempo de impedir.

     O menor tocou na face dolorida e marcada sentindo as lágrimas molhando seus dedos.

     BoA riu diante daquela cena.

     - O que a senhora fez - a voz de Donghae saiu baixa.

     - Nada demais, apenas dei o que ele estava merecendo - e voltou a colocar os olhos impiedosos no garoto - Eu jamais vou te perdoar, JaeJoong.

    - Mas o que eu fiz para a senhora me bater - os olhos pareciam bem maiores. Havia notado a senhora Han estava enraivecida.

     - Não se faça de inocente.

    Cego de fúria, Donghae se aproximou de Sooyoung e erguendo a  mão deu-lhe uma bofetada assustando os que estavam ali perto.

     BoA se afastou muito espantada, mordiscando os lábios para segurar a risada.

     - Ei, você ! - berrou Kyung, o esposo de Sooyoung. Ele tinha chegado ali socando a boca de Donghae.

     O mesmo cambaleou com a mão na boca sentindo o gosto férreo por entre os lábios.

    - Você seu infeliz, bateu na minha esposa. Vai pagar muito caro - disse com raiva.

    - Sei que agi errado, perdoe-me - Donghae olhava bem severo para Kyung - Mas você deve ter visto o que sua mulher fez - e voltou olhar irado para Sooyoung - Ela deu um tapa no meu noivo.

    - Eu vi o que minha mulher fez, e sinceramente não entendi.

     - Sorte nossa que o médico ou alguma enfermeira não apareceu aqui - disse Heechul que também tinha se aproximado - E você, Donghae deu um tapa na Sooyoung, ela é a mãe da noiva do meu filho. Você foi horrível.

    - E você saco de merdas, não se intrometa - falou Donghae furioso pegando na mão do menor - Venha Jae, vamos embora.

     -S-Saco de merdas ? - Heechul foi querer ir atrás dos dois, mas foi impedido por BoA .

    - Vai sair e fazer um escândalo com toda sua família aqui - alertou muito séria.

     Heechul a olhou e acabou concordando.

    - É você esta certa.

     E um tanto afastados dali.

     - JaeJoong eu vou ter que ir até a lanchonete do hospital comprar um café com creme. Você quer alguma coisa ?

    - Não - respondeu com voz baixinha com a cabeça inclinada.

    Com delicadeza Donghae pegou o queixo do menor com os dedos e ergueu-lhe o rosto.

    - Por favor, não chore mais, esta me deixando tão angustiado.

    - Desculpe - o garoto sorriu fazendo uma expressão artificialmente serena - Não vou chorar mais.

     Dessa vez foi Donghae que teve vontade de chorar.

     - Jae, me desculpe - num movimento brusco abraçou com força o menor.

     - Por que esta se desculpando ? - sentiu que o maior estava tremendo - Eu estou bem, já passou.

Soltou o menor e se afastou um pouco, mas o segurando pelos ombros.

   - Como pode estar bem. Aquela mulher maluca, desprezível deu um tapa em você.

    - Mas eu estou bem - tocou de novo na face ferida - Vamos fingir que não aconteceu.

     - JaeJoong, a sua mãe não é nenhuma tola, ela  vai perceber assim que colocar os olhos em você, e vai ficar furiosa.

     - Eu sei, depois inventamos alguma coisa. Agora vai comprar seu café.

     - Melhor não deixar você sozinho.

     - Deixa de bobagem, só será por alguns minutos.

      Donghae fitava o menor, sabia que JaeJoong estava se fazendo de forte. Dava para notar o quanto ele ainda estava atordoado.

     - Prometo voltar rápido - pegando-o pelo pulso o levou até um banco que tinha ali naquele corredor e o ajudou a se sentar. Inclinando-se o beijou na bochecha - Não vai querer nada mesmo ?

    - Não, estou sem um pingo de apetite.

    - Então o que acha de um suco natural de laranja ? Lembre-se que o  seu médico aconselhou que você não deve cortar nenhuma refeição.

     - Eu prefiro ir para minha casa, estou muito cansado.

     - Esta certo, como você quiser - e pegando-lhe as mãos deu beijo leve em cada uma vendo o menor corar  - Volto logo - e se endireitando saiu dali.

     Quando não pôde mais ouvir os passos de Donghae que se misturavam aos outros, o garoto encostou a cabeça na parede fria e fechou os olhos ouvindo o som das rodas de um maca sendo puxada naquele corredor e ouviu muitas vozes ao mesmo tempo, provavelmente estavam levando algum paciente para o quarto ou então para sala de cirurgia.

    Logo depois tudo ficou silencioso. No minuto seguinte foi despertado por uma voz bem familiar e indesejável.

     - Você era a última pessoa que eu esperava encontrar aqui. O que veio fazer nesse hospital ? - perguntou Yunho com aspereza.

    JaeJoong se ajeitou cruzando os dedos trêmulos no colo.

    - Eu vim com Donghae saber como estava sua noiva e o bebê.

    - Ah, é mesmo ? - se aproximou mais do menor e se inclinou sussurrando em um de seus ouvidos - Você esta fazendo a mesma expressão de sonso que fez naquela noite quando eu descobri a sua traição. A mesma expressão que me causou muito nojo.

    Yunho se afastou fitando com frieza o menor.

    A respiração de JaeJoong ficou ofegante, seu corpo ficando gelado.

    - Não quero falar daquela noite. É um assunto inapropriado devido ao lugar que estamos.

    - Você não quer falar por que pesa muito na sua consciência - disse muito duro - Se passou muito tempo, mas a sua traição me machuca tanto como se fosse ontem, não pense que vou deixar barato.

     Bastante assustado JaeJoong se levantou do banco para sair rápido dali, porém teve seu braço segurado pelo maior e foi puxado de volta.

     - Não estou em condições para falar desse assunto - as lágrimas molhavam as faces pálidas do menor - Todas as vezes que falamos daquela noite, tudo o que você faz é me maltratar. Só vim para saber se a Taeyeon estava bem.

    - Você é muito cínico - a voz de Yunho estava bem amarga - Sorte sua que a minha noiva não tenha perdido o bebê, do contrário faria você pagar bastante caro pela morte do meu filho.

    Com a mão no peito JaeJoong se sentou de novo e se encolheu. Doía, doía tanto respirar. A culpa não era sua, Taeyeon havia ameaçado machuca-lo, no entanto se contasse para Yunho, era mais certo que ele não iria acreditar. Sua voz não poderia alcança-lo.

    - Não pense que lágrimas podem apagar seu crime - prosseguiu Yunho muito frio. Naquele instante Yoona se aproximou pegando seu irmão pelo braço.

    - Venha, a Taeyeon esta esperando por você - olhou para JaeJoong vendo que ele estava muito mal, mas resolveu ignorar.

     - Estou indo agora mesmo - olhou mais uma vez para o menor e se afastou xingando em voz baixa.

     Yoona olhou mais uma vez para o garoto e com o canto do olho viu Donghae chegando e saiu.

- JaeJoong - o maior o pegou pela mão e o levantou segurando o rosto dele entre as suas mãos - Esta chorando. O que houve ?

     O garoto teve que esforçar o máxima para esboçar um frágil sorriso.

     - Me leve para casa, minha mãe nem deve ter conseguido dormir preocupada comigo.

     - Certo - passou os dedos nas bochechas secando as lágrimas - Mas você vai ter que falar o que aconteceu.

     JaeJoong fechou os olhos maneando a cabeça.

     - Só quero ir para casa.

     Logo depois estavam no carro que foi se distanciando do hospital. Donghae dirigia numa velocidade boa, nos semáforos quando a luz estava vermelha aproveitava esses pequenos intervalos para olhar o menor. Ele vinha chorando com rosto virado de perfil, e mesmo o choro sendo silencioso, dava para ver as lágrimas.

     Algo muito sério devia ter acontecido quando fora na lanchonete.

    JaeJoong fechou os olhos, ainda podia ouvir a voz de Yunho em sua cabeça.

   " Sorte sua que a minha noiva não tenha perdido o bebê, do contrário faria você pagar muito caro "

    Cerrou os lábios trêmulos sentindo o carro novamente em movimento. Tinha sido a primeira vez que sentia tanta repulsa e ódio nas palavras de Yunho. Agora não apenas o odiava por acha que o tinha traído e como também era pelo acidente da noiva.

     - O-O que esta fazendo ? - virou o rosto na direção de Donghae, não entendendo o motivo dele ter parado.

    - Vamos demorar um pouco mais e depois me entendo com sua mãe - olhava com brandura para o menor - JaeJoong não quer me contar o que aconteceu.

    O garoto ficou calado.

    - Você ainda não me contou como foi que a Taeyeon caiu da escada.

    - Não foi minha culpa - falou com voz alterada e bastante aborrecido.

   - Ei - passou a mão nos cabelos do menor descendo os dedos para a nuca - Não estou culpando você, é que desde que saímos da casa do meu irmão, venho notando que você estava sofrendo muito.

    - Esta certo, eu vou contar.

    Passando alguns minutos, conforme vinha ouvindo, a fúria e a indignação de Donghae era tão grande que causou-lhe tremores pelo corpo.

    - Taeyeon... aquela maldita mulher - o sangue fervia nas veias, seu paladar estava bem amargo - Como ela ousa, desgraçada ! Claro, não por menos que todas as vezes que me aproximo dela eu sinto cheiro de carniça.

    - A Taeyeon armou para mim e o mais pior é que o Yunho acreditou nela.

    - Não apenas ele, mas a Sooyoung-san também. Taeyeon deve ter contado a mesma história para a mãe dela, ela é muito esperta, sabe bem como armar uma arapuca e foi exatamente isso o que ela fez com você - disse bastante severo.

    - Eu sei e ela conseguiu o que mais queria, mas tudo bem - JaeJoong sorriu deixando o maior pasmo - Apesar de tudo, estou feliz por ela não ter perdido o bebê.

    Donghae sorriu, sua fúria instantaneamente sumimdo. Ligou o carro sentindo seu coração acelerado.

     - Você não existe - pigarreou arrumando a garganta - Mas você não esta com raiva da Taeyeon ?

    - É claro que estou com raiva, e com muita raiva da Taeyeon. Mas me sentiria péssimo se ela perdesse a criança.

     - Compreendo, também não ficaria em paz se ela perdesse o bebê, mas com aquela mulher é diferente, o que ela fez foi imperdoável - falou ficando irado de novo.

    - Por ora quero deixar isso de lado. A minha vida já não esta nada fácil - JaeJoong voltou a fechar os olhos.

    - Tente dormir um pouco, acordo você quando chegarmos na sua casa.

 

     - O que houve ?- perguntou Jessica bem aflita. Assim que abriu a porta Donghae entrou carregando JaeJoong nos braços.

     - Fique calma, JaeJoong esta apenas dormindo.

      Jessica respirou fundo aliviada.

     - Graças a Deus, estava começando a pensar o pior.

    - Ele esta exausto - Donghae fitava o menor com expressão bem suave - JaeJoong passou por momentos bem difícies esta noite.

     - Mas Donghae, o que aconteceu ?

     - Jessica-san, estamos todos cansados, melhor você saber tudo depois.

     - Tem razão. Vou leva-lo ao quarto do meu filho.

     Donghae sorriu olhando o garoto adormecido. De fato estava muito cansado, contudo se sentia agradavelmente bem naquele instante e a sensação de ter JaeJoong nos braços era maravilhosa.

    " O que esta acontecendo comigo ? O que é esse sentimento que esta ardendo como fogo em meu peito ?Jamais havia sentido isso antes " pensou apreensivo.

    - Donghae ?

    - Ah...sim, estou indo.

     E no quarto, Donghae colocou cuidadosamente o garoto na cama e se afastou vendo Jessica cobrindo-o com uma coberta.

    JaeJoong, o quê você...o quê você esta fazendo comigo.

    - Não vai dar um beijo de boa noite no seu noivo ? - Jessica sorriu.

    - Jessica-san ? - Donghae coçou o cabelo virando o rosto de perfil.

    - Não vai me dizer que esta com vergonha. Olha isso seria hilário - se aproximou de Donghae batendo a mão no ombro dele - Falou para o Jae sobre seus sentimentos ?

    - Do que a senhora esta falando ? Acha mesmo que estou apaixonado pelo JaeJoong ?

    - E não esta ? Não é de hoje que venho notando essa mudança em você.

   Donghae desviou o olhar voltando seus olhos para o menor que dormia, e sentiu que seu coração estava querendo saltar do peito.

    - Isso é bobagem - murmurou - Agora tenho que ir embora, cuide bem do meu querido noivo.

    - Nem precisa me pedir isso. Dirija com cuidado, vou acompanha-lo até o carro.

    - Obrigado.

 

 

    Quarenta minutos depois, na ilha Miyajima em seu palacete, Donghae foi recebido por Louis seu mordomo.

    - Louis ! - ficou espantado quando o velho empregado se aproximou - O que faz ainda acordado ?

     - E de que jeito poderia dormir - o mordomo estava com olhar bem sério - O senhor saiu para jantar na casa de seu irmão e só voltou agora.

    Donghae sorriu forçado.

    - E olha a hora - olhou no relógio de bolso que sempre carregava consigo - São quase duas da manhã.

     - Quase duas da manhã ? Uau, é bem tarde - sorriu como um jovem levado.

    - Donghae-sama ! - berrou irritado - O senhor não é mais um jovenzinho, por que não se cuida melhor ?

    - Desculpe, desculpe - se afastou para o lado saindo do hall - Eu não queria deixar você preocupado. É que tive que ir com o JaeJoong para o hospital.

    - Hospital ? Essa não - Louis ficou aflito - O senhor passou mal ?

    - Não Louis, estou muito bem. Acontece que a Taeyeon sofreu um acidente.

    - Taeyeon-san, a noiva de seu sobrinho. O que aconteceu com ela ?

    - Ela caiu da escada, você sabe na casa do Heechul.

    - Misericórdia, deve ter sido um tombo bem feio. Como ela esta ? E o bebê ?

    - A Taeyeon e o bebê estão bem, estão fora de perigo - o olhar de Donghae de repente ficou muito frio - Embora seria bem melhor se ela tivesse morrido ou quem sabe paralítica.

    Louis esbugalhou os olhos, aterrorizado.

   - D-Donghae-sama, por que esta falando assim ? É  a primeira vez que ouço o senhor desejando mal a alguém.

- Pessoas como a Taeyeon não merecem que desejamos o bem - disse com olhar muito duro - Tudo o que sabem fazer é causar mal aos outros.

   - Mas, Donghae-sama, o que foi de tão grave que a Taeyeon-san fez ?

    - Depois conversamos, Louis, agora vou dormir - se afastou indo em direção a escada, então se virou de lado - Alguma novidade ?

    - Sim, a senhorita Lorena Castle ligou perguntando do senhor.

    - Lorena Castle ? Quem é essa mulher ?

    - Não se lembra ? Aquela jovem que um dia o senhor namorou na época da faculdade.

    - Ah sei, e até noivamos, mas eu terminei com tudo a tempo por que sabia que não iria dar certo. Como ela esta ?

   - Ela disse que estava muito bem e que sentia bastante sua falta. E também pediu para avisar que algum dia iria aparecer por aqui e fazer uma surpresa para o senhor.

    O rosto de Donghae ficou rígido.

    - Não me importo dela aparecer, desde que não atrapalhe minha vida com JaeJoong.

   - Senhor, acha mesmo que a senhorita Lorena pode querer atrapalhar seus planos.

   - Que foi, Louis, já se esqueceu do que ela me aprontou da última vez. Aquela mulher me causou muita dor de cabeça - e dando as costas subiu a escada.

    - Ele parecia bem irritado - falou Chaming.

    - É sim - Louis se virou na direção da voz e quase deu um pulo de susto - Chaming-san, o que faz ainda acordado ?

   - Estou assistindo um filme e fui na cozinha pegar alguma coisa para comer e encontrei essa gostosura - mostrou um pote de 500ml de massa sabor torta alemã .

    - Acabo de me lembrar que você não tem emprego - o mordomo suspirou com semblante aborrecido.

    - Sou filho de pais muito rico, pra quê trabalhar ?

   - Chaming-san, você é lamentável. Boa noite - e saiu dali.

   - Velho maldito - sussurrou - Aproveite bem sua miserável vida, eu mesmo farei questão de acabar com ela.

    Enquanto subia os degraus da escada pensou em JaeJoong. De acordo com o que tinha acabado de ouvir da boca de Donghae, a noiva de Yunho tinha feito algo horrível com o garoto, mas o que Taeyeon deve ter feito ? E quanto a JaeJoong, será que ele estava bem ? Passar por tanta angústia estando gestante. Precisava muito vê-lo, iria mais tarde na casa dele.

     E quando era 10hs na lanchonete do hospital.

    - BoA, tenho um assunto para tratar com você - falou Sooyoung com severidade.

    BoA soprou seu café fumegante e bebeu um gole.

     - Esta falando da sua filha, Taeyeon. Ela me contou tudo.

     Sooyoung ficou nervosa.

    - E o que ela contou ?

   - Taeyeon me contou que perdeu o bebê e não pretende se separar do meu filho - com gestos finos, BoA pegou uma uma torrada passando geleia de morango - E que vai continuar fingindo que esta grávida.

     - E você isso certo. A Taeyeon chegou mentir para seu filho que não perdeu o bebê. Eu fiquei tão chocada.

    - Bobagem - BoA sorriu irônica - Sua filha fez o certo, ela ama o Yunho de verdade e teve medo de perdê-lo.

      Sooyoung estava bem atônita com a atitude de BoA .

      - Você esta de acordo ? E eu achando que ficaria brava - riu sentindo o peso grande sumindo de cima de seus ombros.

     - Eu brava, imagina. Sou a mais que quero aqueles dois juntos, e já eram para estarem casados, mas por causa de um certo desgraçado que cruzou o caminho do meu filho - torceu as mãos e afastou a xícara com resto de café.

    - Você deve estar se referindo ao menino cego que estava acompanhado do Lee Donghae.

    - Ele mesmo - o rosto de BoA endureceu, seu olhar mostrava um ódio tremendamente assustador - Só foi o Yunho conhecer aquele garoto para  minha vida se transformar num completo caos.

     - Do jeito que fala, você parece ter bastante raiva daquele menino.

     - Sim. Acreditei que separando ele de uma vez da vida do meu filho, o problema seria resolvido, mas eu estava completamente enganada.

     - Por que ? O que foi que aconteceu ?

     - JaeJoong falhou em roubar nossa fortuna, mas o verme  é muito esperto, nem sei de que forma ele conseguiu conseguiu conquistar o Donghae.

    - Conquistou ? Esta querendo dizer que Donghae se apaixonou pelo garoto ?

    - Eu não diria que o Donghae esta apaixonado, mas tenho certeza absoluta de que ele foi completamente enfeitiçado e o prostituto conseguiu o que mais queria.

     O semblante de Sooyoung estava bem rígido, o café com creme na xícara tinha gelado.

    - Deixa eu adivinhar. Se casar com Lee Donghae.

    - Isso mesmo, aquele maldito ! - bastante irada, BoA deu um grito batendo com força a mão na xícara derrubando o objeto no chão, o mesmo se espatifando.

    Todos que estavam ali, médicos, enfermeiros e os parentes e amigos dos pacientes olharam para as duas, assustados e aborrecidos ao mesmo tempo.

   - Perdão - pediu Sooyoung os olhando com sorriso constrangido e voltou olhar sério para sua amiga - BoA por favor, se controla.

    - Tsc, a situação que eu e minha família estamos é bastante grave e tudo por culpa daquele cego morto de fome - falou furiosa.

    " Tenho que pensar num plano rápido, tem que ser um plano infalível, não posso permitir que Donghae se case com aquele garoto" pensou Boa .

    - Então você deve estar sabendo que foi esse lixo que derrubou a minha filha, e por culpa dele a Taeyeon não vai poder ter mais filho - disse com frieza.

    Vendo o quanto Sooyoung estava com raiva, BoA não conseguiu resistir e gargalhou.

     - Sim, a Taeyeon também me contou essa parte - esticando um braço pegou na mão de Sooyoung a olhando com falsa piedade - Querida, eu sinto muito.

   " Que idiota, se soubesse da verdade" curvou os lábios sorrindo amavél.

    Naquele momento Yoona apareceu e foi na mesa das duas.

    - Yoona, e a minha filha, como ela esta ?

    - A Taeyeon esta bem. Estive agora pouco com o doutor Takahiro, ele me falou que Taeyeon vai ter que ficar aqui até o final do dia sob observação médica.

     - Entendo - Sooyoung sorriu - E o meu marido, faz um tempo que não vejo ele.

     - Sooyoung, não esta lembrada que ele avisou que tinham chamado ele para fazer uma certa cirurgia - disse BoA .

     - É verdade. Coitado do meu esposo - apoiou o queixo sobre uma mão e suspirou.

     Yoona e BoA trocaram olhares de zombaria.

      - Yoona e o seu pai, ele foi para casa ? - perguntou BoA.

     - Sim, ele teve que ir para casa tomar banho e ir direto para a fábrica.

      - E o seu irmão ?

     - Continua no quarto com a Taeyeon. Parece que Yunho pretende ficar ficar com ela o dia todo.

     - Isso é ótimo - falou Sooyoung ainda mais feliz.

     - Yunho não fez mais que sua obrigação de ficar com sua futura esposa - disse BoA muito áspera, deixando as duas sem graça.

      E  duas horas depois após o horário de almoço, na ilha Miyajima o mordomo segurava uma bandeja com um copo de água e alguns comprimidos e estava indo em direção ao quiosque do jardim.

      - Donghae-sama, esta na hora do seu remédio.

      Fechando o livro com força, Donghae olhou aborrecido para seu criado.

    - Me da logo essas porcaria - esticou um braço pegando o copo de água e os três comprimidos e os engoliu.

    - Donghae-sama, posso fazer uma pergunta ?

    - Quantas você quiser.

    - Vai mesmo se casar com o JaeJoong ?

    - Mas é claro que sim. Toda minha família esta sabendo, embora eles não tenham ficado contentes - e sorriu.

     Louis olhava seu patrão bastante espantado.

     - E mesmo eles ficando contra, o senhor pretende continuar com essa loucura.

    - Loucura ? - Donghae se ergueu se aproximando de Louis o olhando sério - Acha que meu casamento com JaeJoong é uma loucura ?

    O mordomo engoliu seco encarando o olhar de seu patrão.

    - Senhor com todo respeito, sim eu acho que é uma loucura. Pense bem, essa decisão que tomou nem parece de um homem sensato. Se seus pais estivem vivos, o que eles iriam achar desse casamento.

     - Eu tenho certeza que os meus pais ficariam muito felizes, e eles iriam gostar muito do meu noivo - falou com brandura.

    - Pode ser que esteja certo. Mas, Donghae-sama entenda, por acaso pensou no escândalo que esse casamento iria causar.

    - Não seja tolo, Louis - e riu.

    -  Todos seus amigos com certeza sabem do motivo pelo Yunho ter se divorciado e vai ser um tremendo escândalo quando souberem do seu casamento com esse garoto. Já até posso imaginar o senhor sendo manchete principal nas primeiras páginas dos jornais.

     - Chega, Louis ! - a expressão de Donghae ficou bem severa - Se tudo isso acontecer, pouco vou me importar. Tudo que eu quero é viver uma vida tranquila e feliz.

    - Ao lado do JaeJoong ? Vivendo tranquilo e feliz ao lado dele ? - Louis sentia o coração apertado.

    - Exatamente. É ao lado daquele garoto que poderei viver como sempre desejei - sorriu com ar meigo - Me sinto tão bem quando estou com ele, não sei como explicar.

     - Donghae-sama, o senhor parece que foi possuído.

      Donghae gargalhou.

     - Ah Louis, só você mesmo - e deu um tapa amistoso no ombro do mordomo - Deixa de tolice, você deveria estar feliz, finalmente seu patrão criou juízo e vai se casar.

    Louis suspirou longamente e sorriu.

    - O senhor esta certo, que se dane o que os outros pensem, o que mais importa é ser feliz.

     - Isso mesmo - e abraçou o empregado sendo o carinho correspondido.

    - Donghae-sama, só mais uma coisa - disse assim que se afastaram um do outro.

    - Pode falar.

    - O senhor esta apaixonado pelo JaeJoong, não é mesmo ?

     Com o semblante abismado Donghae ficou estático, subitamente as coisas ao seu redor ficaram imóveis e o som desaparecendo. Jessica também tinha lhe dito a mesma coisa.

    - Louis, o-o que e-esta dizendo - levou a mão no peito sentindo o coração batendo bastante forte.

     - Não esta, senhor ?

    Donghae virou o rosto desviando o olhar.

    - Vá Louis, esta começando a me irritar - ordenou.

   - Perdoe-me - se curvou - Com licença e saiu.

    Alguns minutos depois Chaming surgiu ali sentando de frente ao mais velho.

    - Preciso ter uma conversa muito séria com você.

    - Depois Chaming, agora estou lendo.

    - Tem que ser agora, é sobre o JaeJoong - disse alterado.

     Donghae fechou o livro olhando diretamente nos olhos do mais novo.

      - O que tem o meu noivo ? - perguntou com severidade.

     - Não posso permitir que se case com ele.

      - Eh ?! Você não pode permitir ? Bebeu demais, Chaming - e riu.

-  O quê acha que esta fazendo se casando com JaeJoong - a voz de Chaming estava alta e cheia de furor - É por pena ? Vai dar tudo o que é seu, por piedade ?

    - Não, claro que não – ficou sério.

     - Por que vai se casar com ele, então ?

     Donghae se levantou e olhou na direção do canteiro de camélias vermelhas.

     - No início quando pedi o JaeJoong em casamento, foi por ele ser o meu amigo, o melhor que já tive, mas depois...

    - Depois, o quê ?

    - Para ser sincero, eu não sei - colocou as duas mãos na cabeça - Tem uns dias venho me sentindo estranho. A minha vida parece estar confusa, meus sentimentos estão confusos.

     Chaming olhava o mais velho sentindo sua raiva ficando cada vez mais forte.

     - Você é um hipócrita ! - berrou chutando a mesinha de centro derrubando o vaso de violetas que estava em cima.

     - Mais respeito comigo, seu inútil, esta na minha casa - falou Donghae muito rude o olhando com aspereza.

     - Me desculpe - debochou - Por que não para de ficar se escondendo atrás desses motivos insignificantes e comece olhar mais para si mesmo.

    Donghae fitava o rapaz com expressão pasma.

    - Er...

    - Parece que as coisas ainda não ficaram claras para você - se aproximou mais de Donghae o fitando bastante sério.

    - Mas tudo bem, só em saber que a minha fortuna não vai ficar com aquela mulher fico muito aliviado.

    - Você não entende, não é mesmo ? - os olhos escuros de Chaming brilhavam devido a ira - Quer saber, você é muito ridículo - e dando as costas saiu dali.

    Depois dessa conversa não poderia permitir de maneira nenhuma que JaeJoong se casasse com Donghae. Faria qualquer coisa para impedir, até mesmo passar por cima de seus princípios.

   

    E quando era de noite no subúrbio na casa da família Kim, o carro de Chaming estava estacionado um pouco afastado da residência e de onde estava dava para ver quase todo movimento.

     Jessica estava na cozinha picando uma cebola para refogar o arroz e ouviu alguém em frente a casa batendo palmas.

    - Mãe, deve ser a Seohyun-san.

    - Tá meu anjo, estou indo - deixando a faca na pia limpou a mão num guardanapo e saiu. Passando pela sala foi até a porta e a destrancou abrindo a mesma, quando saiu a frente estava bem iluminada pela luz forte do poste.

    - Boa noite, Jessica-san.

    - Yoona ! - tinha ficado bem surpresa assim que a viu.

    - Desculpe por estar incomodando. JaeJoong esta ? - perguntou com voz macia.

    - Sim.

    - Eu posso entrar ?

    Jessica a encarou com expressão bem severa. Sabia que Yoona era uma boa jovem apesar da família que tinha. A moça sempre havia tratado bem seu filho menor, contudo vendo ela naquele momento teve a sensação que Yoona não era mais a mesma.

    - Jessica-san ?

    - Ah sim - forçou um sorriu - Pode entrar - se afastou entrando. Não, com certeza era um engano.

    Yoona entrou olhando em volta e mais a frente. Tudo estava exatamente igual como da última vez que tinha vindo aquela casa.Moradia bem pequena e humilde comparada a mansão luxuosa no qual vivia, mas esse era um lar de verdade. Os olhos de Yoona ficaram marejados.

    - Sente-se, fique a vontade.

    - Obrigada - sentou no sofá passando disfarçadamente o dedos pelos olhos.

    - Vou chamar meu filho.

    - Sim, por favor - sorriu seguindo Jessica com os olhos.

      Subitamente ficando nervosa, Yoona mordeu a ponta do dedo polegar. Havia chegado a hora de tirar a dúvida que a vinha matando. Estava na hora de saber a verdade.

 

 

 

 

  

Gêneros

    

    

 


Notas Finais


Muitas coisas ainda irão acontecer. Caso tiverem alguma pergunta irei responder.
Até o próximo cap
Oyasuminasai !!!!!


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