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História A Outra Hawkins - Um Rei Debilitado e Seu Castelo


Escrita por: StrangerTales

Notas do Autor


Olá mais uma vez, pessoal! Aqui vai mais um capítulo da nossa pequena aventura. Dessa vez um pouquinho mais light... Espero que curtam.
Boa leitura!

Capítulo 5 - Um Rei Debilitado e Seu Castelo


Fanfic / Fanfiction A Outra Hawkins - Um Rei Debilitado e Seu Castelo

Will abriu os olhos e, por um breve momento, sentiu-se confuso e perdido já que se encontrava num lugar diferente do que esteve nos últimos dias, porém sua mente não demorou a organizar-se, fazendo-o logo em seguida reconhecer a realidade à sua volta: Havia desmaiado no Castle Byers.

Ele então se sentou, esfregou os olhos e observou o ambiente ali na sua frente. Tanto por fora quanto por dentro, o forte era uma versão sombria do lugar no qual ele outrora viveu diversos momentos, ora solitários, ora divididos com seus melhores amigos.

Por baixo de uma fina e uniforme gosma branca, ele podia ver os seus desenhos fixados nas paredes de galhos; um pequeno colchão encostado na parede do seu lado esquerdo, no qual ele costumava recostar-se enquanto lia ou desenhava; seu pequeno leão de pelúcia logo à frente desse colchão; o caixote azul atrás dele e do edredom com algumas garrafas em cima e latas de tinta na parte de dentro para sustentá-lo em pé; a pequena mesa à sua frente, perto da entrada, sobre a qual ficavam alguns vidros cheios das mais diversas bugigangas, pequenas latas e um velho microscópio; pequenas bacias e baldes coloridos encostados na parede da direita, em cima dos quais havia alguns dos seus pertences, como uma maleta de madeira na qual ele guardava alguns papéis contendo desenhos e histórias que ele criava.

Tudo era exatamente igual e Will espantou-se ao pensar em como as coisas podiam ser tão idênticas naquele lugar e ao mesmo tempo tão diferentes, assustadoras e medonhas. Lá também era mais frio devido à falta de paredes sólidas que pudessem barrar um pouco do ar gélido da floresta, ele observou.

Logo após o reconhecimento do ambiente, ele deu-se conta das suas próprias condições. Sentia-se extremamente fraco, faminto e sedento já que havia mais de 24 horas que ele tinha comido ou bebido alguma coisa. Todo o seu corpo, e em especial sua cabeça e seu estômago, doíam, além de seus lábios e garganta estarem extremamente ressecados outra vez, como se ele tivesse engolido um punhado de areia fina. No seu rosto ainda podia sentir o sangue seco que havia escorrido do nariz, além de suas roupas cheirarem cada vez pior. Ele estava um verdadeiro trapo.

Olhou então o relógio de pulso e percebeu que o mesmo marcava 7:43 da manhã e se deu conta de que, para seu espanto, ele havia apagado desde a “tarde” anterior. “Algo muito estranho aconteceu aqui” ele pensou, porém, de qualquer forma, os acontecimentos dos últimos dias definitivamente não foram o que se pode considerar como normais, logo, mesmo questionando-se um pouco quanto a própria saúde, ele não se preocupou tanto com a coisa toda no fim das contas. Nesse momento havia coisas mais urgentes em sua mente.

Sabia que precisava ir em casa buscar a mochila com suas provisões o quanto antes, ou do contrário começaria a definhar ali, porém dessa vez ele sentia algo diferente. Apesar de ter encontrado um bom esconderijo, o mesmo ainda ficava dentro da floresta, bem no meio do território inimigo, logo ele não sentia mais a pouca segurança que a casa lhe proporcionava. Estava com medo de sair e a qualquer momento dar de cara com o Demogorgon já que ele sabia que na situação em que se encontrava, dificilmente conseguiria fugir. Era arriscar-se demais.

O garoto então permaneceu encolhido no edredom pelas horas seguintes, vez por outra se levantando apenas para retirar um pouco da gosma seca ali presente e remexer nos seus pertences, porém agora sem o doce alívio proporcionado pelo sono, a cada minuto que se passava as dores que ele sentia pioravam, chegando ao ponto de sua cabeça começar a latejar. Foi então que, sem outra alternativa, ele desistiu. Respirou fundo para espantar o medo e arriscou-se saindo em meio à floresta escura mais uma vez.

A princípio ele caminhou vagarosamente como um felino caçando sua presa, observando tenso e com o coração a mil o mínimo movimento que acontecia no ambiente enquanto rumava para a versão soturna da casa dos Byers. Lentamente então foi controlando melhor a respiração para que pudesse relaxar um pouco e seguir seu caminho mais tranquilamente. Ficar nervoso demais no seu estado só pioraria as coisas, ele pensou.

Depois de algum tempo o garoto já pode ver as árvores tornando-se mais espaçadas e, poucos passos depois, avistou a parte dos fundos da casa. Apressou-se a alcançar a porta, segurou a maçaneta e, nesse momento, fez todo o silêncio que pode por um instante para que pudesse escutar qualquer possível barulho vindo de dentro de casa, mas tudo estava quieto como num túmulo.

Ele então girou a maçaneta, adentrou a residência pelos fundos e logo percebeu que algo estava errado. Apesar de não haver nada nem ninguém ali, muitos objetos estavam fora do lugar e alguns inclusive haviam se espatifado pelo chão. “O Demogorgon passou por aqui e resolveu deixar sua marca... Quem sabe seja uma espécie de aviso” ele pensou, sentindo o velho peso gelado formar-se dentro das suas entranhas.

Sem muita demora, ele rumou pelo corredor em direção à sala. Tudo o que queria agora era pegar a sua mochila e dar fora dali o quanto antes. Qualquer ínfima segurança que a casa outrora pudesse transmitir havia extinguido-se como num passe de mágica já que o Demogorgon parecia saber muito bem da sua anterior localização.

Ao chegar ao cômodo em questão, constatou logo de cara que a mobília estava toda revirada e alguns móveis até mesmo destruídos, visão esta que fez seus pelos arrepiarem-se na mesma hora. Para completar o quadro medonho, o vidro de uma das janelas estava estilhaçado no chão. O nervoso, no entanto, só começou mesmo a tomar conta quando ele não avistou sua mochila em lugar algum.

Olhou por todos os lados, em baixo dos móveis, dentro do compartimento na parede, atrás do sofá... Nada. Não havia mochila alguma ali. O garoto então passou a hora seguinte revistando os outros cômodos minuciosamente, sem êxito. Seus pertences haviam sumido provavelmente levados, sabe-se lá por qual razão, pela criatura.

Will sentiu o desespero ascender-se dentro dele. Precisava da mochila com seus pertences mais do que nunca e se não a encontrasse ou achasse algo para comer e beber, estaria em sérios apuros em breve. Ele então parou e, ainda que com certa dificuldade para raciocinar devido à fraqueza cada vez maior, pensou no que faria a seguir.

Concluiu que, se não conseguia encontrar a mochila dentro de casa, certamente do lado de fora seria ainda mais difícil. Quanto a isso ele só poderia contar com a sorte de esbarrar nela, como aconteceu da primeira vez. Logo ele começou a pensar em outras estratégias e estabeleceu que deveria ir em busca de água num primeiro momento, afinal a sede pode acabar muito mais rápido com uma pessoa do que a fome.

Saiu da casa, não sem antes virar-se e dar uma última olhada na grande construção coberta pelos tentáculos de gosma, tomou o caminho da direita e partiu em direção ao pequeno lago da pedreira. Os deuses pareciam ter se compadecido da sua situação e tornaram as coisas mais favoráveis para ele naquele dia, já que em momento algum o Demogorgon deu sinal de vida dentre as árvores até então.

A caminhada já durava por longos minutos quando ele avistou a vasta e árida região onde se localizava o lago. Sem nem pensar muito, ele correu até a beirada e começou a pegar pequenas porções de água com as mãos, bebendo tudo afoitamente.

Sentia o líquido invadindo dolorosamente o espaço vazio que havia em suas entranhas ao mesmo tempo em que o prazer da saciedade ia tomando conta de cada célula do seu corpo. No final, ele sentou-se perto de uma pilha de pedras, quase tonto devido à mudança interna tão repentina e também ao gosto levemente nojento que a água possuía.

Permaneceu assim descansando por alguns minutos, sentindo pouco a pouco seu raciocínio e corpo voltarem às condições normais. Com os órgãos trabalhando melhor agora, ele não demorou muito a sentir a bexiga o incomodar, forçando-o a fazer suas necessidades numa pilha de pedras próximas.

O próximo passo agora era encontrar algum alimento. Ele ainda sentia-se muito fraco para tentar outra excursão até a Rua Maple, então decidiu explorar uma das casas das redondezas mesmo. Raciocinou um pouco e deu-se conta de que a residência mais próxima era a dos Harrington, a família do Steve. “O otário com quem a irmã do Mike andava saindo” ele lembrou. Precisaria apenas cortar caminho por dentro da Floresta das Trevas e dali chegaria em poucos minutos ao endereço.

Will então conferiu o seu relógio e viu que o mesmo indicava que já eram quase 2:00 da tarde. Caminhou até a beirada do lago novamente, lavou o rosto para tirar o resto de sujeira e até mesmo sangue que havia secado perto das suas narinas e partiu.

Os momentos de caminhada em meio às árvores fantasmagóricas sempre o deixavam tenso e amedrontado, mas era o que precisava ser feito se ele não quisesse morrer de fome. O terror próprio do lugar dessa vez, porém, não durou muito já que aproximadamente quinze minutos depois ele já conseguia avistar a lateral da propriedade dos Harrington.

Era uma casa enorme e retangular, com paredes de madeira cobertas pelos enormes tentáculos de gosma negra, que mais pareceria um grande galpão abandonado se não fossem as várias janelas de vidro nos dois andares que formavam a residência, muitas delas agora estilhaçadas, permitindo que os tentáculos adentrassem o ambiente por ali. De onde estava, Will conseguia ver a área da piscina da propriedade, agora vazia e aparentemente também tomada pela gosma, na lateral oposta da casa.

Sem demora, ele correu até as grandes portas vermelhas da frente, conseguindo abri-las sem muito esforço, já que a madeira ao redor da fechadura parecia ter se estragado e adentrou o ambiente escuro, dando de cara com uma sala tomada pelos tentáculos, iluminada apenas pela fraca luz azulada que entrava pelas janelas da parede oposta. A escada para o andar superior também ficava logo ali, mas Will não estava muito interessado em vistoriar os quartos que certamente havia no andar de cima.

Imediatamente ele rumou para os cômodos à esquerda, à procura da cozinha. Passou por uma sala de jantar completamente abandonada e sinistra, na qual os tentáculos gosmentos recobriam mesa, cadeiras e os quadros na parede, além de enroscarem-se em todos os abajures e no lustre do teto. Assim que avistou o cômodo que procurava, correu até lá e começou a revistar minuciosamente todos os armários e compartimentos possíveis.

Os minutos se passavam e tudo que ele conseguia encontrar eram gosma e alimentos estragados em todos os cantos. Já estava quase convencido de que sua viagem tinha sido uma perda de tempo quando finalmente encontrou uma pequena porção de frutas desidratadas que pareciam ter sido embaladas a vácuo, as quais ele tomou em suas mãos e, sentando-se no chão de costas para um dos armários, devorou-as uma por uma como se fossem um verdadeiro manjar dos deuses.

Na realidade elas estavam bem longe disso, possuindo uma textura seca além de um gosto levemente estranho de coisa velha ainda comestível, mas a fome dele era tamanha que, naquele momento, elas pareciam ter o sabor mais maravilhoso possível.

Numa outra ocasião ele teria parado por aí e partido em busca de seu esconderijo, mas dessa vez ele ainda sentia-se faminto devido ao longo período de tempo em que ficou sem alimentar-se, o que o fez, numa última esperança, mudar de ideia quanto aos quartos no andar superior e ir revistá-los também.

Voltou à sala e subiu as escadas, entrando no primeiro quarto que encontrou. O cômodo tomado pela velha gosma possuía uma parede azulejada, na qual se via, através da ínfima luz que entrava pela janela da parede da esquerda, um padrão de listras verdes em xadrez e alguns móveis de madeira compondo a mobília. A cama ficava logo à frente, recostada na parede oposta.

O primeiro passo de Will foi dar uma olhada nas gavetas da cômoda e da escrivaninha à sua esquerda, porém tudo o que encontrou foram diversas peças de roupa masculinas e alguns cadernos, respectivamente. De pronto então ele correu até o criado-mudo ao lado da cama. Ao abrir a gaveta, deu de cara com uma carteira, uma revista Playboy e alguns pacotes de camisinha.

Na mesma hora o garoto sentiu a vergonha manifestar-se num calor que subiu pelo seu pescoço e irradiou até as bochechas, deixando-as coradas enquanto ele fechava a gaveta lentamente. “Deve ser o quarto do Steve”, ele pensou meio desconcertado. Olhou pelos cantos e até em baixo da cama, mas nada havia ali para ele, o que o fez rumar para o quarto seguinte.

A revista continuou em todos os cômodos do andar de cima, sem obter êxito algum. No fim das contas, o garoto tinha somente desperdiçado uma boa parte do seu tempo ali. Ele então desceu as escadas, sentando no penúltimo degrau para descansar um pouco antes de retomar o caminho para o seu pequeno forte.

Poderia até usar aquela casa como novo esconderijo, ele pensou, mas concluiu que não era uma ideia tão boa assim, já que a casa além de também localizar-se em meio à floresta, ainda contava com a desvantagem da quantidade de janelas existentes ali, muitas delas com vidros já quebrados, tornando o acesso ao seu interior rápido e fácil como tirar doce da mão de uma criança.

Fôlego recuperado e considerações feitas, ele olhou o relógio e viu que o mesmo já marcava 3:45 da tarde. Era a hora de dar o fora dali. Assim que saiu pela porta da frente, no entanto, o garoto percebeu que a casa contava com alguns quartos conjugados do lado onde ficava a piscina, provavelmente para hóspedes ou empregados e então decidiu fazer uma rápida revista neles também antes de partir.

Ele, portanto, deu a volta na casa, dando de cara com a piscina vazia e, num momento de pura curiosidade, resolveu dar uma olhada dentro dela. O que ele viu, porém, fez seu coração e mãos gelarem enquanto ele sufocava, nauseado, um grito de pavor: Ali no fundo da piscina, além dos gigantes tentáculos de gosma negra, havia uma enorme poça de sangue seco, da qual podia-se ver um rastro sendo traçado do fundo até a beirada do grande buraco, terminando adentrando a floresta do outro lado.

Agora que ele realmente não ficaria naquele lugar por mais um minuto sequer. Sem nem mesmo revistar os quartos ali, o garoto deu meia volta e partiu a passos rápidos para o Castle Byers. A visão da poça de sangue bem na sua frente o fez tomar uma consciência ainda maior do perigo no qual ele estava imerso, fazendo o seu caminho de volta para o pequeno forte ser um tormento no qual seu coração saltava desesperadamente dentro do peito ao menor barulho vindo da floresta.

Como se o garoto já não estivesse apavorado o suficiente, depois de um certo tempo de caminhada, quando ele já estava relativamente perto do pequeno forte, de súbito, um grito agudo ecoou pela floresta, fazendo Will ficar de cabelos em pé enquanto seu coração quase saltava para fora da boca.

Ele olhou em todas as direções à procura de uma possível fonte para tal, mas tudo continuava escuro e estático. O som simplesmente tinha surgido como um eco ali no ambiente. Depois de fitar toda a área por algum tempo sem encontrar nada fora do comum, o garoto decidiu que não ficaria ali dando chance ao azar no meio da floresta e seguiu seu caminho, chegando ao Castle Byers minutos depois.

O lugar continuava exatamente como ele tinha deixado, o que lhe proporcionou algum alívio. Ele então se sentou no edredom, recostando-se no pequeno colchão que havia na parede enquanto respirava fundo para acalmar os nervos. Ainda sentia fome, mas por hora o pacotinho de frutas desidratadas parecia ser tudo o que ele iria conseguir. Tentaria a sorte em algum outro lugar depois de dormir um pouco mais tarde.

Decidiu então tentar ocupar-se durante as horas seguintes. Aquele forte era o seu Castle Byers, logo não deveria ser tão difícil encontrar algo com que pudesse distrair-se ali. Remexendo na sua maleta de madeira, ele logo achou um pequeno lápis e uma borracha velha, pegou algumas folhas de papel e pôs-se a desenhar, criando cenas das mais diversas aventuras vividas por ele e seus amigos durante as campanhas de D&D. Os mais terríveis monstros e inimigos viam-se subjugados pelo mago e seus inseparáveis companheiros nos traços que iam sendo formados pelas mãos ágeis do garoto.

As horas correram enquanto ele permaneceu assim, distraindo-se da realidade à sua volta. Estava totalmente concentrado, dedicando-se a fazer os contornos de uma enorme nave espacial quando outro grito agudo ecoou no ambiente, deixando-o completamente assustado novamente. Desta vez, porém, não era apenas um eco, mas um grito vindo das redondezas em alto e bom som, o que fez Will imaginar de pronto que o Demogorgon tinha feito mais uma vítima.

A voz desesperada então soou mais uma vez vinda da floresta e nessa hora o garoto observou que não era um simples grito de pavor, mas um chamado. Ao longe uma garota gritava pelo nome de alguém. Will então se concentrou e, da terceira vez que o grito surgiu, ele entendeu por quem a garota clamava:

– Jonathan! Jonathan eu estou bem aqui!

Will sentiu algo como uma onda de energia passar pelo seu corpo, colocando-o em um completo estado de alerta, fazendo sua audição aguçar-se para tentar localizar de onde vinha o som ao mesmo tempo em que ele sentia-se um pouco apavorado. O chamado pelo seu irmão o fez imaginar que Jonathan poderia estar por perto e, de repente, ele não sabia se ficava feliz ou preocupado com isso.

– Nancy! Nancy! – A voz de Jonathan soou como um eco distante e foi nesse momento que Will teve uma ideia do que estava acontecendo: Seu irmão e Nancy, a irmã do Mike, estavam por perto, provavelmente do outro lado, e pelo menos um deles havia sido arrastado para aquele inferno.

O som distante da voz do irmão fez o garoto se mexer quase que instintivamente. No minuto seguinte, ele já estava embrenhando-se novamente na floresta, andando a passos rápidos e ágeis, à procura dos dois.

– Jonathan! Onde está você? Jonathan! – Nancy parecia gritar desesperada.

– Nancy! – A voz de Jonathan ecoava mais uma vez no ambiente.

– Jonathan! Jonathan eu estou... Estou bem aqui!

Will prosseguia em sua procura, vistoriando toda a área ao seu redor com olhos preocupados enquanto seu coração batia doloridamente acelerado dentro do peito. Ele sentia agora um misto de euforia e ansiedade pela possibilidade de reencontrar seu irmão com um medo intenso de que o pior acontecesse com o mesmo e com a Nancy, ou até mesmo com ele próprio.

Pensou em chamar por eles, mas, diferentemente dos dois adolescentes apavorados nas redondezas, sabia que isso seria o mesmo que chamar o próprio Demogorgon para um encontrinho nada amistoso em meio às árvores. Portanto prosseguiu em silêncio, apenas tentando identificar de onde vinha o som para ir de encontro a eles antes que a criatura o fizesse.

– Jonathan!

– Eu estou aqui, Nancy! Apenas siga a minha voz!

– Jonathan!

– Siga minha voz, Nancy, estou bem aqui! Nancy!

O garoto continuava procurando e tudo que via eram apenas árvores e mais árvores medonhas.

– Nancy, siga a minha voz!

– Jonathan!

– Nancy!!!

Will começava a ficar cada vez mais e mais ansioso. Talvez as emoções estivessem impedindo-o de orientar-se corretamente, mas o fato é que ele percorreu uma boa área da floresta ao redor sem obter a mínima pista de onde Jonathan e Nancy poderiam estar. Os gritos também haviam cessado, o que só contribuía para ele ficar ainda mais nervoso imaginando que o pior pudesse ter acontecido.

Seu coração quase parou de vez quando, num de seus trajetos, ao desviar de uma enorme árvore que bloqueava o seu campo de visão, ele viu mais à frente a enorme criatura, absorta no que parecia ser os restos de um cervo morto.

O garoto já podia sentir o pânico a caminho...


Notas Finais


Por hora isso é tudo. Espero que tenham curtido o capítulo e se quiserem saber o que acontece em seguida fiquem ligados que em breve a saga do menino Will Byers continua...
Beijos e até a próxima!


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