História A Perfect Imperfection - The Beach

Calum ´s POV

- Bruxa não digo... mas vampira talvez. E já agora, uma vampira que eu amo mais do que tudo.

Bianca parece não ter achado piada nenhuma ao que eu disse, e sai disparada do carro. Saio também, tentando segui la, mas quando a procuro com os meus olhos ela simplesmente já não está na zona da escola. A campainha toca para assinalar o fim do intervalo do almoço, e eu dirijo me ao portão pronto para entrar, mas mesmo antes de por um pé dentro da escola, volto para trás sem paciência para aturar a aula Filosofia. Volto a entrar no carro e não me controlo, atiro com a mochila para o assento do lado e encosto a cabeça ao volante sem conter as lágrimas. Choro, e choro que nem um bebé. Choro por Bianca, pelo que poderá acontecer com a nossa relação, e choro por mim. Por que sinto que estou preso a alguém que apareceu de repente na minha vida, e que agora me deixa com o coração nas mãos, sem saber o que fazer.

[...]

Depois de uns 30 minutos a guiar o meu carro sem destino, paro finalmente numa praia com muito pouca gente, e deito me na areia bem á beira do mar, que por sinal está muito bravo. Talvez tão bravo como eu. Confuso, perdido, apaixonado, revoltado, triste e feliz. Tudo ao mesmo tempo.

Tiro do meu bolso direito do meu casaco preto de cabedal uma ganza, e saboreio cada fumaça. Estou de olhos fechados, e sinto uma mão fria e suave a tirar me o cigarro da mão. Quando abro os olhos, vejo Bianca e dou um suspiro de alívio.

- Posso? – Bianca sorri, saboreando agora o meu cigarro de ganza

- Como sabias que eu estava aqui?

- Digamos que senti o teu cheiro e não pude resistir. Afinal tenho de aproveitar as vantagens de ser uma vampira... – Bianca atira o cigarro para longe e põe a sua mão no meu rosto – Eu amo te Calum Hood

-  E eu amo te Bianca Venture

Bianca´s POV

Finalmente beijamos nos mesmo á beira mar, e sinto o quente dos lábios de Calum a aquecerem os meus. Sinto os seus braços á minha volta que me fazem esquecer o mundo lá fora, e me concentrar apenas naquele momento. O calor do seu corpo acalma me de tal maneira que a cada segundo que passa, tenho cada vez mais a certeza que se o Calum não tivesse aparecido, eu já tinha acabado com a minha vida.

Ficamos os dois esticados na areia fria da praia durante muito tempo, em silêncio e de mãos dadas, a observar a noite a cair. Mas ao fim de algum tempo, eu fico com uma fome tremenda, e logo me afasto de Calum para evitar de me alimentar do sangue do meu próprio namorado. Corro o mais rápido que consigo para bem longe, e rapidamente encontro um coelho num pequeno descampado perto da praia. Estremeço de alívio e prazer ao saborear o sangue fresco do animal. Volto para o sítio onde eu e Calum estávamos, mas ele já não lá está. Olho á minha volta, mas mesmo com a noite escura sobre a a praia, consigo perceber cada sombra e cada som á minha volta. Percebo então que Calum está dentro do mar, bem lá no fundo, no sítio antes das ondas violentas rebentarem. Vejo as suas calças, camisola, casaco e ténis a uns metros de distância de mim, e decido ir ter com ele. Dispo a sweatshirt que ele me emprestara esta manhã, o sutiã preto de renda, as minhas jeans verde tropa e os ténis que Calum também me emprestara. Entro no mar gelado apenas de calcinha preta de renda, e junto me a ele, colando o meu corpo ás suas costas quentes e definidas.

- Já de barriga cheia? – Calum solta uma leve gargalhada enquanto se vira de frente para mim

- Ainda falta a sobremesa... – digo com um sorriso maroto

- Anda cá então... – Calum aperta me mais junto para ele ao mesmo tempo que me beja o pescoço

Ambos balançamos um pouco com as ondas a serem formadas para depois rebentarem perto da areia. Sim, estamos prestes a faze lo ali no meio do mar gelado, cobridos pela noite nublada.

Calum´s POV

Ao mesmo tempo que beijo o pescoço molhado de Bianca, sinto ela a arranhar as minhas costas, coisa que eu adoro, e me faz querer mais. Passo as mãos na sua cintura fina e tiro a sua única peça de roupa e logo depois os meus boxers. Bianca enrola as suas pernas em volta das minhas, e ao mesmo tempo que ela se “senta em mim”, agarro no seu cabelo e beijo os seus lábios com carinho. Consigo ouvir os gemidos baixos de Bianca ao meu ouvido, junto com o barulho do mar a bater contra nós. Gozamos juntos, e levo Bianca ainda ao meu colo para areia húmida.

- Agora sim já estou de barriga cheia... – Bianca sorri e dá me um selinho.

Começamos a procurar a nossa roupa interior, quando nos apercebemos que ela já deve estar perdida no meio do oceano.

- E agora!? Não é lá muito confortável vestir calças sem nada por baixo, mas ao menos ainda tenho o sutiã -  Bianca diz isto meia chateada, o que me faz rir.

- A não ser que queiras aparecer em casa sem roupa não sei se há outra opção Bi – enquanto visto as minhas calças, rio ainda mais, por vê la a tentar vestir as suas jeans mil vezes mais apertadas que as minhas.

Já vestidos, andamos cansados pela areia até chegarmos ao meu carro. Mal me sento, vejo o meu telemóvel que eu deixara ali a tarde toda com 15 chamadas não atendidas de Michael.

- Bianca acho que te meti numa pequena embrulhada. Quer dizer, são nove da noite e a tua mãe já deve estar passada... Queres ligar de volta ao Michael e dizer que está tudo bem? – Digo meio preocupado, enquanto ponho o pé no acelerador em direção a casa de Bianca.

- Não! Eu quero é que tanto a minha mãe como o meu irmão vão apanhar na bunda e me deixem em paz!... Cal, se amanhã o Michael te for chatear por causa disto, diz lhe que não tiveste comigo okay?

- Como queiras Bi... Só não quero que te chateies com a tua família por minha causa

- Eu já estou chateada com a minha família desde que nasci... Eles odeiam me e eu odeio os a eles. Mas podemos falar de outra coisa que não envolva a minha mãe o teu melhor amigo por favor?

- Gostas de queijo?

- Han? – Bianca pergunta confusa

- Não disseste para mudarmos de assunto? Então gostas de queijo ou não? – Bianca finalmente se ri junto comigo.