Bianca´s POV
Eu e Cal acabamos de chegar á porta de minha casa. Agora ele faz questão de me trazer todos os dias.
- O que achas que o Ashton nos queria dizer? – Calum olha para mim com um olhar sério
- Não sei, mas se queres saber, não me interessa. – dou de ombros – Vá até amanhã
- E o meu beijo? – Ele olha para mim com um olhar triste
Salto para cima dele e dou lhe uns quantos beijos no pescoço, subo até ao maxilar, e finalmente chego aos seus lábios quentes. Enquanto isso, Calum passa as suas mãos livremente pela minha cintura, até que chega á minha bunda, e pela primeira vez durante a nossa relação ele começou a apalpa la sem hesitar.
- Isso é novo – sussurro ao seu ouvido soltando uma risada
Nesse momento ouvimos a porta de minha casa a abrir, e antes que tivéssemos tempo para parar de nos beijar e nos amassar, vejo Michael furioso a saltar para cima de Calum, e começa a dar lhe uns socos bem fortes em seu rosto.
- Michael! Para! O que é que te deu!? – Tento separa los mas em vão.
- Nunca mais voltas a amassar a minha irmã desse jeito! Ouvis te seu babaca?! – Michael grita como se fosse o fim do mundo enquanto continua a socar Calum, já com o seu rosto em sangue.
Sangue? Ai não sangue não. Sinto o cheiro do sangue de Calum, e os meus dentes começam a crescer novamente. Tento me controlar, e aproveito a força que tenho quando me transformo numa vampira, para tirar Michael de cima de Cal. Quando ele finalmente se levanta, levo o até á casinha do meu quarto e tento limpar o sangue da ferida no seu lábio e na sua sobrancelha.
- Não consigo! Desculpa Calum tens de fazer isso sozinho. – Largo o pedaço de algodão e dirijo me á porta da casinha, quando ainda cheio de sangue, ele me diz:
- Espera... Não me queres dar um beijo?
- Estás doido?! A não ser que queiras acabar morto tudo bem!
- Vá anda cá. Dá me um beijo, o pior que pode acontecer é eu também me transformar num vampiro.
- Ou morreres! – Calum nem me deixa acabar de argumentar, e puxa me pela mão beijando me sem medo.
Á medida que o vou beijando, passo os meus lábios pela sua pequena ferida, e saboreio o seu sangue. O sangue mais doce que eu já provei, é o sangue do meu namorado. Controlo me ao máximo para não ferrar os meus dentes na sua bochecha, afasto me, e digo:
- Calum não devias confiar tanto em mim... – Abro um sorriso sem me preocupar com os meus caninos
- Ficas tão sexy quando sorris com esses dentes...! Pareces mesmo uma gatinha – Ele dá me um selinho na ponta do meu nariz, e continua a limpar a ferida na sobrancelha olhando se ao espelho.
[...ás 2 da manhã...]
Acordo com um sussurro no ouvido a dizer: “olá Bianca”. Sento me na cama sobressaltada e procuro o interruptor do candeeiro nervosamente.
- Vá lá, ambos sabemos que não precisas de luz para me ver.
Realmente eu consigo ver perfeitamente bem mesmo sem qualquer luz, (outra vantagem (ou não) de ser uma vampira). Então olho á minha volta, até que vejo Ashton sentado no outro lado da cama a observar me como se eu fosse um anjo.
- O que é que estás aqui a fazer?!
- Eu preciso de te contar o porquê Bianca. O porquê de tu seres assim.
- De eu ser assim como?! Tu não sabes nada!
- Sei acredita que sei. Mostra me o teu tornozelo direito.
- Mas...
- Apenas mostra.
Hesitante, tiro os cobertores de cima de mim e tiro a meia do pé direito. Aquela maldita marquinha ainda ali está.
- Estás a ver esta marca? – Ashton passa as suas mãos sobre ela
- O que é que têm?!
- No ultimo dia de aulas do ano passado, eu mordi o teu tornozelo para espalhar o meu veneno pelo teu corpo, e te transformares num de nós. Bianca, eu também sou um vamp...
- O quê?! – Os meus olhos arregalam se de raiva e fúria. Como é que ele foi capaz de me fazer uma coisa destas? Ele mudou a minha vida para sempre! – Mas porquê que me fizeste isto Ashton, Porquê? – lágrimas correm pelo meu rosto.
- Eu amava te com todas as minhas forças, e achei que essa seria a solução para tu me amares também.
- Arghhh! Eu odeio te tanto! – enterro a minha cabeça no meio das almofadas e choro sem parar
- Então ainda me vais odiar mais quando te disser que tenho 166 anos e que sou imortal. Tal como tu és agora. E sempre ficarás no corpo de uma adolescente, acho que essa é a parte boa. – Toda esta informação entra me pelos ouvidos e tem um impacto violento quando me chega ao cérebro.
-Como assim imortal?... Não posso morrer!?
- Quer dizer, poder podes, mas só se fores ao Prislipo.
- O que é isso?
- É basicamente o sitio onde vampiros da nossa espécie com mais de 300 anos podem ir para se apagarem de vez da terra. Mas é um processo extremamente doloroso e muito raramente é autorizado. Durante os próximos 284 anos, serás imortal.
Nesse momento pensamentos horríveis enchem a minha cabeça. Se eu sou imortal, verei a minha família morrer antes de mim, e pior: Virei Calum morrer antes de mim. Não! Eu não vou aguentar!
- Sai daqui! Agora! E nunca mais me apareças á frente! – grito para Ashton que parece um cachorrinho a levar um raspanete.
[...]
- Calum, quando é o teu aniversário?
- Daqui a 3 meses, dia 16 de Fevereiro. Mal posso esperar por fazer os meus 18 anos! – Calum parece muito excitado por fazer 18 anos, o que me preocupa.
- Imagina que tinhas 35 anos. Eras capaz de namorar com uma rapariga de 16?
- Mas porquê a pergunta?
- Só reponde Calum!
- Bem... Provavelmente não... em primeiro lugar seria acusado de pedofilia e em segundo nem eu me metia com uma rapariga dessa idade.
As palavras dele fazem eco na minha mente, e só consigo pensar que a partir duma certa altura Calum será demasiado velho, e eu demasiado nova para estarmos juntos. E depois ele morrerá sabe se lá quando, como ou porquê, e eu ficarei aqui a assistir. Como eu já tinha dito antes, num mundo onde Calum Hood não existe, Bianca Venture também não. E tenho 3 meses para arranjar uma forma de envelhecer, ou pelo menos de tornar Calum também imortal. Mas ele nunca vai aceitar...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.