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História A Perfect Imperfection - You are all I want - You are all I have


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


Olá outra vez!! <3 Este capitulo terá cenas perturbadoras, por isso se tiver menos de 12 anos (o que eu acho impossivel) e/ou não gostar de terror não aconselho muito a ler este capitulo. Para os outros leitores, enjoy!! <3

Capítulo 17 - You are all I want - You are all I have


Fanfic / Fanfiction A Perfect Imperfection - You are all I want - You are all I have

 

Bianca´s POV

 

O mar gelado e violento faz me girar de um lado para o outro. Já estou á mais de 3 minutos debaixo de água sem voltar á superfície, e pelos vistos ainda estou viva. O tempo, e tudo á minha volta parece parar quando vejo bem lá ao fundo do mar escuro, uma sombra que me parece ser de uma rapariga, com o cabelo longo a flutuar na água. Apenas consigo ver a sua silhueta, parada a uns metros de distância. Nado com dificuldade até ela, que logo se vira para mim. Ela tem todo o corpo, incluindo o seu rosto com grandes cicatrizes e marcas de queimaduras. Os seus olhos cansados mas tão vermelhos quanto os meus, perfuram me a alma com o olhar. As mãos da rapariga sobem lentamente até á minha face, e ao mesmo tempo ela sorri para mim amavelmente. Nesse momento reparo que os seus dentes são tão ou mais afiados que os meus, e logo percebo que ela se trata duma vampira. Mas o que é que está uma vampira, queimada, no meio do mar a fazer? Aí lembro me do dia em que Calum me contou a história de uma jovem da minha idade, da minha família há 11 gerações atrás, que foi queimada viva por ser dada como uma bruxa. Qual bruxa qual quê! Ela era uma vampira, tal como eu. Quer dizer, ainda é, visto que ela está mesmo á minha frente.

Passados uns segundos de nos olharmos nos olhos, ela abre as minhas mãos, e dá me um colar fino e delicado, que cai delicadamente nas minhas palmas. Num piscar de olhos, a rapariga misteriosa desaparece, deixando uma nuvem de areia a flutuar diante dos meus olhos.

Desisto de me tentar afogar, e volto á superfície. Sento me na areia húmida junto ao mar escuro e triste, e abro as mãos para observar melhor o tal colar. Parece me de ouro, e tem uma pequena pedra no meio com um pentagrama riscado nela. Não sei como nem porquê, mas sinto que aquele colar me vai ajudar de alguma forma. Aperto o com força, e volto para casa rapidamente.

 

- Bianca como é possível?! – Mal entro em casa, a minha mãe parece ignorar o facto de eu estar molhada da cabeça aos pés – Nem na véspera de Natal te dignas a ficar com a tua família!

 

- É quase meia noite Bianca... Passas te o dia inteiro fora de casa, e quando chegas nem mostras o mínimo de interesse por passares a véspera de Natal connosco. Impressionante! És mesmo uma vadia...– Michael bate palmas sarcasticamente

 

- Sabem que mais? – aproximo me de ambos com lágrimas nos olhos – Eu quero que vocês os dois se vão foder.

 

No momento em que digo isto, a minha mãe dá me a estalada mais forte que alguma vez me dera.

 

- Não ouses voltar a dizer isso nem a mim nem ao teu irmão. És inútil Bianca, nem sei como podes ser minha filha. Ah, e estamos no Natal, não no carnaval. Por isso tira essas lentes vermelhas e esses dentes ridículos.

 

- Que idiota... – oiço Michael a sussurrar baixinho com desdém

 

Subo as escadas em direção ao meu quarto com raiva daqueles dois que dizem ser a minha família, e a primeira coisa que faço é guardar o colar que parece ter mais de 300 anos, dentro do pequeno cofre atrás do vaso da minha varanda, o cofre onde também guardo a ganza.

Entro na banheira e a água fria não me faz diferença. A verdade é que a minha pele já é gélida por natureza, e nunca sinto frio ou calor. Sento me na banheira já meio cheia, e lágrimas solteiras escorrem pelas minhas bochechas sem parar. Abraço os meus joelhos e choro cada vez mais. Eu odeio a minha família, tanto, mas tanto! E eu quero Calum aqui e agora, para me aconchegar nos seus braços e me dizer que vai ficar tudo bem, mesmo sabendo que não, nada está bem, nem nada ficará bem.

Saio da banheira, e deixo o meu corpo nu e deprimido guiar me sem destino. Acabo no jardim da minha casa, deitada na relva húmida e fria. A noite é escura e infinita, tal como eu.

 

- Não aguento mais.

 

Entro de novo em casa, visto o meu vestido vermelho e justo mais ousado que tenho no guarda roupa, e maquilho me como se fosse para uma festa. Ponho um batom vermelho marrom bem forte, e marco os meus olhos vermelhos com um lápis bem preto. Penteio o meu cabelo ondulado, e o prendo em um rabo de cavalo perfeito. Ponho o colar que a rapariga me dera literalmente no fundo do mar. Olho me ao espelho, e sorrio como uma psicopata, observando os meus dentes bem afiados. Deixo os meus pés descalços, e dirijo me ao quarto da minha mãe, o mais silenciosamente que posso. Ela já dorme, o que me facilita tudo.

 

- Como?... Como consegues dormir tão pacificamente? Como consegues fingir que está tudo bem?... – olho para aquela mulher horrível que me trouxe ao mundo uma ultima vez.

 

Passo a minha mão direita pelo seu rosto cansado, e ao mesmo tempo arrasto o seu cabelo para longe do seu pescoço.

 

- Não vai doer nada mamã... Ou se calhar até dói... – Sorrio uma vez mais para ela.

 

Sem hesitar, cravo os meus dentes no seu pescoço. Ela abre os olhos de repente, mas morre logo de seguida, por conta de todo o sangue que lhe sugo do corpo. Quando me certifico que ela já não reage, limpo a boca, e observo satisfeita as suas pupilas a dilatarem. Dizem que antes de morrerem, as pessoas veem toda a sua vida a passar diante dos seus olhos não é?... Bom, coitada da minha mãe, nem para isso tempo teve. Vejo os seus olhos a fecharem lentamente, quando penso para mim mesma, que não a vou deixar ter uma morte assim tão digna. Não quero que os seus olhos se fechem, como se ela estivesse a dormir em paz. Vou ao escritório de minha casa, onde encontro a caixa de costura da minha mãe. Volto para o pé do seu corpo morto, e com os meus dedos esquerdos abro um dos seus olhos o mais que posso. Com a outra mão, cozo a sua pálpebra inferior á sua bochecha, e a sua pálpebra superior perto das sobrancelhas. O sangue de cada buraco que faço com a agulha não me incomoda minimamente, apenas me dá mais vontade de acabar o que faço. Cozo o outro olho exatamente da mesma maneira, sorrio, e digo:

 

- Agora aprecia o inferno. Vais ver que vais gostar mamã. Isto é por todas as vezes que viste que eu não estava bem e ignoraste. Agora não podes fugir a isso, tens de ver o inferno á tua volta.

 

Dirijo me agora ao quarto de Michael, e lá está ele, a dormir em paz. O meu querido maninho... Bom, o que tem de ser tem de ser. Depois de uns minutos a acariciar o seu rosto, dou uma mordida violenta, curta e eficiente no seu pescoço adormecido. Consigo sentir Michael a tremer um pouco com o impacto, mas isso dura pouco tempo, pois segundos depois o seu coração para.

 

- Ainda não acabei maninho...

 

Limpo a minha boca coberta de sangue, e com a mesma agulha que cozera os olhos da minha mãe, cozo os lábios da sua boca, de maneira a que seja impossível ele abrir la de novo.

 

- Isto foi por todas a babaquices que me disseste sabendo que me magoavas. Agora vais para o inferno, e olha que pena, não vais poder mandar os outros mortos á merda. Boa viagem maninho. Ah, e feliz Natal.

 

Sorrio uma ultima vez, e saio de casa. A noite está mais escura que nunca. Ando descalça, devagar e inconscientemente pelas ruas, até chegar a casa de Calum. Subo pela sua varanda e entro no seu quarto com uma facilidade incrível. Ele dorme como um anjo.

Chego perto do seu rosto, e beijo o de leve.

 

- Eu amo te... – digo, e ao mesmo tempo poiso a cabeça no seu peito.

 

Começo de novo a chorar, fazendo Calum acordar sobressaltado.

 

- Bianca?... O que é que estás aqui a fazer?

 

- Calum... eu preciso de ti... Acabei de matar a minha família... Eu matei a minha família! Eu matei... eu matei os...

 

- Tu o quê?

 

- Eu sei, deves achar que sou um monstro. E tens todo o direito. Mas eu só vim aqui para dizer adeus Calum. Eu vou ser a principal suspeita pela morte da minha mãe e do meu irmão, por isso tenho de desaparecer daqui. Ir para bem longe. Assim é da maneira que também já não te prendo mais a mim.

 

- O quê Bianca?... Não! Tu não me podes deixar! Eu não quero saber se matas te a tua família ou não, eu só te quero a ti! Desculpa por tudo o que te disse ontem... Se tu fores embora, eu vou contigo!

 

- O quê? Tu não me achas um monstro insensível?

 

- Não Bianca, tu não és um monstro, és uma vitima de crueldade. E eu amo te, e quero que me transformes. Quero viver para sempre ao teu lado, por favor não digas que não... – interrompo Calum com um beijo, o beijo que parecia que já não tinha há anos.

 

- És tudo o que eu quero – eu sussurro ao seu ouvido com lágrimas nos olhos

 

- És tudo o que eu tenho – Calum responde abraçando me.


Notas Finais


https://spiritfanfics.com/historia/oracoes-suicidas-7152612 <<<<< aqui está a minha segunda fic, "Orações Suicidas"


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