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História A Perfect Imperfection - Forever


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


UHUH PRIMEIRO CAP DA SEGUNDA TEMPORADA!!! <3

provavelmente alguns de vocês estao a pensar qual é a necessidade de haver duas temporadas, mas eu explico: A primeira temporada era sobre o romance perfeito e assustador entre Calum e Bianca, que ao fim de 15 anos acabou.
A segunda temporada, é depois que Calum está morto (ou não) e Bianca tenta viver sem ser perseguida pelo seu passado <3

Desculpem algum erro,
ENjoY xoxo

Capítulo 24 - Forever


Fanfic / Fanfiction A Perfect Imperfection - Forever

 

Calum´s POV

A minha visão é negra. O meu redor é um escuro sufocador. O meu corpo está fraco e as minhas pernas bambas. Não respiro nem sinto batidas cardíacas. A minha pele permanece gélida, e os meus lábios têm rachas secas.

Todos os meus sentidos estão desligados. Apenas uma melodia melancólica me invade os ouvidos mortos e me torna minimamente vivo. Vivo? A única vida dentro de mim, é o meu subconsciente, e o poder que tenho para me lembrar DELA. Não me lembro do seu nome, nem do seu rosto ou traços físicos. Apenas me lembro de tocar nos seus cabelos, os quais que não me recordo da cor nem do comprimento. Também me lembro de tocar nos seus lábios frios, sem saber o seu feitio. Embora não me lembre DELA, lembro me que ela foi, e ainda é importante para mim. Há quanto tempo, não sei. Onde, não sei. Como, não sei. Apenas sei que o meu corpo morto e a minha mente viva, só me permitem ter a certeza de que existe alguém por esse mundo fora que é a minha vida. É incrível, como posso amar alguém que não faço ideia de quem seja.

 

 

Bianca´s POV

Os dias passam, e a felicidade foge me por entre os dedos a cada hora. Cinco meses já lá vão depois de eu ter enterrado a minha paixão por Calum no oceano profundo e vasto. O seu rosto vai se desvanecendo na minha mente e cada vez é mais difícil me lembrar da imagem da pessoa que eu mais tinha amado. Quinze anos desde a última vez que o vi esvaido em sangue. Quinze anos desde a ultima vez que senti a sua pele morta ainda quente e os seus lábios acolhedores. Daqui a uns anos o seu rosto desaparecerá totalmente da minha memória, assim como o meu amor por ele. Talvez não seja tão ruim assim ser imortal. Calum vai passar a ser só um dos muitos capitulos esquecidos da minha vida infinita. E por muito que me custe, isso faz me sentir melhor. Já não vou chorar todas as noites e lamentar me todos os dias. Irei simplesmente conhecer novas pessoas, e inevitavelmente vê las morrer.

Por falar em morte. Como estará o meu pai? Não o vejo desde que tinha 9 anos de idade, quando ele se divorciou da minha mãe e foi para Chicago abrir uma empresa. Perdi completamente noticias sobre ele quando matei a minha mãe e Michael, e agora me pergunto se ele ao menos está vivo e bem de saúde. Durante os últimos anos pensei muito em ir procura lo, mas sempre tive receio que ele me rejeitasse por ser suspeita de ter morto a sua ex mulher e o seu filho.

No entanto espero um dia o voltar a ver, antes que a sua hora chegue. Ele provavelmente iria ficar com a impressão que eu tive dezenas de cirurgias plásticas, pois enquanto todos envelhecem, eu fico assim nos meus 16 anos para toda a eternidade e mais um dia.

Os meus colegas de escola agora já têm os seus 30 aniversários, alguns já estão casados, outros são pais, outros têm carreiras de sucesso e outros simplesmente foram um falhanço. Eu podia estar a experimentar o crescer, o virar adulta, o sucesso, tudo. Mas não. Aqui estou eu a ver os anos passar sem poder fazer mais nada senão assistir aos funerais das pessoas da minha geração.

 

 

[...]

 

 

Eu, Rosie e Amélia acabámos de chegar á nossa nova casa. Foi um longo caminho desde a praia dos meus sonhos até á Califórnia. As três decidimos fazer os 4 anos de ensino médio lá, já que não podemos ficar mais do que esse tempo. Ficámos as três num motel durante alguns dias até arranjarmos um emprego part-time para podermos pagar a pequena, mas ideal casa onde estaremos durante os próximos anos.

Agora a nossa vida é assim. De tempo em tempo desaparecemos dos sítios e mudamos de identidade, cidade, escola, tudo. Afinal não podemos sequer completar a universidade inteira com estas caras de adolescentes imaturas.

Depois de chegarmos, só me lembro de me jogar para a cama e cair no sono.

 

- Bianca, acorda, tens uma visita. – Rosie me balança o ombro levemente enquanto eu abro os olhos devagarinho.

- Quem é? – eu pergunto bocejando e me contorcendo de sono e preguiça.

- Sou eu. – oiço uma voz vinda da porta do quarto, e o meu coração para.

Os meus olhos arregalam se, a minha respiração torna se inexistente, o meu corpo estremece.

- C-Ca-Calum?... – não posso acreditar no que vejo.

- Tive tantas saudades tuas Bianca... – ele aproxima se de mim, enquanto Rosie sai sorrateira do quarto. Levanto me da cama, e corro para os braços de Calum.

- E-Eu pensava que tu tinhas m-m-morrido! – eu gaguejo enquanto me abraço ao seu corpo ainda quente e protetor.

- Eu estou aqui. Vamos ficar juntos para toda a eternidade. Para sempre. – Calum diz isto ainda abraçado a mim, mas não com um tom carinhoso na voz. Ele pronunciou estas palavras com algum ódio, malícia, e maldade.

(Para sempre... Para sempre... Para sempre...) Estas palavras fazem um eco ensurdecedor nos meus ouvidos. Afasto me lentamente dos braços de Calum, e logo o meu mundo desaba diante dos meus olhos.

- Calum o que é que eu fui fazer... – grunho baixinho para mim, enquanto me afasto passo passo para trás.

- Estás a fugir? Não podes fugir!... Tu amas me e para sempre amarás! – ele responde com um tom de gozo e insanidade.

Calum não está do jeito que ele era. Os seus olhos estão vermelhos como sangue vivo, os seus dentes salientes e afiados. A sua pele está pálida e não mais quente. A um metro de distância, consigo sentir a pele gélida de Calum a esfriar o quarto. O seu rosto já não mostra ternura nem carinho. Mostra nojo, obsessão e ódio. Ele começa a dar passos para a frente enquanto eu dou para trás, até as minhas costas encontrarem a parede. A sua cara está próxima da minha, não como se fosse para me beijar apaixonadamente, mas como se fosse para me torturar e me vingar eu ter destruído a sua vida.

- Olá querida! – oiço uma voz agora vinda de novo da porta do quarto que me faz congelar. Mãe?

- Mãe é você? – Eu digo, enquanto Calum olha para trás e se junta á pessoa que entra no quarto.

É mesmo a minha mãe. Mas não é ela. Tal como Calum, os seus olhos estão vermelhos como fogo, e ambas as suas pálpebras têm ferimentos em sua volta causados por linhas de costura. Os seus dentes estão tão afiados como os de um animal predador pronto para atacar sem dó. Ela sorri sinistramente para mim, com os cabelos claros bagunçados e vestida com camisa de dormir.

- Mana! Agora somos uma família de novo! Ficaremos juntos para toda a eternidade... – Por fim Michael aparece também pela porta do quarto, e junta se a Calum e a minha mãe, que me observam a alguns metros de distância.

A aparência de Michael é exatamente igual á dos outros, tirando o facto de que a sua boca tem ferimentos em sua volta, também causados por linha de costura. 

Todos eles têm uma cicatriz de mordida no pescoço, o que finalmente me faz entender. Eles já não me amam. Eles querem que eu sofra e querem me destruir tal como eu fiz a eles.

Tudo á minha volta fica turvo e escurece, mas os três continuam me olhando sem pudor. O meu corpo está imóvel, não sei como reagir. De um segundo para o outro, sou atacada por aqueles que mais amei e que destruí. Sinto facadas, mordidas, murros, juntamente com risos maldosos. Dói. Dói muito. Mas dói mais o facto de saber que a minha família e especialmente Calum se tornaram nisto. E por muitas facadas que leve, não posso morrer. Tal como as cicatrizes, ficarei com eles para toda a eternidade.

O meu corpo encontra se com vários furos e marcas da crueldade de minha mãe, Michael e Calum. Mas um golpe certeiro, me faz gemer da pior dor. Calum pega na faca que trazera, e faz vários cortes profundos e dolorosos no meu peito, na região do coração. A dor é insuportável, e por momentos achei que estava para morrer. Mas afinal a sensação de morte era apenas sentir Rosie a acordar me do meu pior pesadelo.

 

 

- Bianca estás bem? – vejo os rostos de Amélia e Rosie a olharem me com preocupação.

- Onde é que eles estão?! – levanto me de impulso me sentando na cama, ainda achando estar presa no meu sono infernal.

- Bianca eles não estão aqui. Foi só um pesadelo... – Amélia diz, como se ela soubesse exatamente com o que é que eu tinha sonhado.

- Mas como é que... – trinco a língua, logo me lembrando no poder ridículo de Amélia ler pensamentos.

- Bianca o que é que tens aí...? – Rosie aponta para o meu peito descoberto pelo leve decote da minha camisa de pijama.

Os rostos das minhas amigas parecem ter ficado presos numa aparição do mal. Vendo o estado delas especadas a olhar para a região um pouco abaixo do meu pescoço, logo vou buscar um espelho redondo de cabeceira. Antes de o colocar na posição para ver o meu peito, sinto a minha respiração a ficar pesada, sem saber o que esperar.

 ....!

O meu coração salta uma batida. Tudo para á minha volta. Fecho os olhos, e abro de novo para confirmar o que vejo. Bem no centro do meu peito, tenho uma grande cicatriz bem marcada por um coração imperfeito, com a seguinte palavra dentro do mesmo: “Forever”.

O meu corpo congela, e o espelho cai involuntariamente no chão, se partindo em mil pedaços. Rosie e Amélia correm até mim, e nem elas sabem o que dizer. 


Notas Finais


https://spiritfanfics.com/historia/oracoes-suicidas-7152612 <<<< a minha segunda fic
https://spiritfanfics.com/historia/living-the-dream-i-cinnamon-love-7524175 <<< a minha segunda fic com os 5SOS <3

Digam o que acharam deste cap <3


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