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História A Perfect Imperfection - Telepathy


Escrita por: Mara_Afraa

Notas do Autor


OI OI OI <3

Me desculpem ter demorado 500000 mil anos para postar, como já expliquei a outra fic, o meu computador está com alguns problemas :((((((((

Capítulo 25 - Telepathy


Fanfic / Fanfiction A Perfect Imperfection - Telepathy

Bianca´s POV

O meu coração salta uma batida. Tudo para á minha volta. Fecho os olhos, e abro de novo para confirmar o que vejo. Bem no centro do meu peito, tenho uma grande cicatriz bem marcada por um coração imperfeito, com a seguinte palavra dentro do mesmo: “Forever”.

O meu corpo congela, e o espelho cai involuntariamente no chão, se partindo em mil pedaços. Rosie e Amélia correm até mim, e nem elas sabem o que dizer. 

 

 

[…]

 

 

- Rosie isto não é possível! – eu chorava deitada de barriga para cima na cama, enquanto Rosie passava uma banda curativa por cima dos arranhões no meu peito e Amélia apanhava os vidros do espelho espalhados pelo chão.

- Na verdade é possível sim. – Rosie disse baixinho com uma certa vergonha. – Eu e a Mel nunca te contámos nada porque achámos que era cedo demais.

- Do que raio é que estás a falar!? – eu gritei entre soluços, enquanto olhava Rosie nos olhos.

- A Mel como sabes, tem aquele poder esquisito de ler mentes não é? – assenti com a cabeça, enquanto Rosie e Amélia se entreolhavam. – Pelo o que sabemos, todos os vampiros chegam a um ponto da sua vida em que desenvolvem uma característica especial, e neste caso a Mel desenvolveu este traço uns dias depois de se ter transformado. Em alguns vampiros, estas coisas podem só aparecer anos e anos depois, ou talvez até nunca apareçam. Eu por exemplo ainda não desenvolvi nada ao fim de quase 20 anos de ser uma vampira. – á medida que Rosie falava, o meu crebro parecia congelar, pois eu não sabia como reagir. – Este sonho que tu tiveste não pode ter sido só um pesadelo. Podia ter sido apenas um pesadelo se esses arranhões não existissem.

- Então isso quer dizer o quê? Que o meu poder especial é sonhar com coisas e depois acordar com marcas no corpo!? – perguntei assustada com a revelação de Rosie.

- Não Bianca... – Amélia parou de recolher os vidrinhos espalhados, e aproximou se da cama, onde se sentou me encarando. – Isto quer dizer que desenvolves te o poder de comunicar com outros vampiros ou criaturas não humanas através de telepatia. O que tu pensas que sonhas te, na realidade não foi apenas um sonho, foi também uma comunicação com a pessoa que te arranhou o peito. – Ela está a falar de Calum!? – Mas tu tens de aprender a separar a realidade da fantasia. A pessoa com que tu sonhas te a arranhar te o peito foi Calum, o que quer dizer que ele está vivo em forma de vampiro algures por aí. Por outro lado, a tua família pode ter sido apenas fruto da tua imaginação.

- Espera... O Calum está vivo? – eu não podia acreditar nas minhas palavras.

- É complicado... – Rosie abanou a cabeça em sinal de reprovação. - Mas sim, ele pode estar vivo, no entanto, quando se tratam de vampiros existem dois tipo de vida: A consciente ou a inconsciente, e Calum tanto pode estar numa como noutra. Se ele estivesse consciente, ele conseguiria perceber onde estás e já tinha vindo até ti. É muito provável que ele esteja inconsciente, o que significa que é como se ele estivesse num sono profundo interminável, e apenas algumas pontas do seu subconsciente conseguem reconhecer a força com que tu pensas nele, fazendo ele também pensar em ti, mas sem se aperceber. E é aí que a telepatia entra. Se ambos estiverem pensando um no outro, é possível comunicarem. Ao longo do tempo irás conseguir distinguir a telepatia dos sonhos, e tudo será mais claro na tua cabeça. Mas acho que o mais importante no meio disto tudo, é que saibas que Calum está certamente com um coração a bater. Consciente ou não, ele está vivo. Para sempre vivo digamos assim.  

Quanto mais Rosie falava, mais os meus sensos comuns, a minha lógica, a minha perceção da realidade e a minha razão estavam turvos como água que acabara de ser poluída. O Calum está vivo?... Depois de mais de quinze anos sem saber de absolutamente nada sobre o seu paradeiro ou estado, acabo de ser bombardeada com a informação de que... SIM, o meu Calum está vivo. E agora não só o posso ter de volta, como também o posso ter para sempre. Calum é um vampiro tal como eu, e tudo graças ao desgraçado do Ashton que arruinou as nossas vidas. Ou melhor, as tornou indestrutíveis.

E agora o que é suposto eu fazer? Não faço a mínima ideia de onde Calum possa estar, por isso tentar procura lo seria como tentar encontrar uma agulha num palheiro.

 

 

[...]

 

 

Saio de casa a meio da tarde, para tentar assimilar tudo o que tinha acontecido. Ando durante uns trinta minutos até chegar a um descampado com um pequeno lago no meio, onde me sento bem á sua borda. Olho para o céu, e este está coberto de nuvens cinzentas e tristes, o que fazem o ambiente fresco e desanimado. Penso em tudo o que tinha se passado durante os últimos quinze anos, e como há bem pouco tempo eu tinha lançado a única foto que eu tinha minha e de Calum para o oceano na praia onde fomos felizes. A minha esperança tinha morrido de todo, e agora de repente ela é arrancada do seu caixão e ressuscitada como uma flor. Sinto que ainda está muito para acontecer.  Logo me lembro do que Rosie me havia dito sobre o meu poder de comunicar com vampiros através de telepatia, e a minha vontade de tentar de novo é enorme. Fecho os olhos e deito me para trás, deixando as minas costas serem envolvidas pela grama húmida. Acho que nunca pensei em Calum com tanta força e persistência como agora.

- Eu estou aqui... – um sussurro passou me sob o rosto como um esfriado de vento, o que me deu um arrepio na espinha. Levantei me de repente com o susto, ficando a olhar para todos os lados, á procura de alguém no meio deste descampado enublado. – Aqui... – logo o sussurro veio de novo mas um pouco mais intenso, e as duvidas que eu tinha sobre se aquela era a voz de Calum ou não, desapareceram. É ele. – Bianca... – olhei de novo em meu redor, e os sussurros arrepiantes continuavam, me puxando até ao lago, onde parei a poucos centímetros de distancia do mesmo. Porque estaria Calum a atrair me para ali?

- Calum? És tu? – A minha respiração estava pesada e rápida, e os meus olhos já estavam húmidos. – Por favor diz me alguma coisa! – poisei o meu olhar devagarinho no lago, onde esperava ver o meu reflexo, mas vi algo completamente diferente. Ou melhor, alguém.

 Continuei observando por momentos, até que consegui finalmente reagir ao que estava perante dos meus olhos. Era Calum. Eu continuava fuzilando o lago, e quanto mais olhava, mais o corpo e a imagem de Calum se tornavam mais nítidos. Ele parecia feliz, com a pele morena a brilhar, e os seus cabelos grossos a balançarem ao sabor do vento. Não consegui pensar em mais nada, e logo tirei os olhos do lago e os virei para todos os lados á procura do sitio onde Calum estaria, caindo logo de seguida no chão devido ao nervosismo. Calum não estava em lado nenhum. Olhei de novo para o lago, e o que deveria ser o meu reflexo mostrava Calum sentado agora na mesma posição que eu. Olhei de novo á minha volta, mas sem sinal dele. Voltei os olhos outra vez para o lago, e caramba, Calum continuava ali, a sorrir como se ele fosse o meu reflexo real.

Eu queria perceber se o que eu via era apenas da minha cabeça, ou era realmente o poder da telepatia. Por isso agachei me mais sobre o lago, fazendo Calum copiar todos os meus movimentos. Poisei a minha mão gentilmente na água, na esperança de conseguir também sentir a mão de Calum do outro lado.  Esperei por curtos segundos que me pareceram uma eternidade, e finalmente consegui sentir algo mais do que água fria na palma da minha mão. Consegui sentir uma mão maior que a minha a tocar nos meus dedos, que agora tremiam. Quando pude finalmente abraçar a mão que eu sabia ser de Calum com a minha, comecei a chorar descontroladamente, por saber que eu estava mesmo em contacto com ele. Não pensei, e atirei o meu corpo para o lago onde Calum estava, mas logo a sua imagem desvaneceu, e ele não estava mais ali.

- Calum? Calum! Por favor! Onde estás?... – eu gritava pelo seu nome ao mesmo tempo que deixava as lágrimas escorrerem livremente pelas minhas bochechas.

 

 

Calum´s POV

Embora a escuridão permaneça em meu redor, consigo sentir algo incomum a tocar no meu corpo. Consigo sentir que a pessoa que eu amo pensa em mim com tanta força, que é possível sentir a sua respiração sobre o meu rosto. Por longos segundos, senti uma ligação com ELA. Senti a sua mão em água gelada, e senti as suas lágrimas a cairem sobre mim. Durante todo o tempo indeterminado que aqui estive fechado nesta cela de sono profundo, nunca senti algo tão real. Tão longe, mas tão perto. 


Notas Finais




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