História A Perfect Imperfection - But I Saw YOU

Anteriormente…

Quando finalmente senti a areia fina e gelada a tocar nos meus pés, atirei me para o mar, limpando me de todos os vestígios de Michael. Eu estava me sentindo vazia, mas ao mesmo tempo satisfeita.

 Depois de algum tempo a passear no meio das ondas brutas do mar, um pensamento perigoso invadiu a minha mente, me fazendo cair em mim. “No mar onde foste feliz, eu me escondia na areia húmida para invejar a tua felicidade, que despedaçava o meu coração. Nesse mesmo mar azul, eu enterrei a minha dor, e enterrei a tua paixão. “ Ashton estava a falar da praia onde eu e Calum costumávamos estar juntos!? Isso queria dizer que Calum estava enterrado debaixo do mar dessa praia! O meu coração morto palpitou, e agora o meu único objetivo era ir de volta para aquela maldita praia. Levaria tempo, mas eu estava disposta a tudo para ter Calum de volta. 

Bianca´s POV

A viagem de volta para a tal praia foi horrivelmente longa. Estava me sentindo culpada por nem ter avisado Rosie e Amélia que iria embora da Califórnia, mas naquele momento Calum era a minha prioridade. Depois de mais de 4 horas dentro de um autocarro praticamente vazio, pude sentir novamente o cheiro da cidade onde eu tinha vivido 16 anos da minha vida. Lembrei me da minha família, dos meus amigos, da escola, de tudo. 15 anos. Já se passavam 15 anos desde que a minha vida tinha virado um pesadelo.

Limpei as lágrimas de memórias, e corri o mais rápido que pude até á praia onde eu e Calum sempre íamos. Quando senti o cheiro do mar já perto, aumentei ainda mais a velocidade.

E cheguei.

Lá estava eu.

O meu coração morto ganhou vida e começou a pulsar rapidamente.

Eu sentia Calum por perto.

Fechei os olhos.

E pensei nele.

“Calum? Calum é a Bianca... Eu vou te encontrar. Agora.”

Não foi preciso esperar pela sua resposta. O meu instinto dizia me para que direção ir. Mergulhei no mar esverdeado com o reflexo do nascer do sol, e nadei uns 20 metros. A minha respiração estava ofegante e descontrolada, e o meu corpo doía. Nadei até ao fundo do mar, até sentir a areia nas minhas mãos.

“Calum”

Chamei por ele, a água fazendo eco na minha voz opaca. Então comecei a escavar um buraco na areia pesada. A água e pressão das ondas faziam tudo mais difícil, mas nunca parei.

Até que senti algo duro e longo. Era o caixão de Calum. Só podia ser.

Com muita dificuldade e desespero, e esquecendo completamente do facto de que eu ainda não tinha ido á superfície para respirar, acabei por abrir o caixão. E lá estava ele. Pálido, adormecido, e confuso.

Agarrei na sua mão e puxei o para mim, fazendo o abrir os olhos. A água do mar balançava os nossos cabelos e ambos flutuávamos olhando nos olhos um do outro.  Nenhum de nós sorria, apenas observávamos os nossos rostos. Calum movimentou o seu braço direito e acariciou a minha bochecha com os seus dedos macios. Fechei os meus olhos, sentindo o seu toque, aquele que não sentia há mais de 15 anos. Quando levantei a minha mão para a poisar na sua, algo não estava bem.

 Música começa

Abri os olhos, e Calum não estava mais lá. Não havia vestígios seus, nada. A água estava azul e calma como se nada tivesse acontecido. Olhei ao redor ofegante, sem perceber que estava respirando debaixo do mar. Olhei para baixo, e o caixão que há um minuto atrás prendia Calum também não estava lá. A areia estava toda no sitio, como se eu não tivesse escavado absolutamente nada.

Comecei a gritar desesperadamente, e fechei os olhos com força desejando que tudo não passasse de um pesadelo.

“NÃO!”

With you...

I´m alive...

Like all the missing pieces

Of my heart

They finally colide.

“CALUM!”

So stop time right here

In the moonlight

Cause I don´t ever wanna close my eyes

“ONDE ESTÁS?”

“VOLTA!”

“não me deixes...”

“não outra vez...”

Without you

I´ve got no hand to hold

Without you

I feel torn

Like a sail

In a storm...

“sem ti, eu não sou nada.”

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- Bianca querida? Estás bem?

CONTINUA...