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História A Perfeita Imperfeição de Existir - Vigésimo Oitavo Ato


Escrita por: redrosess

Notas do Autor


Pessoal, desculpem-me se eu não lhes agradeci pela "audiência" da penúltima postagem, mas eu realmente estive muito ocupada nos últimos dias e a situação continuará como tal por um bom tempo. Bem, farei isso agora então 😉 Muito obrigada mesmo, gente!!! A todos que leram, favoritaram e comentaram: vocês são os melhores!!

Sobre esta postagem, a exemplo da ultima, ela é relativamente curta, e eu faço isso porque essas partes compõem um todo que abrange umas 6000 palavras, que é um capítulo bem considerável e, por isso, difícil de revisar sem deixar passar qualquer erro. Não estou com muito tempo para fazer revisões bem minuciosas, também não tenho quem me ajude a fazer isso (para ser justa, uma amiga, também usuária do Spirit, inclusive a mesma que criou/montou todas as imagens usadas nesta história, me ajudou uma vez, mas ela também não tem muito tempo), então não me resta outra alternativa senão dividir os capítulos maiores para que as postagens sejam mais rápidas e, principalmente, decentes. Assim sendo, a próxima parte virá rapidinho, pessoal. Talvez eu já poste essa parte hoje mesmo - quem sabe no início da noite -, depois que eu revisá-la.

Capítulo 28 - Vigésimo Oitavo Ato


Fanfic / Fanfiction A Perfeita Imperfeição de Existir - Vigésimo Oitavo Ato

Sasori estava realmente impressionado. A brigada apresentou suas novas criações uma a uma, aguardando ansiosamente a avaliação do mestre. Ele percorreu a fila e testou cada um, checando durabilidade, engenhosidade, design e flexibilidade. Quando lhes pediu uma demonstração de armadilhas e técnicas ocultas, ele se viu levantando as sobrancelhas em surpresa leve devido a criatividade de seus pupilos.

Eles estavam aprendendo.

Passaram-se as rudimentares colocações de armadilhas e as articulações fracas que haviam atormentado os primeiros protótipos. Diante de Sasori havia um pequeno exército de guerreiros de madeira quase prontos. E a parte mais intrigante era que eles tinham apanhado um dos aspectos fundamentais da brigada de marionetes sem Sasori ter que lhes dizer. Sozinho, cada boneco certamente tinha fraquezas exploráveis, algo que nunca poderia ser completamente eliminado. Sasori, de todas as pessoas, sabia disso. Mas juntos, os bonecos eram praticamente indestrutíveis.

Com ferrões  enormes encharcados de veneno, o boneco de Hachi foi feito para atacar a curta distância, mas uma katana bem-dirigida poderia dividir sua marionete em dois e aquele seria o fim dele. Por sua vez, o boneco de Yasude tinha compensado essa deficiência por ter braços suficientes para combater múltiplos ataques simultâneamente. Seu corpo longo deu-lhe a capacidade de espalhar-se por vários metros e formar um escudo em torno do boneco de Hachi, enquanto apoiava com ataques de todos os lados para manter os inimigos à distância.

Ari projetou seu boneco para se dividir em várias partes, as quais poderiam trabalhar de forma independente, para dominar uma série de inimigos. Alternativamente, eles poderiam se juntar para criar um boneco com "pele" de aço, capaz de suportar a maioria dos ataques físicos. O boneco de Cho apoiava-se brilhantemente no céu. Seu boneco era leve o suficiente para ser suportado pelo vento, dando-lhe a vantagem aérea para cobrir o boneco de Ari em uma pitada.

A marionete de Kankuro tinha um design inteligente, sem inspiração por insetos. À primeira vista, parecia uma bola do tamanho de uma roda de trator. Nessa forma, ele poderia avançar sobre os inimigos como uma escavadeira. Mas quando trabalhou suas cordas de chakra, revelou uma rede entrelaçada de armas e outras compensações. Kankuro explicou que cada braço tinha uma armadilha escondida ou habilidade, mas ele se recusou a revelá-las. Mesmo enquanto os braços estavam firmemente enrolados, Sasori adivinhou que tinha que haver pelo menos cem deles, se não mais. O boneco parecia ter a força de uma centena de guerreiros também. A marionete de Kankuro funcionaria como um lutador próximo, médio ou de longo alcance, tornando-o uma excelente arma de apoio para o resto das criações da brigada e um atacante de linha de frente capaz.

Havia ainda pequenas falhas que poderiam e deveriam ser melhoradas, mas Sasori não era o tipo que deixava de dar crédito a trabalhos que o mereciam.

— Muito bem, pessoal. Estou impressionado com o progresso de vocês.

O grupo sussurrava entre si, mas a felicidade deles era óbvia. Finalmente eles haviam ganhado um elogio de Sasori Akasuna.

— A partir de hoje, vocês vão treinar constantemente com seus bonecos, mas não fiquem complacentes, porquanto um mestre de bonecos deve ser capaz de manejar múltiplos exemplares simultâneamente. Vocês terão que criar muito mais obras de arte antes que possam pensar em montar um bom exército. Isto é apenas o começo.

Normalmente, isso teria provocado gemidos e várias queixas, mas eles estavam muito contentes consigo mesmos para permitir que a firmeza de Sasori os atingisse. Claro, eles teriam que continuar melhorando e criando mais bonecos, era um compromisso de vida, mas, por enquanto, ficaram felizes por terem obtido a rara aprovação de Sasori.

— Kankuro, seu boneco é incomum.

Kankuro não tinha certeza se isso era um elogio ou um insulto.

— Você acha?

— É um projeto interessante. O que o inspirou?

— Uma vez ouvi um boato de que você invocou cem bonecos. Eu queria ver como seria esse tipo de poder, então criei cem mãos para cumprir minhas ordens.

— Seu método é diferente do que eu usei. Minha Técnica Secreta Vermelha exige cem cordas de chakra para cem marionetes.

— Bem — Kankuro sorriu maliciosamente —, esta é a minha Técnica Secreta Negra, e através dela posso realizar com dez fios de chakra o que você conseguiu com cem. Eu diria que é a prova de que eu o ultrapassei.

Sasori estreitou os olhos para seu auto-proclamado protegido.

— Não seja arrogante.

Kankuro riu.

— Talvez devêssemos ter uma batalha para resolver isso. O que você acha?

Sasori olhou pensativo para Kankuro. O homem moreno tinha percorrido um longo caminho em pouco tempo. Não, isso estava errado. Kankuro já estava muito à frente da avaliação preconcebida de Sasori, que simplesmente não percebeu imediatamente. Foi o mesmo quando Kankuro usara Escorpião contra Sakura um tempo atrás. Naquela época, Sasori ficara surpreso com a habilidade de Kankuro, até chegando a imaginar a ideia de querer uma revanche, uma verdadeira desta vez. Ele ainda queria essa revanche, mas ainda não era hora, sobretudo quando a ANBU nem sequer lhe permitiria usar um boneco armado.

— Em algum outro tempo, talvez — disse ele.

— Tenha certeza disso. Eu vou segurá-lo a essas  palavras — disse Kankuro, sacudindo a cabeça.

— Eu sei.

O som de aço sobre aço chamou a atenção deles: Hachi estava lançando um ataque contra Ari e Yasude, enquanto Cho parecia incerto se deveria ou não intervir. Sasori quase se moveu para detê-los, mas então notou que Hachi estava indo bem. Poderia ser um pirralho arrogante, mas ele era provavelmente o mais hábil na técnica de marionetes do grupo.

— Cho — chamou Sasori.

A moça se virou nervosamente, como se tivesse medo de uma reprimenda.

— Sim?

— Lute com Hachi, quero observar todo mundo.

Ela quase saltou de sua pele, mas rapidamente se moveu para obedecer. Sasori franziu as sobrancelhas, pensando que ela era muito espantadiça para ser um shinobi.

— Ei, eu vi a bagunça que você e Sakura fizeram no campo de treinamento. Suponho que vocês não vão limpar isso, não é? — Kankuro perguntou retoricamente.

Sasori tinha se esquecido disso. Ele se virou para Kankuro e sorriu.

— É isso — disse o ruivo. Ele levantou a voz para que os quatro jovens shinobi pudessem ouvi-lo: — Vocês quatro, a equipe que perder vai limpar o campo de treinamento e reparar os bonecos.

Quaisquer queixas que eles pudessem ter expressado foram abafadas à medida que a batalha se intensificava. Ninguém queria estar na equipe perdedora.

— Tenho certeza que você está abusando de sua posição — disse Kankuro.

— Eu prefiro pensar nisso como uma motivação estratégica.

A batalha dos titiriteristas continuou.



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