Mary, a menina dos olhos esmeraldas e dona dos cabelos dourados, que davam inveja ao sol tinha sua voz solta no ar...
Vivia sozinha sem pai e nem mãe, sempre estava desenhando e pintando o que via. Tudo ao seu redor que lhe chamava a atenção era retratado em um lindo desenho. Mary ia todos os dis sozinha até a floresta desenhar, mas nem sempre era assim... Havia dias onde a floresta era fechada para inspecão, pois crianças costumavam a sumir lá, mas este nunca foi o caso de Mary.
Ela sempre ia sozinha para os lugares, o que a deixava com o sentimento de solidão. Não tinha ninguém com quem conversar, mas mesmo assim se recusava a ir para a cidade depois da morte de seus pais. Pois assim que descobrirem que Mary estava sozinha, seria levada á um orfanato, onde não teria liberdade, nem mesmo para passear por ai como uma menina normal. Sempre precisava de uma bom motivo para ir até a cidade, como comida e exposições de artes.
- Se me lembro bem, hoje terá uma exposição de artes de um famoso pintor! - Disse Mary para si mesma.
- Se você vai mesmo eu não sei, mas tome cuidado e não chegue perto demais das pinturas.
Mary se assustou, mas não demonstrou reação nenhuma á mulher em sua frente. Pensava que estava sozinha, mas pelo visto havia se enganado.
Nada foi dito por um momento, causando um silêncio pertubador, fazendo assim Mary dizer algo:
- Eu vou sim! E terei cuidado!
Mas ao terminar de proferir suas palavras a mulher de vermelho não estava mais lá.
Mary se perguntava se deveria ir sozinha á um gatinho que encontrara no meio do caminho. Ela pegou o gato com todo seu cuidado, como se quisesse cuidar e mimar ele para sempre. Mary guardou seu desenho, que retratava uma menina morena com os olhares vermelhos do mais puro sangue (não é a Ib kk), as vezes se perguntava quem seria essa menina que via em seus sonhos, os passando para o papel.
O céu possuia tons de laranja, vermelho e roxo, indicando que a noite acordaria, deixando o dia descançar.
- Acho que estamos perto gati... - A loira parou suas palavras e continuou a dizer. - Acho que vou te dar uma nome!
Mary pensou, e em pouco tempo já sabia o nome que daria ao gatinho preto com a mancha branca na pata esquerda.
- Você é preto... Porém, tem uma pata branca, como uma meinha... Já sei! - Exclamou ela. - Meinha! Te chamarei assim.
Assim feito, Mary foi até a galeria levando Meinha em seu colo. E com poucos passos já haviam chegado na exposição.
- Exposição de... Guar... te. Guarte... Guartena! Este é o pintor!
Mary animada entrou na exposição juntamente de Meinha. Haviam várias pessoas, o pintor aparentava ser famoso pela quantidade do publico ali presente. Todas as pessoas tinham expreções maravilhadas, mas não chegavam perto dos quadros, o que despertou a curiosidade de Mary.
As horas passaram correndo e o ultimo lugar a ser visto era o quarto vermelho. Bastou entrar junto de seu gatinho para apreciar a bela menina dos olhos de sangue, que olhavam diretamente o visitante, causando uma sensação de nervosismo e um pouco de medo.
As luzes piscaram. E novamente piscaram, porém não se acenderam. Mary com medo bateu na porta gritando por ajuda... Mas ninguém veio socorre-la.
Tudo voltou ao normal, as luzes agora estavam ligadas e Meinha continuava ao seu lado, esfregando seus pelos negros e macios em sua perna, como se fosse um ato para conforta-la no desespero. Mas nada adiantou, pois ao virar para o quadro a menina não estava mais lá. Mary se aproximou do quadro e leu a plaquinha com o nome da pintura gravado em dourado.
" A menina em forma de desespero".
Mary não havia entendido direito, mas decidiu se virar para a porta e tentar abri-la novamente. Bem... Ela teria feito isso se não tivesse paralizado... Porque? Pelo simples fato da "Menina em forma de desespero" estar em sua frente.
A loira foi empurrada e caiu dentro da moldura do quadro, onde antes estava aprisionada a menina morena.
" Os olhos vermelhos brilhavam na escuridão do mais puro desespero".
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