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História A pior das Missões - Chega de joguinhos


Escrita por: Pommie

Notas do Autor


O nosso casal acaba de dar mais um passo para frente, mal sabendo o que estava por vir...
Vamos torcer por um final feliz, hehehe.

Capítulo 3 - Chega de joguinhos


Passou-se mais algumas horas em que eles apenas andavam pelas trilhas sem se falarem mais do que o necessário, e Shikamaru percebeu que se quisesse fazer com os dois se aproximassem um pouco mais, teria de tomar a iniciativa.

A noite cairá e o clima estava frio e ventoso.  Haviam parado parados para descansar há 20 minutos, passariam a noite embaixo de um aglomerado de árvores, e havia um pequeno lago há uns 5 minutos de distância, onde Temari tinha ido buscar água e tentar pegar alguns peixes para comerem, enquanto Shikamaru tinha ficado encarregado de fazer a fogueira, tendo bastante dificuldade devido a ventania.

- Shikamaru, voltei. – a loira alertou sua presença. – Quer uma mãozinha com isso daí? – ela sorria debochada, achando graça na dificuldade que o rapaz tinha em acender uma simples fogueira.

- Pode tentar, se quiser, mas aposto que não vai conseguir, terá tanto sucesso quanto eu. – a olhou desafiador, sabia que aquilo a deixaria extremamente competitiva.

- Segure aqui para mim. – ela lhe entregou uma corda onde estavam pendurados os dois peixes que havia pescado. Foi em direção a mochila e tirou de lá um isqueiro que sempre carregava quando fazia viagens longas. Olhou para cara incrédula de Shikamaru, e sorriu de lado para ele, arrogantemente. – Para um ninja considerado inteligente como você, não pensar sequer em trazer recursos básicos para um missão que teríamos de viajar por dias, é um pouco decepcionante, hunf.

- O-oh, oye. – ele balbuciou sentindo-se um pouco envergonhado. – Por que não me disse desde o inicio que tinha esse apetrecho? Isso foi jogo baixo.

Ela acendeu a fogueira sem dificuldades, e rindo de lado.

- Pensei que você o teria, já que era para ser mais esperto que eu. – ela falou dando ênfase ao “era pra ser” – Bom, parece que eu terei de tomar conta de você, afinal.

As bochechas do rapaz avermelharam-se mais devido ao constrangimento. Ele havia saído correndo de casa para não correr o risco de perder Temari de vista, pegando só o básico das coisas que geralmente levava.

- Também não é assim, Temari. – reclamou coçando a cabeça e fazendo um bico. – Talvez eu precise de uns objetos seus emprestados e nada mais.

- Que adorável. – ela riu alto, achando graça na expressão infantil do rapaz. – Venha, vamos nos sentar e assar esses meninos.

Ele fez o que foi mandado ainda carrancudo, a olhando de lado, aquela mulher até podia ser a garota pela qual estava se apaixonando, mas não era nada fácil lidar com ela, mas pensando bem, não seria esse um dos motivos disso? O constante desafio que era tê-la ao seu lado, o fizera se apaixonar ainda mais. O sorrisinho de lado se formou sutilmente em seu rosto.

Alguns minutos depois estavam terminando de comer o assado, sentados em volta da fogueira, um de frente pro outro, sentindo o vento os gelarem. Um clima de tensão começava a se formar, era a primeira vez que passariam a noite juntos, completamente sozinhos. Shikamaru não podia deixar de encarar o rosto da mulher em sua frente, que se encontrava com o nariz, as bochechas e os lábios mais avermelhados do que o normal devido ao vento forte e frio.  E quem pesava a achar a cena a sua frente adorável era ele. Sentiu o peito acelerar levemente ao perceber que havia sido pego a encarando; desviou o olhar para o alimento em suas mãos e ela soltou um riso, fazendo-o encará-la novamente.

- O que foi, mulher? – a indagou com uma sobrancelha arqueada. – Tsk...

- Está tão bom que não consegue sequer tirar os olhos? – Temari não sabia de onde havia tirado tamanha coragem para dizer aquilo,  mas ainda estava um pouco irritada pelas ações dele com Ino, que não perderia nenhuma oportunidade em irritá-lo, fora que pegar ele lhe encarando com uma expressão suave, e até mesmo boba, fazia seu coração e corpo agir instintiva e protetoramente, não dando tempo de medir sua ações.

Shilamaru sabia pelo tom irônico, que Temari estava se referindo a si mesma, e engasgou com o pouco que restara do peixe. Tomou agua para se desafogar e se recuperando do susto ele pensou um pouco antes de responder, sem perder a oportunidade de aproximação que o havia sido dada.

- Sim, - falou dando a última bebericada na agua e levantando-se calmamente a seguir, sentando-se ao lado dela que olhava desconfiada  e com o rosto ainda mais vermelho. Sentiu ainda mais coragem ao vê-la reagir a sua aproximação, e beijou-lhe a bochecha, rápido e suavemente antes de terminar a sua sentença –a melhor que já experimentei.

A loira arfou com o ato do rapaz, mas não demorou mais do que alguns segundos para se recuperar e o encarar muito séria. O rosto dele estava muito vermelho e por dentro ela estava sorrindo com a expressão dele. Mas claro que ela não ficaria para trás naquele joguinho dele, que em sua mente devia ser um modo de brincar com ela, devido as chacotas de antes. Temari aproximou o rosto dele lhe depositando um beijo rápido na bochecha, só que pegando o canto da boca do rapaz, que quase caiu pra trás devido ao susto, pela ousadia.

Até que ele sentiu os primeiros pingos da chuva que começava a cair. Temari levantou-se de supetão, sem encará-lo, começou a recolher tudo, incluindo várias madeiras e folhas secas.

- Me ajuda, Nara. – falou secamente. – Conheço uma caverna aqui perto, mas vamos precisar disso para fazer a fogueira lá dentro, já que é úmido e chegaremos molhados. – Jogou tudo que havia recolhido dentro da mochila e os dois saíram de lá correndo.

Shikamaru não soube ao certo o que pensar. Haviam trocado um pouco de afeto, e ele estava feliz por isso, mas não conseguiu deixar de notar o modo seco e raivoso que Temari havia falado, o que o deixava extremamente confuso. Ela gostou ou não de ser tocada por ele? E se não, por que havia correspondido logo em seguida?

- Que problemático. – sussurrou para si, sentindo aquela irritação no peito.

Adentraram a caverna molhados e com frio, mas Temari rapidamente tirou as madeiras e folhas da mochila, ato que foi seguido pelo rapaz, e pouco depois a fogueira estaca acesa.

- Olhe para o outro lado, Preguiçoso! – ela falou começando a retirar a roupa encharcada.

Shikamaru arregalou os olhos em choque, não sabendo o que fazer, e soltou um suspiro engasgado, pensando erroneamente no que estava por vir.

- Te-te-temari-san, o que está fazendo? Ir tão rápido assim, não é-...

- Calado, idiota, quantos pontos de QI você perdeu depois que a guerra acabou? Bateram na sua cabeça muito forte, é?! – exclamou irritada com a insinuação do rapaz. Vire-se agora! Vou trocar de roupas para não morrer de frio, você devia fazer o mesmo, seu pervertido!

- Ah, sim. – ele exclamou alto, se sentindo um babaca, virando envergonhado, vendo as costas da mulher, onde só havia um pano horizontal que prendiam os seios. Não imaginou que isso aconteceria logo na primeira viagem deles. Shikamaru começou a se despir rapidamente e logo já estava vestido de novo. Olhou de relance para Temari, vendo no exato momento em que ela baixava a roupa na altura cintura, tendo um rápido vislumbre do corpo desnudo da moça. Ele virou de costas para ela muito, mas muito rapidamente, se a loira soubesse que tinha feito aquilo, ele seria um homem morto.

- Já terminou de se vestir, Shikamaru? Posso me virar?

- Só um segundo. – respirou fundo, tentando acalmar o peito e as pulsações que sentia no baixo ventre.

- Oh, mas você já está vestido. – ela deixou escapar, depois ruborizou fortemente.

- Oh, então você estava me espiando, Ero-Temari?! – ele se virou rapidamente, indo em direção a ela. – Depois eu que sou o pervertido. – a euforia estava estampada na voz, ainda não conseguira se acalmar.

- Quê? Eu não estava espiando, pelo contrário, só me virei porque pensei que você estava vestido, e você não tem direito de falar, já que há poucos minutos me deu um beijo, super do nada. – baixou os olhos para o chão e sussurrou a ultima parte. – aposto que faz isso com todas que sai em missão, mas eu não vou perder para você. – pressionou um dedo contra o peito dele, de forma acusadora.

Nesse momento caiu a ficha de Shikamaru, o seu joguinho do inicio do dia para deixa-la com ciúmes, a fez pensar em coisas e se precipitar os tirar conclusões. Temari estava com ciúmes, ainda, e ela mal sabia dos sentimentos dele, e pelo jeito o conhecia muito pouco, pelas conclusões errôneas que havia tirado.

Ele segurou a mão dela, que estava em seu peito, de forma carinhosa, mas a expressão em seu era dura e séria. Estava na hora de tomar uma atitude.

- Temari, - ele mal havia começado a falar, e a loira tentava se desvencilhar daquele toque, Shikamaru não permitiu – olhe para mim, chega de pensar que tudo são joguinhos. – ela o observou surpresa, por suas atitudes. – Você, e apenas você, está expandindo um lugar especial no meu coração, e isso vem acontecendo desde que você me deu aquele sermão, que me ajudou muito, ou talvez até antes daquilo, não sei, mas o modo corajoso como você age, e como é capaz e desafiadora, e como você é a shinobi mais competente que conheço, me faz querer ficar perto de você, então não se precipite e pense o que bem entender. – ele a aproximou, observando seu rosto bem de perto. – Me permite gostar, ainda mais de você?

Os olhos verdes dela tinham um brilho que Shikamaru amou ver, logo a expressão surpresa que ela havia no rosto, mudou, e mudou para um sorriso que aos olhos de Shikamaru foi muito convidativo.

- Sim. - A resposta foi curta, pois a pressa para acabar com aquela distância entre eles era grande.

Os dois moveram-se de encontro um ao outro selando os lábios; Shikamaru queria muito prensar mais o corpo de Temari ao seu, puxando ela cada vez mais para perto, mas sua excitação anterior não tinha passado e agora com o beijo que estavam trocando, havia ficado mais intensa. Mas Temari também queria mais aproximação, e ela não mais uma criança, e juntou sim, seu corpo ao dele de forma urgente, aprofundando o beijo, e sentindo a ereção do rapaz por cima das roupas, de forma natural. A passagem da língua foi pedida pelos dois lados ao mesmo tempo, que aprofundaram aquele beijo, e assim ficaram por mais um longo período de tempo. Cessaram o momento com rápidos selinhos; Shikamaru agora estava com uma das mãos enfiadas nos cabelos dela que estavam soltos e molhados, colaram suas testas e sorriram um para o outro de modo gentil.

Prepararam-se em seguida para dormir, um de frente ao outro, admirando-se, ali começara uma história feliz, mas que passaria, quando menos esperassem por terríveis momentos de provação. 



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