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História A preciosa história de uma vida perdida - Fumaça e dor


Escrita por: USagii28

Capítulo 22 - Fumaça e dor


Fanfic / Fanfiction A preciosa história de uma vida perdida - Fumaça e dor

Me pego procurando o porquê de estar fumando. Não sei, mas a sensação de estar me matando alivia a dor da morte. É algo quase inexplicável. Decido parar no quarto cigarro, guardo o maço e volto para o Velório Municipal. Meu pai pergunta do cheiro e falo de uma forma debochada que fumei. Ele sao chorando, hoje todos estão sentindo mais do que o normal. Por um momento me pergunto se fumar me levaria para uma caixinha de fósforos como a da mãe-mãe. Jogo o maço fora e finjo que aquilo nunca aconteceu. Vejo Mallu e Alicia chegando e vou cumprimentá-las. Recebo os pêsames e volto a chorar. Alicia me diz que tem um compromisso e que precisa ir. Eu e Mallu íamos caminhando para dentro da sala onde estava o caixão quando Bernardo chega me abraçando e dizendo que sente muito. Mallu e ele se olham, mas sequer ousam dizer algo então entramos na sala. Ficamos lá até que adormeço no colo de Mallu, eu estava exausta. Acordo uns minutos antes de levarem o caixão para o cemitério. Mallu informa que já ia me acordar. Eu ainda um pouco tonta começo a chorar por aquilo não ter sido um simples pesadelo. Levanto para dar um abraço no que restou da minha querida mãezinha. E acompanho o trajeto até o cemitério andando atrás do caixão de mãos dadas com Mallu e Beatrice. Estava sendo quase carregada, chorava tanto que não enchergava um palmo na frente do meu nariz. Entrando no cemitério percebo um borrão vindo na minha direção, era Marcelo. Ele diz que estava trazendo flores para o túmulo do seu pai e pergunta o que aconteceu para Mallu. O que foi muito gentil da parte dele. Caminhamos um pouco mais até a cova e enxugo as lágrimas para ver os últimos momentos dela. Meu corpo adormece e acordo em casa. Porra! Não podia ter perdido aquele momento. Caio em prantos, uma mistura de raiva e tristeza me dominam e jogo almofadas pra todo lugar. O barulho das almofadas batendo na parede só me deixam com mais raiva então mordo o maxilar e cravo as unhas nas coxas. Quando Marcelo entra no quarto corre para a cama pra me abraçar na tentativa de me acalmar. Eu lhe dou um beijo buscando conforto e nesse exato momento Mallu entra no quarto. Não me importo muito com a situação, não tenho nada sério com Mallu. Ela parece não se importar também, mas Marcelo fica paralisado me olhando até me beijar mais. Isso deixa Mallu um pouco frustrada e me faz ficar excitada, triste, e ansiosa ao mesmo tempo. O misto de sentimentos me faz deitar na cama e mudar de assunto. Pergunto dos meus irmãos e dizem que eles foram ajudar meu pai com a mudança. Ajudar com a mudança? Em dia de luto? Um mais sem noção que o outro, mas tudo bem. Peço licença e digo que preciso dormir, então acompanho eles até a porta e deito no tapete da sala. Choro até adormecer em um nível de cansaço extremo.



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