História A Precious Orphan (Imagine Suga) - Número 832...

Xxxxxxxxx P.O.V.

Andando pelas ruas escuras da cidade, tudo por causa do maldito trato... Segui meu caminho procurando o endereço que eu tinha nas mãos.

Rua. Água benta número 832

Li novamente o endereço em minhas mãos.

Segui andando, estava ficando mais escuro e o lugar por onde eu passava não tinha postes de iluminação, já que o tal "atalho" passava por vários becos e lugares muito pouco movimentados.

Peguei meu celular e liguei a lanterna do mesmo. Precisava de um pouco de luz pra no mínimo ver aonde pisava.

Senti pingos de chuva fracos caindo sobre meu casaco.

- Droga só porque eu não trouxe o guarda chuva. - coloquei o capuz do casaco e acelerei o passo.

Se eu continuasse andando naquela velocidade não chegaria nunca e ainda mais com essa chuva.

(...)

Já estava andando por duas horas eu acho.

Olhei o horário no meu celular.

01:47

Droga! Me atrasei de novo.

O combinado era 01:30

E eu ainda estava longe do lugar marcado.

Apressei ainda mais o passo, mesmo que fosse chegar mais atrasado que o normal tinha que no mínimo chegar alguma hora...

(...)

Finalmente cheguei na rua marcada agora tinha que achar a casa... Número 832...

Segui andando

(...)

824

826

828

830

832

Finalmente.

Olhei novamente o horário.

02:56

Me atrasei bastante mas no mínimo eu vim...

Apertei o botão do interfone.

.Quem é?

Ouvi sua voz ríspida do outro lado

.Sou eu chefe

.Ah finalmente! Pode entrar.

.Ok

A porta se abriu com um barulho relativamente alto, apenas empurrei a mesma como sempre fiz, entrei e bati a porta.

Pude ver todos já reunidos.

- Atrasado de novo não é mesmo Corey? - O chefe ironizou

- Sim senhor me perdoe... Mas eu moro longe entã...

- Sem desculpas dessa vez! - ele aumentou seu tom de voz que agora passou de ríspido para agressivo. - Apenas sente-se e vamos continuar.

- Sim senhor - disse e fui me sentar no lugar vago.

(...)

Velho idiota!

Era tudo o que eu conseguia pensar.

Não acredito nisso. Só porque moro longe e me atraso fico com o trabalho pesado.

Eu não devia ter firmado aquele pacto!

Se eu soubesse que tudo isso ia acontecer...

Aish! Tire isso da sua cabeça Corey!

Repeti nos meus pensamentos várias vezes enquanto fazia o caminho contrário, voltando para casa.

Baguncei meus cabelos com a mão. Aposto que estou encrencado de novo...

Olha o que você está fazendo consigo mesmo Corey! Enxergue a verdade... Antes que seja tarde demais... Se já não está tarde demais...

Maldito pacto! Velho idiota! Vida idiota!

(...)

Peguei minhas chaves e tentei abrir fazendo o mínimo barulho possível. Por sorte minha avó não escutaria.

- Corey? - ouvi ela perguntar assim que fechei a porta

Droga!

- Sim vó

- Onde estava menino? - ela veio andando e acendeu a luz

- Eu... - Pense em algo rápido Corey... - Estava vendo um negócio... Do estágio vó

- A essa hora? - ela olhou o relógio que marcava quase seis da manhã - Corey...

- Já sei vó... Você vai falar com meu pai de novo... Certo?

- Não menino. Vai se arrumar pra ir pra escola... - A olhei surpreso - É a última vez que deixo passar me ouviu bem?

- Sim senhora. Muito obrigado vó - abracei a mesma que deu um riso fraco.

Ela é como uma mãe pra mim desde que eu era pequeno. Sempre me ajuda e me defende. Só queria ser um neto melhor pra ela...

Fui até o meu quarto. Estava morrendo de cansaço mas tinha que ir pra escola, por sorte meu pai ainda não tinha acordado.

Troquei minhas roupas que estavam molhadas, e peguei minha mochila.

Mais um dia...