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História A Primeira Carta - Barreiras, Muralhas e Alarmes Ignorados


Escrita por: TekaMay_pabo

Notas do Autor


Estou aqui para entregar meu presente (ou parte dele) à alguem que eu amo muito, muito, muitíssimo de coração. Minha gêmea, minha tudo, @Sarah-A essa pessoa que eu não quero largar nunca, nunca!

Capítulo 1 - Barreiras, Muralhas e Alarmes Ignorados


A vida inteira lidei com idas e vindas. Tive que aprender a desapegar fácil de tudo e de todos, até chegar ao ponto em que já nem me apegava mais a ninguém por conhecer bem a dor que a distância causa.
Com o tempo, fui levantando pequenas barreiras. Barreiras estas que foram crescendo e crescendo, até se tornarem muralhas. E com isso, passei a me guardar no interior de várias camadas, me protegendo dentro de mim das mágoas que poderia sentir.

Cada tijolo foi posto com minhas próprias mãos e unidos por minhas lágrimas. Cada experiência, cada despedida, cada decepção. Absolutamente tudo foi servindo de material para construir minha fortaleza.

Mas sou humana e humanos são falhos. A fortaleza é segura, porém, não é impenetrável. Algumas vezes eu permiti chegarem perto do meu interior. Permiti que atravessassem algumas das camadas. Permiti me aproximar. E, na maioria das vezes, fui ferida. Ou pela pessoa ou pela sorte.

E é por isso que me afasto. Um mecanismo de defesa criado ao longo dos anos, no qual me faz me afastar quando estou me apegando. Quando sinto que abrirei as portas. Então volto a me aproximar quando o perigo passar e se ele voltar, volto a me afastar. É um meio de manter o interior intocável, mas que machuca.

Dentro da minha fortaleza é seguro, mas também é solitário. Sou a única que me conhece por completo e essa ideia é, ao mesmo tempo, atraente e deprimente. Se somente eu me conheço, somente eu sei minhas fraquezas e ninguém me afeta. Mas eu gostaria que mais alguém também me conhecesse tão profundamente que saberia me curar, pois saberia o que em mim está realmente quebrado.

Gostaria, também, de ser essa pessoa para alguém, mas sei que para isso devemos nos abrir por completo e deixar que esse alguém te conheça para poder confiar em você. Gostaria de tantas coisas que me parecem tão distantes, mas te conhecer, de alguma forma, aproxima algumas delas um pouquinho mais.

Logo você, que num acaso apareceu. Aos poucos nos conhecemos e nos aproximamos e nos descobrimos. Almas gêmeas separadas injustamente pela distância e parentesco, mas que na essência foram criadas para serem irmãs.

E lá fui eu abrir os portões, mesmo com o alarme soando, mesmo com o mundo me dizendo "não é uma boa hora". Contigo eu sinto que posso sim deixar alguém entrar, que posso permitir que alguém me conheça. Contigo me sinto confortável e por isso tenho mais medo. Aquela voz ainda diz que eu devo me trancar e me convencer de que está certa com mil argumentos (validados pelas minhas experiências), e une-se ao meu medo, mas mesmo assim, tenho lutado contra isso.

Eu não menti quando fiz minhas promessas, espero cumpri-las. Só peço a ti paciência e que não desistas de mim. Entre sorrisos e brincadeiras, sou firme e séria nas minhas palavras. Um dia nos encontraremos e eu poderei finalmente silenciar os alarmes que soam dentro de mim. Se é pelo medo da distância, medo pela incerteza, então isso se resolverá. Tenho fé nisso.

Não tenho muito a te dar além dos meus sentimentos mais verdadeiros, expressados nesta carta. São poucas palavras, eu sei, mas porque não acredito em palavras vazias, prefiro que sejam poucas mas carregadas de significado.

E aproveitando que ainda estou séria e não comecei com as piadas que servem apenas para tirar a seriedade das minhas palavras, darei fim a esta carta.

Da palhaça sem graça que ousa te chamar de irmã gêmea.


Notas Finais


Te darei esta carta escrita no dia em que nos encontrarmos, pra ficar um negócio bem viado mesmo porque se não for viado não sou eu (?)

Desculpa não te dar algo de valor material, sou pobre sim e mesmo que tu não sejas materialista, eu sou quando o quesito é presentear, então cancela o que eu disse e não me desculpa, não u.u

Agora vou sair de fininho aqui.

XOXO


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