História A primeira inscrita - Carona

  Eu tinha acabado de descer as escadas do Prédio com um sorriso estampado no rosto, olho para o céu e vejo um clima nublado e chovendo, eu pego minha camisa xadrez, a levanto um pouco cobrindo minha cabeça e fui andando rapidamente para o ponto de ônibus, eu dava passos largos naquelas calçadas molhadas, até que um carro encosta ao meu lado.

  - Ei! - Me chamou, eu reconhecia a voz, eu olhei e vi ela, sim, a Flávia.

  - Flávia? O que faz aqui? - Perguntei para ela.

  - Te explico depois, entre no carro - Eu andei até lá,  entro na porta de trás aonde a Flávia estava sentado, eu entro, cumprimento seu pai que estava dirigindo.

  - Ta, agora me diga, o que faz aqui? - Persisti enquanto estava ofegante por causa da corrida.

  - Vim comprar algumas coisas para meu irmão, ele vai passar uns dias aqui em casa - Respondeu, logo lembro quem era, mas quis confirmar.

  - Aquele lá que implicou comigo? - Me referi quando viajei para o evento com ela e fomos até a casa de sua família.

  - Sim... - Eu reviro os olhos.

  - Boa sorte para você então, vai precisar - Brinquei.

  - Hahaha, engraçadinho - Falou ironicamente.

  - Estou mentindo? Ele realmente torra a paciência de qualquer um! - Argumentei.

  - Não é porque ele foi grosso contigo que ele é com todos, Rafa.

  - Mas eu dei motivos para ele me tratar daquele jeito? - Ela fica em silêncio por um tempo.

  - Esse não é o ponto.

  - Parem de discutir, crianças - Falou o pai dela.

  - Crianças? - Falou Flávia envergonhada.

  - Sim - Respondeu. Eu e ela ficamos em silêncio - Afinal, você é o tal Youtuber, não é? - Disse para mim. 

  - Sim, sou - Respondi.

  - Ah, minha filha fala muito de você 

  - Pai! - Disse ela e ele começa a rir.

  - Estou mentindo? Ela vive falando de você - Eu fico em silêncio sem ter o que falar, somente faço um pequeno sorriso e tento não parecer que estou envergonhado, eu olho para ela e estava do mesmo jeito - Sabe, vocês formam um casal perfeito, não sei como não namoram ainda - Me surpreendo com a fala dele, afinal, um pai dizendo isso, era algo de se impressionar.

  - N-Nós somos somente amigos - Falou Flávia por mim.

  - É, infelizmente... - Eu não sabia o que falar, tampouco reagir, sério, aquilo estava muito estranho - Ele é melhor do que aquele zé droguinha que você namorou há anos atrás - Eu olho para ela novamente.

  - Do que ele está falando? - Perguntei com uma voz calma.

  - De ninguém, Rafa - Respondeu um pouco mais grossa, depois disso todos ficamos em silêncio naquele clima tenso. Chegamos em nossa cidade, mais especificamente na casa da Flávia, eu ia descendo para ir andando até minha casa.

  - Fique um pouco ai em nossa casa, está cedo ainda - Disse seu pai.

  - Não quero incomodar, obrigado - Falei educadamente.

  - Que isso, não irá incomodar - Sorriu para mim, eu olho para Flávia e ela vira o olhar.

  - O-Ok... - Disse envergonhado...