História À Primeira Vista - She's Coming!

Saí da casa de minha mãe ainda com lágrimas nos olhos. Eu seria mãe novamente, mas agora meu mundo era completamente cor de rosa.

Estacionei meu carro em frente a uma loja de bebê e comprei um pequeno presentinho para Killian. O coloquei dentro de uma caixinha bege e embrulhei com papel presente.

Cheguei em casa e ele não se encontrava na sala e nem na cozinha. Deixei minha bolsa no sofá da sala, peguei o pequeno embrulho e o chamei:

- Killian?

- Estou no quarto! – ele respondeu.

Subi e ao adentrar o quarto, vejo que ele estava tentando passar o colete, mas cheguei a tempo de ele não causar nenhum dano em seu couro.

- O que está tentando fazer? – perguntei pegando o ferro de sua mão.

- Tentando ser útil pelo menos uma vez na minha vida! – ele disse cabisbaixo.

Desliguei o ferro e o abracei.

- Ah, você é útil. Você me faz feliz. Isso já não basta? – perguntei olhando em meu oceano particular.

- Já basta, sim! – ele disse colando seus lábios nos meus.

Separei nossos lábios e lhe entreguei o pequeno embrulho. Ele me olhou em sem entender nada.

- O que é isso, love?

- Abre. É para você! – eu disse animada.

Ele abriu e dentro da caixinha havia um par de sapatinhos cor de rosa. Ele me olhou ainda sem entender.

- Mas, o que isso significa? – ele me olhou e logo viu meu sorriso indo em direção à minha barriga. Lágrimas surgiram em seus olhos e seu enorme sorriso se abriu.

- Sim, meu amor! Estou grávida! – sorri.

As lágrimas em seus olhos não paravam de cair. Sorrindo, ele logo me abraçou e me rodopiou.

- Eu vou ser pai! EU VOU SER PAI! – ele dizia e gritava enquanto girávamos. Quando paramos, ele se ajoelhou e depositou um beijo em minha barriga. – Obrigado, Emma! Eu te amo! – ele me beijou.

- Eu que agradeço a Deus por esse nosso presentinho!

- Já fez exames? É um piratinha ou uma princesa? Vai ter que tomar remédios? Neonatal? – ele dizia sem parar.

- Killian, calma! – eu disse rindo.- Respondendo suas perguntas: um, ainda não fiz exames; dois, não terei que tomar remédios e terceiro, começo o neonatal no próximo mês. – ele ouvia com atenção.

- Ah. Mas, é um piratinha ou uma princesa? – ele perguntou ansioso.

Sorri e decidi fazer um mistério, mas do jeito que eu o conhecia, ele não aguentaria por tanto tempo.

- Nós teremos... uma linda princesa! – eu disse sorrindo e depositando a mão na barriga. – De acordo com minha mãe, já estou com um mês e meio de gestação!

- É menina? Teremos uma princesa? – eu balancei a cabeça afirmando. – Precisamos de nomes... – ele fez uma cara pensativa. – Que tal, Clotilde? Margareth? – o olhei incrédula enquanto ele falava.

- Killian, de onde você tirou esses nomes?

- Ah, eu vi Henry assistindo algumas imagens de filmes, seja lá o que for, e gostei desses nomes.

- Ah, Capitão. Pois eu já escolhi o nome perfeito para essa princesinha! – eu sorri.

- Qual? – ele perguntou e logo deu um sorriso assim que falei em seu ouvido. – Você venceu! É um nome digno de princesa! – ele sorriu.

7 meses depois ...

Esses últimos meses de minha gravidez foi tranquilo, fora os enjôos e os desejos que eu tinha. Tudo o que não senti na gravidez de Henry, eu senti tudo com essa garotinha.

Minha mãe organizou, durante esses meses, junto com Regina e Zelena, os últimos preparativos para meu chá de bebê. Decidimos fazer a festa no salão da Prefeitura. Acreditem ou não, foi idéia da própria Regina. Entrei no local e meu mundo cor de rosa estava lindo. As cortinas em rosa bebê, uma mesa com vários doces e guloseimas, lembrancinhas, tudo perfeito.

Todas as minhas convidadas perguntavam repetidamente o nome de minha princesa e elas sempre tinham a mesma resposta: “Somente no dia do batizado. Comigo foi assim, com minha filha será a mesma coisa.” Tiramos várias fotografias e fizemos inúmeras brincadeiras.

- Emma, estava tudo lindo! – me disse Belle.

- Obrigada pela presença! – eu disse a abraçando.

Quando bateu o horário das 19:00hrs, as pessoas já começavam a ir embora, sobrando eu, minha mãe, Regina e Zelena. E então aconteceu. De repente, senti uma dor insuportável e não parava. Eu gritava de dor e logo senti algo molhado descendo pelas minhas pernas.

- EMMA! – ouvi minha mãe gritar.

- SNOW, OLHE! A BOLSA ESTOUROU! -Regina gritou.

Ela estava vindo. Minha princesa estava a caminho. Em uma nuvem de fumaça, Regina nos tele transportou para o hospital e logo Whale veio acompanhado de enfermeiras.

- Esperem aqui! Assim que tivermos notícias, eu aviso! – ele disse se virando.

- ESPERA! AAAAAAAAAAAA – eu dizia enquanto as dores aumentavam. – MÃE, LIGUE PARA O KILLIAN. EU PRECISO DELE AQUI! – consegui dizer antes de Whale me levar para a sala de parto.

- FAÇA O QUE PUDER, WHALE! – ouvi minha mãe gritar até que as portas da emergência se fecharam.

As enfermeiras me ajudaram a ir para a cama do hospital e logo Whale entrou na sala.

- Bom, Emma. Vamos lá? – ele dizia enquanto eu respirava. – No três! Um, dois, EMPURRA! – gritou ele.

Eu empurrei. Empurrei como se fosse a última coisa que eu iria fazer nessa vida.

- MAIS UM POUCO, EMMA! ESTOU VENDO A CABEÇA! -Whale gritara de novo.

Empurrei mais forte ainda. E, passou a ecoar no ambiente a mais bela melodia que eu já havia ouvido. Seu choro suave preenchia a sala. Ela havia chegado.

- Parabéns, Emma! – Whale disse enquanto a entregava para mim.

Ela era linda. Realmente linda. Seus lindos fios louros, seus olhinhos eram de um azul oceano, sua boca e pele, perfeita. Whale me deixara sozinha com minha pequena, quando escuto batidas na porta.

- Ai Emma, ela é linda! – minha mãe já chorava.

- Uau! – disse Regina.

- Regina? O que foi? – perguntei.

- Ela é a cara do Killian! – ela disse.

- Ah, eu acho parecida com Emma! – disse Zelena.

- É uma mistura dos dois. Não é, meu amor? – eu dizia olhando a perfeição que era aquele pequeno milagre.

- EMMA! – ouvi a voz de Killian no corredor.

- Estamos aqui! – eu disse e olhei para minha filha. – Papai está chegando para ver você! – falei e ela abriu um sorrisinho. Ele apareceu na porta do quarto e adentrou. Seus olhos foram dos meus para o pequeno ser em meus braços. – Parabéns, papai! – eu disse e ao mesmo tempo suas lágrimas começaram a cair.

- Oi, minha princesa! É o papai! – ele colocou sua mão na pequena mãozinha e ela abriu seus olhinhos acompanhados de um sorriso. Minhas lágrimas caíam de felicidade. Ele sorriu e me beijou.

Fiquei no hospital durante dois dias. As enfermeiras me ajudavam a trocar a fralda, dar banho, e outras coisas que eu não lembrava mais. Logo estávamos em casa e vi o quarto de minha princesa. Killian e meu pai, com a ajuda de Henry e Robin, montaram todo o quartinho dela e organizaram tudo que ganhei no chá de bebê há três dias.

Naquela tarde, fomos até o Granny’s. Estava na hora de todos conhecerem a nova princesa da família.

- Hoje é um dia muito especial. Hoje você conhecerão oficialmente nossa princesa. – eu dizia enquanto passava nossa filha para os braços de Killian. – Uma vez, minha mãe me disse, que na realeza os novos integrantes da família são apresentados ao público em seu batizado. Com minha filha não seria diferente. Portanto, eu e Killian, decidimos que a nossa princesa receberá o nome de... – pude ver os olhares ansiosos, felizes e que não aguentavam mais esperar. Ao meu lado, sentada próximo ao balcão com meu pai e Neal, minha mãe chorava descontroladamente, mas eu sabia que ela estava feliz.

- Mãe, qual o nome da minha irmãzinha. Fale de uma vez! – disse Henry.

- Nossa princesa recebeu o nome de: Olívia! – sorri.