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História À Primeira Vista - Lágrimas e Desespero


Escrita por: leamaral

Notas do Autor


HELLO HELLO!
Estou de volta com mais um capítulo para vocês.
Confesso que minha cabeça estava cheia de idéias ao mesmo tempo para encaixar o Neal nessa história e até que eu curti o resultado. Leiam com atenção para entender um pouco desse capítulo.
Espero que gostem tanto quanto eu.
Boa leitura ♥

Capítulo 2 - Lágrimas e Desespero


Fanfic / Fanfiction À Primeira Vista - Lágrimas e Desespero

Após longas horas de trabalho, finalmente o expediente havia chegado ao fim. Arrumei minha mesa para o dia seguinte, peguei minha bolsa e caminhei em direção do elevador que não ficava muito longe de onde eu sentava. Apertei o botão para o térreo e quando a porta ia se fechando, uma mão a impediu de se fechar. Era ele.

Ele estava ali. Do meu lado. O que fazer? Como agir? Nada vinha a minha cabeça para sequer começar algum assunto. Ele era tão lindo que não pude deixar de olhar o formato do rosto, os olhos perfeitamente azuis, lábios carnudos, e... e....

Fui descoberta.

Um oceano invadiu a minha alma de uma forma maravilhosa. Aqueles olhos me olhavam com ternura, com carinho. Tudo bem que eu tinha o Neal, mas, ele não me olhava da mesma forma. Ele prendeu seus olhos aos meus e um sorriso surgiu em seus lábios. Uma onda de sentimentos surgiu dentro de mim que era praticamente inexplicável. O que estava acontecendo comigo?

- Emma? – sua doce voz dizia. – Está tudo bem?

Saí do transe sem saber o que dizer.

- Desculpe, o que?

Ele fez aquela cara de quem não está entendendo nada e quem não estava entendendo nada era eu.

- Você ficou ai parada sem piscar, só perguntei se está tudo bem!

- Ah, claro! É que ... É que estou animada porque irei encontrar meu filho no Starbucks. E é impossível ser infeliz com aquele garotinho. – eu disse sorrindo e tentando distorcer a conversa.

- Você tem um filho? Quantos anos tem? – ele me perguntou.

- Tenho 25. E qual o problema ter um filho? É a maior dádiva que Deus pode nos dar nessa vida. Claro, que criei ele sozinha, o pai quase não era presente, e meus pais me abandonaram quando eu era um bebê, então...

- Espera, você foi mãe aos 17 anos, o pai da criança quase não vê o filho... Emma, você é uma guerreira. Nunca havia ouvido uma história parecida.

Eu sorri. Sorri como nunca havia feito antes. A porta do elevador se abre, e fico sem jeito que a minha corrida até a porta principal do edifício foi em questão de segundos. Cheguei o mais rápido que pude em frente ao Starbucks e Henry já estava a minha espera. E não estava sozinho.

- Ei, você por aqui? O que houve? Ta sempre ocupado no trabalho! – eu o cumprimentei lhe dando um beijo.

- Hoje meu chefe decidiu dar um pouco de descanso para os funcionários e então, Henry me disse que vocês viriam para cá, e aqui estou!

Neal era meu namorado. Pai de Henry. Quando o garoto nasceu, ele simplesmente sumiu no mundo e dizia que não ia assumir a criança. Claro que nunca havíamos contado isso para Henry por ele ser muito novo e ser um assunto inapropriado para uma criança da idade dele. Mas, depois que ele arrumou um emprego em uma empreiteira e administra as obras da empresa.

Pedimos o velho chocolate quente com chantilly e canela. Riamos de uma piada que Henry havia ouvido na escola, quando fomos surpreendidos por uma figura que eu conhecia muito bem.

- Dr. Jones? A que devo a honra? – eu perguntei e percebi que ele olhava de Henry para Neal e de Neal para mim.

- Como vai, Emma? – ele perguntou.

- Bem, obrigada!

Seus olhos foram para Henry, que sorria.

- Esse deve ser o...?

- Henry! –meu filho disse com sua voz alegre

- Toca aqui, campeão! – Dr. Jones levantou a mão e Henry correspondeu ao toque.

Eu e Henry sorríamos com sua alegria diante do Dr. Jones. Até Neal acabar com a brincadeira.

- Emma? – ele sussurrou.

Eu, Dr. Jones e Henry riamos das piadas que meu filho nos contava, mas logo em seguida, foi a cena mais vergonhosa que já passei em toda a minha vida.

- EMMA! – Neal gritou quebrando um copo no chão.

Eu fiquei sem reação e sem entender o porque daquilo tudo. Olhei para Henry e o mesmo estava assustado com a atitude do pai.

- Neal, o que é isso? – perguntei incrédula. Aí eu pensei. Não, não, não. Crise de ciúme nessa altura do campeonato, não!

- VOCÊ NÃO ME DÁ ATENÇÃO. SÓ FICA AÍ RINDO COM SEU CHEFINHO E COM O MEU FILHO! – ele gritava tanto que o restaurante parou para nos olhar. Meu rosto queimava de vergonha.

- Ei, não fala com ela assim. Ela só esta se divertindo com as piadas que o seu filho esta contando para mim! Se está com raiva, fala comigo.

- Dr. Jones, não se preocupe. Já estávamos de saída, não é? – eu disse olhando com raiva para Neal.

Ele não me ouvia. Seus olhos. O ódio transbordava em seus olhos de um jeito que eu nunca tinha visto. Henry chorava desesperado e me abraçava forte.

- Calma, querido. Eu estou aqui! – eu tentava acalmá-lo.

Eu levei Henry para a porta do restaurante onde não dava para ouvir a confusão do lado de dentro. Ele estava com medo. Olhei novamente para o restaurante e pude ver Neal dar um soco extremamente forte em seu adversário.

- Fica longe da minha namorada, seu miserável! – Neal dizia.

Dr. Jones caiu no chão e me olhou. Ele podia ver o desespero em meus olhos e nos de Henry. Aquilo tinha que acabar.

- Você quer brincar? Então vamos brincar! – disse Dr. Jones enquanto se recuperava do soco que levara. 

Ele levantou a mão para aplicar o golpe em Neal quando segurei o seu braço.

- PAREM! VOCÊS NÃO ESTÃO VENDO QUE O MEU FILHO ESTÁ ASSUSTADO? - eu gritei. Ambos olharam para Henry que se escondia atras de mim assustado e com o rosto molhado de tanto chorar. Lágrimas também escorriam pelo meu rosto. - Neal, vamos para casa. AGORA!

Ele não se movia. Eu já estava cansada daquele tumulto, de ver meu filho naquele estado. Quando percebi que ele não iria reagir, peguei a mão de Henry e minha bolsa e deixei o local. O ouvi chamar meu nome, mas não olhei para trás.

Chegando em meu apartamento, vi que Henry parara de chorar. Ele me olhava com os olhos inchados e tristes. Ele me abraçou forte.

- Oh, filho. Eu não queria que você presenciasse aquela cena! - eu disse tentando acalma-lo.

- Mamãe, eu...eu não quero mais que o papai venha aqui em casa. Nunca mais quero falar com ele. - sua voz falhava enquanto ele falava enquanto chorava novamente.

- Mas, Henry, ele é seu pai!

- Mamãe, um pai não faz o que ele fez. Um pai leva o filho no parque, joga bola, se diverte. Ele nunca fez isso! Ele nem me quis quando nasci e...

- Eu sei, filho. Não fala assim, ele pode melhorar. Tenho esperança!

- Não mamãe, o papai não tem mais salvação. Eu odeio ele! - ele disse enquanto se virava e corria para o quarto.

Eu era forte o suficiente para guentar qualquer coisa, mas ver meu filho naquele estado, realmente não tinha o que perdoar. Eu precisava ter uma conversa muito séria com Neal.

Passados uns quinze minutos, ele passa pela porta e logo me vê sentada no sofá de braços cruzados.

- Emma, me descul...

Não esperei ele terminar de falar.

- Precisamos conversar!

Ele me olhou de forma assustada.

- Emma, por favor, me perdoe! Eu nao queria causar confusão, foi aquele seu chefe que me tirou do sério.

- NÃO QUERIA CAUSAR CONFUSÃO? - gritei,mas logo lembrei que Henry estava no quarto e poderia ouvir a discussão.

- Eu realmente não queria causar confusão, Emma. Por favor, me perdoe!

Eu fiquei em silêncio apenas observando. Uma voz invadiu o ambiente nos deixando surpresos.

- Não é para ela que você tem que pedir perdão. É pra mim. E de mim, você nunca terá o perdão. Você transformou minha noite de sonhos em um pesadelo. - Henry dizia e chorava ao mesmo tempo.

- Henry, eu nao queria!

- Queria sim. É só isso que você sabe fazer. Arrumar confusão!

- Filho, perdoa o papai? - Neal fazia um olhar de arrependimento muito suspeito. Henry era de um gênio forte igual a mim, ele não ia engolir essa história.

- Vai embora. - ele sussurrou.

Meus olhos o olharam surpresos.

- O que? - Neal perguntou.

- Você ouviu, Neal, vai embora. Ele está assustado! - eu disse com a voz quase falhando.

- Tudo bem. Amanhã eu volto para te ver, tá?

Henry balançou a cabeça negando.

- Eu não quero mais você aqui na minha casa. Nunca mais quero te ver! - ele se virou e correu para o quarto chorando.

- Neal, eu também não te quero mais aqui!

Seu olhar de raiva atingiu meu rosto.

- O que está dizendo, Emma?

Eu estava decidida. Eu tinha a firmeza na voz.

- Acabou! - eu disse.

Neal ficou sem reação. Eu já esperava que Henry fosse agir assim. Ele nunca foi um pai presente, e até hoje não entendi porque decidiu voltar. Ele me olhou e saiu. Tranquei a porta e fui para o quarto de Henry.

- Henry?

Ele estava em sua cabana no canto oposto do quarto escondido.

- Ele já foi, mamãe? - ele me perguntou. Pude sentir o medo e a trizteza em sua voz.

- Já sim, meu anjo! Ele nunca mais vai atormentar a gente, tá bom? - tentei manter a calma na voz, mas eu estava tão assustada quanto ele. - Vem, está na hora de você dormir!

Ele deitou na cama e coloquei a coberta por cima de seu pequeno corpo. Me levantei, fechei a janela e acendi o abajur. Henry tinha medo do escuro.

- Mamãe?

O olhei e fui até ele.

- Sim, meu amor?

- Fica aqui até eu dormir? Tenho medo de ter pesadelos.

Sorri e deitei com ele na cama. Ele adormeceu rapidamente. Seu rosto ainda transbordava o medo mas depois de um tempo, ficou terno novamente. Depositei um beijo em sua testa e sai de seu quarto fechando a porta.

Chegando na sala, ouvi uma batida na porta. Porque ele voltou? O que ele queria? Abri a porta com vontade, esperando uma nova deculpa, mas no momento em que o vi, meu coração parou.

- Emma?

- Dr. Jones? O que faz aqui?

Ele sorriu para mim e eu continuava sem entender.

- Quer conversar? 


Notas Finais


Eaí? Dr. Jones apareceu na porta da Emma :OOOOOOOOOOO
Ainda to besta com esse capítulo hahahaa nem acredito que tudo isso estava na minha cabecinha.
Gostaram? O próximo capítulo vai vir com tudooooo
Beijos ♥


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