No dia seguinte, acordei no horário de sempre. Henry dormira na casa de Regina, pois ela levaria ele é Roland para a escola. Tomei banho e fiz minhas higienes. Preparei meu tradicional café da manhã, me arrumei e fui para o serviço. Chegando, logo Olívia veio ao meu encontro.
- Amiga, não veio trabalhar ontem. Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou assustada.
A olhei tentando arranjar uma desculpa, mas ela me conhecia tão bem.
- Neal. – respondi.
- Vocês brigaram? – ela tinha um olhar triste. – Oh, sinto muito, Emma! – ela dizia me abraçando.
Ah, devo dizer que minha amiga Olívia era meio doidinha. Seus cabelos negros eram longos, olhos verdes e grandes, e vivia de batom vermelho. Ela sempre me lembrou alguém e nunca soube quem é. Eu ia perguntar, mas ouvimos o barulho do elevador se abrindo. Era ele chegando.
Terno preto, gravata azul marinho o deixavam mais lindo do que ele já era. O olhei querendo sorrir mas eu consegui me conter. Assim que ele abriu a porta da sua sala, ele fez sinal para que eu entrasse. Peguei meu caderno e minha caneta, entrei.
Logo que fechei a porta, braços ao meu redor e beijos me atingiram de uma forma maravilhosa.
- Bom dia, namorada! – ele sussurrou a última palavra me fazendo sorrir.
- Bom dia, namorado! – respondi e o beijei da forma mais apaixonada possível.A forma como nos encaixávamos no corpo um do outro eu nunca havia sentido. Namorei o Neal mas não era a mesma coisa. A única coisa boa que ele me deu, foi meu filho. Meu bem mais precioso.
- Ei, devagar. Estamos no trabalho! – eu disse me separando de seu beijo. Ele me olhava sorrindo e levantou as mãos se rendendo.
- Desculpa, mas o que eu posso fazer se sou louco por você? – ele disse e não consegui não sorrir.
- Ah, eu também sou louca por você, meuamor! Mas, voltando ao trabalho, já encerrou o processo da Srta. Scarlet? – perguntei.
Ele suspirou de tristeza por não me ter ali, mas aceitou de bom grado.
- Sim, foi por justa causa. O marido batia nela e nas filhas. – ele dizia me mostrando a foto que estava em cima de sua mesa. A moça era muito bonita e beirava os seus 50 anos. As filhas eram lindas. Uma com cabelos negros e a outra com cabelos ruivos. A garotinha de cabelos escuros era muito familiar.
- Ouvi dizer que ela trocou de nome! – eu dizia olhando bem atentamente para a foto.
- Sim, na verdade ela se chama Cora. Não sei porque trocou de nome.–ele disse.
- E as filhas?
- Ah sim, Regina e Zelena. Hoje essas duas não se bicam nem por decreto.– ele me explicou. Mas, espera aí. A Regina, minha vizinha, também me disse uma vez que tinha uma irmã que não falava muito com ela e não se viam há anos.
- Killian, e se a Regina, minha vizinha, for essa menina da foto? – perguntei olhando para ele assustada.
- Podemos investigar! – ele disse sorrindo. – Agora, eu quero um beijo antes de você passar por aquela porta e fazer os seus devidos telefonemas.
Sorri e o beijei. Minha mão agarrava seus cabelos enquanto as suas me mantinham por perto. Toda vez que ele me beijava, eu me sentia no céu. Sorriamos durante o beijo e nos permitimos trabalhar antes que alguém entrasse e pudéssemos perder nossos empregos. Lhe dei um último beijo e sai da sala indo em direção da minha mesa para passar os telefonemas.
No final do expediente, esperei todos irem embora pois Killian me levaria para casa. Perdi a noção do tempo quando senti seu abraço por trás de mim enquanto eu terminava as anotações do dia.
- Podemos ir, meu amor? – ele perguntou.
- Podemos. Eu só estava terminando as anotações da Srta. Scarlet para poder passar para o sistema. – eu disse ajeitando os papéis e desligando o notebook.
Peguei minha bolsa, entrelaçamos nossos dedos e fomos para meu apartamento. Passei na casa de Regina para buscar Henry.
- Mamãe, hoje foi tão legal na escola. Oi Killian! – disse fazendo o toque.
Ele correu para casa com Killian e olhei para Regina.
- Obrigada por ficar com ele. Henry gosta muito debruçar aqui com Roland! – sorri.
- Por nada, Emma. Sempre que precisar, pode contar comigo! – ela disse sorrindo. Me viro e sigo para meu apartamento.
- Mamãe, podemos fazer um programa família hoje? Por favor! – ele perguntou se ajoelhando aos meus pés.
- Tenho uma ideia melhor. Que tal, uma festa do pijama só nós três? Podemos fazer guerra de travesseiros, pipoca com coca cola e podemos “acampar” aqui na sala. O que acha? – vê-lo sorrir como nunca havia visto, já era gratificante para mim.
- LEGAL! VOCÊ É A MELHOR MÃE DO MUNDO! – ele disse e correu para perto de Killian. –OUVIU ISSO, KILLIAN? FAREMOS UMA FESTA DO PIJAMA!
Killian ria da risada de Henry. A felicidade dele era contagiante o que nos permitiu rir também. Ele saiu correndo e correu para o chuveiro.
- Ei! Me ajuda a arrumar a sala? – perguntei a Killian que me respondeu com um sorriso. Logo empurramos o sofá para a parede, as poltronas foram colocadas ao lado do sofá e a mesinha de centro foi colocada em meu quarto. Tínhamos um espaço amplo apesar do apartamento ser pequeno. Enquanto Henry estava no banho, colocamos os colchões na sala e enchemos de almofadas coloridas. Henry apareceu na sala com seu pijama de super herói e o sorriso apareceu novamente.
- Bom, vocês continuem a preparar tudo que eu vou tomar um banho e eu volto já! – falei e corri para o banheiro.
Killian POV
Hoje foi um dia puxado no trabalho. Só não foi trágico porque eu tinha minha fiel escudeira e namorada mais linda do planeta para distração. Naquela noite, teríamos festa do pijama. Eu nunca havia feito uma festa do pijama em minha casa. Pegamos Henry na casa da Regina e seguimos para o apartamento de Emma.
O garoto estava totalmente descontrolado pelo fato da mãe ter dado a ideia da festa do pijama. Ele foi para o banho e eu ajudei Emma a arrumar a sala. Colocamos os colchões e acrescentamos almofadas coloridas. Ficou bacana. De canto de olho, vi o garoto correndo em direção a sala com seu pijama de super herói é um sorriso enorme brotou em seu rosto.
Henry era como um filho para mim. Ele era um menino de ouro.
- E aí campeão, o que achou? – perguntei mostrando a ele a decoração.
- FICOU MUITO LEGAL! VAMOS NOS DIVERTIR MUITO HOJE! AINDA BEM QUE É SEXTA FEIRA! – ele dizia pulando no colchão.
Pouco tempo depois, eu tive a visão do paraíso. Ela vinha caminhando pelo pequeno corredor que ligava a sala ao quarto. Pijama rosa com bolinhas brancas e azuis, um corpo incrível e cheia de vergonha. Eu estava na sala mas minha mente estava em um mundo paralelo.
- Uau! – foi o que consegui dizer. Ela me olhou envergonhada e sorrindo. Suas maçãs no rosto estavam extremamente coradas e então, caminhou até mim.
- Só falta você colocar o pijama.- disse ela prendendo o cabelo em um coque frouxo. Eu tinha a namorada mais linda desse mundo.
- Tudo bem, eu já venho! – eu disse lhe dando um beijo. Aquela noite de diversão, seria simplesmente inesquecível.
Emma POV
Coloquei meu pijama rosa com bolinhas brancas e azuis, arrumei meu cabelo num coque frouxo e segui para a sala. Sigo o corredor e encontro Killian com seus olhos presos em meu corpo e logo em seguida em meus olhos. Sorri e fui até ele depositando um beijo em seus lábios.
- Só falta você colocar o pijama! – eu disse sorrindo e arrumando meu coque.
- Tudo bem, eu já venho! – disse ele me dando um beijo e seguindo para o banheiro.
Enquanto eu estava ajudando Henry a preparar a pipoca para nossa festinha, eu já havia deixado separado os ingredientes para o famoso brigadeiro de colher. Assim que terminou de preparar a pipoca, Henry foi sentar no colchão enquanto assistia desenhos na TV e eu começava o brigadeiro.
Leite condensado, chocolate em pó, manteiga e creme de leite. Uma mistura perfeita. Aprendi a fazer brigadeiro em uma viagem com minha turma da faculdade, antes de engravidar de Henry, para o Brasil onde ficamos uma semana. É um país incrível. A cultura, as pessoas, os locais de turismo. Confesso que gostei bastante do Rio de Janeiro. As praias lindas, a areia fofa, sem falar no sol de todos os dias.
Saí dos meus pensamentos quando sinto braços a minha volta. Killian. Senti seus lábios em meu pescoço, e eu ria pois eu tinha muitas cócegas naquela região.
- Que cheiro gostoso! O que é? – ele perguntou ainda me abraçando.
- Brigadeiro de colher. Conhece? – perguntei sorrindo enquanto misturava os ingredientes.
- Não. Na verdade, nunca comi! – disse ele me dando um beijo. – Te espero ali com o Henry, tudo bem? – ele disse indo em direção ao meu filho.
Cerca de uns vinte minutos depois, coloquei a mistura em um prato e coloquei na geladeira. Peguei a coca cola, três copos e fui me juntar aos dois. Killian havia preparado um filme para assistirmos. A escolha do filme não foi muito fácil, porque Henry queria filme de aventura, eu já gosto de um romance e Killian queria ação. Tiramos a sorte no palitinho e como sempre, Henry ganhou.
- Ei, não é justo, filho! Você sempre ganha! – reclamei rindo.
Ele ria e colocava as mãos para cima como quem tem a vitória. Killian o surpreendeu com um travesseiro que em poucos segundos soltava penas para todo lado. Henry pegou um travesseiro e começaram a se bater. Coloquei os copos e a coca cola em cima da mesa e entrei na brincadeira. Travesseiros para um lado, penas para o outro e risadas a todo instante. Quando demos conta de que acabaram os travesseiros, vimos o resultado. O chão de meu apartamento já não existia, o balcão que ligava a cozinha á sala, estava cheio de penas. Fiz uma cara de choro enquanto Killian e Henry riam.
- Gente, olha o estado da minha casa! – eu ainda não estava acreditando.
- Ei, fica calma. Eu te ajudo a limpar. – eu já sorria aliviada. – Mas, só depois da gente ver o filme! – ele disse me abraçando por trás.
- Vamos, mamãe! Estamos em guerra! – ele dizia pegando as penas do chão e jogando em mim e em Killian. O puxamos e começamos a fazer cócegas um no outro.
E assim, nossa noite foi a mais divertida da minha vida. Guerra de travesseiros com um resultado nada agradável, pipoca, coca-cola, filme e depois brigadeiro, tinha coisa melhor?
Já passava da 01:00AM quando Henry já adormecia em meu colo com os pés em cima de Killian. O ajeitei em seu colchão e me encostei no sofá com Killian. Assistíamos meu filme preferido, Cartas para Julieta, enquanto comíamos o brigadeiro de colher que havia sobrado. Eu gostava da história que o filme transmitia. A garota que viaja com o noivo para a Itália, porém ele não está nem aí para ela, então ela decide caminhar pela cidade. Até que ela encontra mulheres que respondem as cartas que mulheres escrevem e colocam no famoso Muro de Julieta. E daí em diante é um filme incrível.
- Sinto tanta vontade de visitar a Itália e conhecer esse “Muro de Julieta”! – eu disse.
- Ah, podemos ir quando estivermos de férias. O que acha? – ele disse. Olhei para ele imediatamente e sorri.
- É sério, Killian? – meus olhos brilhavam só de pensar que eu poderia visitar a Itália em minhas próximas férias.
- Ah, quem não quer passar um tempo na velha Itália e conhecer Veneza, Verona, Roma. Eu acredito que serão nossas melhores férias.
Apenas sorri e o beijei. Desde que ele entrou em minha vida, tudo mudou. Ele realmente me fazia feliz e já não via um futuro sem ele.
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