História A primeira vítima. - Rumores

 Olá, me chamo Luna, tenho 16 anos e vim para Coréia do Sul fazer intercâmbio. Tenho 1,65 de altura, cabelos negros, olhos azuis esverdeadas, sou muito pálida, as pessoas geralmente acham que estou doente por causa disso. Tenho um estilo um pouco diferente, uso um pequeno alargador preto, gosto de lentes de contato, pulseiras e colares de espinhos, calças jeans rasgadas, e esse tipo de coisa.
Estou a três meses na cidade, até o momento nada estranho havia acontecido. Mas isso não poderia ficar assim, vendo pela minha sorte com as coisas, estava mais que óbvio que ia acontecer algo ruim. Estava deitada em minha cama vendo alguns vídeos no YouTube, quando minha mãe me ligou:
*Ligação Onn*
-Luna, tome cuidado ao sair de casa. Estava pesquisando no Google sobre esses seus japoneses, e achei uma notícia de uma menina que foi encontrada morta em Seoul na Coréia. Só pesso para você ficar atenta.- Minha mãe disse preocupada.
-Okay mãe, vou tomar cuidado, e eles não são japoneses, são coreanos.  Kpop é igual a Coréia, coreanos, entendeu?- Falei com cautela, para não ser mau interpretada.
-Todos tem olhos puxados, e eu achei a banda que eu procurava, BTS né filha?-Ela disse um pouco confusa.
-Isso mesmo mãe, agora eu vou desligar, nos falamos mais tarde, tá?-Respondi rindo da situação.
-Tudo bem filha, tenha um bom dia.-A mesma disse, quando começou a tocar Dope em seu lado da linha. Ela provavelmente achou mesmo o que procurava.
*Ligação Off*
Após conversarmos, fiquei orgulhosa de mim mesma por estar transformando minha mãe em uma k-trouxa. Procurei na internet a notícia de que ela havia me falado, as imagens eram horríveis, o caso era de uma estudante de Busan, que veio passar o final de semana em Seoul, pois havia sido convidada para uma festa. A caminho do local onde aconteceria o evento, ela mudou sua rota foi até uma mercado, comprou quatro baldes, quatro mangueiras pequenas e um serrote. Foi até uma floresta, onde provavelmente pegou um taxi pois era longe de onde estava até o momento, chegando lá, amarrou forte uma mangueira em sua coxa, logo em seguida cortou fora sua perna, e colocou a dentro do balde, repetiu isso com a outra perna, e seus braços. O que intriga as pessoas, além da loucura e impossibilidade desse caso, é que quando o corpo foi encontrado, não havia sangue no balde, e em nada ali perto. Era como uma boneca desmontada, só mais horrível. 

Fui a Biblioteca Municipal pesquisar um pouco sobre casos que isso aconteceu, pois me interessei no assunto, estava na seção policial, onde não havia mais ninguém. De repente uma voz corta o silêncio que estava naquele lugar.

 -Olá, você está procurando sobre o caso da menina boneca?-Disse a voz.

Dei um leve pulo, pois havia me assustado, olhei para trás, era Kim Namjoon. Pensei em tentar agir normalmente, pois não queria parecer uma fã louca.

-Menina boneca?-Perguntei envergonhada.

-Sim, é o caso da menina que estava com suas pernas e braços cortados, e não havia sangue.- Falou o mesmo me encarando.

-Não sabia que chamavam assim, mas era isso mesmo! –Exclamei confusa.

-Bem... você é a primeira pessoa que vejo se interessar por essas coisas. Pelo visto, pela sua blusa, você se interessa por coisas sobrenaturais não é?-Perguntou Namjoon, olhando para o meu moletom de tabuleiro ouija. –Que falta de educação a minha, me chamo Namjoon, mas como faço parte de um grupo, sou mais conhecido por Rap Monster, que é meu nome artístico. Acho que você está na sessão errada.- Completou, segurou em meu pulso e me levou até a sessão sobrenatural, era bem “escondida”, acho que era pra passar despercebido.

-Me chamo Luna, eu gosto de suas músicas, mas nunca imaginei que te encontraria em uma biblioteca, muito menos que você se interessasse por coisas sobrenaturais.- Falei tentando controlar minha felicidade.

-Obrigado, eu gosto bastante de ler, e prefiro recorrer a livros a sites enganosos, e muitas vezes sem informações reais. Li muitos livros que estão nessas prateleiras, além disso, tenho alguns sobre esse tema em casa, são muito antigos, ainda da época em que queimavam bruxas em praças públicas. Você...gostaria de ir até meu dormitório, para pesquisarmos sobre isso? –Disse ele, segurando alguns livros.

-Nossa, você tem muita sorte de ter esse tipo de livro... posso ir sim.- Falei com as bochechas coradas.

Estávamos saindo da biblioteca, fomos em direção ao seu carro, ele abriu a porta para mim, colocou uma música do Nirvana.