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História A Princesa e o Cavaleiro - A Vida dá Voltas


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 9 - A Vida dá Voltas


Quatro meses haviam se passado, e Saga tentava continuar a sua vida como se nada houvesse acontecido, como se não houvesse conhecido Juliane. Continuava com sua rotina de exercícios pesados, e entregue à eterna vigilância do Santuário, esperando que isso o fizesse parar de pensar nela.

Mas isso era muito difícil!

Ela estava muito bem viva em suas lembranças. Dos poucos momentos que passaram juntos, em que a teve em seus braços e a tornou sua.

E seu irmão fazia questão de não deixá-lo esquecer.

—Ei, olha quem está nas colunas sociais, aparecendo em um cassino em Mônaco. -provocava lendo uma revista. -Acompanhada por seu novo namorado, um nobre espanhol!

—Não sei...não quero saber e tenho raiva de quem sabe! -Saga respondia, lançando para Kanon um olhar raivoso, prontamente ignorado pelo mesmo.

—A princesinha!

Kanon respondeu mostrando com um sorriso uma foto de um flagrante dos paparazzis. Ela estava sorrindo, parecia se divertir ao lado do rapaz. Na nota, a revista apostava que um dos solteiros mais cobiçados da Europa havia sido fisgado pela princesa e que não era primeira vez que haviam sido vistos juntos. Quinze dias antes, o tal conde estava passeando com a princesa pelas ruas de Kóscia, fazendo compras com ela e tomando café juntos. Como se fossem namorados. Mês passado estavam em Londres, em eventos sociais.

Ela havia lhe esquecido?

Saga apenas deu as costas para Kanon, deixando-o só.

—Por que insiste em torturá-lo com isso? -Aiolos perguntou entrando na cozinha, tomando a revista das mãos de Kanon que nem reagiu.

—Pra ver se ele toma alguma atitude! Eu não engulo está de “Santuário em primeiro lugar”!

—Para um cavaleiro é em primeiro lugar! -Aiolos enfatizou bem a expressão.

—Eu não sou um cavaleiro de todo, esqueceu? -Kanon sorriu sarcástico e Aiolos suspirou. –Camus concorda comigo. Não está curtindo uma vida de casado com uma deusa? Aurora, não é? Mas sabe de uma coisa...acho que vou desistir desta. Ele é teimoso demais quando quer!

—Sim... Talvez seja a maneira que você o incentiva. Acho que só aumenta a vontade dele de colocá-lo para uma longa férias no Cabo Sunion...outra vez.

Aiolos comentou sorrindo e pegando um pedaço de pão, tendo que concordar com Kanon sobre isso e lembrando que Camus até mesmo fazia questão de manter uma casa nos arredores do Santuário com todo o conforto que a esposa merecia.

—É...tem razão. Tão falando que ela tá esperando bebê. –Kanon pegando a revista de volta.

—A PRINCESA?!  -Aiolos quase engasgou com o pão.

—A Aurora. –Kanon olhou para Aiolos como se ele fosse um bobo.

—Você muda de assunto toda hora! –Aiolos zangou-se com a risada debochada de Kanon. –Mas acho que não temos que nos meter mais nessa história. Afinal, a decisão de dar o braço a torcer e procurar a moça é dele. Não sua!

—Se fosse comigo, já tinha mandando a política pra outra dimensão e não deixava que me afastassem da garota que amo. –suspirou, lendo a revista. –Só a morte me separaria dela.

—Quem te ouve falar assim, acha que já amou uma mulher com ... –calou-se ao reparar o olhar triste de Kanon. –Kanon, houve alguém? Você...?

Ele não responde nada, apenas se levanta dizendo que tinha que voltar a treinar e deixando Sagitário intrigado com sua atitude.

 

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Em Kóscia...

—Ah...Alberto está fazendo sucesso! -Faith comentava lendo uma revista, enquanto a princesa olhava a paisagem pela janela, admirando a nova estação. "Conde Alberto Montoya Torres e Vasquez...um gato!

—Mais que o Plavov? -Juliane perguntou sorrindo e sua amiga ficou corada.

—Ah...bem, eu... -sem graça. -Ele tem me olhado diferente!

—Plavov está interessado em você, não tem reparado? E Alberto é meu amigo! Estamos saindo juntos como amigos! –enfatizou. –Até porque eu não faço seu tipo.

—Interessado em mim? Sinto saudades dele! Saiu em missão e ainda não voltou! -Faith se olha no espelho e depois fita a amiga que suspirava triste. -Ainda pensando nele?

—Quem? Não! Eu não estou! -respondeu nervosa, franzindo o cenho.

—Eu pensei que...

—Pensou errado. -virando o rosto. -Estou com dor de cabeça. Gostaria de deitar.

—Sim, alteza. -Faith saiu, olhando preocupada para a amiga.

—Eu não quero pensar mais nele... -a jovem murmurou, ainda fitando os jardins. -Mas é difícil...

Do lado de fora do quarto, Faith ainda estava preocupada andando de um lado para outro, quando a rainha apareceu acompanhada pelos seus ministros.

—Majestade! -a jovem faz uma reverência.

—Ela ainda não saiu do quarto, Duquesa? -perguntou preocupada.

—Ainda não. Disse estar com dor de cabeça, majestade e...

—Por Deus! Eu vou dar um fim nisso! -a rainha determinou, colocando as mãos na cintura, depois bateu com força na porta do quarto. -Juliane Alexandra Catarina Elizabeth Marie de Dellacroiax...abra esta porta agora!

A princesa abriu a porta imediatamente, quando a sua avó usava aquele tom de voz e lhe chamava pelo nome completo, boa coisa não era.

—Vovó?

—Na sala do conselho. Agora! -e a mulher virou-se para os ministros. -E vocês também!

E a senhora saiu pisando duro, e todos a acompanhando com olhares surpresos e assustados. Minutos depois, a rainha aguardava impaciente que todos se acomodassem e foi logo falando:

—A lei de nosso povo é bem clara em alguns aspectos...retrógrada em outras. Por isso discutiremos reformas imediatas! -dizia lançando seu olhar aos nobres e à sua neta. -Fui cobrada esta semana pelo fato de minha neta não ter cumprido a meta de anunciar seu noivado com um nobre. Bem...os mesmos nobres acharam que um prazo deveria ser imposto. Isso não será necessário!

—O que quer dizer, majestade? -Sir Elmeric perguntou e olhou surpreso quando a rainha pegou o manuscrito com a lei e o jogou ao lixo.-Majestade!

—Se ela não se casar com um nobre, perderá o direito ao trono! -outro nobre avisa.

—Mas não deixará de ser a princesa de Moltóvia. -sustentou a rainha. -O que deseja, minha querida?

—Ser dona das minhas escolhas. -a princesa respondeu, sorrindo.

—E assim o será. Sabe o que dizer aos lordes aqui?

—Abdico de meu direito a sucessão!

Murmúrios de assombro tomaram conta de todos os presentes. As duas mulheres presentes se encaravam com olhares cúmplices e sorrisos nos lábios.

—E o trono passaria ao meu parente mais próximo...que seria? -pergunta a rainha.

—Humm...seu primo em primeiro grau. Lorde Yuri Plavov! -comentou um dos nobres.

—Que está bem idoso e quer gozar de sua aposentadoria na França sem alardes. Avisou-me que passará a sucessão ao neto. -a rainha continuou. -Que por acaso é meu Chefe de Segurança Yuri Plavov III e que eu irei em breve nomeá-lo Ministro do Estado por seus serviços.

—Ah... -os nobres não tinham argumentos.

—E então, assim... -a rainha prosseguia, ignorando os olhares estupefatos dos presentes, incluindo os de sua neta. Ela caminhou até ela e tocou em seu rosto com carinho. –A linhagem de 300 anos dos Dellacroiax irá terminar com a minha morte, e iniciará a da família Plavov. E poderá realizar aquele seu sonho de Mestrado em História Antiga na Inglaterra sem se preocupar com nada... e quem sabe, ir a Grécia no verão?

—Ir a Inglaterra me parece muito bom. -a princesa sorriu, um sorriso entristecido. -Sobre a Grécia...esqueça vovó.

—Mas...eu pensei que era o fardo da coroa que a impedia de ir ao encontro daquele rapaz e... -a rainha ficou surpresa.

—Eu não era a única que não podia esquecer seus deveres, vovó. -levantou-se e a abraçou. -Mas eu agradeço o que faz por mim. Plavov com certeza será uma escolha perfeita para Moltóvia e quem sabe, teremos uma rainha também!

—Do que fala?

—Faith! -sussurra para a avó que dá uma risadinha. -Mas precisam de um empurrão.

—Eu cuido disso também. -beija a face da neta. -Liguei para a Universidade em Londres. Eles a esperarão para o próximo semestre, querida.

—Que bom! A senhora é maravilhosa, vovó! -e se retira da sala.

A rainha a observa sair e depois ordena a um de seus secretários.

—Liguem-me com Plavov. Avise-o que chegarei esta madrugada, mas quero o encontro para o horário de almoço!

—Sim, majestade!

 

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Manhã seguinte...Santuário.

Saga despertava com os raios do sol em seu rosto. Cobriu a face com a palma da mão e suspirou, ordenando ao corpo que se levantasse, embora fosse sua vontade continuar dormindo. Havia passado por outra noite mal dormida.

—Chega de auto piedade! -determinou, erguendo da cama e indo diretamente para um banho, despertando por completo.

Quando saiu do boxe, deu de cara com Vassilou que o esperava com toalhas limpas.

—VASSILOU!

—Bom dia, mestre Saga.

—Maldito! -pegou uma das toalhas e começou a se secar. –Quase tive um ataque do coração agora!

—Seu coração é forte! Não morrerá por causa disso! –o servo permaneceu sério. - Não teve uma boa noite de sono, mestre Saga?

—De onde tirou que não dormi bem?

—Fora as olheiras e o ar cansado...ouvir seus passos pelos corredores. Não perdeu o costume de menino em ficar olhando as estrelas quando não consegue conciliar o sono. -comentou o servo, estendendo outra toalha seca ao cavaleiro.

—Como sabe tanto sobre mim quando era menino, Vassilou? -Saga perguntou determinado. -Quero que me responda agora!

—Bem...conhecia seus pais. -respondeu com ar saudoso. -Seu pai e eu éramos bons amigos. Ele seguiu o caminho de cavaleiro e eu, sempre muito fraco me tornei seu servo. Mas nossa amizade nunca mudou.

Saga ficou surpreso com o que ouvia.

—Sei de muitas coisas sobre a sua infância e de seu irmão, pois eu fui testemunha dela. Mas quando seus pais se foram... -uma sombra de tristeza pareceu surgir nos olhos do velho servo. -O Grande Mestre tomou a guarda de vocês e eu não pude mais ficar próximo. E também, naquela época fui servir outro cavaleiro e me afastei do Santuário. Quando retornei...tudo estava mudado e vocês não estava mais aqui.

Saga imaginou que deveria ser a mesma época em que ele, tomado pela loucura, havia se tornado Ares e Kanon se encontrava no Santuário Submarino de Poseidon.

—Então, após tantos anos, tive a oportunidade de cuidar dos senhores, como deveria ter feito anos atrás. Para mim, cuidar do bem estar dos filhos daqueles que foram meus mais queridos amigos, é uma benção.

—Vassilou...eu não sei o que...

—E ir atrás da mulher que ama deve ser a sua prioridade no momento. -determinou jogando uma toalha no rosto de Saga.

—Será que não podem mudar de assunto? -o cavaleiro foi ficando irritado. -Todos tem que me lembrar dela? Não podem me ignorar?

—Não, quando eu sei que se arrependerá amargamente de tê-la deixado. -falou o servo, com a mesma calma de um mordomo inglês.

—Francamente...eu já tomei minha decisão...

—E isso não quer dizer que é a mais sensata.

—Temos obrigações!

—Que não atrapalhariam se ficassem juntos. Já que cavaleiros podem ter uma esposa e família.

—Ela mora em Moltóvia!

—Amor à distância costuma ser bem comum hoje em dia. Internet está aí pra isso!

—Ela se casará com um nobre!

—Casamentos entre nobres e plebeus sempre foram comuns às pessoas amam! Príncipe Willian e Lady Kate Middleton são um bom exemplo disso.

—Tem resposta pra tudo? -Saga já ficando exausto e colocando as roupas para sair de lá rápido.

—Nem sempre. Ah...sugiro que use algo mais formal para a hora do almoço, senhor.

—O que disse?

—Recebeu um convite. -estendendo uma carta. -A pessoa que me entregou me fez prometer que o entregaria em mãos.

—Você abriu e leu? -indagou olhando o lacre da carta rompido.

—Sou curioso. E sou velho demais para mudar certos hábitos.

Saga ignorou o último comentário do servo e abriu a carta, surpreendendo com o seu conteúdo.

—Pelo restaurante...sugiro que use o terno azul marinho. -disse o servo sorrindo.

 

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Na hora marcada pelo convite Saga chegava à um dos mais caros e refinados restaurantes de Atenas. Percebeu que estava vazio, com exceção de seguranças de ternos negros e uma senhora sentada em uma mesa na varanda, admirando a paisagem do mar ao longe.

Ele a reconheceu imediatamente e caminhou até a senhora, mas foi barrado pelos seguranças.

—Deixe-o Piotr, é o meu convidado. -disse a senhora, fazendo um gesto com a mão e indicando a cadeira diante dela. -Como está?

—Majestade. -Saga com cavalheirismo inclina a cabeça levemente. -Estou bem.

—Verdade? Bem...é reconfortante saber que uma das partes ainda esteja bem. -com um gesto dispensa o garçom. -Conversaremos primeiro antes de pedirmos.

O garçom faz um gesto afirmativo com a cabeça e se retira.

—O que a senhora quer dizer com isso? -estranhou. -E se me permite dizer, não creio que tenhamos muito o que conversar.

—Como não? É o homem que tem feito minha neta chorar nestes últimos meses e recusar todos os pretendentes apresentados a ela! -a rainha falou com naturalidade.

—O que quer dizer?

—Ora, por que tentam bancar os durões? Isso é extremamente irritante! -falou a rainha de repente. -Querem parecer que está tudo bem, mas dá para ver em seus olhos que não está nada bem! Saiba que até o trono ela abdicou?

Saga ficou surpreso com o que a rainha dissera. Ela fez um gesto com a mão e um dos seguranças entregou a ele um envelope.

—É o endereço dela em sua nova residência. Em Londres. -e pega o menu. -E agora... gosta de frutos do mar? A lagosta daqui é divina!

 

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Dias depois...em um bairro residencial em Londres.

Já estava entardecendo, quando uma jovem de cabelos ruivos presos por um coque desleixado subia a ladeira que a levaria para a sua residência. Ela tentava equilibrar os pesados livros que carrega e uma sacola que continha o seu jantar.

—Quem disse que seria fácil esta vida de pessoa comum? -ela pensava, e bufou quando os livros caíram ao chão. -Droga!

Abaixou para recolher seus materiais, quando alguém parou diante dela, lhe estendendo um de seus livros.

—Mitologia Grega? -ela estremeceu quando reconheceu a voz e ergueu o rosto imediatamente. -Mitos é algo que conheço profundamente.

—Saga? -ela pega o livro e se levanta imediatamente. -O...o que faz aqui?

—Estou...de férias. -sorriu sem graça.

—Ah...e por acaso me encontrou? -nada convencida. -Como está?

—Bem...e você também me parece bem.

—Quer entrar? -apontando para uma casa. -Tomar um chá?

—Claro.

Entrarão no casarão antigo, e Juliane indicou a sala com o olhar.

—Se quiser, pode ficar à vontade enquanto eu faço o chá e...

—Queria revê-la. -ela quase deixou os livros caírem novamente.

—Saga...

—Eu a amo e quero ficar somente com você! Quero tê-la só para mim...  Só preciso saber se ainda me quer. -Saga passou o braço na cintura dela, apertando-a contra ele. Juliane deixou os livros caírem mais uma vez, mas nenhum dos dois se importou com isso. -Não vai me dizer nada?

—A decisão de não nos ver era sua... -ela começou, afastando-se do abraço e acrescentou furiosa. -Ficou meses sem que eu sequer soubesse de você. E de repente aparece em minha vida, dizendo que quer ficar comigo como se nada houvesse acontecido?

—Ouviu a parte em que eu disse que te amava? -perguntou segurando a vontade de beijá-la, achando-a atraente quando brava.

—Ouvi sim! Não ouvi a parte de “Me desculpe por ter sido babaca”. -exclamou. -E isso me deixa mais furiosa ainda! Você age como se eu tivesse a obrigação de te esperar! Pensa que basta aparecer que eu me jogaria em seus braços e tudo bem?

Saga sentiu uma pontada no estômago. E se as tais reportagens dela com o espanhol fossem verdadeiras? Talvez ela estivesse com o talzinho agora!

—Você é muito prepotente, arrogante! Eu odeio isso! -ela continuou a dizer. -E droga! Não faça essa cara de Cachorro Quebrador de Panelas!

Ele apontou para si mesmo, não entendendo a comparação.

—Por que tenho que estar apaixonada por você? Eu deveria era te socar por causa destes quatro últimos meses!

Saga arregalou os olhos diante do desabafo dela. Juliane ficou nas pontas dos pés e deu um beijo suave nos lábios dele.

—Eu o amo, Saga.

—Não sou perfeito, Julie...mas tentarei ser ...

Ela o calou com um beijo.

—Não quero perfeição...quero você.

Ele a puxou para si, dando-lhe um beijo exigente. Passou os braços pela sua cintura. Ela gemeu fracamente.

—Cachorro Quebrador de panelas? –ele perguntou, fitando-a.

—Depois eu te explico.

—Onde fica seu quarto? -perguntou dando vários selinhos em seus lábios.

—No segundo andar...

—Longe demais. -ele foi tirando seu terno, e entre beijos se aproxima de uma mesa, e a colocou sentada nela. -Senti sua falta.

—Eu também... -sentiu seu casaco e sua blusa sendo tiradas de seu corpo, e os lábios de Saga beijando cada um de seus ombros. Ela gemeu. -Mas...o que é o Santuário?

Saga arqueou uma sobrancelha, um sorriso iluminando seus traços.

—Ajude-me a tirar estas roupas e depois que fizermos o que tenho em mente, te contarei tudo! -ele pediu.

—Agora mesmo. -com um sorriso de malícia.

 

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Dois meses depois...

Juliane estava diante de uma estátua representado Eros e Psique no canto da Sala comunal da Casa de Gêmeos. Saga observava, franzindo o cenho, Kanon segurava a vontade de rir.

—Para que isso? -ele indagou.

—Um pouco de arte não mata ninguém! -ela respondeu analisando o local da estátua. -Acho que fica melhor no outro canto... precisamos de um jardim aqui, sabia?

—Nossa casa ficará pronta em alguns dias, a tempo do casamento. Não pode colocar estas coisas lá? -apontando para o Eros. -Ele está nu!

—O Cupido sempre aparece nu! -ela defendeu.

—Não me agrada olhar para essa verruguinha que ele tem entre as pernas! -Kanon explodiu em risadas ao ouvir aquilo, fazendo Saga fuzilar o irmão com o olhar.

—Em geral, futuras esposas decoram os escritórios dos futuros maridos. -passando por Kanon e dando um tapa em sua cabeça para ele parar de rir. -Como este templo praticamente é seu local de trabalho. -pegando um vaso de plantas. -Onde eu coloco isso?

—Ajude-me. -Saga pediu a Vassilou que entrava com uma bandeja com sucos.

—Um pouco mais de vida seria interessante! Que tal no corredor leste, senhorita? -comentou o servo. -Limonada?

—Perfeito, Vassilou! –ela sorriu abraçando o servo. –Onde estava minha vida inteira? Como sobrevivi sem ter você?

—Traidor! -resmungou Saga. -Todos para fora! Menos você! -apontando para Juliane.

Kanon e Vassilou obedeceram, ambos sorrindo sabendo que nas próximas horas talvez não os vissem tão cedo.

—Não gostou? -mostrando o vaso.

—Coloque-o em nossa casa. Assim que a reforma terminar vamos ter uma bela vista do mar. -ele a abraçou por trás, beijando seu pescoço.

—Amo nossa casa perto da praia. –ela sorri. –Boas lembranças dela.

—Não se arrepende de ter largado tudo para ficar comigo?

—Vejamos...largar a minha gaiola dourada para ficar com um cavaleiro dourado? -fez ar pensativo, largou o vaso sobre uma mesinha e virou-se para ele, abraçando-o. -Nem um pouco. Além do que, quantas podem se gabar de ter uma amiga que é uma divindade? E que conseguiu que eu desse aulas de história na Universidade de Atenas?

—Atena realmente gosta de você. -beijando-a. -Te amo!

—Eu também. -afastou-se e Saga já ia saindo. -Mas o que acha deste quadro?

—Nada mais de quadros de Romero Brito! -ele gemeu e arregalou os olhos quando ela mostrou o quadro de um ursinho brincando com uma bola. –Não é meio... infantil?

—Estive pensando. Se for um menino combinaria. Mas se for uma menina, podemos colocar unicórnios para enfeitar o quarto dela! -sorrindo. –Mas até termos certeza, que tal carneirinhos?

Saga piscou algumas vezes, até assimilar a informação. Em seguida a abraçou, sorrindo e beijando-a com paixão. Com um gesto meigo, deslizou a mão pelo ventre dela, que abrigava seu primeiro filho.

 

Fim...


Notas Finais


Mais uma história terminada!
Espero que tenham gostado! :3


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