Lucy
A aula se passou rapidamente, já que eu dormi os dois horários seguidos inteiros. Tenho certeza que Gildarts não ligou, já que ele não me acordou como sempre faz com Gajeel, apenas me deixou descansar.
Quando faltavam alguns minutos para bater o sinal do intervalo, pedi para poder sair antes. O professor concordou, e até me recomendou passar na enfermaria para tomar algum calmante, pois segundo ele, eu sou capaz de matar alguém com meu olhar. Apenas ri e saí, indo até a cantina, para tentar relaxar enquanto devorava um enorme pedaço de bolo de morango, agora eu entendi o porquê de a Erza só comer isso. É quase como um anestésico.
Me sentei em uma das mesas e comecei a comer, podendo ouvir o sinal bater minutos depois. Enquanto comia, ouvi passos até mim e quando virei a cabeça para olhar, vi toda a galera vindo sentar a mesa, com o mesmo olhar que Gildarts fez a mim. Isso seria medo?
- O que houve hoje Lucy? Qual a razão de ter feito isso com aquela garota?
A ruiva foi a primeira a se pronunciar, me roubando um pedaço do bolo. Enquanto o resto do pessoal ia se sentando, vi que seus olhos estavam completamente focados em mim, como se todos estivessem esperando a resposta.
- A situação entre eu e ela é bem antiga, isso desde o jardim de infância. Aquele ser do capeta continua a me atazanar.
Suspirei, pegando o bolo das mãos de Erza. Todos, que estavam me encarando passaram a olhar Mira, o que que se passa?
- A Lisanna é minha irmã, apesar disso sei que ela não é flor que se cheire.
A albina sorriu para mim. Como eu não percebi antes? As duas são albinas! Não é como se fosse algo fácil encontrar albinos hoje em dia. Argh, e agora?
- Me desculpe Mira mas...
- Deixe disso Lucy, está tudo bem.
Ela sorriu novamente e eu fiz o mesmo, voltando a comer o bolo.
- Você ficou com ciúmes dela loira?
Levy diz com cara maliciosa, alternando seu olhar entre mim e Natsu. Eu não sei o que deu em mim, mas senti meu rosto arder. O que é isso?
- Awn que fofo, você goxta dele.
A bêbada diz, apertando levemente uma de minhas bochechas. Todos começam a rir, enquanto eu começo a comer o bolo desesperadamente.
- Juvia acha que você pode gostar dele e de qualquer um, menos do Gray-sama.
- Não sejam ridículas, eu não tenho nada a ver com os dois, apenas acho que aquele ser é enviado de Belzebu, isso por tudo que ela me fez.
- Yo, meninas! Boom dia Nat!
Lisanna aparece alegre, e todos se entreolham. O que esse ser faz aqui?
- Yo!
A ruiva novamente é a primeira a se pronunciar. A albina sorri para ela, enquanto eu permaneço de olhos semicerrados, encarando-a continuamente.
- Lisanna, nós precisamos conversar, vamos para outro lugar.
Mira diz puxando a irmã para algum lugar não identificado. A observei caminhar em direção ao banheiro, mas logo após me cansei e voltei a me focar no bolo, embora ainda sentisse olhares sobre mim.
- Não a conheço, mas não acho que seja uma má pessoa Lucy, talvez ela só seja uma garota mal compreendida.
Levy diz em um tom amigável, e mesmo não estando vendo seu rosto, tenho a plena certeza de que ela está sorrindo. Pobre azulada, não conhece nem um pouco a albina, e tenho certeza de que nenhum aqui conhece, ou conhece? Ela falou o nome do Natsu na sala. Ela poderia conhecê-lo?
Levantei minha cabeça e parei meu olhar nele, que parecia encarar o vazio. Tentei imaginar qual o motivo dessa feição irritada, talvez ele a conheça, e tenha feito algo para ele também, o que faria mais sentido.
Eu não entendo como pude acreditar naquela víbora por tanto tempo, e pensar que nós chegamos a ser melhores amigas, ou até mesmo algo do tipo. Eu ainda nem fazia ideia que Kaname existia, e ela era a pessoa mais próxima a mim. E foi pelo moreno que descobri tudo. Quando o conheci, ficamos amigos logo de cara, e ele sempre desconfiou da albina. Eu, como uma menina retardada, protegia a pessoa e ainda afirmava com certeza, que ela nunca seria capaz de fazer algo errado. E com o decorrer do tempo, aos poucos fui notando falhas na conduta da albina, e a gota d'água foi quando minha mãe morreu, e eu a vi, se esfregando nos braços do meu namorado na época. E agora, a criatura maligna volta, e se atirando contra mim. Devo matá-la? Ou deixar que Happy faça isso?
Soltei um suspiro, notando que meu bolo havia acabado. Me levantei, ignorando qualquer pessoa que viesse falar comigo. Ver a Lisanna aqui me deixa mal, primeiro pois me lembra de tudo que passei, do real motivo de eu ter me mudado, mesmo depois de tanto tempo que aconteceu tudo aquilo, e segundo, sinto falta de Kaname, e me sinto um monstro pois eu o deixei lá, sem nem ao menos falar nada. Voltei a mesa arrependida, eu não poderia fazer com os meus amigos agora o que eu fiz com ele, esse é o meu pecado, que não tenho coragem de consertar.
- Desculpem por eu estar completamente avoada e irritada hoje, eu só não me sinto bem perto dela, ela me faz lembrar tudo que tive que passar antes de me mudar para Londres.
- Não se preocupe, o melhor a fazer é superar e não deixá-la te abalar novamente.
Natsu diz sorrindo. O olhei incrédula. Ele tava todo abatido a agora pouco e do nada fica bom em conselhos? Onde está o idiota que eu conheço?
- Quem é esse Natsu? Socorro!
Gajeel diz em tom dramático. Soltei um riso, concordo contigo cabeça de ferro.
- Natsu agora dá conselhos, quem diria.
Gray diz rindo. Natsu o olhou feio, mas o azulado continuou a rir ainda mais.
- Juvia acha que o conselho é bom e usável!
- Cana também acha! E agora mona, vamos beber!
***
Depois de uma aula conturbada, o intervalo atenuou toda a situação tensa para a loira. Apesar de Cana sempre querer fazer festa mesmo na desgraça, pela primeira vez Lucy concordou com seu fascínio exacerbado pela bebida, ao menos assim ela não tinha preocupações, e sempre estava feliz. Mesmo assim, a loira não pôde beber nenhuma das bebidas contrabandeadas da morena, sabendo que se bebesse ficaria ainda mais possessa com a albina, o que não daria em nada produtivo.
Após o término do intervalo, todos se dirigiram novamente a sala, para ter mais dois horários cansativos da mesma matéria, e certamente nenhum dos alunos estavam empolgados para isso.
- Sentem-se todos, e você também senhorita Lisanna, já que não há lugar aqui na frente, sente-se ali perto do Rogue.
O professor Taurus diz, voltando-se ao quadro novamente. A albina, mesmo não querendo, se dirige ao fundo da sala, já que a loira fez questão de sentar-se em seu lugar, lançando um singelo sorriso de canto ao vê-la caminhando até o moreno tarado.
- Então albina, porque toda essa rebeldia com a loira gostosa, por acaso tá interessado no Rosinha?
Rogue riu. Um sorriso cínico brotou no rosto da albina, o que não passou despercebido por ele, que logo estranhou essa atitude dela. O que significaria isso?
- Então ela tem algum envolvimento com o Natsu.
Lisanna sorri, causando ainda mais intriga em Rogue.
- E você, tem algo com ele?
O moreno indagou, embora soubesse a resposta, já que observava Natsu há muito tempo, e com certeza sabia de tudo que acontecia com o rosado. Porém, ele queria ouvir isso sair da boca da albina. Talvez pudesse tirar algum proveito disso.
- Eu sou alguém deveras importante, sou sua ex namorada, e vim aqui exatamente atrás dele! E você bonitão, poderia me dizer que tipo de relação os dois têm?
- Não é nada oficial, mas está na cara que tem algo a mais entre eles, aliás, quando fui investir na loira, o rosado logo se prontificou como namorado dela.
- Que ótimo, agora tenho um motivo a mais para reconquistar meu rosado, eu vou tirar tudo que essa loira aguada tem, e a deixarei sozinha na completa miséria.
- Que ideia interessante.
***
Lucy
Após o intervalo, as aulas passaram como uma lesma atravessando a rua. Notei que a Lisvaca ficou o tempo inteiro conversando com o moreno tarado, não liguei muito pra isso, apenas percebi que Natsu não deixou de olhar os dois, não entendo o porquê de eu me irritar com isso, mas novamente ignorei, e assim que o sinal bateu, arrumei logo minhas coisas, joguei meus livros em meu armário e segui direto ao portão.
- Até amanhã loira! E vê se não mata ninguém!
A ruiva grita, me fazendo rir. Aceno para ela que sorri, já entrando na van que a levaria para casa. Continuei minha caminhada, pelo visto, sem Natsu de companhia mesmo, mas olhe pelo lado bom Lucy, não precisará encará-lo, ainda mais depois do ocorrido.
- Eei, Luceeeee! Já estava indo sem mim?
A criatura surge de não sei onde, com aquele mesmo sorriso desgraçado que me prende a vista toda vez que o vejo. Lancei um sorriso falso, enquanto retomava minha caminhada, agora, com ele ao meu lado. E agora? E se rolar um surto, e eu atacá-lo? De novo para variar minha situação.
- Não iria sem você, agora, anda logo, não quero bater de frente com o capeta mais cedo.
Continuei a caminhar, e ele foi ficando mais atrás. Parei e o encarei, qual o motivo dessa paradinha repentina?
- Qual a sua história com a Lisanna?
Ele diz, me olhando fixamente. Caminhei até ele, ficando frente a frente, e arqueei uma de minhas sobrancelhas, se eu contar, você também terá que contar mona.
- Ela me enganou por muito tempo, traiu minha confiança, tirou de mim a pessoa que eu mais precisava em um momento crucial da minha vida, ou seja, ela não vale nada.
Cuspi as palavras, como se isso pudesse afetá-la de alguma forma. Natsu inclinou a cabeça, fazendo uma expressão confusa. Será mesmo que esse idiota não entendeu algo que eu tenha dito?
- E você Natsu - Iniciei, vendo-o ficar cada vez mais surpreso - Notei que ficou observando-a o dia inteiro, você tem alguma história com ela?
- Já tivemos algo, digamos que ela é minha ex.
O rosado diz, encarando o vazio. Se eu tivesse bebendo algo com certeza teria cuspido tudo. Então ele seria o cara que a Lisanna sempre dizia que estava correndo atrás dela,um cara que, segundo ela, não era digno de tê-la?
- Meus pêsames a você Natsu - Sorri fraco, puxando-o para um abraço. Ele se aninhou a mim e soltou um suspiro, o que isso tudo significaria? - Mas deixe disso campeão, vamos pra casa, ainda há muito a se fazer.
***
Depois de chegar em casa, me joguei em minha cama, tentando apenas esquecer tudo que aconteceu e ignorar o que poderia vir a acontecer. Peguei meu celular, e fui em busca da pessoa que eu havia bloqueado, acho que ver a albina aqui me fez querer voltar a falar com ele, me redimir.
"Ahh oi Kame, na verdade, não sei se ainda posso chamá-lo assim, eu não sei como dizer isso, mas eu realmente sinto muito por ter sumido durante todo esse tempo. Você sabe que após a morte da mamãe eu fiquei completamente vazia, e para piorar Sting me traiu, e eu sofri muito. Eu aguentei um ano Kaname, um ano, mas não consegui aguentar mais, não conseguia ir a escola e ver os dois juntos. Não consegui ver você sofrer por mim, então eu apenas fui. Fiquei triste por ter que te deixar, eu só não queria que você sofresse mais. Só não imaginei que seria eu que sofreria sem você aqui. Sinto sua falta Kuran idiota. Espero que ainda possamos ser amigos, com amor, Lucynha."
Terminei de digitar a mensagem chorando, Happy, que provavelmente tinha saído pra caçar, chegou pela janela e me encarou feio, ele sabia que algo havia acontecido, e nada agradável.
Enviei a mensagem e me dirigi até ele. O gatinho pulou em meu colo e acariciou meu rosto. Voltei a chorar novamente.
- Ela voltou Happy, a desgraçada voltou - Disse baixinho, já começando a soluçar - O que eu faço agora? Kaname não está aqui...
- Eu estou aqui Luxy, não se preocupe, caso essa albina aguada faça algo contigo, farei sushi dela!
Happy sorri, sem interromper as carícias. Solto um suspiro, agora já foi, Kaname saberá do que aconteceu, e ele escolhe se me perdoa ou não. Decidi tirar um cochilo, para me acalmar, e não ficar eufórica esperando a resposta de Kaname, o que não foi muito sucedido, já que meia hora após eu ter tentado dar início uma sonequinha, ouvi algumas batidas na porta. Se for o Natsu, eu juro que dou uns tapas nele.
Me levantei da cama, não ligando pro meu estado físico, que certamente deve estar em nível de calamidade pública, apenas me dirigi até a porta. Abri, me deparando com o demônio de cabelos róseos, sorrindo. Não pude deixar de notar, não que eu seja uma Rogue da vida, que ele está sem camisa. Ainda não entendo como essa ameba em forma de gente é tão definido, e tão gostoso. Tirei esses pensamentos da cabeça, encarando-o moralmente, como se dissesse 'ei, atrapalhou meu sono!'
- O que faz aqui? Deve notar pela minha aparência peculiar que eu estava no meu décimo sono.
Bufei. Natsu soltou um riso, daqueles fofinhos, enquanto me observava de cima a baixo. Dessa vez, me certifiquei de que estaria de short, mas em contrapartida, estou com um blusão com um lobo fófis estampado na frente, e um cabelo meio... horrível.
- Queria te recompensar pelo que fiz ontem, não deveria ter te agarrado daquele jeito.
- Que nada, lembre-se de que quem agarrou você desprevenido primeiro fui eu.
Soltei um riso, sendo acompanhada por ele. A chave para não ficar constrangida falando de coisas desse tipo e julgar como se fosse algo realmente engraçado, o que não foi, não se agarra as pessoas assim!
- Mesmo assim, poderíamos sair hoje a noite, talvez um cinema?
Ele diz sorrindo. Sair com ele não seria ruim, não que eu tivesse algum interesse pessoal no assunto, mas me ajudaria a esquecer aquela bruaca de alguma forma.
- Aceito, mas apenas se meu gato deixar - Sorri, abrindo a porta e dando passagem para que ele entre - Happy? Natsu me chamou para sair, devo aceitar?
- Não.
O gatinho murmurou ainda deitado na cama. Morri de rir vendo a carinha de decepção do rosado, que pena, que pena.
- Sério isso? - Ele se virou pra mim, confirmei com a cabeça - Não seja sem graça Happy, seria ótimo se ela saísse, tiraria a Lisanna da cabeça um pouco.
Ele sorri. Inclino a cabeça, ele disse mesmo isso? Como ele sabe que estou com essa jararaca na cabeça?
- Sendo assim, acho uma boa ideia Luxy.
Happy diz, me deixando de boca aberta. Natsu me olhou convencido, enquanto caminhava até a porta novamente.
- Então está combinado! Te encontro aqui as sete, não se atrase!
Ele responde bem animado enquanto se retira do meu apartamento. Fecho a porta ainda incrédula, como ele conseguiu convencer o Happy? Logo o Happy?
- Hey - O chamo, caminhando até minha cama, na qual ele estava estirado nela - Por que aceitou?
- É bom para desestressar, mas caso aconteça qualquer coisa, farei picadinho dele.
O gatinho bufa. Solto um riso abafado, esse é o Happy que eu conheço.
- Você sabe gatinho, que é o número um da minha vida.
- Eu te amo Luxyy!
- Eu te amo Luxy!
Ouvir Happy dizer isso me fez lembrar de algo que aconteceu há muito tempo, quando eu o vi pela primeira vez. Quando criança, aos cinco anos, minha vida não era mais do que ficar na mansão e brincar com Michelle, eu não tinha contato com nenhuma criança, só conversava com uma pessoa, Virgo, minha empregada. Ela sempre esteve comigo, e era meu único refúgio, já que meu pai sempre trabalhava, e minha mae ficava viajando por alguns dias. E foi em uma dessas viagens que minha mãe me deixou meu bem mais precioso do mundo. Em um dia, Virgo me chamou em meu quarto, como de costume. Mas ela não queria apenas conversar, ela queria me mostrar algo que estava no porão.
- Hime, preciso te mostrar algo. Sua mãe antes de viajar para a Inglaterra me deu uma coisa para que eu lhe entregasse.
Eu não fazia ideia do que poderia ser, e o que seria tão surpreendente para alguém que tem tudo? Ainda assim, não hesitei em seguí-la rumo ao nosso destino.
- O que ele faz aqui embaixo? Não era mais fácil deixá-lo em meu quarto Virgo-chan?
- É para ser uma surpresa, e também, um segredo.
A rosada sorriu. Fiquei imaginando o que poderia ser, até todas minhas espectativas serem quebradas quando o vi, tão pequenino, deitadinho sereno em uma cestinha dourada. Naquele momento meus olhos brilharam mais do que poderiam brilhar. Eu me apaixonei a primeira vista. Me apaixonei por aquele minúsculo gato de pelagem azul.
- Sugoi!!! Ele é meu Virgo-chan?
Eu estava completamente abismada. Corri até onde ele estava, fiquei com medo de acariciá-lo. Uma coisa tão pequena poderia se machucar com meu toque, porém Virgo de aproximou e sorriu, me auxiliando nas carícias.
- Ele é inteiramente seu. E o mais legal, ele tem um dom muito especial e tenho a certeza que será seu companheiro para toda a vida. Agora veja como ele é pequena, acorde gatinho, sua dona está aqui.
Virgo cutuxou o bichinho e ele foi abrindo os olhinhos lentamente. Tão fofo!
- Aye!
E foi a primeira coisa que ele disse a mim, e é até hoje sua marca registrada. De início achei que fosse um miado estranho, mas logo soube que é algo bem maior.
- Kawaii! Eu sou a Lucy.
- Gostei de voxê!
O bichinho já estava todo alegrinho. Eu dei um pulo para trás, estaca incrédula. Como ele conseguia falar?
- Virgo-chan ele, falou?
- Esse é o dom especial dele, sua mãe me disse que foi um presente de uma amiga, vossa majestade a rainha Grandine.
E que presente. Nunca conheci de fato vossa majestade, mas guardo sua lembrança até hoje. Ela deixou um bilhetinho na cestinha do bichinho, que me fez realmente acreditar que a família real não era só poder, mas uma enorme simpatia.
"Pequena Lucy, eu sei que nós não nos conhecemos, mas sua mãe é alguém muito especial para mim, então resolvi presenteá-la com esse gatinho. Cuide bem dele, e guarde o seu segredo, ele é especial demais para cair em mãos malvadas. Você se une a uma pessoa por esse animal, pois essa pessoa também possui um igual ao seu, eles são muito raros, mas sei que cuidará bem dele. Seja sempre vice Lucy, e sem formalidades, com amor, Grandine."
- E então, já escolheu um nome?
- Seu nome será Happy, pois mesmo depois de tudo, depois de eu ser abandonada aqui sozinha nessa imensa mansão minha mãe e a vossa majestade me deram mais uma nova felicidade.
- Eu acho que te amo.
O gatinho disse baixinho. Fiquei tão surpresa que pulei em cima dele quase o fazendo cair da cestinha.
- Eu te amo Happy!
E foi assim que nossa história começou. E agora, cá estou eu, com meu gatinho crescido, que se tornou um magnífico guarda costas, se eu tenho ele, o que precisarei além disso?
Continua...
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