História A Princesa e o Sapo - Capítulo Único.

Acordei, olhando o relógio; tinha reunião hoje. Deveriam ter dado uma folga maior para nós que lutamos na Terceira Guerra, afinal salvamos todo mundo. Levantei, fiz minha higiene e sai. Parei em uma loja, tomei café e depois indo para o escritório do Hokage e meu sensei também. Não precisei chegar perto demais para reconhecer quem estava a minha frente.- Tsunade.

 

- Jiraya.- Disse.

 

- Está melhor?- Ela tinha se ferido seriamente durante a luta.

 

- Eu consigo me curar e a Katsuyu ajudou.- Disse.

 

- Tem certeza?- Perguntei, ficando junto dela.

 

- Sim.- Coloquei meu cabelo atrás da orelha.- E você está bem? Não te vejo a uns dias.

 

- Saudades suas.- Disse.

 

Ri.- Sei. E o Orochimaru?

 

- Não sei.- Me colei nela.- Tsunade, essa guerra... Depois de tudo, nos devíamos...

 

- Devíamos...?- Perguntei.

 

- Tentar.- Nós tínhamos uma "coisa" desde que éramos novos, mas nunca chegamos a dar seguimento. Durante a guerra percebi que meus sentimentos eram muito mais fortes que imaginava.

 

- Jiraya, não...- O olhei e toquei seu braço.- Você não é assim e eu não quero que mude por mim. Vamos, temos que ver o Sarutobi-sensei.

 

- Vamos.- Disse.

 

Fomos para o escritório dele.

 

Eu me irritava com essa posição dela, o que me tirava a esperança de ter algo com a única mulher que já tive sentimentos. Entramos na sala.- E aí sensei.

 

- Jiraya, Tsunade.- Ele cumprimentou.- E o Orochimaru?

 

- Deve estar com as cobras dele.- Disse.

 

- Isso é estranho.- Disse.

 

- Como vai o Nawaki, Tsunade?- Ele perguntou.

 

Sorri.- Ele tá lindo e crescendo.

 

- Imagino.- Disse.

 

- Bem, o que tenho para falar com vocês é o seguinte; Tsunade vai ficar trabalhando na ala médica mesmo e Jiraya irá se tornar um sensei. Iremos separar novos times daqui uns dias.- Ele disse.

 

- Sensei? Eu não vou me dar com pirralhos.- Disse.

 

- Jiraya, não complica. Depois da guerra estamos sem dinheiro praticamente, precisamos de missões, até as menores que sejam e para isso professores. Vários Jounnins morreram, não me sobraram opções.- Ele disse.

 

- Me manda para missão então. Não sirvo para sensei.- Disse.

 

- Jiraya, você vai ser sensei e ponto. Irá conhecer seu time em breve.- Ele disse.

 

- Não me responsabilizo se matar algum moleque chorão.- Disse.

 

Ele suspirou.- Vocês podem ir.

 

- Até mais sensei.- Disse.

 

- Até.- Ele disse.

 

Saímos do escritório e eu não estava contente.- Eu com moleques.

 

- Vai ser legal. Você pode pegar o Nawaki, ele só fala que quer se tornar um Genin e virar Hokage...- Ri.

 

- Faz tempo que não o vejo.- Disse.

 

- Bem, você deixa claro que não gosta de crianças.- Disse.

 

- Não é que não goste. Nunca lidei com elas, não sei como fazer, mas também é mais um ponto para você me afastar.- Disse. 

 

- Eu não te afasto.- Disse.

 

- Imagina que não.- Disse.

 

- Não.- Disse.

 

- Então porque sempre me diz não?- Perguntei.

 

- Jiraya...- Parei e o olhei.- Não daríamos certo juntos.

 

- Você só diz isso.- Disse.

 

Suspirei.- Eu vou para o hospital. Tem muitos feridos ainda.

 

- E vai embora, sempre. Nunca vai se nunca tentar Tsunade.- Disse.

 

- Preciso ir.- Sai dali.

 

Soquei a parede de raiva; ela sempre fazia isso. Deveria deixar isso de lado, ela nunca vai ceder. Fiquei treinando até que fui chamado para pegar o meu time. Olhei os nome e foi difícil não sorrir. Fui para o campo e os esperei, mas não demoraram muito.- Bom dia aos três, sou Jiraya, o sensei de vocês.

 

- Bom dia, sensei.- Kushina disse.

 

- Bom dia.- Minato disse.

 

- Bom dia sensei Jiraya!- Nawaki disse.

 

- Quanta empolgação Nawaki e você também Kushina.- Disse.

 

- Claro!- Kushina disse.

 

Sorri.- E você Minato, sou seu sensei, respeito.

 

- Você me parece um velho.- Minato disse.

 

- Ele é da idade da irmã do Nawaki, a Tsunade-sama, e ela é linda.- Kushina disse.

 

- Isso é verdade.- Nawaki disse.

 

- Então ela é velha.- Minato disse.

 

- Como é?- Nawaki questionou.

 

Ela suspirou.- Ele vai morrer sem mulher, Nawaki.

 

- Provavelmente.- Nawaki disse.

 

- Eu tinha que cair no time dos certinhos.- Minato suspirou.

 

- Eu iria rir muito se visse ele vendo a Tsunade-sama pela primeira vez.- Ela riu.

 

- Ok, chega de conversa, vamos ver no que são bons.- Disse.

 

Ela se preparou.- Ok.

 

Comecei com alguns testes simples e pude ver que os três tinham potencial.- É, talvez vocês não sejam ruins.

- Ruins? Eu sou muito bom.- Minato disse.

 

- Metido.- Ela disse.

 

- Baixa a sua bola moleque, está longe de ser bom.- Disse.

 

- E eu?- Nawaki questionou.

 

- Você tem muito potencial, sua irmã te treinou bem.- Disse.

 

- E eu?- Ela perguntou.

 

- Você...- Cheguei junto dela, mexendo nos seus cabelos.- É uma pequena estrela.

 

Ela sorriu.- Obrigada sensei.

 

- Agora, vamos tomar um sorvete.- Disse.

 

Ela sorriu.- Ok.

 

- Então vamos.- Levei os três e os dias que seguiram passei com eles, os treinando como me lembrava, ensinando e prestando atenção em seus pontos principais. Kushina era forte demais para uma garota comum e um gênio terrivel.  Nawaki era inteligente e esperto, perfeito nas lutas. E o Minato, depois das brigas iniciais, percebi o quanto ele era bom, rápido e com potencial em várias formas. Depois de quase um ano os treinando, estava mais que afeiçoado por eles, eram as minhas crianças. A prova Chunin chegou e eles passaram nas primeiras fases bem, agora estavam nas lutas. Estava com eles quando vi Tsunade vir; a cada dia ela estava mais bonita, gostosa e aqueles peito... Para de encarar.

 

- Nawaki.- Sorri.- Está preparado?

 

- Sim e o sensei tá me dando umas ultimas dicas.- Nawaki disse.

 

Sorri.- Que bom e esses são os seus amigos?

 

- Sim. Essa é a Kushina e o Minato.- Nawaki disse.

 

Minato a olhava de boca aberta.

 

- Minato...- Tentei não rir.

 

Sorri para o garoto loiro.- Você é bonito, Minato.- Acariciei o cabelo dele.

 

- Eu sempre digo a eles isso.- Minato disse ainda olhando para os peitos dela.

 

Ri.- Depois do exame, vão lá em casa com Nawaki. Vou fazer o jantar e fiz bolo. Inclusive você pode vir, Jiraiya.

 

- Vou deixa-los lá.- Disse.

 

- O seu bolo é o melhor de todos.- Nawaki disse.

 

Sorri e abracei ele, beijando seus cabelos.- Boa sorte no exame.

 

- Ele vai passar fácil, todos vão.- Disse.

 

Sorri.- Tenho certeza.

 

Saiu o nome da Kushina; ela era a próxima.- Você vai arrasar, do mesmo jeito que faz com os meninos.

 

Ela respirou fundo.- Até daqui a pouco.- E foi para o campo.

 

Prestei atenção nela, sem tentar pensar em mais nada. Lembranças não iam ajudar. Ela começou a luta bem, mas teve uma distração.- Droga Kushina, levanta.- Disse preocupado.

 

Toquei o braço dele.- Ela está indo bem.

 

Olhei a mão dela e depois ela. Me afastei.- Eu sei que sim.

 

Recolhi minha mão e abracei meu próprio corpo.- Ok.

 

Ela se levantou e voltou a luta, conseguindo vencer. Quando ela voltou comemoramos, a colocando nas minhas costas. Algumas rodadas passaram e foi a vez do Minato. Ele foi confiante, o que o fez quebrar a cara, mas logo percebeu como fazer para vencer.- Ele é brilhante.

 

- Sim, é.- Sabia que Jiraiya não me queria ali, então dei um beijo na testa de Nawaki.- Vou ir ficar com os outros Jounnins e médicos. Até mais.- Sai dali.

 

Ele lutou e tentava não prestar atenção nela. Tinha sido rejeitado vezes o suficiente para aprender. Minato terminou e venceu, e em seguida,foi Nawaki. A luta dele foi longa, perfeita, mas acabou perdendo por um golpe de sorte do adversário. Claro que ele ficou chateado e quando o levei na ala médica conversei bastante com ele. O resultado só sairia daqui a alguns dias, então os levei até a casa da Tsunade. Bati na porta.- Vocês foram incriveis, aproveitem para comemorar.

 

- Eu não fui.- Nawaki disse.

 

- Foi sim, aquele cara que era um babaca sortudo.- Minato disse.

 

Abri a porta.- Hey.

 

- Prepare-se, eles estão famintos.- Disse.

 

- Imagino que sim. Se quiserem pode ficar para dormir. Minato pode colocar pijama do Nawaki e Kushima uma camisola minha, claro que irei adapta-la.- Disse.

 

- Eu fico!- Kushina disse.

 

- Eu também quero!- Minato disse.

 

Sorri.- Ok. A casa é grande para mim e o Nawaki, é bom ter visitas.

 

- Tanto faz.- Nawaki disse.

 

- Nawaki, você vai parar com isso. Não é porque não ganhou que não vai passar.- Disse.

 

Me agachei na frente dele, levantando o rostinho dele.- Nawaki, já falamos disso. Você é o neto do Shodaime, você é forte.- Segurei o colar do meu avô.

 

- Mas eu queria ganhar, todo mundo ganhou, você também.- Nawaki disse.

 

- Nosso avô costumava dizer que nossa força está aqui.- Coloquei minha mão sobre o coração dele.

 

- E nem todo mundo ganhou, eu perdi.- Disse.

 

- Perdeu?- Nawaki questionou.

 

Sorri e me levantei.- Vão indo tomar banho. Tem banheiro para todo mundo e já vou ver um pijama para você, Kushina.

 

- Sim e sou o que sou, não esquente. Agora vai se divertir. Vão.- Ele acenou e eles entraram.

 

- Bem, eu vou indo então. Boa noite.- Disse.

 

- Tudo bem, cuide deles. E diga que estão de folga o resto da semana.- Disse.

 

- Ok.- Disse.

 

- Tchau.- Ia saindo, mas os três vieram.

 

- Sensei, você vai ficar.- Minato disse.

 

- Sim ou não vai ter festa.- Nawaki disse.

 

Sabia que Jiraiya não queria ficar comigo.- Pode ficar Jiraiya. Vou ter que dar uma passada no hospital mesmo.

 

- Não precisa sair Tsunade, somos adultos.- Os olhei.- Ok, eu fico.

 

- Ok.- Disse.

 

Entramos e a casa era bem do jeito que eu lembrava quando vinha aqui ainda pequeno. Tirava um pouco da roupa.- Vão tomando banho seus porquinhos.

 

Tirei o casaco que tinha colocado e já estava de camisola e os cabelos soltos.- Vou terminando as coisas na cozinha.- Fui para a cozinha.

 

As crianças foram tomar banho e fiquei olhando as fotos. Tinha algumas com o primeiro Hokage, de Tsunade e Nawaki e da nossa equipe. Fui até a cozinha.- Sabe porque Orochimaru anda tão afastado?

 

- Ele está fazendo umas experiências que o Sarutobi-sensei não aprova.- Disse.

 

- Então porque continua?- Perguntei.

 

- Não sei. Ele anda falando coisas estranhas para mim, dizendo para viajar com ele.- Disse.

 

- Ah, ele fica?- Perguntei.

 

- Sim.- Disse.

 

- Essas coisas que ele está fazendo pode acabar mal.- Disse.

 

Provei do molho.- Eu sei.

 

- Eu não sei o que está dando nele, ele não era assim. Acho que vou procura-lo.- Disse.

 

Me virei, me encostando no balcão.- Bem, você pode tentar.

 

- Eu irei, não vou deixar um amigo se destruir assim.- Disse.

 

Assenti.- Ok.

 

Botei a foto no lugar e ouvi a zona descendo.- Epa, assim até parece que não aprenderam a se comportar comigo.

 

Ri.- Duvido que tenham.

 

- Eu tô com fome.- Minato disse.

 

- Eu também.- Nawaki disse.

 

- Ok, já vou servi-los. Vão sentar na mesa.- Disse.

 

- Tá.- Eles foram para a mesa.

 

- Precisa de ajuda?- Perguntei.

 

- Eu ajudo a Tsunade-sama.- Kushina disse.

 

Sorri.- Obrigada, fofinha.

 

- Não se iluda, ela pode ser braba demais.- Disse.

 

Ri.- Imagino que sim.- Servi os pratos e levamos para a mesa.

 

Elas foram e me sentei. Começamos a comer.

 

- A sua comida é uma delícia.- Minato disse.

 

Sorri.- Obrigada. Aprendi com minha avó. Kunnoichis precisam ser fortes, delicadas e ótimas cozinheiras.

 

- A Kushina nunca vai ser delicada.- Nawaki disse.

 

- Nawaki! Não se pode falar assim com uma menina.- Disse.

 

- Ué, é a verdade.- Nawaki disse.

 

- Não preciso ser delicada com vocês.- Ela disse.

 

Ri e comecei a comer.

 

- Minato, vai com calma.- Disse.

 

- Está uma delícia.- Ele disse de boca cheia.

 

Sorri e acariciei o rosto de Minato.- Ele é tão fofinho.

 

- Estou vendo esse fofinho ficar babando em você.- Nawaki disse.

 

- Babando?- Perguntei.

 

- Sim, nisso tudo que você tem ai.- Nawaki disse.

 

Ri.- Ele ainda é um menino, como você. E olha quem está com ciúmes, mas você não reclama quando se acomoda neles.

 

- Eu posso.- Nawaki disse.

 

- Só você?- Perguntei.

 

- Sim!- Ele exclamou.

 

Ri.- Você é ciumento.

 

- Está certo Nawaki.- Disse.

 

- Viu? Ele me entende.- Nawaki disse.

 

- Eu vou ter assim como você?- Ela indicou os peitos dela.

 

- Olha, quem sabe?- Questionei.

 

- Para que você quer tê-los Kushina?- Minato perguntou.

 

- Parecem macios.- Ela disse.

 

- Posso tocar?- Minato perguntou.

 

- Minato.- Disse.

 

Ri.- Acho que não seria apropriado querido.

 

- Fora as chances de sair quebrado.- Disse.

 

- Eu nunca bateria numa criança. Só em adultos tarados.- Disse.

 

- Eu vi numa revista que a Tsunade-sama é considerada a Kunnoichi mais linda do mundo.- Ela disse.

 

- Eu também acho.- Nawaki disse.

 

Sorri.- Obrigada, mas acredito que não seja para tanto.

 

- Nenhuma é tão linda, poderosa e boa médica como você.- Ela disse.

 

- Você tem uma fã.- Disse.

 

Sorri.- Estou vendo. Acho que devo incluir você no meu treinamento com a Shizune.

 

- A menina que é sobrinha daquele cara que não para te olhar?- Ela perguntou.

 

- Quem?- Perguntei.

 

- O namorado dela.- Nawaki disse.

 

- Ele não é meu namorado. Somos companheiros na ala médica da vila.- Disse.

 

- Óbvio.- Disse.

 

- Mas Dan é um amor de pessoa e ficou amigo do Nawaki, afinal os dois compartilham o sonho de virar Hokage.- Disse.

 

- Só que eu vou ganhar dele, não é sensei?- Nawaki questionou. 

 

- Com certeza.- Respondi, sentindo aquela comida ficando indigesta.

 

Sorri e beijei a testa de Nawaki.- Você é o melhor de todos, meu amor.

 

- Isso vai ser bom, quando eu passar vocês.- Minato disse.

 

Sorri e seguimos comendo. Depois do jantar, os três foram para o quarto de Nawaki ver TV, e eu fui arrumar as ultimas coisas na cozinha.

 

Depois de ficar um pouco com os garotos, me ajeitei para ir embora. Estava saindo quando vi Tsunade.- Ah, você está aí. Estou indo.

 

Levantei meu olhar. Estava estudando coisas sobre medicina.- Ah, tudo bem.- Me levantei.

 

- Eles vão apagar logo, não vão te dar trabalho.- Disse.

 

- Não me preocupo com isso.- Disse.

 

- Então tudo bem.- Ia saindo.- Namorando?

 

- Não.- Disse.

 

- Não precisa me esconder, vi o jeito que falou do cara.- Disse.

 

- Não sou namorada dele. Somos amigos e treino a sobrinha dele.- Disse.

 

- É o que você diz, só diz.- Suspirei.

 

Como estava só de camisola e o ar da rua era gelado, peguei meu casaco e coloquei.- Você não confia em mim, não somos mais um time... Eu te entendo Jiraiya. Me desculpe por tudo.

 

- Não me entenda! Não temos nada mais porque você não quis, isso sempre ficou muito claro.- Disse.

 

Baixei meu olhar e assenti.- Tudo bem, desculpe. É melhor eu entrar.

 

- Porque você nunca reage?- Perguntei.

 

- Porque eu não tenho razão no que poderia dizer e não gosto de brigar com você.- Disse.

 

- Eu sou tão ruim assim Tsunade?- Perguntei.

 

- Eu nunca disse isso. Você é perfeito, Jiraiya. Você é um dos homens mais bons e honestos que conheço.- Disse.

 

- Não é o que parece. Só diz logo que não sente nada por mim para eu conseguir matar isso de uma vez. São anos Tsunade, anos que disse o que sentia por você e você só dá respostas assim.- Disse.

 

Respirei fundo. Ele merecia um fechamento e podia mentir, mas ele seguiria em frente. Era o melhor para ele.- Eu não sinto nada por você. Adeus.- Entrei e fechei a porta.

 

 

 

 

POV Jiraiya.

 

Ouvir de uma vez foi pior do que estar enrolando. Segui o caminho para casa, mas não cheguei lá, parando para beber. Não sei quantas eu bebi, mas repassava esses anos; quando voltei de viagem, pegando missões junto com ela, acabei a beijando e me declarei. Ela não reagiu, assim como fez até hoje. A bebida me afetava e eu decidia; não amaria mais mulher nenhuma. Não sei com quantas eu fiquei naquela noite, mas no outro dia eu estava quebrado, não só fisicamente como emocionalmente. Ainda bem que tinha uns dias até os garotos voltarem, eu poderia me recuperar ou fingir que o fiz. Foi assim dali em diante. Os meninos passaram para Chunin, mas não os deixei e quando cada um seguiu para melhorar suas técnicas, Minato veio comigo, o fiz meu pupilo. Aquele garoto tinha se tornado meu orgulho, assim como os outros, mas ele era especial. Os anos passavam e por mais que eu insistisse Tsunade estava no meu coração ainda e toda vez que eu a via pela vila, uma parte minha desejava que ela mudasse de opinião. Muita coisa aconteceu também; Orochimaru traiu a vila e como seu amigo o segui tentando fazer com que mudasse de ideia, mas nada adiantou. Passei a escrever e dizem que meus livros são bons, até está para venda. Voltava para vila depois de um tempo e procurei meu pupilo.- Você não deveria estar treinando?- Perguntei por trás dele.

 

Ele se virou.- Jiraiya-sensei.

 

- Minato, você está um homem já.- Disse.

 

- Bem, sempre fui.- Disse.

 

- Sim, mas agora é um Hokage.- Disse.

 

Ele sorriu.- Isso é.

 

Abracei ele.- Desculpe não ter vindo na nomeação.

 

- Você é um homem ocupado.- Ele disse.

 

- E você meu pupilo. É como imaginava?- Perguntei.

 

- Sim, tirando o fato de Nawaki nem falar comigo.- Ele disse.

 

- Ele vai superar.- Disse.

 

- Talvez. Levei uma surra da Tsunade-sama. Fiquei no hospital por um mês.- Ele disse.

 

- Hmm... Ela ainda está por ai?- Perguntei.

 

- Sim.- Ele disse.

 

- Ah.- Disfarcei o rumo da conversa.- E a Kushina?- Andávamos pelo jardim.

 

- Em casa e bem.- Ele disse.

 

- Não acredito que ela enlaçou você.- Disse.

 

- Nem eu.- Ele disse.

 

- É, estou ficando velho mesmo. Meus garotos até casaram.- Disse.

 

Ele riu.- Pois é. Agora eu preciso voltar, sensei. Kakashi e Rin me esperam.

 

- Claro, tudo bem. Depois dou uma passada na sua casa.- Disse.

 

- Tudo bem.- Ele sumiu.

 

Sorri. Não poderia estar mais orgulhoso dele. Sai pela vila e andei em alguns lugares, encontrando alguns conhecidos. Vi um rapaz junto com uma mulher, não podia ser.- Nawaki?

 

- Sensei, oi.- Ele disse.

 

- Você parece muito mais forte garoto.- Disse.

 

- É, talvez.- Ele disse.

 

Olhei ao lado dele. O que aquela mulher tinha que cada vez ficava mais linda.- Tsunade.

 

 

POV Misto. (Jiraiya e Tsunade.)

 

- Jiraiya.- Disse.

 

- Eu fico fora um tempo e você já é um Jounin, isso tá rápido demais garoto.- Disse.

 

- Pois é.- Ele disse.

 

- Então, vamos tomar alguma coisa?- Perguntei.

 

- Na verdade não posso, estou procurando um negócio para comprar.- Ele disse.

 

- Talvez eu possa ajudar então.- Disse.

 

- Tudo bem.- Ele disse.

 

Me juntei a ele.- Fazendo muitas missões?

 

- Faz um tempo que não.- Ele disse.

 

- Por que? Você sempre foi brilhante.- Disse.

 

- Não de acordo com o Sarutobi-sama e você, já que ambos escolheram Minato.- Ele disse.

 

- Nawaki, eu expliquei a você porque Minato foi meu pupilo, mas tenho orgulho dos dois.- Disse.

 

- Tudo bem.- Ele disse.

 

- E você Tsunade?- Perguntei.

 

- Hmm... Na mesma.- Disse.

 

- Ainda médica no hospital daqui?- Perguntei.

 

- Sim.- Disse.

 

- Ouvi falar de você por ai.- Disse.

 

- Que bom.- Disse.

 

- Que tipo de negócio está procurando?- Perguntei.

 

- Não sei ainda.- Disse.

 

- Você era mais tagarela.- Disse.

 

Vi Shizune vindo e suspirei aliviada.- Eu tenho que ir Nawaki. Nos vemos depois.- Beijei a bochecha dele e fui.

 

 

POV Jiraiya.

 

- O que deu nela?- Perguntei.

 

- Vocês não se falam mais.- Ele disse.

 

- Não posso dizer que é de todo culpa dela.- Disse.

 

- Ah sim.- Ele disse.

 

- Mas você não tem nada a ver com isso.- Disse.

 

- Já sou adulto e posso escolher o lado que ficarei.- Ele disse.

 

- Ah é?- Perguntei.

 

- Sim.- Ele disse.

 

- Vamos ver então.- Disse.

 

- Ok.- Ele disse.

 

- Nawaki, eu tenho orgulho de você, assim como tenho do Minato.- Disse.

 

- Você já disse isso e eu não preciso do seu orgulho. O único que importa para mim é o orgulho da minha irmã. Você escolheu seu favorito e não é criminoso por isso. Eu vou resolver minhas coisas, até mais.- Ele saiu.

 

Suspirei e voltei ao bar pedindo uma bebida. Eu não tinha mais a admiração dele, assim como não tinha uma casa, alguém para voltar. Bela vida estou levando. Fiquei pela cidade, arrumei um cantinho para escrever e a noite fui para casa de Minato; ali pelo menos me senti bem recebido. Contamos várias histórias e Kushina fez um jantar delicioso.- Você tá de parabéns querida.

 

Ela sorriu.- Obrigada.

 

- Assim como pelo bebê, vocês não perderam tempo.- Disse.

 

Ela suspirou.- Melhor agora que tenho saúde e sou forte para aguentar o chakra rebelde da Kyuubi.

 

- Vai ficar tudo bem, os dois vão.- Ele disse.

 

- Sim, você é forte Kushina. E daqui a pouco esse molequinho vai estar deixando vocês dois doidos por ai.- Disse.

 

Ela sorriu.- Ajuda Minato ter metade do Chakra dela dentro de si também, mas só a metade é difícil.

 

- Se precisarem da minha ajuda, é só pedir.- Disse.

 

- Sabemos.- Ela disse.

 

- Sim e adorei aquele seu livro, mostrei a ela também.- Ele disse.

 

- É só o primeiro, irei melhorar.- Disse.

 

- Está vendo Minato, nosso sensei evoluiu. Desde que está com a gente não é mais o ninja tarado da folha.- Ela riu.- Te fizemos perder sua fama, não é? Está aqui a mais de uma hora e não falou de nenhuma aventura amorosa por ai e antes também.

 

- Estou respeitando você e a possibilidade de você me botar para correr se falar algumas coisas para o Minato.- Ri.- Mas estar com vocês é bom.

 

- Você sempre será bem vindo sensei.- Ele disse.

 

Ela sorriu.- Sim.

 

- Assim como pensamos em você ser o padrinho do bebê.- Ele disse.

 

- Eu?- Questionei.

 

- Sim. Queremos colocar o nome do nosso filho de Naruto, como o herói da sua história.- Ela disse.

 

- Vocês...- Olhei os dois.- Obrigado, eu não tenho mais família de sangue, mas vocês dois os substituem bem.

 

Ele sorriu.- Dizemos o mesmo sensei.

 

- Com certeza.- Ela disse.

 

- Agora padrinho... Acho que estou mais para avô então.- Disse rindo.

 

Ela riu.- Você está bem conservado.

 

- Sim, deveria era achar alguém.- Ele disse.

 

- Isso não é para mim.- Disse.

 

- Concordo com o sensei.- Ela disse.

 

- Obrigado Kushina, mas como você sabe?- Perguntei.

 

- Você gosta de conhecer todas as mulheres.- Ela disse.

 

- Bem, o amor não é para mim, então porque não aproveitar a parte boa de você mulheres?- Questionei.

 

- Isso foi pelo chute da Tsunade?- Ele questionou.

 

- Deve ser.- Ela disse.

 

- Como sabem disso?- Perguntei.

 

- Vocês não foram silenciosos depois da prova Chunin.- Ele disse.

 

- O Jiraiya-sensei no caso, né? Ele já é grande desse jeito e gritando imagino que seja assustador.- Ela disse.

 

- Vocês eram crianças, não deviam ter ouvido aquilo.- Disse.

 

- Temos bons ouvidos.- Ela disse.

 

- Desculpem.- Disse.

 

- Tudo bem, ficamos preocupados com você.- Ele disse.

 

- Sim.- Ela disse.

 

- Eu fiquei bem, não se preocupem.- Sorri.

 

- Aham, sei.- Ela disse.

 

- Vamos fingir que é verdade.- Disse.

 

- Sim.- Ela disse.

 

Rimos e ficamos ali conversando até tarde. Passei a ir sempre que podia na casa deles, mas tinha minhas missões, então as vezes ficava um tempo fora. Foi durante esse tempo que recebi a pior notícia que poderia receber. Tinha dado tudo errado em relação a Kyuubi e tanto Minato quanto Kushina tinham morrido. Voltei imediatamente para a aldeia e tinha esperança de ter sido um engano, mas cheguei ainda a tempo do funeral dos dois e senti meu coração sendo quebrado de novo. Depois de tudo foi discutido o que seria feito de Naruto, ele tinha sobrevivido e a Kyuubi estava selada nele. Me perguntaram se eu o queria, mas tive que pensar. Todas as vezes que tinha tido algo, tinha perdido, mas se não ficasse comigo ele ia crescer sozinho e desamparado, eu não poderia fazer isso. Aceitei ele e o levei pra casa. O que eu ia fazer com um bebê? Sabia que ele precisava de coisas, então fui comprar. No mercado, ele abriu o berreiro e eu não sabia o que fazer.- Calma Naruto.

 

POV Misto. (Jiraiya e Tsunade.)

 

- Tudo bem?- Perguntei.

 

- Está.- Disse.

 

- Hmmm... Ok. Desculpe te incomodar.- Voltei a andar pelo mercado.

 

- Ei, calma toma a sua chupeta.- Dei a ele enquanto olhava os leites.- Quem inventou tantos leites para crianças?

 

- Ele é recém nascido, tem que tomar um especial.- Disse.

 

- Qual deles?- Perguntei.

 

- O azul.- Disse.

 

- Ah.- Peguei uma lata, colocando no carrinho.- Obrigado.

 

- De nada.- Disse.

 

- Vamos lá, fraldas.- Andei um pouco e voltei ao desânimo pela variedade.

 

Suspirei e fui até ele, entregando meu carrinho.- Fique com ele. Estava pegando umas coisas para levar para você, sabia que não saberia escolher.

 

- Tudo isso?- Perguntei.

 

- Sim.- Disse.

 

- Ok, só resta aprender a fazer.- Disse.

 

- É fácil.- Sorri de leve.- Posso pega-lo?

 

- Claro.- Passei ele para ela.

 

O peguei e sorri.- Você é lindo, Naruto.- Beijei a testa dele.

 

- Ele parece o Minato.- Disse.

 

- Sim.- Disse.

 

Olhei ele e suspirei. Aquilo não era justo.

 

Dei outro beijo na testa de Naruto e entreguei a Jiraiya.- Vocês devem ir para casa. É noite e o sereno pode fazer mal para ele.

 

- Tudo bem e obrigado pelas compras.- Disse.

 

 - De nada.- Disse.

 

Paguei tudo e comecei a sair.- Hmm... Tsunade.

 

Parei e me virei.- Sim?

 

- Será que poderia me ajudar hoje?- Perguntei.

 

- Hã...- Eu não devia aceitar, não era certo ficar perto dele, mais por ele do que por mim, mas não poderia deixa-lo na mão.- Claro.

 

- Obrigado.- Disse.

 

- De nada.- Disse.

 

Ela pegou ele e fomos até minha casa, onde tinha só começando a botar as coisas que tinha vindo da casa deles no lugar.

 

- Ele já tomou banho?- Perguntei.

 

- Quando o peguei falaram que sim.- Disse.

 

Ri.- Vamos dar um banho nele então. Esses banhos de gato não dá certo.- Uma das coisas que mais me doía era o fato de eu nunca ter sido mãe, agora já é tarde. Sempre quis ter uma barriga enorme e dar de mamar, mas acho que não era meu destino ser mãe, vai ver não sou tão boa quanto pensei. E também, como vou ser mãe sem um relacionamento, não é mesmo? Pois é.- Onde fica o banheiro?

 

- Eu te mostro.- A levei até o banheiro.- Acho que vi uma banheira em algum lugar. Espera ai.- Sai e mexi nas coisas, achando e voltando.- Aqui.

 

- Ok.- Enchi a banheira, desenrolei Naruto e o coloquei na banheira, começando a dar banho.

 

- Como vou pegar o jeito de tudo isso?- Perguntei.

 

- Com o tempo.- Disse.

 

- Eu não devia me aproximar mais de crianças, sempre às perco de alguma forma.- Disse.

 

Sorri.- Tenho a impressão que esse pequeno aqui irá ir longe. E sei o quanto amava Minato e Kushina, o tanto quanto amava Nagato... E sinto muito, mas tem coisas que não podemos evitar. Minato era o Hokage, ele sabia que a vida dele não valia mais do que o bem estar da vila.

 

- Deve estar aliviada de não ter sido Nawaki.- Disse.

 

- Eu mataria todos dessa vila por ele, então sim. E se ele morresse, eu destruiria essa vila com minhas próprias mãos, mesmo que isso fosse decepcionar meu avô.- Toquei no meu colar e balancei a cabeça, voltando ao banho.

 

- Não deveria ter ido nessa última missão. Deveria ter ficado aqui.- Disse.

 

- Não adianta se lamentar. Sei o quanto amava os dois, mas agora você tem o filho deles para cuidar. Você pode construir uma vida agora.- Terminei o banho de Naruto, secando-o, colocando a fralda e colocando uma roupa.

 

- Pelo menos ele vou poder proteger um pouco do peso de ser um Jinchurichi.- Disse.

 

- Vou fazer o leite para você e depois vou embora, não quero que forcemos nada aqui e preciso voltar para Nawaki.- Disse.

 

- Não estamos forçando nada, você foi clara e eu respeitei.- Disse.

 

- Ok.- Deixei Naruto com ele e desci.

 

Ela foi e fiquei olhando o bebê, pensando em como ela tinha sido com ele. Para Jiraiya, não adianta pensar nisso.

 

Fiz o leite e deixei em cima da mesa da cozinha. Peguei meu casaco e olhei para as escadas. Suspirei e sai.

 

Alimentei Naruto e depois o botei para dormir, talvez fosse melhor não ficar chamando a Tsunade, era melhor para o meu teimoso coração. Aos poucos fui pegando jeito e o meu amor por aquele garotinho crescia de forma assustadora, era como se ele fosse mesmo meu filho. Eu passei a ir em menos missões e ensinar mais na vila. Naruto não podia me perder também, era uma promessa que fiz a Minato certa vez em seu tumulo. Meses se passaram e esse bebê fofo já está com quase um ano. Vi Tsunade várias vezes pela vila e Naruto se derretia todo com ela. Hoje ele está me deixando assustado pela forma que estava chorando. Tentei várias coisas e ele não parava, já era noite e sem saber o que fazer me rendi, indo com ele na casa da Tsunade para ela ajudar.

 

Ouvi a porta e me levantei, colocando um robe e abrindo a porta.- Jiraiya? Tudo bem?

 

- Não, tem alguma coisa errada com o Naruto. Ele não para de chorar e já tentei de tudo.- Disse.

 

- Entra.- Ele entrou e fechei a porta.

 

- Eu podia ter ido no hospital, mas você é mais confiável.- Disse.

 

- Não somos mais amigos a anos e você diz isso agora? Hmm... Obrigada.- Coloquei Naruto no sofá, concentrei meu chakra e coloquei sobre sua barriga, sorrindo.- Calma loirinho, é só uma cólica.

 

- Não brinca.- Disse.

 

- Como assim?- Perguntei.

 

- Eu achei que o tinha machucado ou feito algo errado.- Disse.

 

- Não, ele está bem. Só tendo um pouco do gosto do que as mulheres aguentam todo mês. Acho justo até.- Disse brincando e beijando a testa do bebê.- Já vai passar.

 

Aos poucos ele foi se acalmando com ela, até que se calou por completo.- Você conseguiu.

 

- Não foi nada impressionante.- O peguei no colo e ele agora ria.- Como está esse bebê? Já fala alguma coisa?- Beijei a bochecha dele, brincando com ele.

 

- Quase, está meio difícil de entender ainda.- Disse.

 

Assenti.- Imagino. Você sabe que ele vai te chamar de pai, não é? Você o criou e acho que merece isso. Depois deve contar tudo a ele também.

 

- Sei e eu nunca deixaria de contar. E ele adora você, fica assim manhoso toda vez que te vê.- Disse.

 

Ri.- Ele não fica manhoso, tadinho.

 

- Não, imagina. Devia trazer ele mais vezes para te ver.- Disse.

 

- Prometo que serei uma ótima tia que dá presentes e em vez de educar só mima.- Ri e olhei Jiraiya.- E você não precisa vir me ver, Jiraiya. Sei o quanto isso é ruim para você.- Levei Naruto para ele.

 

- Eu venho, não tem problema.- Disse.

 

- Ok.- Disse.

 

O peguei, o que fez ele começar a chorar.- E lá vamos nós de novo.

 

Sorri.- Isso é manha.

 

- Eu disse que ele gosta de você.- Disse.

 

Acariciei o rosto de Naruto.- Você precisa ir com o seu pai, amor.

 

Em vez de vir comigo, ele se aninhou no colo dela.- Ah, entendi.

 

- O que?- Perguntei.

 

- O que ele tanto gosta ai.- Disse.

 

Sorri.- São macios, Naruto?- Perguntei, fazendo cosquinha na barriga dele.

Ele riu, apertando ali.

 

Ri.- Você é bem saidinho para um bebê.- Beijei a barriga dele.

 

- Ele é esperto.- Disse.

 

Ri.- Sim.

 

Naruto brincava com os peitos dela e acabei bocejando.- Vamos garotinho que o velho aqui está precisando descansar.

 

- Se chamando de velho, está me chamando também.- Ri.

 

- Isso é difícil porque seria a velha mais linda que já vi.- Disse.

 

Sorri.- Sei. Você deve ser o homem que mais conhece mulheres por ai.

 

- Bem, eu tinha que viver de alguma forma.- Disse.

 

- Tudo bem.- Disse.

 

Me sentei no sofá, esperando se Naruto dormia para eu ir para casa, aquele garotinho acabava comigo.

 

- Ele pode ficar comigo se quiser ir para casa.- Disse.

 

- Não quero abusar. Fora que tem que dar o remédio dos dentes, ele está sofrendo com isso também.- Disse.

 

- Hmm... Ok.- Usei chakra o suficiente para relaxa-lo e ele dormir.- Pronto.

 

- Isso não é justo com as horas que passo o fazendo dormir.- Disse.

 

Sorri.- Imagino.

 

Ia pega-lo quando um raio iluminou pela janela e o trovão veio em seguida. E antes de podermos ir olhar, a chuva caiu.- Fala sério.

 

- Hã... Espere um pouco mais.- Disse.

 

- Se você não se importar.- Disse.

 

- Não.- Disse.

 

- Então tá.- Voltei a me sentar no sofá.- Nem parece tanto tempo de quando acabávamos o treino e vinha correndo para cá.

 

- Sim... Era um ótimo tempo.- Disse.

 

- Como chegamos aqui? Assim?- Questionei.

 

- Acho melhor não falarmos disso. Você fica nervoso e nunca acabamos bem.- Disse.

 

- Eu fico nervoso?- Perguntei.

 

- Sim.- Disse.

 

- Um motivo. Eu perco a razão porque nunca me deu um motivo.- Disse.

 

- Ok.- Disse.

 

- E continua sem dar. Porque Tsunade?- Perguntei, mantendo um tom ainda tranquilo.- Foi algo que te fiz?

 

- Não e não tenho que te dar satisfação de nada.- Disse.

 

- Sabe, nas várias viagem que fiz e nas muitas bebidas, me levaram a pensar; será que tudo isso não é medo? Tipo, você já demostrou que não me odeia, que não fiz nada e mesmo assim me afasta.- Disse.

 

- Jiraiya, para.- Disse.

 

- Chegamos ao ponto de sempre; você fica nervosa, eu irritado e passamos tempos afastados para nos acalmar.- Disse.

 

Suspirei e peguei uma revista para ler.

 

- Não podemos acabar com isso?- Perguntei.

 

Suspirei e fechei a revista.- Eu não confio em você, pronto. Agora você pode ficar ainda mais magoado e me odiar mais ainda. Se a chuva não parar, você pode ficar em um quarto.- Subi.

 

- Hã?- Ela não ia jogar isso em cima de mim assim e sair. Subi, colocando Naruto num quarto e vários travesseiros em volta e fui a procura dela.- Como assim não confia em mim? Todo esse inferno que me fez passar foi isso?

 

- Você não presta, Jiraiya. Desde criança é tarado.- Disse.

 

- E todo amor que sinto por você não conta? Acha o que? Que te trairia com todas que eu visse?- Perguntei.

 

- Todas não, talvez 50% do que visse. Talvez 60%.- Disse.

 

- É isso que pensa de mim? Que não teria condições de levar a sério um relacionamento, de quebrar um voto tão sério?- Questionei.

 

- Viu? Agora você fica falando como se eu fosse a vilã. Jiraiya, eu já disse o que você queria.- Disse.

 

Fui até ela.- Então é isso; você decidiu que eu não valia a confiança e jogou tantos anos nossos, que poderiam ser juntos e felizes, fora?

 

- Sim.- Disse.

 

- Você não pode decidir por nós dois.- Disse.

 

- Eu sei.- Disse.

 

- Acho bom que sabe.- Disse estando já colado nela.

 

Minha respiração falhou e o olhei.- Jiraiya...

 

- Cala a boca mulher.- A beijei.

 

Acabei retribuindo o beijo.

 

Finalmente ela retribuiu! Eu sei que sou um babaca por ainda ama-la e que isso vai acabar comigo depois.

 

Ele era muito alto perto de mim, então era difícil beija-lo.

 

A peguei pela cintura e a levantei. Cabia tão bem nos meus braços e sentia que o lugar dela era ali.

 

Envolvi meus braços no pescoço dele e acariciava sua nuca.

 

A mão livre tocava as suas costas. Eu a desejava tanto que não me importaria em ir para aquela cama com ela agora mesmo.

 

Toquei o peito dele, acariciando ali e com a outra mão acariciava a lateral do seu pescoço.

 

Sabia que a cama estava perto de nós e a levei para lá, agora podendo a tocar melhor.

 

Continuei com a minha perna em sua cintura e acariciava seu peito.

 

- Tsubade...- Suspirei.

 

- Sim?- Perguntei.

 

- Eu ainda te amo.- Disse.

 

- Bem, não parece mais...- Disse.

 

- Eu nunca deixei de amar você.- Disse.

 

- Eu também te amo.- Disse.

 

- Hã?- Questionei.

 

- Hmm...- Me senti corar e ficar envergonhada, claro que ele nunca ia acreditar. Porque disse isso? Sou uma burra mesmo.- Nada. Temos que ver se o Naruto está bem.- Me sentei na cama para me levantar.

 

- Ei, não foge mais.- Disse.

 

- Não estou fugindo.- Disse.

 

- E não vai até eu ouvir isso de novo e do novo.- Toquei o rosto dela.

 

Sorri.- Tudo bem.

 

- Tem certeza que não estou bêbado?- Questionei.

 

- Tenho sim.- Disse.

 

- Que não é ilusão de ressaca?- Beijei ela.

 

Sorri e retribui o beijo.

 

A segurei e a tombei na cama. Era engraçado o quanto ela era forte, mas era pequena em relação a mim.

 

Toquei o rosto dele, depois tocando seu cabelo e sorrindo.- Seu cabelo é mais comprido que o meu.

 

- É o meu charme.- Disse rindo e minha mão subindo pelas pernas dela.- E você gostosa demais.

 

Sorri.- Obrigada.

 

A beijei de novo. Não sabia quanto tempo ia durar ela me aceitar assim, me deixar ama-la como sempre quis. Ah, eu estarei muito ferrado depois e não vai ter bebida que melhore.

 

Retribui o beijo e acariciava seu peito.

 

Subia a camisola dela e a pude tocar melhor. É, ela era muito mais gostosa que pensava.

 

Comecei a abrir a camisa dele, mas sem deixar de beija-lo.

 

Ajudei ela a tirar e tirei a camisola dela também; que corpo mulher.

 

Desci meus lábios pelo pescoço dele e minha mão descia pelas costas dele.

 

Peguei naqueles melões maravilhosos; que delicia eles eram. Entendo porque o Naruto quer ficar enfiado aqui.

 

Suspirei pesadamente ao toque dele e continuei beijando-o por ali.

 

- Espero que você tenha apagado bem o Naruto.- Disse.

 

Ri.- Porque?

 

- Estou excitado demais para parar agora.- Disse.

 

- Ele vai dormir por um tempo ainda. Vai acordar quando sentir fome só.- Disse.

 

- Como isso é sempre melhor aproveitar agora.- Desci minha boca até aqueles peitos.

 

Ri.- Acho que a vida te pregou uma peça né?

 

- Porque?- Perguntei.

 

- Porque quando éramos pequenos você me chamava de tábua.- Disse.

 

- Oh, com certeza pregou; você é uma maravilha.- Disse e beijei os peitos dela.

 

Gemi e suspirei pesadamente.- Boa genética.

 

- Tenho certeza que sim.- Cheguei ao mamilo dela, o provocando com a língua.

 

Gemi e minha mão descia pelo abdômen dele.

 

Eu estava a querendo logo, então terminei de tirar a minha roupa e tirei a calcinha dela.

 

- Sua roupa é pesada, sábio dos sapos.- Toquei na bandana que ele também tinha tirado e sorri.- Sinto falta da de Konoha em você.

 

- Eu também sinto falta de usa-la.- Disse voltando para cama.

 

- Um minuto.- Mordi meu dedo, o suficiente para sair sangue e coloquei na cama.- Kuchiyose no Jutsu.

 

- Tsunade-sama, em que posso servi-la?- Katsuyu perguntou

 

- Katsuyu, vá para o quarto de Naruto e cuide dele, ok? Qualquer coisa nos chame.- Disse.

 

- Sim senhora.- Ela saiu.

 

- Eu não pensei nisso.- Disse.

 

Sorri.- Mulheres são mais inteligentes e Katsuyu pode ajudar caso ele tenha cólica.

 

- Ah, que bom.- Disse me colocando entre as pernas dela.

 

Sorri e o beijei.

 

Toquei no sexo dela e ela gemeu; estava tão pronta para mim que chegava a ser mais excitante ainda. Me coloquei na entrada dela e me movimentei, a penetrando.

 

Suspirei pesadamente, mas sem deixar de beija-lo.

 

- Droga Tsunade, tinha que ser tão gostosa assim?- Disse depois de estar totalmente dentro dela.

 

Sorri.- Obrigada, mesmo não entendendo como os homens classificam isso nessa região.

 

- Depois eu explico.- Ri, a beijando e pegando ritmo nos movimentos.

 

Retribui o beijo e envolvi minha perna na cintura dele, mantendo-nos juntos.

 

Toquei a perna na minha cintura e rolamos na cama. Ela ficou por cima; que visão maravilhosa.

 

Continuei no mesmo ritmo e nessa posição era mais fácil senti-lo totalmente e dava para perceber que ele era grande comparado a mim. Bem, ele é alto, enorme na verdade, e eu sou pequena, então é meio óbvio mesmo.

 

Toquei na cintura dela e fui subindo até pegar nos peitos. Ah, esse movimento deles era algo tão lindo.

 

Ri da cara dele. Era engraçado como os homens são. Ok, eu sei que os homens reparam nos meus seios, não sou inocente e nem nada, mas ainda é engraçado como eles ficam abobados e realmente gostam de ficar tocando toda hora, deitar neles... Mas com Jiraiya é fofo também e gosto quando ele faz isso. Quer dizer, descobri que gosto já que é a nossa primeira vez.

 

A puxei para um beijo e me sentia diferente. Tsunade tinha sido a unica mulher que eu tinha amado, então não sabia como era transar com uma. Agora que estou sentindo não quero mais saber de nenhuma além dela. Resta fazer ela acreditar nisso.

 

Retribui o beijo e minha mão descia pelo seu abdômen e o toquei onde estamos unidos.

 

Gemi e minhas mãos foram para a bunda dela, dando tapas ali.- Você é delicia demais, Tsu.

 

Gemi também e rocei meus seios no peito dele, provocando-o e sem deixar de toca-lo.

 

- Você quer provocar né?- Suspirei e nos virei na cama, voltando a estar por cima.

 

Sorri.- Eu jogo, sei como distrair e provocar homens.

 

- Eu também sei amor.- Disse diminuindo o ritmo.

 

Sorri.- Sabe é?

 

- Só sinta.- Disse no ouvido dela e começando a alternar o ritmo das estocadas.

 

Gemi e suspirei pesadamente.

 

Continuei assim até que nós dois estávamos a beira do orgasmo.

 

O ajudava com o ritmo, mexendo meu quadril contra o dele.

 

- Tsunade...- Gemi e logo gozei, mas continuei até ela gozar também.

 

Nos ajeitamos na cama e me acomodei aninhada no peito dele.

 

Ainda estava ofegante, mas a apertei comigo e beijei sua testa.- Eu te amo Tsunade. Não sei como você vai querer seguir, mas nada vai mudar isso; você é a única mulher para mim.

 

- Vamos ficar juntos, se me quiser ainda. Vou entende se não quiser, eu sou a culpada.- Disse.

 

- Mulher, anos tentando diminuir o que sinto sem sucesso e agora que percebeu o bom partido que sou, acha que vou te dispensar?- Questionei.

 

- Bem, não nos falamos por anos e eu não sei nada da sua vida mais... Você me odiou e me desprezou por tantos anos que duvido que isso passe.- Disse.

 

- O que quer saber? Eu conto.- Disse.

 

Sorri de leve e toquei seu peito.- Não vou te invadir assim. Você irá me contar o que quiser e falando nisso acho que devo te dizer que amanha eu tenho uma missão na parte dos Uchiha. Bem, não é bem uma missão, mas sim ver se tem ninjas capacitados para serem médicos, analisar as crianças... Essas coisas e eu vou com o Dan.- Provavelmente ele nem se lembrava mais do Dan já que falamos disso uma vez só, na verdade acho que isso não é um problema para ele, ele nunca se importou com isso.

 

- Esse cara ainda te ronda é?- Questionei.

 

- Ele nunca me rondou e eu sou amiga da Shizune, que é sobrinha dele.- Disse.

 

- Ah, ele é um amor...- Imitei ela.- Sei bem.

 

- Ok, nós namoramos por um tempo.- Disse.

 

- Eu sabia! E ele acha que vai ficar perto de você? Ah vai.- Disse.

 

- Não é assim.- Disse.

 

- Tá bom que não. Amanhã vou ter uma conversa com ele.- Disse.

 

- Jiraiya!- Ri.- Ah, eu preciso conversar com você sobre uma coisa... Quer dizer, Nawaki.

 

- O que?- Perguntei.

 

- Eu sei que é normal os professores se apegarem a alunos específicos, e sei que ele não é para você o que Minato era ou Kushina, e é por isso que ele está chateado com você. Ele ficou duas semanas, depois que você escolheu o Minato para treinar,  sem conseguir se concentrar ao ponto de não conseguir fazer um clone das sombras, meio que foi destruir uma parte do sonho dele de ser Hokage e quando o Minato virou Hokage, isso se acabou por completo. Ele não teve sucesso, então você precisa entender isso. Ele não te odeia, mas acho que alguma coisa quebrou. E você tem todo direito de gostar mais de um ou se identificar mais com um... Isso é normal, eu sei. E ele tem o direito de ficar magoado. Acho que é bom você entender isso, para não achar que é gratuito.- Disse.

 

- Tudo bem, eu mereço. Não estava pensando direito quando o deixei assim, só pensava que era um meio que me deixaria perto de você e eu não queria. Ele tem toda razão em não querer ficar perto de mim, não cuidei dele direito como um sensei teria que cuidar.- Disse.

 

Foi ai que percebi que a culpa toda no final é minha... Como sempre.- Eu vou conversar com ele, prometo. Explicar tudo.

 

- Não, eu que vou e tentar consertar isso.- Disse.

 

- Não precisa.- Disse.

 

- Sim, foi um erro meu como sensei.- Disse.

 

- Jiraiya, você foi ótimo. Nawaki só ficou machucado por não ter sido escolhido, ele não te odeia e nem nada. Não é errado você ter escolhido o Minato, você o escolheria igualmente mesmo se Nawaki não fosse meu irmão.- Disse.

 

- Bem, o Minato era...- Suspirei.

 

- Tudo bem.- Disse.

 

- Desculpe ele ter passado por isso.- Disse.

 

- Tudo bem... No final ele fez um contrato com a Katsuyu também.- Disse.

 

- E está seguindo seus passos.- Sorri.

 

- Bem, não era a primeira opção dele, mas... Acho que no final o vovô ia gostar dele ser dono de um bar ou de jogos.- Disse.

 

- Você gosta.- Disse.

 

- Eu não. Eu tenho que fugir disso.- Disse.

 

- Sei.- Disse.

 

Ficamos ali e como Naruto estava cuidado, pude relaxar um pouco mais. Não sei o que levou a Tsu a se render, mas vou agarrar essa chance. Passei a ir todos os dias a casa dela e quando eu estava ocupado, ela que passou a cuidar do Naruto. Tentava refazer minha relação com Nawaki, mas eu o tinha magoado então não estava sendo fácil. Estamos a um ano juntos; Naruto agora corre e fala até demais. Ele me chama de pai e não tive coragem de o impedir. Eu estava com umas ideias para Tsunade, faltava botar em prática. Tínhamos marcado no parque e depois de arrumar o meu bebê, fomos para lá.

 

- Hey.- Disse.

 

Ele correu para ela.- Tô bonito?

 

Sorri.- Tá lindo.

 

- Você também mamãe.- Ele disse.

 

O olhei.- O que? Naruto, eu não...- Não sabia como dizer isso a ele.

 

- O que mamãe?- Ele perguntou.

 

Toquei o rostinho dele.- Nada amor.

 

Ele sorriu.- Ica.

 

Sorri.- Vamos.- Olhei em volta e vi uma Uchiha no parque com dois meninos.- Aquela é a mulher do Fugaku?

 

- É sim.- Disse.

 

- O Itachi é um prodígio, ótimo controle de chakra, até perguntei se ele não queria aprender ninjutsu médico.- Disse.

 

- Sim, o clã Uchiha está bem para o futuro.- Disse.

 

- Verdade.- Disse.

 

- E o pequeno é uma graça.- Disse.

 

Sorri.- Vamos até eles. O Naruto precisa de um amiguinho.- Levantei com Naruto no colo.

 

- Tem é?- Ele apontou.

 

- Seus futuros colegas pequeno.- Mexi no cabelo dele.

 

Sorri e chegamos até eles.- Olá.

 

- Olá.- Mikoto disse.

 

- Esses são seus filhos? Eles são lindos, Mikoto.- Sorri.

 

- Eles são perfeitos. Itachi acha que já é homenzinho.- Ela disse.

 

- Ah é pequeno?- Me agachei um pouco e acariciei o cabelo dele.

 

- Sou sim. Papai e o clã vão ficar orgulhosos.- Itachi disse.

 

- Isso é verdade, pelo que vejo na academia.- Disse.

 

Sorri.- E a aldeia também vai, pode ter certeza. E mesmo sendo uma Senju, não precisam me odiar, ok?- Disse divertida.

 

- Eu espero que eles cresçam livre disso.- Ela disse.

 

- Você é a médica, é boa.- Itachi disse.

 

Sorri.- Sim, eu sou.- Beijei a testa dele.

 

- E esse pequeno.- Disse mexendo com o menor.

 

- Não ou pequeno.- Sasuke disse.

 

Coloquei Naruto no chão, perto dele e toquei no rosto de Sasuke.- É um pequeno muito fofo. 

 

- Oi.- Naruto disse.

 

- Oi.- Sasuke disse.

 

Ri dos dois. Pareciam dois homenzinhos mesmo. Passei meu braço pelo do Jiraiya.- E seu marido?

 

- Está bem, no trabalho.- Ela disse.

 

Assenti.- Eu entendo.

 

- Esse é o bebê da Kushina?- Ela sorriu.- Ele é lindo.

 

- Verdade, vocês eram amigas.- Disse.

 

- Ele é perfeito.- Sorri.

 

- Fico feliz e aliviada de saber que ele está sendo amado assim. No futuro ele vai precisar; pessoas podem ser cruéis.- Ela disse.

 

 - Ai de quem o for com ele, vai se arrepender.- Disse.

 

- Não iremos deixar.- Disse.

 

- Se ele já tinha sorte de ter você Jiraiya-sama, ter vocês dois é um presente.- Disse.

 

- Obrigada.- Disse.

 

- Iria adorar que eles fossem amigos.- Ela disse olhando as crianças correrem.

 

- Eu também.- Disse.

 

Olhei eles brincando. Ela estava certa; ele precisava de amigos. Eu o protegia tanto para não falarem ou machucarem que acabava esquecendo disso.

 

Sorri e depois que a Mikoto foi conversar com amigas, fomos nos sentar e ainda cuidávamos Naruto que brincava com Sasuke e Itachi.

 

- Tsu, eu queria falar um assunto com você.- Disse.

 

- Diga.- Disse.

 

- Nós estamos bem, estamos firmes e passamos todos os dias possíveis juntos. Então...- Cocei a cabeça.- Agentepodiamorarjunto né?- Falei rápido.

 

Ri do nervosismo dele e o beijei.- Com certeza.

 

- O que? Sim? Rápido assim?- Questionei.

 

- Sim.- Disse.

 

- Naruto, você vai se machucar garoto.- Vi que ele corria.- E vai querer cerimonia?

 

- Não precisa.- Disse.

 

- Ufa.- Sorri.

 

Apenas sorri.

 

A beijei e ficamos olhando os meninos brincando, depois Mikoto levou os meninos para casa e nós também fomos.- Gostou de brincar?

 

- Otei do Auke.- Ele disse.

 

Sorri.- Que bom amor.

 

- Diz Naruto; o que você acha de morar junto com a mamãe?- Perguntei.

 

- Junto?- Ele perguntou.

 

- Acho que é uma mudança muito grande, tem que ser aos poucos. Ele está acostumado só com vocês dois, ele pode não se acostumar de inicio.- Disse.  

 

- Você sempre sabendo melhor as coisas.- Disse.

 

Sorri. Naruto me chamou de mãe pela primeira vez hoje, depois de dois anos, então sabia que era por convivência e ele só associou pelo que os outros chamam, não sou iludida. Sei que nunca vai ser a mesma coisa, até porque Jiraiya o criou e educou, nem tenho que me meter nisso. Eu o amava como um filho e doía todos os dias que ele vinha e ia embora, mas tenho que me contentar.- Eu deduzo, não tenho experiências com bebês.

 

- Eu digo instinto.- Disse.

 

- Tudo bem.- Disse.

 

- Vamos para casa?- Perguntei.

 

- Mamãe vai?- Ele perguntou.

 

- Não amor, eu moro aqui.- Sorri e beijei os cabelos dele.

 

- Papai isse junto.- Ele disse.

 

- Bem, vamos nos mudar aos poucos.- Acariciei a perna dele que estava sentado.  

 

- Nós vamos para a minha, para a sua ou uma nova?- Perguntei.

 

- Bem, se você quiser, queria ficar aqui.- Disse.

 

- Por mim tudo bem, ele já gosta e conhece aqui.- Disse.

 

- Ok.- Disse.

 

- Então o que acha de eu e esse baixinho ficarmos aqui hoje?- Perguntei.

 

Sorri.- Você sabe que são sempre bem vindos.

 

- Está bom assim Naruto? Dormir com ela hoje?- Questionei.

 

- Mimi com a mamãe.- Ele se jogou nela.

 

Sorri e o peguei, beijando na bochecha.- Mas para dormir comigo tem que tomar banho.

 

- Banho?- Perguntei.

 

- Sim, um banho quentinho e gostoso. Quer tomar comigo?- Eu não me importava de tomar banho com ele, não tinha nada demais e era mais divertido para ele e no final quando damos banho em uma criança nos molhamos toda.

 

- Quelo.- Ele disse.

 

- Isso que é sorte.- Disse.

 

Sorri.- Vem também. Vamos na banheira. Meu avô tinha bom gosto e a banheira é enorme.

 

- Eu gosto de banheiras.- Disse.

 

- Vamos então.- Disse.

 

Entramos e eu fui com ele, ela veio depois.- Isso é uma visão e tanto.

 

Sorri e me sentei na banheira.

 

Ele soprava as bolhas.

 

- Naruto está crescendo rápido.- Disse.

 

Sorri.- Sim, está.

 

- Eu me pergunto se o...- Parei.- Yondaime estaria feliz pelo modo que estamos cuidando dele.

 

- Você está, Jiraiya. Não posso receber crédito por isso e nem sei se ele iria me querer envolvida, já que ele não falava direito comigo por causa sua.- Disse.

 

- Digamos que ele aguentou alguns porres e desabafos bêbados.- Disse.

 

- Pois é... Então acho que ele nem ia me querer por perto dele.- Disse.

 

- Duvido. Ele sabia como era ter mulher de gênio forte.- Disse.

 

- Como se funcionasse assim.- Disse.

 

- Você o ama, isso basta.- Disse.

 

- Tudo bem.- Disse.

 

Peguei a mão dela e beijei.- Será que Nawaki vai aceitar?

 

- Vai sim.- Disse.

 

- Mamãe, olha.- Ele pegou um monte de espuma, soprando nela.

 

Ri.- Mas que safado.- Peguei ele, fazendo cosquinha.

 

Ele ria.- Ah mamãe.

 

Beijava o pescoço dele para fazer cosquinha.

 

- Assim fico com inveja.- Disse.

 

Sorri e me aproximei, beijando-o no rosto.- Tadinho.

 

- Mais tarde vai me compensar.- Disse.

 

Sorri.- Chama o Gamakichi, ele vai gostar da água e Naruto ama ele.

 

- Tudo bem.- Mordi meu dedo e invoquei ele.

- Sapinho!- Naruto disse.

 

Ri.- Oi Gamakichi.

 

- Oi Tsunade-sama. Continua linda.- Ele disse.

 

- Gamakichi!- Disse.

 

Ri e acariciei ele.- Você é um fofo.

 

- Fofo, sei.- Disse.

 

- Fofo.- Naruto agarrou o sapo.

 

- Naruto, cuidado amor.- Disse aliviando a pressão das mãos dele.- Ele é fofo, mas faz dodói se pegar forte, tem que fazer carinho.

 

- Gamakichi, tudo bem?- Perguntei.

 

- Parece que fui atropelado.- Ele disse.

 

- Tadinho. Vem aqui.- Peguei ele e comecei a cura-lo.

 

- Fez dodói?- Naruto perguntou.

 

- Só um pouquinho. Dá um beijinho nele.- Disse.

 

Naruto deu o beijo.

 

Sorri e soltei Gamakichi, ele ficou na água brincando com Naruto.

 

Puxei ela para meu colo.- Você sempre médica é tão gostosa.

 

Sorri.- Que bom que gosta.

 

- Eu gosto de muitas coisas.- Beijei o pescoço dela.

 

Me arrepiei e sorri.- Eu sei.

 

- E do jeito que o Naruto brincou, ele vai dormir direto.- Disse.

 

- Provavelmente.- Disse.

 

- O que nos deixa de tempo livre.- Disse.

 

Sorri.- Você já está planejando tudo, não é mesmo?- Me ajeitei no colo dele e toquei seu peito.

 

- Com certeza.- Mordi de leve o pescoço dela.

 

Ri.- Controle-se que Naruto está aqui e Gamakichi não é burro.

 

- Você que está me provocando em cima de mim e me excitando mais.- Disse.

 

- Você que me puxou para seu colo, seu sem vergonha.- Brinquei.

 

Ri.- Naruto, não fique colocando o rosto na água assim.

 

Sorri.- Vem cá amor, temos que te lavar.

 

- Não já tô molado?- Ele perguntou.

 

- Só isso não dá, temos que lavar para não ficar fedorento.- Ri e puxei ele para mais perto, pegando o sabonete e começando a lava-lo.

 

- Quelo fica ati. Amo papai?- Ele perguntou.

 

- Mas já vamos ficar.- Disse.

 

- E eu vou te encher de beijos depois.- Disse para Naruto e sujando o nariz dele de espuma.

 

Ele riu.- Não. Pa sempe.

 

- Hã...- Olhei para Jiraiya.

 

- A gente vai, aos poucos.- Disse.

 

Sorri de leve e acariciei o cabelo de Naruto.

 

- Tá.- Ele disse.

 

Aquele banho terminou claro em bagunça, e ficar com a Tsunade era ótimo. Fomos nós mudando um pouco e tudo para o Naruto era uma festa. Entre mim e a Tsunade não podia ficar melhor, mesmo as vezes brigando ficava tudo bem. O tempo foi passando e Naruto está com quatro anos, e é esperto demais! Fala demais também, principalmente quando diz que vai ser Hokage. Isso me preocupa já que muitos o reconhece na rua e se afasta. Estávamos em casa e ele tinha ido brincar perto de casa, mas estava demorando. -Ele perdeu a hora de novo.- Sorri.- Esse garoto.

 

- Sim e com isso já vou me preocupando quando ele tiver seis e entrar para a academia.- Disse.

 

- O difícil vai ser fazer ele levantar, não voltar.- Disse.

 

- Verdade.- Disse.

 

- Só que está anoitecendo, vou procura-lo.- Disse.

 

- Ok, vai lá.- Beijei ele.- E pergunta se o Choji melhorou da dor de estômago.

 

- Acho meio difícil, ele não para de comer.- Disse.

 

- O clã Akimichi tem seus segredos.- Disse.

 

- Sim. Bem, vou indo ver onde esse garoto se meteu.- Disse.

 

- Ok.- Disse.

 

Sai atrás dele e passei na casa de Choji. Depois voltei a procurar, achando estranho não o achar no parquinho. Comecei a olhar ao redor, se alguém tivesse feito algo a ele... Então ouvi um choro conhecido e o segui até acha-lo.- Naruto!

 

- Pá...papai.- Ele chorou.

 

- O que houve? Você tá machucado. O que aconteceu?- Ele chorou e achei melhor levar ele logo para casa. O fiz o mais rápido possível.- Tsunade.

 

- Eu estou fazendo torta de morango e...- Cheguei na porta de entrada e parei.- Meu Deus, o que foi?

 

- Não sei, cuida dele primeiro.- Eu estava me mantendo calmo até saber o responsável. Eu não iria perdoar aquilo.

 

- Coloca ele no sofá. Onde Nawaki está?- Perguntei preocupada. Vai que isso é um ataque de guerra.

 

- Não o vi.- Disse.

 

- Deus.- Comecei a curar Naruto. Tinha que procurar Nawaki.

 

- Dói mamãe.- Ele disse.

 

- Eu sei amor.- Beijei a testa dele.- Já vai passar, tá? 

 

- Naruto, o que aconteceu?- Toquei os cabelos dele.- Quem fez isso?

 

- Uns garotos.- Ele disse.

 

 - Garotos?- Perguntei.

 

- Eu... Eu.- Ele estava choroso.- Estava brincando no balanço e veio um menino.- Ele parou.- E a mãe dele não deixou brincar dizendo que eu era mal.

 

- Mal? Você é uma criança filho.- Disse.

 

- Você não é mal, meu amor.- Disse.

 

- Ai eu briguei com ela e mais gente falou isso, ai eu sai correndo.- Ele respirou.- Ai eu vi uns meninos brigando com uma menina e ajudei ela.

 

- Viu? Ninguém mais iria atrás de uma dama em perigo; esse é meu garoto.- Disse.

 

Sorri.- Estou orgulhosa de você, meu amor.

 

- Mas eles eram três, eu tentei brigar e eles me bateram. Tentei fazer um clone, mas não consegui. Quando falei que ia ser Hokage eles riram.- Ele disse.

 

- Você ainda não aprendeu a fazer um, mas acho que está na hora do seu pai te ensinar algumas coisas, como controlar seus dois chakras e tudo mais. Você vai ser um grande Hokage, ainda mais agora que o seu tio Nawaki está melhor e vai ajudar a te treinar. Eu te treinaria também, mas acho que não ia querer saber minhas técnicas.- Disse.

 

- Sim, mas porque não veio para casa?- Perguntei.

 

- Eu perdi. E um Hokage não fica cholando.- Ele disse.

 

- Oh meu garoto.- Beijei os cabelos dele.

 

- Você ainda é meu bebê, meu amor e sempre vai ter meu colo.- Sorri e beijei a barriga dele.

 

- E a menina?- Perguntei.

 

- O moço veio atrás dela e a levou diendo para ficar longe de mim.- Ele disse.

 

- Sabe o nome dela?- Perguntei.

 

- Ela tinha olhos diferentes.- Ele disse.

 

- Deve ser uma Hyuuga.- Disse.

 

- Eu vou ter uma conversinha com eles então. Como acham que podem falar essas coisas assim do meu garotinho.- Disse.

 

- Você não pode bater de frente com os Hyuuga, eles te matam.- Disse.

 

- Eles não são melhores que ninguém e o meu garoto ainda defendeu uma deles.- Disse.

 

- Não papai, tão não vai.- Ele disse.

 

- Jiraiya, o Sarutobi-sensei não vai gostar disso, já estamos tendo problemas com os Uchiha, não faz piorar. E os Hyuuga são poderosos, são capazes de matar a vila toda.- Disse.

 

- É e eu tô bom.- Ele foi levantar.- Ai, ai.

 

Ele parecia ainda com dor, mas não recuou e continuo de pé.

 

- Amor, você tem quatro aninhos só e é nosso bebê.- O abracei e coloquei no meu colo.

 

- Sim.- Cheguei junto deles.- Não importa o que disserem, você não é mal, é o melhor garoto que eu já conheci. Estou mito orgulhoso do que fez e você vai ser o melhor Hokage de todos; sabe como eu sei?

 

- Como?- Ele perguntou.

 

- Você já é o melhor aqui.- Apontei no coração dele.

 

Sorri.- Sim.

 

- Tá.- Ele disse.

 

- Agora vamos terminar de melhorar? Ouvi sua mãe falar em torta.- Disse.

 

- Vamos comer então.- Disse.

 

- Tá, mas pode terminar o dodói mamãe?- Ele perguntou.

 

- Claro amor.- Disse.

 

Observei ela terminar e dar um banho nele.- Agora sim.- Disse, mas ainda estava irritado com tudo.

 

Servi torta e suco para ele.- Que tal dormir com a gente hoje?

 

- Posso?- Ele perguntou.

 

- Hmm... Acho que pode.- Disse.

 

Sorri.- Podemos ver um filme.

 

- Filme com torta, eu quero.- Ele disse.

 

- Come a torta primeiro menino.- Disse.

 

Ri.- Sim, primeiro come. Depois você vai tomar um leite quentinho.

 

- Isso, um ninja tem que estar sempre forte, afinal, vamos começar para valer seu treinamento, não é?- Perguntei.

 

- Isso.- Disse.

 

- Eu vou ser um ninja forte né?- Ele perguntou.

 

- Com certeza. Ainda mais com o seu pai te treinando.- Disse.

 

- Claro, papai é o melhor.- Ele disse.

 

- Vou ter que achar alguém que me queira.- Disse.

 

- Eu quero também mamãe.- Ele disse.

 

Sorri e beijei os cabelos dele.

 

- Oi, oi.- Nawaki disse.

 

- Deus, Nawaki.- Fui até ele, o abraçando.- Você some por muito tempo, garoto.

 

- Eu estava ocupado.- Ele disse.

 

- Sumindo assim, imagino com o que.- Ri.

 

Franzi o cenho.- Espero que não.

 

- Eu estava no hospital, não tenho tempo para essas coisas.- Nawaki disse.

 

Me calei. Ainda era difícil reaver as coisas com ele, isso me entristecia.

 

Toquei o rosto dele e beijei sua bochecha.- Tem torta. Coma, tome um banho e descanse. Você precisa.

 

- Tudo bem. E ai baixinho?- Ele bagunçou o cabelo do menino.

 

- Tio, eu vou ser um ninja forte, vou até treinar.- Naruto disse.

 

- Isso ai Naruto e quando a gente for ver vai ser o melhor de todos.- Ele disse.

 

Apenas sorri.

 

Ele saiu e suspirei, terminando de comer meu pedaço.

 

- Ele está melhorando, tem dias que ele só está de mau humor.- Disse.

 

- Tudo bem, eu mereço.- Disse.

 

Beijei ele.- Ele te ama, Jiraiya. Eu sei disso e sei que ele faria tudo por você.

 

Acenei.- Depois precisamos conversar sobre...- Fiz sinal para ela entender sobre aquele dia.

 

- Ok.- Disse.

 

Terminamos de comer, Nawaki chegou e brincou com Naruto. Naruto ficou grudado na gente vendo o filme, mas o cansaço estava falando mais alto. Ele dormiu logo e Tsunade e eu conversamos sobre aquilo; precisaríamos estar mais ainda ao lado dele para combater essas insinuações. Comecei o treino com ele e era divertido; Naruto sempre nos fazia rir. Também obstinado, não descansou por dias depois que conseguiu concentrar o chackra até fazer um clone. Com Tsunade ele recebia treinamento de forma e também médico, e quando ele completou seis anos, foi para a academia. Não podia esquecer esse dia, ele todo animado e dando tchau para gente na porta, foi lindo até. Algumas semanas depois algo terrível aconteceu, o clã Uchiha foi dizimado, diziam que havia sido um deles; Itachi Uchiha que o tinha feito. Eu lembrava dele ainda pequeno, era difícil acreditar. O único sobrevivente foi seu irmão Sasuke, esse eu conhecia bem já que brincava várias vezes com o Naruto e era seu colega na academia. Fomos chamado pelo Sarutobi-sensei e como tínhamos uma proximidade com Sasuke, ele pediu que cuidássemos dele quando ele saísse do hospital. Seria uma tarefa difícil, ele estava traumatizado, mas não poderíamos deixar o menino sozinho com tudo isso. Assim que pode o levamos para casa, nos primeiros dias ele sempre ficava calado, mas agora já está esboçando reações.

 

- Querem comer alguma coisa?- Perguntei a Naruto e Sasuke.

 

- Tem torta?- Naruto perguntou.

 

- Sim.- Disse.

 

- Quero torta então, o treino hoje foi puxado. Tô cansado.- Ele disse.

 

Sorri.- Ok e você Sasuke? 

 

- Torta está bom Tsunada-sama.- Sasuke disse.

 

Me sentei ao lado dele.- Nada de Tsunade-sama, mocinho.- Beijei a testa dele.

 

- Desculpa Tsunade.- Ele disse.

 

- Mamãe, que horas o papai vai chegar?- Naruto perguntou.

 

- Daqui a pouquinho, amor.- Peguei na mãozinha de Sasuke.- Sei que vai ser difícil para você, querido, mas saiba que eu já amo e quero cuidar de você como um filho. Não se sinta acuado de vir até mim para qualquer coisa.

 

Ele a olhou e abraçou.- Sinto saudade de casa.

Coloquei ele no meu colo e beijei seus cabelos.- Eu sei amor e isso é normal, mas espero que goste daqui também.- Puxei Naruto para perto de nós.

 

- É Sasuke. Se quiser deixo você dormir com o Gama, o meu sapo de pelúcia.- Naruto disse.

 

Ri.- Não é bem de pelúcia, mas tem o Gamatatsu também.

 

- Pode ficar com os dois se quiser.- Naruto disse.

 

- Ou se quiser eu durmo com você até você se acostumar.- Disse. 

 

- Você pode?- Sasuke perguntou.

 

- Claro.- Disse.

 

- Tá.- Sasuke disse.

 

Sorri e apertei ele de leve.- Vou pegar a torta de vocês.- Coloquei ele no sofá, beijei a testa dos dois e fui pegar.

 

Eu tinha ido numa missão, embora perto foi bem complicadinha e me tomou mais de um dia. Estava preocupado com os meninos, esperava que Naruto aguentasse bem a atenção a Sasuke e que esse se recuperasse bem. Comprei doces para os dois e fui para casa.- Mas que silêncio é esse?

 

- Duas crianças comendo.- Sorri.

 

- Ah, isso explica.- Disse.

 

- Papai.- Ele disse com a boca cheia.

 

Sorri.- Naruto, não pode falar de boca cheia.

 

- Oi Jiraiya-s...- Ele parou.- Jiraiya.

 

- Oi Sasuke.- Abracei os dois.

 

- Eu vou dormir com Sasuke por uns dias, até ele se acostumar com tudo.- Acariciei os cabelos dele.

 

- Porque não dorme com a gente então?- Questionei.

 

- Sim, nossa cama é grande, cabe os dois com a gente.- Sorri.- Você pode até escolher o lado que quer dormir.

 

- Verdade, então vai todo mundo para o nosso quarto.- Disse.

 

Sorri.- Ótimo. Comam tudo que vou aquecendo um leite para vocês.- Fui até Jiraiya e o beijei delicadamente.- Quer comer o que, amor?

 

- Isso é uma resposta complicada de responder aqui.- Disse.

 

Sorri.- Você é impossível.

 

- O que? A culpa é sua.- Disse.

 

- Minha?- Perguntei.

 

- Sim, gostosa assim.- Disse no ouvido dela.

 

Sorri.- Você me vê de camisola por anos.

 

- Mas isso não muda nada.- Disse.

 

Sorri.- Que bom.

 

- Agora vou precisar de você.- Disse.

 

- Para que?- Perguntei.

 

Levantei um pouco a camisa.

 

- Oh meu Deus.- Olhei para os dois.- Hey, a gente já volta. Depois de comer fiquem na sala vendo TV.- Subimos para o quarto.

 

- Calma Tsu, é só um hematoma.- Disse.

 

- Um grande. Tira a camisa.- Disse.

 

- Sabia que tinha outras intenções nessa pressa.- Disse.

 

- Jiraiya! Estou falando sério.- Disse.

 

- Calma.- Tirei a camisa.

 

Comecei a cura-lo.- O que foi isso?

 

- O ninja que lutei era forte em Taijutsu.- Disse.

 

- O Gai não ia gostar de saber que você perdeu para um concorrente dele.- Ri.

 

- Eu não perdi, ele só conseguiu me acertar.- Disse.

 

- Ah sim.- Disse.

 

- Eu sou um Sannin, não iria perder.- Disse.

 

- Ótimo.- Disse.

 

- E como está o Sasuke?- Perguntei.

 

- Do jeito que viu.- Disse.

 

- Crianças não deviam passar por essas coisas.- Disse.

 

- Verdade.- Disse.

 

- Às vezes penso como viveria o Naruto se não o tivesse aceitado.- Disse.

 

- Seria mais difícil, mas ele é forte, lidaria com isso e continuaria sendo incrível. Como o Iruka.- Disse.

 

- E você achando que não ia ter filhos.- Disse.

 

- Bem, tecnicamente eu não “tive” um.- Disse.

 

- Os meninos são seus filhos amor. Até o Nawaki é um pouco.- Disse.

 

- Você não entende isso, não é mulher.- Disse.

 

- Bem, se você quiser podemos tentar, mesmo assim.- Disse.

 

- Minha aparência é jovem, mas eu sou velha. Não posso mais ter filhos, minha fábrica literalmente fechou a anos.- Disse.

 

- Não percebi isso não.- Disse.

 

Ri e terminei de cura-lo.- Tome um banho, vou trazer as crianças.

 

- Ok.- Antes dela ir, a segurei e a beijei.

 

Retribui o beijo.

 

Não sentia mais dor, então a puxei para mim. Ela tinha aprendido a confiar em mim, antes quando eu saia em missões ela ficava toda desconfiada, mas provei a ela que quando dizia que a respeitaria, é verdade.

 

- Eu tenho que ir.- Disse.

 

- Tudo bem, aprendi a dividir você.- Disse.

 

Sorri e desci.

 

Fui tomar banho e enquanto isso pensava em quanto estava diferente desde que tinha decidido cuidar do Naruto. Além dele, Tsunade tinha entrado de vez na minha vida, agora tinha o Sasuke e o Nawaki. É, podia dizer que tinha encontrado o meu propósito. Me troquei e os meninos subiram, e ficamos todos na cama.

 

- Bem, agora está na hora de dormir.- Disse. 

 

- Ah não, vamos ver desenho.- Naruto disse.

 

- Naruto, já está tarde.- Disse.

 

- Só se for um pouquinho.- Disse.

 

- Isso.- Ele disse.

 

- E eu achando que eu seria o molenga com eles.- Disse.

 

- Só um pouco.- Disse.

 

- Sei.- Disse botando no desenho.- Gosta desse Sasuke.

 

- Pode ser.- Sasuke disse.

 

Sorri.- Ok.

 

Eles começaram a ver e até foi divertido, e nem precisamos mandar eles dormiram logo vendo o desenho. Tusnade e eu conversamos um pouco, mas acabamos dormindo também, e depois de um tempo acordamos com uma bagunça na cama, era o Sasuke. Acordei de vez e vi que ele se debatia e chorava.-Sasuke. Sasuke, acorda.

 

Me acordei também.- Amor, acorde.- Chamei ele e toquei seu rosto.

 

- Nii-san.- Ele acordou chorando.

 

- Hey, o que foi?- Acariciei seus cabelos.

 

Ele chorava pelo irmão, isso partia meu coração.- Ei, está tudo bem, foi só um pesadelo.

 

- Sim, vai ficar tudo bem.- Disse.

 

- Quer contar?- Perguntei.

 

- Eu fui para casa e ele tava... todo mundo.- Ele disse.

 

Ele começou a chorar mais.- Está tudo bem, se acalma.- Disse acariciando os cabelos dele.

 

- Sim, calma querido.- Disse.

 

Ele se abraçou nela.

 

Beijei os cabelos dele.- Vai ficar tudo bem. Estamos com você.

 

- Sim Sasuke. Não vamos deixar você, nem deixar ninguém mais machucar você.- Sabia o que Itachi tinha feito a ele, ele só podia ser um louco em usar aquilo em uma criança.

 

Peguei a mão dele e beijei.- Confia em nós?

 

Ele acenou que sim.

 

Sorri.- Ótimo. Que tal você nos contar sobre você?

 

- O-o que?- Ele perguntou.

 

- Qual sua comida favorita?- Perguntei.

 

- Churr...- Ele fungou.- Churrasco.

 

- Vamos fazer churrasco esse final de semana então.- Disse. 

 

- Isso, vamos passear. Sei o lugar ideal e lá faremos o churrasco.- Disse.

 

Sorri.- E sua sobremesa favorita?

 

- Sorvete.- Ele disse.

 

- Então vou comprar de todos os sabores.- Disse.

 

Ele suspirou.- Ramen.

 

Sorri.- Vai ter Ramen também, amor. E ai vamos comprar vários livros e mangas para você ler. Naruto tem um monte, mas ai você vai escolher os seus.

 

- Tsu, ele está dormindo.- Ri.

 

- Eu sei, estou respondendo seu subconsciente. Quando é seu aniversário, Sasuke?- Perguntei.

 

- 23 de Julho.- Ele disse.

 

Sorri.- Não tá longe.

 

- Quando chegar vamos fazer uma fesinha com seus coleguinhas de academia e um bolo.- Disse.

 

- Bolo.- Naruto disse.

 

Ri e beijei a testa de Sasuke.- E quando você estiver pronto, iria ficar feliz se me deixasse bordar ao lado do símbolo dos Uchiha, o dos Senju também.

 

- Tá.- Ele disse.

 

- E quando quiser, vou treinar seus jutsus com você.- Disse.

 

- Vai?- Ele perguntou.

 

- Claro.- Disse.

 

- Você e Naruto serão os ninjas mais bem treinados da vila e os mais poderosos. Até porque podemos pedir para o Hokage dar uma treinada em vocês e nada é mais “chique” do que ser treinada pelo Hokage.- Disse.

 

- O Hokage?- Ele perguntou.

 

- Sim.- Disse.

 

- Ele é legal.- Ele disse.

 

- E poderoso e controla todos os elementos.- Disse.

 

- Ele é nosso sensei.- Disse.

 

- E recentemente foi avô. Então está babão.- Disse.

 

- Tá bom. Tsunade.- Ele disse.

 

- Sim?- Perguntei.

 

- Posso ficar no seu colo?- Ele pediu.

 

Sorri.- Claro.

 

Achei que ele ia para meu colo, mas passou por cima do Naruto e me abraçou. Retribui o abraço.

 

Apenas sorri.

 

- Descanse querido, estamos aqui.- Ele relaxou e foi para o colo da Tsunade.

 

O peguei e abracei, beijando seus cabelos.- Eu te amo, querido.- Sim, eu o amo. É rápido? Sim, é, mas  é impossível não ama-lo e já sinto como se o tivesse o criado. Sei que não criei e que ele nunca me chamará de mãe, como Naruto, mas eu me contento em poder cuidar dele.

 

- Obrigado.- Ele disse.

 

Apenas sorri.

 

 

*****

 

Alguns anos se passaram desde que Sasuke veio ficar com nós, agora Naruto e ele são Gennins e estão no time do Kakashi. Tanto Sasuke quanto Naruto usavam na roupa dele o símbolo dos Senju junto aos dos seus clãs “verdadeiros”. Contamos toda a verdade a Naruto logo que ele se tornou Gennin e ele aceitou bem até. Hoje eles saíram para uma missão na Vila Oculta da Névoa. Voltava a sala.- Espero que eles estejam bem.

 

Sorri.- Eles vão ficar. Kakashi é um dos melhores e vai cuidar bem deles.

 

- Espero.- Disse.

 

- É, acho que fizemos diferente de todos.- Disse.

 

- Como assim?- Perguntei.

 

- Criamos os filhos primeiro e agora que vamos curtir o casamento.- Disse.

 

Ri.- Pois é.

 

- E tô pensando em sabe o que?- Perguntei.

 

- O que?- Perguntei.

 

- Naquela banheira e você nua.- Disse.

 

Sorri.- Ah é?

 

- Sim.- Sorri.

 

Sorri.- Está ambicioso.

 

- Temos dias livres como nunca tivemos antes, então estou com anos de taradice acumulado.- Disse.

 

Ri.- Ok.

 

- Podia já ir até tirando.- Disse.

 

Sorri e tirei a camisola, deixando no chão e começando a subir as escadas.

 

- Mulher...- Disse correndo atrás dela.

 

Ri e cheguei no quarto, me deitando na cama.

 

- É, acho que a banheira pode ficar depois.- Disse tirando minha roupa.

 

- Você nem me pegou ainda, mocinho.- Disse.

 

- Ah, é um jogo?- Perguntei.

 

- Talvez.- Disse.

 

- Adoro esse jogo.- Disse.

 

Apenas sorri.

 

Fui para a cama e ela correu.- Vai fazer assim é?

 

- Uhum e de um jeito para te provocar.- Tirei o sutiã.

 

- Você correndo e eles balançando é mais excitante ainda.- Disse.

 

- Por isso mesmo.- Disse.

 

- Você é má.- Passei por cima da cama.

 

- Eu não.- Disse.

 

- É sim.- Fui atrás dela, a prensando contra a parede.

 

Sorri.- Eu fui boazinha em deixa-lo me pegar.

 

- Boazinha é? Talvez eu não seja bonzinho com você.- Disse.

 

- É?- Perguntei.

 

- Sim.- Disse beijando o pescoço dela.

 

Me arrepiei.

 

- E eu estou com muita vontade de possuir você.- Disse.

 

- Eu estou sentindo isso.- Ele já estava só de cueca.

 

- Então devemos resolver isso logo.- Disse.

 

- Sim.- Disse.

 

A beijei. Eu sabia que a amava, mas isso tomou uma força totalmente nova depois que estamos juntos.

 

Retribui o beijo.

 

Puxei ela contra mim e sentir seu corpo junto ao meu fez o tesão da situação aumentar; ia tê-la agora.

 

Envolvi meus braços em torno do pescoço dele e acariciava seus cabelos.

 

A levei para a cama, a jogando nela e tirei minha cueca. Afastei as pernas dela e já me deitei sobre ela.

 

O ajudei a tirar minha calcinha e envolvi minha perna na cintura dele.

 

Entrei nela e gemi.

 

Gemi também contra seus lábios e desci meus lábios pelo seu pescoço.

 

Peguei nos peitos dela. Não tinha como não adora-los, eram tão perfeitos.

 

Suspirei pesadamente.- Eu ainda fico admirada com o quão disposto você é. 

 

- Você me deixa louco.- Disse.

 

Sorri.- Isso é bom. Você pode se gabar com os seus amigos.

 

- Talvez um pouco.- Disse.

 

Ri.- Sei.

 

Senti ela por completo e me movimentei, suspirando pela onda de prazer que me atingiu.

 

Gemi e suspirei pesadamente, mexendo meu quadril contra o dele e voltando a beija-lo.

 

Minha mão tocou sua lateral e desceu até suas coxas, as apertando.

 

Suspirei pesadamente, mas sem deixar de beija-lo.

 

Aumentei o ritmo das estocadas. Eu tinha uma variedade de ideias para fazer com ela, mas no final, gostoso mesmo era assim; ela gemendo debaixo de mim linda e gostosa.

 

Envolvi minha perna na cintura dele, mantendo-nos juntos.- Jiraiya...- Gemi no ouvido dele.

 

- Minha gostosa.- Disse.

 

Sorri e beijei o pescoço dele, enquanto acariciava sua nuca.

 

- Você é tão deliciosa Tsu.- Disse.

 

- E pensar que mesmo tendo passado anos, eu ainda continuo pequena para você.- Disse.

 

- Se encaixa perfeitamente.- Disse.

 

- Sim.- Disse.

 

Suspirei, alternando entre a velocidade que ia. Sentir ela se expandindo e contraindo ao meu redor fazia eu perder o pouco controle que tinha.

 

Gemi e suspirei, descendo minha mão pelo seu abdômen e tocando-o onde estamos unidos.

 

Gemi e ri.- Adoro quando faz isso.

 

- Eu sei. Eles ficam sensíveis, mas nunca entram em “ação”, então é bom para você quando toco.- Disse.

 

Rolei na cama, a deixando por cima.- Então continue.

 

Sorri.- Ok.- Continuei fazendo.

 

Agarrei o lençol e não era brincadeira, eu adorava aquilo, tanto que já cheguei a gozar bem mais rápido assim.

 

Sorri e me inclinei, o beijando e continuando o ritmo que estávamos e sem deixar de toca-lo.

 

Toquei pelas costas dela e cheguei a bunda, apertando e seguindo o ritmo com ela. Senti que o orgasmo estava perto e me deixei levar.

 

Aos poucos fui parando o beijo e sorri.- Eu te amo.

 

- Eu te amo gostosa.-Ri.

 

Sorri.- Vou me acostumar com esses elogios.

 

- E deve.- Disse.

 

Sorri.- Ok.- Me deitei ao lado dele.

 

- Quem disse que é para deitar?- Perguntei.

 

- Porque eu cansei.- Disse.

 

Me virei para ela.- Acho que a banheira cai bem agora.

 

- Com certeza.- Disse.

 

- Vou enche-la.- Disse me levantando e indo até o banheiro.

 

Fui para o banheiro também.

 

A banheira encheu, entramos e ela veio para meu colo. Não demorou para transarmos ali na banheira também e o resto do dia foi assim. Agora estamos na cama exaustos e olho ela descansar. Pode ter dado trabalho, mas fico feliz de não ter destruído o meu amor por ela, sem ele acho que não chegaria aqui bem assim. Temos os meninos, Nawaki, nossos amigos... Uma família bem grande. É, acho que não poderíamos ser mais felizes que isso.