Será que era verdade? Papai é um homem saudável e jovem! Acho que é apenas um truque para me fazer voltar para casa, mas e se não for?
Decidi ir falar com Namjoon, quando cheguei, estava na cama lendo um jornal com uma cara assustada.
- O que foi? – perguntei.
- Veja você mesmo... – falou baixinho.
Numa manchete enorme, em letras grandes e assustadoras, estava:
“Morte misteriosa do Rei”
- Eu sinto muito mesmo – falou Namjoon me abraçando.
- Sabe... Eu poderia ter sido um filho melhor... – falei choroso.
- Mas você foi, meu amor, você é incrível! – disse tentando me consolar.
- Pelo menos, tenho você aqui comigo para tudo! – digo entre soluços.
Senti um leve enjoo, que foi piorando pouco a pouco, e quando me dei conta, estava correndo em direção ao vaso e me agachei lá. Namjoon veio correndo atrás de mim e começou a se desesperar.
- Eu vou perguntar se o Yoongi tem remédios! Você está bem, amor?
Eu não prestei muita atenção no que ele falaca e de repente senti o vômito subir na garganta e comecei a vomitar um líquido transparente e salgado, como água do mar com areia.
- Acho que engoli areia e água enquanto dormia na praia. – falei – Ou estou doente de tristeza...
Namjoon se sentou ao meu lado e me abraçou.
- Você se tornou uma pessoa linda e incrível, seu pai teria orgulho de você! Não fique triste!
- Sabe Jin, se você quiser ficar mais tempo aqui, sinta-se à vontade, o ar fresco da praia pode te ajudar a superar o luto. – Sook chegou falando, provavelmente ouviu o escândalo. Ela me dava um chá de uma erva que alegou tirar o enjoo.
- Obrigado Sook, você é um amor. Sabe, eu adoraria ficar, mas eu tenho coisas para resolver no meu palácio. Meu irmão tem razão, chegou a hora de encarar a realidade.
- Como você quiser... – falou Sook docemente, me entregando finalmente a xícara de chá, que tinha um saber extremamente doce.
- O Suga tem sorte de ter você, sabia? – falei sorrindo.
- Eu sei! – falou rindo – Olha, descanse um pouco e de noite te levaremos até o palácio.
Concordei e fui me deitar.
~Quebra de tempo~
Acordei da minha soneca e Suga e Namjoon já estavam arrumando minha bagagem, Sook estava na cozinha, provavelmente preparando um pãozinho.
- Namjoon? – Perguntei sonolento e limpando a baba da minha bochecha com um pouco de vergonha.
- Acordou, bela adormecida? – Me olhou carinhosamente.
- Ah sim, acordei, podemos conversar?
- Tudo bem, o que foi?
- Não! Em particular! Pode ser?
- Pode. – Disse Namjoon olhando para o Suga, que revirou os olhos e foi para a cozinha ajudar a Sook com os pãezinhos, fechando a porta.
- Eu tive um sonho... Sonho premonitório! Eu sinto vida crescendo dentro de mim, aquela noite na praia, algum tipo de magia aconteceu, eu tenho certeza! Você precisa acreditar em mim! – Era verdade.
Namjoon ficou pasmo e depois de encarar o chão por alguns segundos, começou a rir.
- Você está falando sério? – Falou entre seu riso.
- Estou! – Respondi com um tom firme. O mesmo parou de rir e voltou com sua expressão incrédula.
- Não! Eu estudei biologia tá? É impossível! Olha, a morte do seu pai está te causando algum tipo de alucinação... Chega dessa merda mística de magia! O que você vai inventar depois? Que você vai parir um peixe?
- Não, eu vou parir uma sereia, ela me disse no sonho.
- Se você não parar com isso agora Jin, seja á o monstro imaginário que você carrega, eu não sou o pai!
Meu coração se quebrou, de novo, mas agora, da forma mais dolorosa possível.
- Você é sim o pai Namjoon... Não é um monstro! – Falei chorando – É um milagre, nosso milagre, um presente do mar para nós – Chorava mais ainda e senti meus joelhos falharem.
- Ah meu Deus! – Falou Namjoon me segurando, mas não amorosamente como antes, agora ele estava distante e frio. – Yoongi, me ajuda! – Gritou.
Logo Sook e Suga entraram.
- O que está acontecendo aqui? – Suga perguntou surpreso.
- Jin enlouqueceu, falando que está grávido!
- Não! Não é loucura! É meu bebê, nosso bebê, por favor acredite em mim! – Falei sôfrego.
- O que está sentindo, Jin? – Perguntou Sook preocupada. Pelo menos alguém que se importa comigo.
- Estou sentindo enjoos, vomito água salgada do mar... Eu vou parir uma sereia!
- Acredito em você. – De repente, começou a sussurar. – Grávidas reconhecem outras grávidas.
Fiquei surpreso. Sook estava grávida!
- O que?! – Falei um tanto alto.
- Shh! Não contei para o Yoongi ainda... Como acha que vai reagir?
- Bom... Sua gravidez não é tão absurda como a minha.
- Eu irei contar futuramente! – Falou e logo Namjoon caminhou em minha direção.
- As princesas não compartilham com a gente? Sério, Jin, você bebeu catuaba?
- Chega! Se você não quer assumir, que se foda, eu e minha pequena sereia seremos muito felizes, mesmo que sem você! – Sai andando para o carro, bravo e triste. Porque não acreditou em mim?!
Já distante, pude ouvir Sook falar.
- Viu a merda que fez? – Bufou e logo ouvi passos perto de mim. – Vamos juntos, eu te levo até lá – falou passando em minha frente.
- Vocês vão me excluir, mesmo? – Falou Namjoon.
- Isso não é justo! – Disse Suga.
- A vida não é justa! – Falou Sook – Já volto, ok amor?
E nós partimos ao palácio, juntos. Contei meu sonho premonitório a ela, que achou emocionante.
- Sabe, um nome perfeito para uma sereia? Ondínea! – Falou ela sorridente, atenta a estrada.
- É perfeito! – Falei, e é realmente, o nome da minha filha já estava escolhido!
~Jungkook On~
Jin havia respondido minha mensagem, o que me deixou menos preocupado. Eu já havia chegado ao meu palácio, depois de um tempo de viagem.
- Ele já vu a mensagem e chegará amanhã bem cedo. – Falei a Jimin.
- Ótimo, vamos dormir então, está tarde!
Concordei, chamando o Hoseok e ordenando para que ele arrumasse minha cama. Ele estava mais calado do que o normal e mais obediente também, já que geralmente costumava ser um servo preguiçoso, mas estava super prestativo e silencioso. Jimin falou que era o luto, mas eu não ficaria tão triste se o meu patrão morresse...
- Vossa Alteza, sua cama está pronta. – Falou Hoseok, que logo se retirou de onde estávamos.
- Vamos logo – Falou Jimin, me puxando – Você está com sono? - Perguntou.
- Na verdade... Não. – Respondi.
- Ótimo, quero animar você um pouco. – Falou se jogando na cama.
Fechei a porta e me aninhei em seus braços.
- Você anda tão tristinho – Disse o mais velho, acariciando minha bochecha.
Eu olhei para ele, o beijei e sussurrei em seu ouvido:
- Você sabe como me animar, hum? – Arrastei minhas mãos para suas costas ainda coberta pela camisa, tentando tira-la.
- Como? – olhou maliciosamente para mim.
Apenas ri e me levantei.
- Vamos tomar um banho, que tal?
Jimin riu também e se levantou concordando.
Me despi e entrei no banheiro, Jimin veio logo em seguida e comecei a tirar suas roupas de um modo selvagem, estava em brasas. Agarrados, nós fomos até o box enquanto o beijava, impulsionando o mesmo contra o vidro. Com uma mão, liguei o chuveiro, a água quente escorreu pelos nossos corpos. Acariciei o Jimin , descendo pelas suas costas e apertando sua bunda, que gemia baixinho, também acariciei levemente seu membro, e subi pelo seu abdômen definido.
Jimin então, virou de costas e me olhou provocante. Beijando-lhe o pescoço, rocei minha glânde inchada na entradinha por provocação.
- Mete logo, porra! – falou Jimin quase em um gemido.
Eu ri e continuei com o que fazia, até que finalmente, sem aviso prévio, acabei com a tortura e meti tudo de uma vez só, sem dó nem piedade. Ele é tão apertado.
Jimin urrou.
- Você é tão delicioso. – sussurrei.
Comecei a fazer movimentos lentos e intensos, o que causava sensações prazerosas em nós dois.
- Mais rápido, Jung-Jungkook! – falou manhoso.
Acelerando meus movimentos, comecei a impulsionar cada vez com mais força.
O mesmo começou a fazer movimentos contra meu corpo, rebolou seu bumbum e contraiu o ânus me prendendo nele, só nos soltamos quando gozei em seu interior. O garoto logo se desfez também. Em um alívio, nossos corpos se relaxaram sobre a água quente do chuveiro. Com as pernas bambas de cansaço, caímos no chuveiro fazendo um barulho de “PLAFT”
Rimos e ficamos abraçados embaixo da água.
~Autoras On~
Jimin e Jungkook logo mais tarde, foram para a cama e dormiram colados debaixo das cobertas caríssimas do palácio. Jin e Sook atravessaram os portões.
- Até que senti falta desse lugar – Falou Jin.
- É maravilhoso aqui! – Disse Sook, com olheiros por ter passado a madrugada acordada dirigindo.
- Cheguei! – Jin berrou saindo do carro. Logo Hoseok saiu do palácio e pegou as malas de Jin.
- Bom dia, vossa Alteza, e senhorita. – Hoseok falou cordialmente.
- Bom dia. – Respondeu Jin, sério.
Jungkook desceu as escadas do palácio, correndo e abraçou seu irmão
- Eu senti saudades! – Falou Jin.
- Eu também!
- Oi gente, eaí? – Faou Sook, entrando constrangida pela porta.
- Prazer, senhorita.
- Jin, você é hétero? – Jimin perguntou do topo da escada.
- Eu sou a Sook, amiga do Jin...
- Ela é minha amiga, eu sou bem gay.
- Ah, prazer! – Jimin falou.
- Senhores, o café está servido! – Hoseok disse.
- Eu acho que já vou. – Sook realmente estava envergonhada.
- Não, fica! Come e depois dê uma soneca, você deve estar exausta! – falou Jin a abraçando.
~.~
- Este lugar não é o mesmo sem o papai... – Disse Jungkook, logo bebendo suco de laranja.
- Realmente, nunca pensei que sentiria saudades dos sermões que ele me dava todas as manhãs. – Jin falou pensativo.
- Não vamos falar disso agora, por favor! – Jimin falou, comendo uma torrada.
- Então agora, você será o rei! – Sook dizia para o Jin, mudando de assunto – Não acredito que estou tomando café com o rei!
- Quando será a coroação? – Perguntou Jimin.
- Não sei ainda, todos estão de luto. – Continuou Jin.
- Mas vai ser bom, pois pode animar um pouco as coisas! – Falou Jungkook – Jin hyung... Preciso falar com você em particular.
- Ok, vamos conversar no escritório.
~Jin on~
Me sentei na cadeira que costumava ser do papai e Jungkook no divã, onde eu vi Hoseok transar com ele alguns dias atrás, foi a primeira vez que me lembrei disso, desde a fuga.
- Alguma coisa aconteceu! Papai foi assassinado, não é possível! – Disse Jungkook.
- Onde está o corpo? – Perguntei.
- Guardado no necrotério.
- Vamos fazer uma autópsia... Mas não vamos falar isso para ninguém, - Falei, eu percebi que nunca soei tão responsável. – Eu preciso te dizer uma coisa Kook, nós temos um suspeito.
- Quem?
- O amante do papai.
- “O”? Quem é?! – Perguntou ansioso.
- Hoseok.
Jungkook ficou pálido e inexpressivo.
- Eu descobri isso da pior maneira, sabe? – Falei.
- Por isso você fugiu? – Assenti com a cabeça. – Você esteve na praia, não é? Está todo bronzeado!
- Sim, Sook tem uma casa lá.
- E ela mora sozinha?
- Não, com o Suga, seu namorado.
- Você não dormiu com o namorado dela, né? – Perguntou atormentado.
- Não! Porque você acha isso?
- Eu vi que você fugiu com alguém, quem era?
- Namjoon, primo do Suga... Olha, realmente não quero falar sobre isso e nem sobre ele.
- Nossa, tudo bem então.
Escutamos batidas na porta.
- Pode entrar! – Falei.
- Jin, obrigada por tudo, é melhor eu ir agora!
- Fique mais, você precisa descansar! – Digo.
- Não quero te atrapalhar, já vou indo! Adeus, mande notícias de você!
Sook foi embora rapidamente, nem deixando eu a responder.
Jimin entrou na sala e se sentou com Jungkook,
- Papai morreu pensando que você era hétero. – Digo rindo.
~Sook on~
Já estava na estrada quando recebi uma mensagem do Yoongi.
“Está tudo bem aí, amor?”
Eu apenas respondi:
“Sim, estou voltando para casa. Beijos”
Quando desliguei meu celular, voltei minha atenção à estrada e foi quando vi um carro em minha direção e senti um choque.
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