História A Procura de Alguém - Depois de tudo - Prólogo

Desde pequena acreditava em almas gêmeas, amor à primeira vista ou metade da laranja. Mas depois que engravidei no ensino médio de um cara que todas as meninas o queriam em suas camas, depois de sofrer muito como a humilhação e todos apontando o dedo para mim, e mesmo assim perdoar todos, eu percebi que isso tudo não é o destino e sim por conta das suas falhas. Ou seja, você só encontra aquela pessoa quando sua vida está de ponta cabeça e você começar a se questionar que diabos está acontecendo.

A partir daí, todos os seus erros parecem buracos no seu caminho para felicidade. E você se pergunta toda a noite se não tivesse participado daquela festa e não tivesse ido para cama com um homem que na manhã seguinte nem esperaria você acordar para ir embora... Se tudo ficaria melhor.

ERRADO. Você provavelmente se culparia pelo resto da sua vida por não ter ido aquela festa e ter se divertido tanto.

Os erros fazem parte de tudo, não é possível fugir deles. E quando eles atingem você tão forte que começa a achar que não irá aguentar, finja que não te machucou e siga em frente. Aprenda a fechar os olhos antes de encarar o seu futuro e o planejar, pois ninguém sabe o dia de amanhã.

E o meu dia de amanhã foi um pequeno anjo. Com seus grandes olhos azuis costuma me encarar de vez em quando, sua boca com apenas dois dentes tenta sorri para mim – mas só consegue babar -, e quase sempre tenta falar – mas são apenas bla bla bla -. Ela foi o único erro que eu mais amo e não me arrependo.

Ás vezes, os erros são as coisinhas mais perfeitas em nossas vidas. Ou até mesmo gorduchas que sentimos vontade de morde a todo instante.

Eu tinha tudo para ter uma vida boa. Era considerada a melhor aluna da minha turma e destaque do clube de debate. E havia sido admitida em Princeton. Meus pais estavam orgulhosos e já faziam planos para um apartamento perto da universidade. Mas esse futuro grandioso foi de d’água abaixo.

Porém, eu jamais desisti do meu sonho de se formar em Arquitetura. Hoje, depois de um ano, divido meu tempo entre ser mãe e uma estudante. Vivo em um apartamento próximo do campus e aos finais de semana tenho uma rotina de visitar meus pais. Muito dizem que sou uma guerreira por ter sido mãe tão cedo e mesmo assim não ter desistido da vida, mas eu não me acho uma guerreira, eu fui irresponsável. 

Não importa o que eu passei, o que sofri ou o que perdi, o importante é que apesar disso tudo... Eu entendi o que é realmente amar e ser amada.

Continua...