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História A Procura de Alguém - "O que diabos você vai fazer?"


Escrita por: rezpectjb

Notas do Autor


Tenho muito que agradecer pelo apoio que recebi... Obrigada a todos que entenderam minha situação. Estou muito grata por tudo mesmo. Bom, quero ver todos os meus leitores ainda, apesar do tempo que fiquei sem postar nada. Do fundo do meu coração, sinto muito pela demora, mas realmente foi necessária. Espero que gostem desse capítulo e até a próxima <3

Capítulo 5 - "O que diabos você vai fazer?"


Entrei com o carro no estacionamento improvisado que os outros alunos provavelmente fizeram. Zoe nem se quer esperou eu desligar o carro para pular para fora do mesmo, e cheguei a pensar que se juntaria com as pessoas sem mim, mas felizmente, ela me esperou com um grande sorriso.

Juntei-me a ela para seguimos para o meio das pessoas, que não faziam questão de falar baixo ou diminuírem o volume da música que vinha de um dos carros. Havia uma fogueira acessa dentro de um circulo de tijolos, pessoas fumando e rindo com bebidas nas mãos ao ar livre.

- Eu disse que iria rolar uma festa. – afirmou alegre próximo do meu ouvido. – Por isso liguei para Broke e pedi para ela me encontrar aqui. – sorriu com aquilo e eu sorri também.

- Será que ela já chegou? – perguntei no mesmo momento que ela pegou o celular para ligar para Broke.

Ela observou o celular e depois olhou para mim. – Vou procurar sinal... – e antes que eu pudesse dizer algo, ela se afastou.

Mas antes mesmo que eu pudesse resmungar que Zoe não havia ficado nem 5 minutos comigo, Benjamin veio em minha direção. Vestia uma calça jeans clara para combinar com o moletom do time de Apex e trazia um aglomerado de garrafas de cerveja nas mãos e me ofereceu uma.

- Obrigada. – disse ao pegar uma.

- Veio sozinha? – perguntou, mas rapidamente neguei.

- Minha amiga foi fazer uma ligação, daqui a pouco está de volta. – dei um gole na cerveja gelada.

Ele se estabeleceu do meu lado sem dizer nada e ofereceu o restante das cervejas para as pessoas ao nosso lado, que aceitaram de imediato e o elogiaram pelo ótimo jogo. Quando terminou de agradecer, se virou para mim com os dentes a mostra em um grande sorriso.

- O que achou do jogo?

- Para ser bem sincera, eu não entendi nada, mas como vocês ganharam... – dei uma pausa para dar um gole na bebida. – Acho que foi um grande jogo.

Ele riu como se eu houvesse dito a coisa mais engraçado do mundo e logo depois segurou meu braço levemente, me fazendo olhar na direção que ele pegou.

- O que acha de darmos uma volta? – franzi a testa e ele me olhou como se eu tivesse o interpretado mal. – Só quero te apresentar para a galera... – e ele insistia em ficar com aquele sorriso no rosto.

Olhei para os lados na esperança de que Zoe já estivesse retornando, mas eu sabia que ela não voltaria porque era sempre assim. Todas as vezes que ela me empurrava para uma festa, não chegava há ficar cinco minutos comigo, sempre arrumava uma desculpa para se afastar e ir se divertir longe de mim. E eu continuava vindo quando ela me chamava, mesmo depois de ter muitas experiências como essa.

Revirei os olhos, mesmo sabendo que não poderia culpa-la. Eu era a pessoa que adorava ficar pressa em uma gaiola, mas ela adorava ser um pássaro livre. E eu com certeza, atrapalharia isso. Então olhei novamente para o meu “parceiro” e concordei com a cabeça, pelo simples fato de não querer passar a noite toda sozinha. Mesmo que eu ache que essa não seja uma das melhores companhias que poderia ter.

- Então... – ele soltou enquanto andávamos. – O que vai fazer depois da escola?

Sorri de lado com a pergunta. – Irei embora daqui à primeira oportunidade que tiver.

Ele riu. – Não gosta daqui?

- Até gosto, mas preciso sair um pouco do conforto dos meus pais. – respondi. – Eles me sufocam às vezes.

- Eu entendo. – ele respondeu colocando as mãos nos bolsos do moletom ao se aproximamos dos seus amigos.

Alguns ali se resumiam em jogadores do time com garotas de vários anos do nosso colégio. Um delas, Kayla Scott, fazia educação física comigo. Havíamos tombado algumas vezes, mas assim que me aproximei, ela se afastou do cara moreno que estava grudada e se agarrou no meu pescoço.

- Claire! – ela falou surpresa, mas logo percebi o porquê, a sua respiração na minha cara revelou o cheiro de cerveja.  

- Oi, Kayla. – sorri forçada. – Quanto tempo, não é mesmo?!

Ela parecia pensar em minha pergunta, mas logo sorriu e concordou. Fingi acreditar e me virei para ver Benjamin rindo com outro cara. Foi então que Kayla resolveu me arrastar para se sentar em um tronco, de lá, ainda tinha visão de tudo e de Benjamin.

- Eu ainda não acredito que você veio com Benjamin. – sussurrou uma garota que estava próxima de Kayla. – Tenho tentado sair com ele desde o primeiro dia do primeiro ano. – ela riu de nervoso por perceber que aquilo era idiota quando falado em voz alta.

- Eu não vim com ele, estou aqui com uma amiga. – disse seria. – Ela só foi fazer uma ligação.

- Mesmo assim, o cara te convidou para se juntar com a galera dele. – franziu a testa como se estivesse indignada com minha maneira de falar. – Já é uma grande coisa para mim.

- Ela só está aqui porque eu chamei. – Kayla disse um pouco enrolada, se referia à garota e a mesma a olhou feia.

- E você deveria parar de beber. – a garota disse para a Kayla e depois olhou para mim. – Você acredita que ela ficou assim só com duas garrafas de cerveja?

Ri abafada com o comentário e neguei com a cabeça. – Eu também sou fraca para beber. – e balancei a garrafa em minha mão.

Logo os risos e faladeira parou, mas só fui perceber quando levantei meu olhar para ver quem era. Benjamin tinha um copo e me entregou mesmo que eu ainda tivesse a garrafa de cerveja cheia, e se sentou do meu lado. Virei um pouco o copo para olhar a substancia desconhecida com os olhos desconfiados. E logo depois, ergui meu olhar para ele que me olhava com diversão.

- Espera, o que é isso aqui? – aproximei o copo no meu nariz e senti o cheiro.

- Vodka? – ele respondeu ainda se divertindo com a situação. – É para você se soltar um pouco mais. – ele colocou as mãos nos meus ombros e começou a fazer massagem. – Precisa relaxar...

- Já estou muito relaxada. – sorri sem graça, remexendo meus ombros para que suas mãos parassem de me tocar. – O que acha de dar uma volta? – mesmo sem resposta se levantou e esticou a mão em minha direção. Olhei para sua mão e antes de levantar, virei o copo de uma vez, fazendo minha garganta arder.

– Isso aí, garota! – ele comemorou.

- Obrigada. – ri e dei uma virada na garrafa para dar os últimos goles da minha cerveja.

- Quer outra? – perguntou e eu neguei, mas ele insistiu e antes que começássemos a caminhar, correu para pegar duas garrafas.

Assim que começamos a caminhar por meio da multidão, a sensação de desconforto me atingiu. Não podíamos dar dois passos, e alguém parava a gente para conversar com Benjamin sobre assuntos aleatórios e sobre o time. Algumas das conversar, eu parava para analisar o desejo de se glorificar por uma vida satisfatória, plena e aventureira. E isso chegava a ser estranho, para mim. Uma garota acostumada há passar os dias estudando, assistindo e repetindo esse mesmo clico dia a após dia. Mesmo sabendo que poderia aproveitar esse mundo como os outros jovens.

Os jovens na época do colégio automaticamente se dividem em duas categorias. Há aqueles que se encaixam e os que não se encaixam. Como todos sabem, a vida é infinitamente mais fácil para os que se encaixam. E um belo exemplo disso é Benjamin.

Após uma longa conversa com um cara que eu sabia que já havia terminado o colégio, continuamos a caminhar, mas agora em direção do lago. A garrafa de cerveja que ele me entregou antes de começamos a andar já havia acabado então a larguei no chão discretamente, mas acho que Benjamin percebeu porque pediu para que eu esperasse. O observei ir até uma caminhonete com o som alto, cumprimentou todos e pegou uma cerveja. Ele falava algo, pois os caras que estava lá me olhavam e sorriam.

- O que estava falando? – falei meio alto quando ele começou a se aproximar.

- Só falei que a cerveja era para você. – ele então entregou para mim.

A peguei e dei um gole, mas agora apreciando o horrível gosto que a cerveja barata que haviam comprado tinha. Quando forcei um sorriso, avistei Zoe com Broke e um restante de pessoas do outro lado. Ela me olhava sorrindo, mas também olhava para Benjamin como se aquilo tudo fosse engraçado.

- Espera um pouco... – falei para Benjamin e então sem esperar uma resposta, comecei a caminhar até Zoe, mas senti que minhas pisadas estavam ficando fundas e eu tentei endireitar a caminhada porque sabia que Benjamin estaria me observando. Não queria que ele soubesse que eu já estava ficando bêbada.

- Calma aí, Claire Jones! – brincou Zoe quando me aproximei. – Quantas você bebeu? – ela olhou para minha mão.  

- Com essa é a terceira e um copo de vodka. – respondi seria, sem perder a posse. – Mas não é sobre isso que eu queria falar... – ri sarcasticamente. – Por que me trouxe se ia me deixar sozinha? – ela tirou o sorriso do rosto.

- Eu fui te procurar, mas não te achei. – ela respondeu.

- É que aquele cara... – mordi os lábios de nervoso. – Me achou primeiro e me fez companhia, diferente da minha amiga. – ela ficou seria e não respondeu. Então olhei para trás e ele ainda estava lá, mas conversava com um cara do time. E por um momento, uma ideia idiota passou pela minha cabeça. – Você está bêbada?

- Não como você. – respondeu irritada.  – Só bebi uma cerveja.

Revirei os olhos e remexi no bolso da minha calça para pegar a chave do carro, e ergue na sua frente.

- Leve o carro. – ela franziu a testa.

- Nós já vamos? – perguntou.

- Não, eu só não vou voltar para casa com você e já como eu sei que não vou encontrar novamente... – soltei o ar e joguei a chave na mão dela que estava esticada. – Eu vejo você amanhã de manhã.

- O que diabos você vai fazer? – ela me repreendeu antes de eu dar as costas. – Você nem queria vim e agora está me dizendo que vai embora com o cara que você queria evitar? – ela parecia indignada.

Não a respondi. – Vejo você amanhã! – dei as costas e segui desajeitada até Benjamin que quando me aproximei, passou o braço pela minha cintura.

- O que foi fazer? – perguntou.

- Deixar a chave do meu carro com ela. – seu olhar ficou surpreso com tal revelação.

- E qual são seus planos para depois da festa? – sussurrou próximo do meu ouvido. – O que acha de irmos para outro lugar e depois para minha casa?

Dei de ombros. – Os seus pais estão?

- Viajaram para a casa da minha vó. – ele alisou a curva da minha cintura. – Voltaram só na segunda à noite. – o olhei sorrindo e ele retribuiu. – Ainda topa?

- Para mim está ótimo. – soltei um sorriso enquanto caminhávamos até o seu carro.

Continua...


Notas Finais




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