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História A procura do verso perfeito - Bibliotecário que escuta Nirvana


Escrita por: Yodo-chan

Notas do Autor


Mais um cap e foi mais cedo que nunca
Eu achei
não detalhei muita coisa pq só queria mesmo mostrar a rotina de Taehyung e das pessoas ao seu redor
próximo capitulo eu prometo tantas coisas

Capítulo 2 - Bibliotecário que escuta Nirvana


1° parte

14 de setembro de 1992

 

Eu já estava de saco cheio daquela menina na minha frente. Eu não preciso de nenhuma garota agora. Eu posso ser feliz sozinho e eu não estou pronto para isso, mas meus amigos insistiam em procurar alguém. Seu nome era Eunbin e ela tinha cabelo liso, preto e com uma tiara para tirar os fios de sua franja do rosto, acessórios extravagante, pele pálida e cheia de pó de arroz, lábio carnudos e muito magra. Enrolava uma mecha de cabelo entre os dedos de uma mão e, com a outra mão, apoiava seu queixo e seu cotovelo na mesa. Seus olhos estavam fixos em mim e parecia que ela ia me devorar. Eu estava ali no meu canto, um pouco encolhido por causa do constrangimento. Tentava olhar para qualquer canto que não fosse ela. Estávamos em um restaurante italiano onde tinha várias pizzas e tocava as músicas mais atuais. Algumas vezes tocava alguma coisa dos The Beatles ou David Bowie.

 

–Então... Seu nome é Kim Taehyung, certo? -apenas balancei a cabeça positivamente. –Você é amigo do Jeongguk Oppa? -novamente balanço a cabeça. –Me diz, ele está namorando?

 

–Eu não sei. -respondi e ela ficou com uma expressão séria e parou de mexer no cabelo.

 

–Aish! Você não sabe de nada? Jeongguk Oppa pediu para que eu conquistasse você, mas você nem sabe sequer se seu amigo está namorando. -ela tirou o braço da mesa e cruzou-os.

 

–Eu não preciso que você me conquiste! Eu nem sei por que eu estou aqui. -me levantei da cadeira. –Passar bem! -a garota levantou-se.

 

–Quem vai pagar essa conta?

 

–Pergunta para o seu querido Jeongguk em alguma mesa aqui perto.

 

Eu saio do restaurante aliviado, como se eu fosse livre novamente. Sinto uma mão agarrar meu pescoço e me puxando para trás. Deduzi ser o Jimin por ser bem mais baixo que eu.

 

–Jimin, me lembra de nunca mais aceitar algo do Jeongguk. -Jimin me soltou e me virou para ele poder me ver.

 

–Como foi o encontro?

 

–Ela é muito esnobe e eu não gosto de meninas assim.

 

–Eu entendo. As amigas de Jeongguk são chatas. Aliás, cadê o Jeongguk? Eu queria vê-lo. -Jimin e eu fomos andando devagar por aquela praça.

 

–Ele falou que ia ficar em alguma mesa nos observando.

 

–Taehyung! -falando no demônio. –Por que você não ficou? Você nem sequer pagou a conta.

 

–TaeTae? Você não pagou a conta?

 

–Ele não pagou a conta.

 

–Eu não perguntei a você, Jeongguk. -os dois ficaram calados olhando um para o outro.

 

–Vocês brigam demais...

 

–Nós não brigamos. -falou Jimin.

 

–Brigamos sim! -retrucou Jeongguk.

 

–Não! Não brigamos.

 

–Brigamos sim!

 

–Não!

 

–Sim!

 

Eu me desconcentrei um pouco da briga dos dois e fiquei pensando um pouco. Pensando no meu livro, pensando na minha mãe doente, pensando que já é tarde e se eu não voltar eu posso me atrasar indo pro  trabalho amanhã. De repente um cara se esbarra em mim que faz meus óculos cair e a papelada toda que estava nos braços dele também caiu. Toda aquela aquarela que estava no papel foi borrada por poças de lama que estavam na rua por causa da chuva de manhã cedo. Ou foi só minha visão toda borrada.

 

–Meus óculos! -me ajoelhei no chão e tentei procurá-lo.

 

–Desculpe-me. -ele apanhava alguns papeis do chão.

 

Não dava para vê-lo muito bem, só dava para ver borrões. Eu sou muito astigmático e não dava para ver nada. Nem os desenhos, nem a face e nem meu óculos. Eu o ajudei com alguns papéis e Jimin e Jeongguk também. O garoto pôs os óculos na minha mão e foi embora. Pus meus óculos e não consegui ver muita coisa apenas seu cabelo preto, um casaco verde, calça jeans e seus desenhos molhados em suas mãos. Nada demais, apenas o destino pedindo para eu parar de pensar tanto e socializar mais.

 

–Garoto estranho. Nem para pedir desculpas...

 

–Ele foi gentil. Pegou meus óculos que é coisa que meus amigos não fazem por mim. Eu preciso ir pra casa, Jimin. Jin está me esperado para jantar.

 

–Mas, ele não sabia que você ia jantar com a garota? -Perguntou Jimin.

 

–Ele me conhece bem pelo visto. Tchau Jeongguk. -Jeongguk acenou para mim com um sorriso sem mostrar os dentes.

 

–Tchau TaeTae. -Jimin falou.

 

...

 

A porta não estava trancada, o que seria bem estranho, pois nós só deixamos portas abertas quando recebemos visitas. Jin tem muitos amigos, mas são os mesmos amigos que os meus. Suga tinha viajado esse final de semana para ver seus avôs e Jimin e Jeongguk estavam comigo.

 

–Jin? -ele respondeu "Dongsaeng?"

 

Fui até seu quarto e sua porta estava trancada. Ignorei e fui direto para a cozinha e havia dois pratos e duas taças em cima da mesa. Ignorei de novo e fui comer algo porque eu estava com muita fome. Peguei meu walkman e coloquei meus fones de ouvido tocando Lithium do nirvana enquanto procurava algo nos armários. Vi uma milho de pipoca e coloquei no fogo baixo.

 

"I'm so happy 'cause today I've found my friends... THEY'RE IN MY HEAD"

 

Comecei a cantar e fui até meu quarto para escrever. Tirei meu casaco xadrez e fiquei só com a blusa preta que me aquecia. Sentei na cadeira um pouco desconfortável porque só morava eu e meu irmão, Jin, aqui e a gente mal tinha dinheiro e o que a gente tinha foi o nosso pai que comprou.

 

"Ela era maravilhosa! Tinha cabelos tingidos de vermelho, unhas curtas pintadas de preto e um belo sorriso. Blusa do The Simths e UM ENORME VAZIO PORQUE NÃO SEI MAIS O QUE ESCREVER!"

 

Joguei meus óculos em cima da mesa e esfreguei-os com meus dedos indicadores. Fiquei olhando algo procurando algo para me inspirar.

 

–TAEHYUNG! -Jin gritou pelo meu nome e ele nunca me chama pelo nome.

 

“... A pipoca” pensei. Fui até a cozinha e me deparei com Jin com aquela panela nas mãos jogando aquela suposta pipoca no lixo.

 

–TaeTae, quantas vezes eu já te falei que quando colocar algo cozinhar por favor não a deixe sozinha.

 

Jin é muito responsável e independente. Tinha seu trabalho, mas com o dinheiro que ganhava pagava sua faculdade e eu ganhava um pouco a mais que ele então boa parte das economias da casa era responsabilidade minha e também eu não me interessei por nenhuma faculdade e só escrevia, trabalhava e não sabia o que fazer direito com o dinheiro então eu dava uma parte do meu dinheiro para ele poder pagar contas.

 

–Desculpe-me. -chegou um cara desconhecido do nada do meu lado. –Jin?

 

–Ah! Esse é o Namjoon, meu amigo da faculdade. -o garoto estendeu a mão na minha direção e eu peguei no seu dedo. –Não se preocupe, Nam. Ele é estranho mesmo.

 

–Você gosta de Nirvana?

 

–Sim, muito!

 

–Meu irmão iria gostar de você. -balancei a cabeça positivamente e umedeci meus lábios.

 

–Eu preciso voltar para o meu quarto.

 

–Não vai comer nada?

 

–Não, deixa pra lá.

 

Fechei a porta, tranquei e me joguei na cama. Fechei a luz do meu quarto e fiquei vendo as estrelas fosforescentes no meu teto. Elas eram bonitas e fáceis de descrever... Porque eu estou sem ideias ultimamente?

 

...

 

–Bom dia, flor. - Jimin chegou todo animado para mim. –Como está o andamento do seu livro?

 

–Uma bosta. Cadê o Jeongguk?

 

–No inferno, eu acho. -Jimin ficou mexendo em alguns livros.

 

–Vocês brigaram de novo? -Jimin balançou a cabeça negativamente.

 

–O que você acha do Jeongguk e eu?

 

–Eu acho que vocês brigam demais.

 

–Não! Como eu posso te explicar? É que... -Jeongguk entrou com duas xícaras de café.

 

–Oi Tae. -ele colocou a outra xícara na mesa perto. –Oi Jiminnie.

 

Ele mexeu naquele cabelinho e bagunçou toda sua franja. Eles estavam estranhos que nem ontem quando o Jin foi me apresentar o amigo dele. Eles parecem mais felizes. Isso era estranho para Park e Jeon porque eles viviam brigando um com outro e eu nem sei o porquê que eles sempre ficam juntos. As vezes parecem um casal pois Jimin é muito cuidado, mas nada de mais... Eu acho.

 

–Que horas são? -perguntei aleatoriamente para quebrar aquele clima de "deixado pelo casal de amigos".

 

–Nove e... -Jimin falou com a boca cheia de café e terminou de degustar. –Nove e quarenta e cinco.

 

–Não se preocupa porque eu abri a biblioteca quando eu cheguei. -o som do sino ecoou por todos os lados. –Jimin?

 

–TaeTae você pode ir no meu lugar enquanto eu termino? -revirei os olhos e fui.

 

Procurei a pessoas em todas aquelas prateleiras enormes. Atravessava cada uma e a pessoa não aparecia. Resolvi entrar na sessão do ultra-romantismo. Vasculhei alguns livros e encontrei vários do meu agrado apesar de ter lido todos que encontrava ali.

 

–Com licença, aqui é a sessão do ultra-romantismo?

 

Me virei para ajudá-lo e eu simplesmente paralisei...


Notas Finais


espero que gostem e vejo vcs no próximo
depois eu reviso
vamos deixar perguntinhas no ar: (além de ser um pouco obvia algumas)
por que a porta de Jin estava trancada?
o que Jimin queria falar para Taehyung?
o que se passa na cabeça do Jeongguk?


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