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História A Proposal - Prólogo


Escrita por: Giiyh

Notas do Autor


Hiii, bora embarcar em uma nova estória?...
Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo


Miami

(31/05/2016)

Mais um dia cansativo de trabalho. Lauren terminava de tirar a roupa de arrumadeira, do hotel em que trabalha. A morena dos olhos verdes, penteava seus cabelos, antes de pegar sua bolsa que sempre carregava, e ir para casa. Ela estava morrendo de saudades de seu pequeno. Era difícil ficar o dia inteiro longe de seu filho. Ele só tinha três aninhos. Era praticamente um bebê.

— Já está indo para casa, Lauren? — Taylor, a gerente do hotel, perguntou para a morena. 

— Sim, senhora! Já está tarde! Precisa de alguma coisa? — Lauren pedia mentalmente que não. Ela só queria está em sua casa neste exato momento.

— Na verdade tem uma colega minha de muitos anos querendo falar com você. — A loira esbelta falou. Lauren franziu a testa.

— Quem seria?

— Aquela alí...— Taylor apontou para uma das mesas, bem alí próximo à recepção do hotel.

— O que ela quer comigo?

— Pergunte isso à ela. Ela só me pediu para lhe avisar. — A mulher falou, saindo em direção a algum hóspede.

Lauren estava hesitante em chegar na mulher. Ela já havia visto a mesma alí no hotel. Esbelta, cabelos castanhos, longos. Uma mulher bastante atraente. E muito rica. Lauren se perguntava o que aquela mulher queria com uma arrumadeira do hotel? E só tinha como saber a resposta, perguntando. 

Lauren foi se aproximando da mesa onde estava a estranha. A mulher logo que viu Lauren se aproximando, abriu um largo sorriso, fazendo a expressão confusa de Lauren aumentar.

— Boa noite, Lauren! — A mulher falou ainda sorrindo.

— O que quer comigo? — Lauren foi direta ao ponto. 

— Por favor, sente-se primeiro. Quer beber alguma coisa? — A mulher já chamava um garçom.

— Não. Escuta, eu preciso ir pra casa.

— Calma, minha cara. Sente-se quero conversar com você. — Lauren acabou se sentando, ainda hesitante.

— Por que quer conversar comigo? Tipo, nem nos conhecemos.

— Podemos nos conhecer. Estive reparando em você. É muito bonita, Lauren!

— Como sabe meu nome? Isso é algum tipo de pegadinha? — Lauren estava séria. Ela não estava gostando daquilo.

— Isso não é nenhuma pegadinha. Lauren, você gosta de mulheres? — Lauren levantou uma sobrancelha.

— Não. Tô entendendo, você curte mulheres e está querendo alguma coisa comigo? — A mulher riu, passando as mãos nos cabelos, e bebendo um pouco de um shiske.

— Você é bem esperta.

— Desculpa, mas não curto mulheres.

— Já provou uma para saber?

— Isso é uma piada. 

— Se fosse você estaria rindo. Sabe, eu só queria uma companhia por hoje.

— E por que tem que ser eu? Chame alguma amiga.

— Não tenho amigas. Não é a primeira vez que me hospedo nesse hotel.

— Sim. Já te vi por aí. Você não me respondeu como sabe meu nome.

— Você trabalha aqui, certo?! Não foi difícil descobrir.

— OK! E qual é o seu nome?

— Keana... Keana Marie Cabello Issartel.

— É um nome bem chique.

— Nunca ouviu falar de mim? — Lauren apenas balançou a cabeça negando. — Entendo, você não deve ter tempo para ver jornais e revistas. 

- Eu realmente não tenho tempo para essas babozeiras. 

- Bom, sabe, Lauren... meu avô está muito mal. - Keana fingia está triste. - Acho que ele não tem mais muito tempo de vida.

- Sinto muito pelo seu avô. - Keana assentiu fingindo limpar o canto dos olhos.

- Podemos ir até os meus aposentos. Por favor... - Lauren pensou por um tempo.

- Pode ser, mas precisa ser rápido. - Keana sorriu.

- Prometo. 

- Só me espera fazer uma ligação, tudo bem?

- Claro, te espero próximo ao elevador. - Lauren assentiu, pegando seu celular e digitando o número de sua mãe, avisando-a que chegaria um pouco mais tarde.

Assim que adentraram o quarto, Lauren olhava desconfiada para todos os lados. 

- Você é muito desconfiada. - Keana esclamou, enchendo duas taças com vinho, oferecendo uma à Lauren, que negou.

- Não quero, obrigada! Não bebo álcool. 

- Sério?

- Antes eu bebia muito. Faz três anos que não bebo mais. - Keana assentiu bebericando um pouco do vinho tinto. Sentou aos pés da cama, cruzando as belas e torneadas pernas, desnudas do meio das coxas para baixo, o que não era cobrido pelo fino vestido de seda azul bebê que a morena usava. O ato não passou despercebido por Lauren. Eram pernas atraentes. Não podia negar. 

- Sente-se ao meu lado, Lauren. - Keana bateu ao seu lado na cama. Lauren se sentou. - Quantos anos tem, Lauren?

- Por que quer saber? - Keana riu.

- Você é muito desconfiada. Só queria te conhecer.

- Tenho 20.

- Você é novinha. Tenho 22. 

- Diferença de dois anos, você praticamente tem a minha idade.

- Minha priminha detestável tem a sua idade. - Keana falou em tom de desdém. - Mas esquece. - Keana se levantou, colocando a taça vazia em um canto alí. — Seus olhos são lindos. — Keana falou, ficando de frente para Lauren que ainda permanecia sentada, passando as mãos em seus cabelos.

— Eu tenho que ir. — Lauren ía para se afastar, mas Keana a impediu.

— Não vai agora, baby. — Ela falou no ouvido de Lauren, que já estava ofegante. — Estou louquinha por você. — Falou e depositou um beijo nos lábios de Lauren suavemente, esperando uma confirmação dá de olhos verdes, para aprofundar o beijo, o que logo foi feito.

[...]

— Isso foi maravilhoso! - Keana falou. Estava sentada na cabeceira da cama somente com uma langerie vermelha. Tragava um cigarro, enquanto Lauren catava suas roupas jogadas pelo quarto, e vestia. - Gostou? — A morena perguntou, enquanto beijava as costas de Lauren.

— Sim! Adorei, mas agora preciso ir. - Lauren terminou de calçar as sapatilhas que usava, e ajeitar seu cabelo um tanto bagunçado.

— Amanhã podemos repetir, o que acha? - Lauren se virou para Keana capturando seus lábios.

— Acho ótimo. — Lauren pegou sua bolsa. — Até amanhã. — Keana pegou sua carteira tirando uma pequena quantia em dinheiro. — Paga um táxi. 

Lauren até pensou em não aceitar, mas depois da transa que tiveram, acabou ficando tarde, não conseguiria achar um ônibus tão cedo. Então acabou pegando o dinheiro e saindo.

Lauren deu graças a Deus por chegar em casa. Olhou no relógio em seu pulso e já eram 20:30 hrs. Só do seu trabalho até sua casa eram meia hora.

— Mãe, cheguei. — Gritou, logo após trancar a porta de casa.

Lauren imediatamente escutou o choro de seu pequeno, e logo passos rápidos.

- MAMA... - O pequeno Louis gritou por sua mãe, ainda em plantos. Lauren rapidamente pega seu pequeno no colo, o acalmando, sua mãe, Clara, entrou na sala logo atrás com uma expressão de alívio e cansaço.

— Mamãe está aqui, meu pequeno. - Lauren beijou a cabecinha de seu filho, acariando suas costas, enquanto seu rostinho estava enterrado em seu pescoço.

— Graças a Deus você chegou, filha. Louis não queria beber o leite dele por nada. Ele quer que você o dá. - Peguei a mamadeira que minha mãe segurava.

— Tava com saudade, mama. - Louis falou soltanto um último soluço, com os olhinhos verdes brilhando por causa das lágrimas. 

— A mama também estava morrendo de saudades do meu bebê. — Lauren falou com voz de criança, se sentando no sofá, fazendo cosquinhas no pequeno. — Desculpa a demora, mãe. Como foi seu dia?

— Foi tranquilo, querida. — Louis tomava sua mamadeira, enquanto Lauren acariciava os lisos cabelos castanhos claros de seu filho. — Como foi no trabalho?

— Cansativo. Tem certeza que não sentiu nada, mamãe? Não esconda nada se mim. — O olhar de Lauren transparecia preocupação.

— Um pouco de falta de ar, mas nada com o que se preocupar.

— E a parte que a senhora sentiu uma pontada no peito, mãe? — Taylor, irmã mais nova de Lauren, falou entrando na sala, vindo de seu quarto. — Oi, Laur. — Lhe depositou um beijo na bochecha.

— A senhora precisa fazer mais exames. — Lauren exclamou.

— Não temos dinheiro para isso. Esquecem esse assunto.

— Não, mãe. Vou tentar dá um jeito nessa situação. — Clara se sentou ao lado de sua filha, apertando sua mão.

— O tratamento do coração da mamãe é super caro. O dinheiro que você ganha no hotel quase não dá para o aluguel da casa, as contas e comida. — Lauren abaixou a cabeça.. — Estou tentando achar emprego, mas está super difícil.

— Você só tem 16 anos, TayTay. Se preocupe com os seu estudos. Deixa que do resto eu cuido.

— É muita responsabilidade só pra você.

— Talvez eu consiga achar um bico. Eu só não quero a senhora sofrendo com dores, e correndo o risco de morrer. 

— Vai dá tudo certo, filha. Também irei procurar algum bico.

— Cabei tudo, mama. - Louis falou entregando a mamadeira vazia para Lauren, que sorriu para o filho.

— Agora que o meu bebê já encheu a barriguinha, vamos dormir. — Lauren passou a mão nos cabelos do filho, fazendo o pequeno rir sapeca.

— Não, mama. Quelo ficar mais tempo com você. Se eu mimi isso não vai acontecer. — O pequeno fazia um bico nos lábios. 

— Ohh, meu bebê.. — Lauren abraçou o pequeno. — Desculpa a mamãe não poder ficar muito tempo com você, meu amor. Mas a mama precisa trabalhar.

— Eu sei, mama. — Louis brincava com uma mexa do cabelo de sua mãe. — Hoje fui passear com a vovó e vi um blinquedo lindo, mama. — Lauren sentiu uma pontada no peito alí mesmo.

Ela queria poder dar tudo que seu pequeno quisesse, mas nas condições em que viviam, era difícil sobrar dinheiro. Além de que estavam com um aluguel de dois meses atrasados. As contas são caras, tanto luz, quanto água e gás. Sem contar a comida. E o salário que ela ganha vai tudo para essas necessidades. Não sobra quase nada para gastar com regalias. 

Graças a Deus sua mãe não virou as costas para ela quando descobriu que estava grávida de Louis. Ela só tinha 17 anos. Lauren era rebelde e imatura. Por diversas vezes parou em um hospital por ter bebido demais e passado mal. Além de ter consumido outras drogas. Zayn era seu amigo, e eles começaram a namorar. Até que um dia Lauren recebeu a notícia que seu namorado havia sido assassinado por dever drogas. Uma semana depois ela descobriu que estava grávida. Sim, ela cogitou em tirar a criança. Como ela chegaria em sua mãe e diria que estava grávida? Havia perdido o pai jovem, e só tinha sua mãe e irmã.
Mas sua mãe a apoiou. E ela se sentiu segura com o apoio. Parou de sair e usar qualquer tipo de droga. Agora ela tinha um pequeno ser para cuidar e dar muito amor.

— Eu vou tomar um banho, porque amanhã tem trampo de novo. — Lauren falou com seu filho no colo.

— Boa noite, filha! Durma bem! — Clara deu um beijo na testa de Lauren.

— Durma bem, mãe. Durma bem, Tay!

— Você também, Lo. Cadê o beijo de boa noite da titia, Lou? — Taylor falou, e o pequeno sorriu sapeca, abraçando o pescoço de sua tia, e estalando um beijo em sua bochecha. — Delícia.

— Boa noite, tia Tay! Boa noite, vovó! — Ele também beijou Clara.

— Boa noite, meu amor! Sonhe com os anjinhos.

— Vamos dormir, meu pequeno?! — Lauren falou, fazendo cosquinhas em sua barriguinha, fazendo ele cair na gargalhada.

Pala, mama. Eu já sou glandinho, mama.

— Ahh é, meu grandão?! — Lauren beijou o pescoço de seu filho, inalando o seu cheirinho de shampoo de bebê. 

Chegando no quarto, Lauren o colocou em pé na cama, lhe entregando sua chupeta. Enquanto pegava sua roupinha para dormir, ele pulava alegremente no colchão.

— Deixa eu mimi de cueca, mama? Tá fazendo calô... — Lauren sorriu bobamente para o filho, apertando suas pequenas coxas gordinhas.

— E se você sentir frio de madrugada?

— Não vou, mama.

— Vai sim, amor. Então ao menos usa seu moletom, pequeno. — Lauren pegou o pequeno moletom do minions que Louis tanto amava, colando em seu filho. — Lindo, meu amor. — Lauren beijou suas mãozinhas. — Agora deita, que a mamãe vai tomar um banho rapidinho e volta pra dormirmos abraçadinhos, está bem?

— Sim, mama! — O pequeno deitou como sua mãe pediu, mas antes pegou seu minions de pelúcia. Lauren sorriu feliz ao ver aquela cena. Seu filho era seu maior tesouro.

[...]

(01/06/2016)

Floricultura Cabello

Camila Cabello era dona de uma bela floricultura no centro de Miami. O estabelecimento era o seu xodó. Ela amava todo aquele contato com a natureza. E mesmo não precisando necessariamente trabalhar, ela amava fazer aquilo. 

Seu avô é dono de diversas empresas imobiliárias. Um milionário, mas ela não ligava para o dinheiro. E seu avô se sentia orgulhoso de Camila. Ela não era gananciosa, nem egoísta. Era a pessoa mais doce e adorável que poderia existir. Com um senso de humor extraordinário. Muito ao contrário de sua outra neta, Keana. Depois do terrível acidente de carro, em que morreram os pais de Camila e os pais de Keana, Esteban criou às netas. Dando todo o amor, atenção, e lhes ensinando as coisas certas. Dando concelhos bons. Camila amava ouvir o avô, enquanto Keana vivia emburrada achando tudo aquilo uma baboseira. E depois que foram ficando mais velhas, as diferenças entre as duas aumentaram ainda mais. Esteban só desejava ter orgulho de Keana como ele tinha de Camila, ao invés de decepção.

— Oi, Chancho! — Dinah Jane, uma das melhores amigas de Camila, entrou na floricultura.

— Oi, Cheechee! Bom dia! Está atrasada. — Dinah trabalha junto com Camila.

— São 8:30 am, Camila. — Dinah fala logo após olhar às horas em seu celular.

— Meia hora atrasada. — Camila falou rindo, enquanto regava algumas flores.

— Você podia passar à abrir a floricultura lá para às dez, né?

— Isso não são horas de abrir um local onde precisamos vender algo, Dinah. E outra, já é quase semana do dia dos namorados, você sabe que a floricultura fica mais movimentada nesses dias. 

— Só estava brincando. Ainda estou de ressaca de ontem. A festa de aniversário de Mani estava maravilhosa. — Camila riu.

— Eu já me acostumei.

— Você é uma baladeira de plantão, Chancho. 

— Só nos finais de semana. 

— Como está o seu avô? — Camila se entristece. Ela não gostava de ver seu avô vivendo a base de remédios. Ele não estava bem, ela sabia. E sentia uma dor horrível. Ela não queria perder seu avô. Além de suas amigas, ele era a única coisa que ela tinha.

— Acho que está piorando, China. — Seus olhos se encheram de água. O instinto protetor de Dinah logo se fez presente, abraçando a amiga. — Não quero perder meu avô, Cheechee. 

— Calma, Chancho. Seu avô é forte.

— Mas uma hora ele não irá suportar mais todos aqueles remédios.

— Escuta... — Dinah segurou no rosto da amiga. — Uma hora, ele terá que partir, Chancho. Todos nós iremos morrer um dia. — Enquanto Dinah falava, as lágrimas desciam pelo rosto de Camila.

— Eu perdir os meus pais. Não quero perder o meu avô também. — Dinah à abraçou apertado, afagando seus cabelos. 

— Vou estar sempre com você, OK? — Camila apenas assentiu com a cabeça, enquanto chorava silenciosa, molhando o pescoço de sua amiga.

— Obrigada, Cheechee! — Dinah afagou os cabelos da amiga.

E ficaram abraçadas por alguns minutos, até uma senhora entrar na loja e Camila ir atender à mesma.

Depois entrou um rapaz alto, robusto, bem sorridente.

— Bom dia! — Camila falou.

—Bom dia! Moça, eu queria um tipo de flor para dar à minha namorada.

— Você tem alguma preferência?

— Aí que está o problema. Não entendo nada sobre flores. — Camila sorriu. — Poderia ser rosas vermelhas..

— Bom, a maioria das mulheres gostam de rosas vermelhas, mas é sempre bom inovar. Que tal tulipas? — Camila levou o homem até às diversas tulipas de todas as cores.

— São lindas! Qual cor me sugere?

— As amarelas. — O homem à olhou pensativo.

— Então, às amarelas. — Falou rindo. — Quero duas dúzias. — Camila assentiu, indo preparar o buquê.

A latina já era bastante ágil nisso. 
— Seu buquê. — Ela estendeu ao rapaz.

— Oh, ficou maravilhoso esse arranjo. Muito obrigado!

— Eu que agradeço. — Ele pagou Camila. — Volte sempre. Tenha um ótimo dia!

— Obrigado! Desejo o mesmo.

— Obrigada! — O rapaz se despediu, saindo da loja em seguida.

— Não é todo dia que se encontra um homem como esse. — Dinah falou. Camila sorriu.

— Isso é verdade. Digamos que isso só acontece constantemente nos filmes.

— É... príncipes encantados não existem. — Camila assentiu. — Escuta, Chancho, vamos comemorar o meu niver em uma boate bem top.

— É verdade, China. Seu aniversário está próximo.

— Quero presentes em, Chancho.

— Vou pensar no seu caso. — A latina falou rindo.

[...]

Todas às 18hrs, Camila fechava à floricultura. E hoje não foi diferente...

Ela estacionou seu modesto carro na garagem da casa de seu avô. 

Camila sempre ficava preocupada com o avô. E não era para menos. Ele já havia sofrido com uma AVC, e ela morria de medo de acontecer novamente.

A latina comprimentou o segurança que se encontrava na porta e entrou para o interior da bela e sofisticada mansão. Estava um silêncio como sempre. Camila respirou fundo. 

Ela sentia saudade de quando tinha 10 anos, e seu avô tocava violão e cantava. Foi com ele que ela aprendeu a tocar tal instrumento. E ela amava! Por um momento ela pôde voltar ao tempo. Quando percebeu, uma lágrima escorria em seu rosto. Ela respirou fundo novamente, limpando os olhos e subindo à escada para o segundo andar.

Assim que entrou no corredor para o quarto do avô, Mary, a enfermeira, saía do mesmo.

— Boa noite, senhorita! — A senhora de meia idade falou, sorrindo educadamente.

— Boa noite, Mary! Como está meu avô?

— Está bem! Acabei de lhe ajudar a tomar um banho, e lhe dei remédios. 

— Eu fico muito preocupada, sabe!

— Compreendo. Mas o seu avô é forte, Srta.Camila. — Camila balançou a cabeça.

— Eu sei.

— Vai ficar tudo bem. — Mary bateu levemente no ombro de Camila, e se retirou.

Camila entrou vagarosa no quarto do avô, para caso ele estivesse dormindo, não acordá-lo.

— Vovô? — A latina se aproximou da cama onde estava seu avô. O senhor sorriu para a neta. Ele lia um livro, sentado na cabeceira da cama. 

— Oi, minha neta querida! — Camila sentou ao lado dele. — Como foi no trabalho, pequena?

— Foi tranquilo, vovô. O senhor está bem? — Passou a mão no rosto de Camila.

— Estou, Kaki. — Os olhos de Camila se encheram de água. A latina abraçou seu avô. — O que foi, querida?

— Estou com tanto medo de perder o senhor, vovô. — Ele acariciou o rosto da neta.

— Não fique assim, minha neta. Você nunca vai me perder. Quando eu tiver que partir, quero que nunca se esqueça que estarei olhando você onde quer que eu esteja. E também estarei aqui... — Ele colocou a mão sobre seu peito. — no seu coração.

— Eu amo você, vovô! — Camila falou entre os soluços e fungadas.

— Eu também, Kaki! 

[...]

Duas semanas haviam se passado, desde o dia que Lauren conheceu Keana. As duas passaram à ficarem e Lauren estava gostando daquilo. Keana era uma ótima distração, e Lauren precisava de uma. Os problemas em sua casa não diminuíam.

Era sábado, e o expediente havia terminado, como sempre mais cedo nesse dia. E mais uma vez Lauren transou com Keana. As duas mulheres, se encontravam deitadas nuas, na cama do quarto de hotel que Keana estava ficando.

— Pensativa, Lauren. — Keana comentou, beijando o ombro descoberto da morena.

— Só estou atolada de problemas até a cabeça. — Elas ficaram um tempo em silêncio.

— Tenho uma proposta para você. — Keana falou, se levantando da cama, indo até sua bolsa, pegando um cigarro e acendendo. Lauren fitou Keana de testa franzida.

— Proposta?

— Sim. — A mulher deu uma tragada no cigarro. — Sei que deve três meses de aluguel. Além de várias contas, como luz. Sem contar o seu filho pequeno. E a doença do coração de sua mãe.

— Como sabe de tudo isso? Sendo que só te contei sobre o meu filho.

— O que um bom detetive não faz, não é? — Lauren se levantou da cama.

— Não acredito que colocou um detetive para investigar minha vida.

— Para de exageiro. Só queria saber algumas coisas básicas.

— Seja o que for. Você não tem o direito. 

— Por favor, Lauren. Me ouve. Quero te fazer uma proposta.

— Que proposta?

— 1 milhão de dólares, Lauren. Você só tem que dá um fim na minha querida priminha, Camila Cabello. — Lauren arregalou os olhos.

— O quê? Não sou nenhuma assassina. Por que está me fazendo essa proposta?

— Estou querendo te ajudar. Você só tem que levar Camila no lábia, e matar. Simples.

— Simples? Estamos falando em tirar a vida de uma pessoa.

— Você não precisa sujar suas mãos com sangue. Pensei em tudo, Lauren. Sei que precisa muito de dinheiro. Fui muito longe atrás desse veneno. — Keana tirou um frasco com o líquido de dentro de sua bolsa. — É um veneno muito bom. Você só precisa colocar em alguma bebida e dar à ela. Não precisa se preocupar, não deixa vestígio.

— Por que quer matá-la?

— Porque eu ficaria com toda a herança. Aquele velho esta para bater às botas. Sem contar que se matá-lá agora, ele morre logo de uma vez do coração, por saber que a neta querida morreu.

— Você não vale nada.

— Ele quer dar a metade pra mim e outra para a Camila.

— É o justo, não?

— Não! Camila não pode ficar com metade das empresas. Ela nem ao menos pisa nelas. Eu tenho que ficar com tudo.

— Você é uma egoísta.

— Você não me entende. Meu avô ama muito mais Camila do que eu.

— E você se importa? Não parece. Você não vale nada.

— Eu não nasci para agradar ninguém. Você vai aceitar? Não precisa ficar na hora que ela morrer. Camila não vai sentir nenhuma dor. E você precisa de dinheiro desesperadamente. Pensa Lauren. Você irá poder pagar um tratamento descente para sua mãe. Além de não precisar mais pagar aluguel. Dar tudo do bom e do melhor para o seu filho. 

— Não posso fazer isso. É uma pessoa inocente.

— Você não precisa dar uma resposta agora. Mas não vou esperar muito. Está cheio de pessoas por aí que matam alguém por míseros mil dólares.

— Eu... — Keana pegou sua bolsa, se preparando para sair.

— Depois me dê a resposta. — Falou, se retirando em seguida, deixando uma Lauren confusa e com turbilhões de pensamentos.


Notas Finais


É isso aí... Espero que gostem....
Bjss 😚❤


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