História A Proposal - Bad day...

[...]

Camila elevou sua mão até a nuca de Lauren, capturando seus lábios com gana. Lauren sentiu seu corpo todo tremer quando os seus lábios se chocaram com os da latina.

  Sem aviso, Camila invadiu a boca de Lauren com sua língua quente e ágil. Às línguas de ambas mulheres brigavam por espaço, se enroscando uma na outra.

  Não podia negar que Camila já estava começando à ter efeito da bebida que ingerira. A latina não era tão tímida, mas também não tinha tanta atitude.

  As mãos de Lauren apertavam a cintura de Camila. A latina deu uma leve modiscada no lábio inferior da morena, deixando Lauren fraca.

  Quando o ar fez falta, elas separam os lábios por alguns segundos... Se olharam nos olhos, depois voltaram à explorar a boca uma da outra. Mas Dinah chegou puxando Camila, fazendo a latina se assustar.

— Preciso falar com você, Chancho. Lauren, preciso da Camila. — Dinah saiu puxando Camila, que tentava tirar a mão de sua amiga de seu pulso.

— Não tinha hora melhor para você querer conversar comigo não, Dinah? Porra, estávamos nos beijando, e você atrabalhou. — Camila estava furiosa com sua amiga.

— Vocês estavam quase eram se engolindo alí no meio da pista, isso sim.

— Que seja. Você atrapalhou, sua estraga prazeres. Já estava planejando tudo na minha cabeça... Eu levando ela pro meu apartamento e a gente...

— Você está bêbada, Camila.

— Estou bastante sóbria se quer saber.

— Quero te apresentar uma colega.

— Quero voltar para àquela morena, dos olhos de oceano e beijá-la muito.

— Não. Esquece aquela estranha. Já conversamos sobre isso. Vem... Muda essa cara de quem comeu e não gostou. E não seja mal educada com a minha colega.

— Eu não comi nada. Talvez iria fazer isso, mas você estragou tudo.

— Você está falando muita merda.

  Elas se aproximaram de uma morena esbelta, cabelos longos, lisos. Tinha uns lábios tão bem modelados, carnudos, rosto fino, muito bonita. Ela bebia alguma bebida colorida, enquanto estava sentada em uma cadeira, balançando ao som da música que tocava no momento.

— Dua, quero te apresentar minha amiga Camila. — Dinah falou para a morena, que se levantou com um lindo sorriso amarelo estampado no sorriso. Camila sorriu simpática.

— Prazer em conhecê-la, Camila. — Dua falou com sua voz roca ao mesmo tempo que suave, fazendo Camila estremecer.

— O prazer é todo meu, Dua. — A mulher depositou um beijo na bochecha de Camila.

— Vou deixar vocês se conhecendo, com licença. — Dinah piscou para Camila, que só lhe lançou um olhar de "você não faz ideia de como quero te esganar", depois sorrindo para Dua, que não tirada o belo sorriso dos lábios.

— De onde você e Dinah se conhecem? — Camila perguntou, pegando um drink que um garçom estava entregando.

— Conheci Dinah através de Normani. Faço aulas de canto e dança na mesma escola dela. Daí um dia Dinah foi lá, e Normani me apresentou. — Camila assentiu.

— Então você canta?

— Eu amo cantar!

— Sua voz é maravilhosa conversando, cantando então...

— Obrigada! Então, o que você faz?

— Eu havia começado a cursar administração, mas desistir, e decidi abrir uma floricultura.

— Humm, quero conhecê-la à qualquer dia.

— Será bem vinda. — Camila terminou sua bebida, varrendo o local onde estava para vê se Lauren ainda estava alí. A latina estava se sentindo tão mal por ter deixado a morena só.

  Lauren havia ficado um pouco em transe, enquanto formulava todo o momento com Camila na cabeça. Aquele beijo foi maravilhoso. Lauren havia ficado tão mexida. Não deveria estar acontecendo isso dentro de si.

  Ela decidiu ir procurar Camila para se despedir da latina, já que Dinah havia lhe puxado pra sabe se lá onde. Lauren sabia que Dinah não queria Camila perto dela. Era como se seu instinto protetor gritasse em alerta.

  A morena entrou no meio de algumas pessoas, procurando por Camila, e acabou desejando não ter à encontrado, e visto a latina rindo animada com uma mulher. Uma bela mulher, diga-se de passagem. Lauren sentiu seu sangue ferver novamente, como quando ela viu alguns homens olhando para o corpo de Camila no episódio mais cedo.

  A morena se repreendeu por isso. Ela não tinha que sentir nada disso. Absolutamente nada. Ela não deveria.

  Saiu de lá às pressas. Estava confusa. Lauren estava com medo. Isso, medo de estar começando a sentir algo pela mulher que ela deveria matar. Ela praguejou céus e terras por ter conhecido Keana. Maldita.

  Uma lágrima que Lauren tentava segurar caiu de seu olho, assim como alguns pingos caiu nela, enquanto andava sem rumo.

  Já eram quase uma hora da madrugada. Às ruas estavam quase praticamente desertas. Lauren olhou para cima, e o céu estava cobrido por nuvens escuras. Flashes de luzes o cortava, e trovejava, enquanto os pingos aumentavam.

  Lauren desejou estar na sua cama quentinha e macia. Deitar a cabeça no travesseiro, e dormir bem agarradinha ao seu filhote. Dormir, o único momento que a morena esquecia os problemas.

  [...]

  Uma semana depois da festa de aniversário de Dinah, Lauren não voltou à falar com Camila. Ela não queria olhar para a latina. Ela estava começando a sentir algo por ela. E isso não podia acontecer. Inventou uma desculpa de que estava bem indisposta para ficar livre de Keana, para poder organizar seus pensamentos. E escolher uma resposta definitiva.

  Clara estava super preocupada com a filha, assim como Taylor. Elas desconfiavam que Lauren estava se metendo em algo bastante grave, mas não iria adiantar nada perguntá-la. Não ainda.

  Louis não esquecera de Camila como Lauren achou que aconteceria. Muito pelo contrário, o pequeno não parou de falar da latina a semana toda.

  Camila amparava algumas flores, com a expressão um pouco tensa. Chamando atenção de Dinah.

— Por que essa carinha triste, Chancho? — Camila suspirou, focando seu olhar no de sua amiga.

— Estou preocupada. Ontem meu avô estava muito fraco. Além de que me dera mais carinho que o normal.

— Ele bebe muitos remédios, Chan. É comum ficar fraco.

— Eu não sei. Estou com um pressentimento nada bom.

— Não deve ser nada. Fica tranquila. — Camila suspirou pesadamente. — Por um momento pensei que fosse por causa da Lauren.

— Eu me senti mal por ter deixado ela sozinha. Culpa sua, Dinah. Agora que nunca mais vou vê-la mesmo.

— Você não disse que tem o número dela?

— Eu tenho, não tenho é coragem de ligar.

— É melhor não ligar mesmo não. Ela não tem o seu número?! Ela também poderia te ligar.

— Mas ela não deve nem querer olhar na minha cara. — Camila suspirou.

— Você não deveria ficar tão triste por isso.

— Ela é legal! E é diferente de todas que já conheci.

— Ihhh... isso vai dá merda. Não acredito que está se apaixonando.

— É claro que não. A última vez que me apaixonei, você sabe... — A latina se entristesse.

— Hailee está em um bom lugar agora, Chancho.

— Até ela eu perdi para a morte. — Dinah acariciou o braço da amiga. Em seguida ficando pensativa.

— Keana ficou fria foi depois que Hailee morreu, não foi? — Camila franziu a testa, começando a pensar sobre.

— É, sim. Ela era bem próxima da Hailee, e Taylor Swift também. Na verdade mais da Hailee. Ela se sentia bem tímida ao lado dela.

— Daí depois você começou a ficar próxima da Hailee. — Camila abriu um sorriso.

— É... ficamos amigas... depois amizade colorida. — Camila soltou um riso. — Isso é engraçado. dizíamos ter amizade colorida, mas eu morria de ciúmes quando via ela falando com alguma menina ou menino. E ela também tinha de mim. Depois estávamos apaixonadas uma pela outra. Começamos a namorar.

— Você me contou sobre sua primeira vez com ela.

— Foi perfeito! Todas as vezes que fizemos amor. Daí como a felicidade não dura muito tempo pra mim, ela começou a se afastar. Faltava de escola, não me atendia, não respondia as mensagens. Eu sofri tanto achando que ela tinha outra pessoa, mas era pior, ela estava morrendo. — Uma lágrima solitária escorreu em seu rosto. — Ela estava me poupando de sofrer pela sua morte. Porque me amava e não queria me ver sofrendo por ela.

— Ela definitivamente foi seu primeiro amor.

— Sim! — Camila passa as costas da mão em seu rosto o secando.

— Escuta, Chan. Eu preciso fazer uma entrega agora, e você precisava fazer uma também logo depois, mas você parece com a cabeça quente, vou fazer ela para você.

— Obrigada, China. — Camila abraçou sua amiga. — Te amo!

— Também te amo! — A maior depositou um beijo na cabeça da menor. — Vou lá. Beijos!

— Se cuida. — A loira somente assentiu, saindo.

  Camila colocou uma água para esquentar, para fazer um chá. Estava com um aperto estranho no peito. Rapidamente ela fez o seu chá e se sentou em frente ao notebook, o fuçando aleatoriamente, até que ouve o sininho na porta da floricultura tilimbrar, anunciando a entrada de alguém. Ela fechou o note, indo vê quem era. Dando de cara com a morena que ela tanto desejava vê.

— Oi! — A latina falou um pouco sem jeito. Lauren sorriu para ela.

— Oi! — Lauren sorriu sincera.

— Eu pensei que nunca mais veria você, por conta você sabe...

— Não. Tudo bem, Camila. Não fiquei com raiva, nada disso.

— Eu voltei para te procurar, mas você já não estava mais lá.

— Eu tive que ir para casa. Já estava tarde e começara a chover.

— Você veio só para me dar um oi? — Camila sorriu galanteante para a morena, se lembrando do beijo intenso que deram na boate.

— Uhum. Estava passando por perto e... — Camila se aproximou mais de Lauren, ficando a poucos centímetros da morena.

— E? — Uma olhava nos olhos da outra. Camila percebeu que a pupila de Lauren estava dilatada.

— Decidi te comprimentar. — Camila contornou os lábios de Lauren com seus dedos, enquanto a morena à fitava com luxúria e desejo.

— Ou terminar o que fomos interrompidas? — A latina sorriu, mordendo seu lábio inferior, enquanto envolvia seus braços à cintura da morena, que por sua vez, elevou suas mãos à nuca e aos cabelos de Camila.

— Também. — Camila sorriu sapeca, beijando o canto da boca de Lauren.

  Em seguida, Camila capturou os lábios de Lauren com gana. A latina empurrou Lauren levemente até ela se sentar encima da mesa onde estava seu notebook e mais algumas coisas, derrubando alguns objetos, mas não desgrudaram os lábios. Camila ficou no meio das pernas da morena. As duas mulheres já estavam ofegantes só com aquilo. Camila mordeu o lábio inferior de Lauren e puxou, mordendo seu queixo em seguida. Beijou seu maxilar e desceu com os beijos para o pescoço da morena. As mãos de Lauren estavam enterradas nos cabelos da latina.

  Estavam bem excitadas com os amassos, até que o celular de Camila começou a tocar.

— É melhor você atender. — Lauren falou ofegante. Camila bufou, capturando seu celular... mas sua expressão de irritação, logo virou preocupação, quando viu o nome da enfermeira de seu avó piscar na tela.

"Mary, aconteceu alguma coisa?" — Camila perguntou assim que atendeu o celular, já aflita.

 "Senhorita, o seu avó." — A voz de Mary estava embargada.

 "O que aconteceu, Mary?" — A latina já estava quase chorando. Lauren ficara preocupada com Camila.

 "Ele acabou de falacer. Eu sinto muito." — As pernas de Camila fraquejaram, mas foi segurada por Lauren a tempo antes de cair no chão.

— O que houve? — Lauren passou a mão nos cabelos e no rosto, já banhado por lágrimas, de Camila. A latina estava em transe. — Responde, Camz.

— O meu avô... — Ela começou a falar com a voz falha, mas não foi preciso terminar, Lauren havia entendido.

— Oh, eu sinto muito. — Lauren abraçou Camila, deitando a cabeça da latina em seu pescoço.

  Camila chorava convulsivamente. Estranhamente o coração de Lauren se quebrava à cada soluço da latina.

— Vai ficar tudo bem. — Lauren afagou os cabelos de Camila.

  A morena ficou pensando no que fazer. Ela tinha que ligar para alguém. Então Dinah lhe veio a cabeça.

— Escuta, Camila. Eu vou ligar para sua amiga, está bem? — Camila apenas assentiu. Lauren pegou o celular da latina, e procurou pelo número de sua amiga... Não demorou muito para que a loira atende-se.

"Oi, Chancho?"

 "Dinah?" — A testa da loira franziu do outro lado da linha.

 "Quem está falando?"

 "É a Lauren..."

 "O que você está fazendo com o celular da Camila?" — Dinah falou um tanto rude.

"Escuta, vem para a floricultura. O avô da Camila faleceu e ela não está bem." — A loira nem se despediu e já foi desligando o celular, acelerando seu carro o mais rápido possível em direção à floricultura.

— Dinah já está vindo. Senta aqui. — Lauren sentou Camila em uma cadeira, e foi pegar um copo de água. — Bebe.

  Não demorou muito para Dinah chegar. Ela correu até Camila, lhe abraçando.

— Oh, Chancho. Eu sinto muito, minha pequena.

— Ele morreu, China. — A latina falou em meio ao choro. Dinah afagou o cabelo de sua amiga. Lauren observava tudo com o coração apertado por ver Camila daquele jeito.

  Um tempo depois, Ally e Normani também chegaram à floricultura. Cada uma deu um longo abraço em sua amiga. Camila precisava resolver tudo para o enterro. O corpo já havia sido levado pela funerária para arrumar tudo. Camila ainda estava em transe, as lágrimas escorriam em seu rosto. As meninas à levaram para a casa de seu avô. Lauren também foi no carro de Normani, que havia sido muito gentil com a morena, bem ao contrário de Dinah, que nem se quer trocava uma palavra com ela.

  Assim que chegaram na casa, elas deram de cara com os fucionários chorando em seus cantos. Keana também estava lá, seus olhos levementes úmidos, mas ela estava tranquila.

— Errr... Camila, eu já resolvi tudo com a funerária. O corpo de nosso avô já vai ser trazido para cá. — Keana falou. Camila ficou em silêncio. Estava com a cabeça deitada na curva do pescoço de Dinah.

— Chan, você quer beber alguma coisa? — A latina negou com a cabeça. A loira se sentou com sua amiga no sofá.

  [...]

  Um tempo depois, várias pessoas foram chegando. Assim que trouxeram o corpo de Estevan, Camila se jogou encima do caixão chorando muito. As meninas até tentavam acalmá-la, mas não conseguiam.  

— Ela amava muito o avô. — Normani comenta com Lauren, que estava em um canto. A morena assentiu.

— É horrível quando perdemos alguém que amamos. — Normani assentiu.

  [...]

  O dia pareceu demorar passar. Camila ainda estava debruçada sobre o caixão do avô. Lauren tentou se manter o mais longe possível de Keana.

— A que horas será o enterro? — Lauren perguntou para Normani.

— De manhã, antes do almoço. Já está bem tarde. Irá passar a madrugada aqui?

— Sim. Já até avisei a minha mãe.

— Os empregados já estão preparando bastante café. Quando você quiser, poder ir até a cozinha.

— Obrigada, Normani. — Lauren sorriu abertamente.

  Por volta das 1h da madrugada, Keana se aproximou de Lauren.

— Então você está cumprindo com o trato?! Que bom.

— É melhor não nos falarmos aqui.

— Ninguém irá desconfiar, relaxa. — Enquanto isso Dinah observa as duas mulheres, com a testa franzida, e sua desconfiança sobre Lauren só aumentava.

— O que você tanto olha? — Normani perguntou.

— A estranha.

— Você cismou com a garota, em?!

— Está vendo ela conversando com a cobra da Keana.

— Ela deve está dando seus pésames à Keana, Dinah. Para de imaginar coisas. — Dinah nada falou.

  [...]

— Meninas, vão descansar. — Camila falou com a voz roca.

— Eu vou ficar com você, Chancho. — Dinah falou.

— Não, China. Vai descansar.

— Você também precisa descansar, Mila. — Ally fala.

— Não irei conseguir. — Os olhos já inchados de Camila, voltam a marejarem.

— Podem ir descansar, eu fico com ela. — Lauren falou. Camila olhou para Lauren surpresa.

— Lauren, você ainda está aqui?! — Lauren sorriu fraco.

— Uhum. — Lauren se sentou ao lado de Camila, acariciando seu braço. — Eu irei ficar com você. — A morena falou olhando nos olhos da latina. Camila deitou sua cabeça no ombro de Lauren.

— Obrigada!

  [...]

  Na manhã seguinte, todos se encaminharam até o cemitério. O rosto de Camila estava inchado. As olheiras em seus olhos eram evidentes. Ela estava se sentindo horrível. Com uma dor insuportável no peito. Keana se mantinha tranquila.

  Um padre rezava suas últimas orações. Dinah puxou Lauren pelo braço sem que Camila visse. A morena levantou uma sobrancelha não entendendo nada.

— Escuta, Lauren. — A loira falou com desdém. — Eu não sei o que você pretende surgindo assim do nada na vida da Camila, mas ouça bem o que vou lhe dizer... fica longe da minha amiga.

— O que você tem contra mim?

— Eu não sei nada sobre você. E se for uma bandida?

— Não sou nenhuma bandida.

— Poderia estar mentindo. Psicopatas fazem isso muito bem.

— Não sou nenhuma psicopata, pelo amor de Deus. Eu só quero ficar perto da Camila. E não irei me afastar dela.

— Então presta atenção no aviso que irei lhe dar... Camila é uma pessoa incrível, então se você machucar ela, eu acabo com você. — A loira falou entre dentes, saindo dalí.