Dias depois
Mark Pov’s
Cheguei no quarto e ele estava mexendo no notebook, parece que tinha acabado de tomar banho. Fechei o notebook e sentei no colo dele.
Mark: Amor... – Beijei seu pescoço. – O que você acha de uma brincadeirinha rápida?
Jin: Uma tentação, o que você aprontou? – Sorri e lancei meus braços em volta do pescoço dele.
Mark: Nada, eu só quero três horas do seu tempo.
Jin: Pra sexo?
Mark: Não falei três minutos... Amor amanhã BamBam vai me levar para escolher o sabor do bolo.
Jin: E o que isso tem haver comigo? – A campainha tocou e ele me fitou.
Mark: Eu quero que você vá comigo.
Jin: E quem é que 'ta na porta?
Mark: Jackson. – Ele fechou a cara. – Amor o casamento também é dele. – Levantei.
Jin: Você não vai colocar uma roupa? – Abri o closet e peguei um short. – Eu disse uma roupa. – O olhei.
Mark: Isso é uma roupa.
Jin: Não, isso é uma mensagem subliminar para ele olhar para a sua bunda. – Cruzei os braços.
Mark: Isso não tem graça.
Jin: Não mesmo, só eu posso olhar... – Virei para o closet e fechei, o olhei em seguida, ele estava me olhando. Joguei o short nele e ele gargalhou. – Amor veste um short normal por favor.
Mark: Gosto desses shorts. – Ele sorriu maliciosamente. – Eu vou te bater.
Jin: Eu paro se você vestir um short normal.
Mark: Ok, eu visto se você vestir uma camisa. – Arqueei a sobrancelha.
Jin: Feito. – Nos vestimos e eu segurei sua mão.
Mark: Vem... – Ele resmungou e eu sai o puxando para a sala. Abri a porta notando Jackson parado com as mãos no bolso. Dei passagem e ele entrou.
Jackson: O que você quer?
Tão delicado.
Mark: Amanhã vamos escolher o sabor do bolo.
Jackson: Ótimo... espera, nós quem?
Mark: Jungkook e eu. – Eu não tenho paciência. – Nós três né, somos os noivos.
Jackson: Escolhe qualquer coisa, isso é de fachada.
Mark: Não, é o nosso casamento... – Os olhei cruzando os braços. – Sendo de fachada ou não, é o casamento que Mark Tuan está incluso. – Ele bufou irritado e passou a mão nos cabelos. – Só 'to pedindo três horas. – Fiz três com os dedos.
Jin: Ta bom meu anjo. – Sorri e olhei Jackson juntando as mãos diante do rosto.
Jackson: Tenho escolha?
Mark: Não.
Jackson: Ok. – Caminhou para a porta.
Mark: Aonde você vai?
Jackson: Pra minha casa.
Mark: Mas eu não terminei... – O fitei. – Aigo falta menos de dois meses para o casamento, senta ai. – O empurrei fazendo ele sentar. – Vamos vestir smoking.
Jackson: Isso é meio óbvio.
Mark: Não, deixa eu falar.
Jin: Fala amor da minha vida.
Mark: Então vamos amanhã fazer provas.
Jackson: Você disse três horas.
Mark: 'Ta, mas agora eu quero mais duas.
Jin: Isso 'ta ficando bem demorado.
Jackson: Quer gastar a manhã toda vendo coisas de casamento?
Mark: Sim, ahn...
Jackson: Sem chance.
Mark: Mas a gente não escolheu o lugar.
Jackson: Escolhemos sim. – Cruzei os braços.
Mark: Aonde? – Eles ficaram quietos. – Um dia, por favor. – Juntei as mãos diante do rosto.
Jackson: Eu não me importo com esse casamento.
Mark: O que as pessoas vão pensar se virem eu fazendo sozinho com o Jin? – Ele revirou os olhos.
Jackson: Um dia. – Lembrou antes de sair.
Bati palminhas animado e Jin sorriu com minha animação.
Jin: Vou nem te falar nada. – Levantou e passou por mim indo para o quarto, o puxei pela cintura com uma mão e ele me olhou por cima do ombro.
Mark: Eu ainda quero brincar. – Mordisquei sua orelha e ele mordeu os lábios.
Jin: Você é um pervertido. – Segurei sua cintura com firmeza e rocei meus lábios em seu pescoço enquanto acariciava sua cintura.
Então a campainha tocou e de longe eu podia ouvir os berros da minha mãe e da minha sogra.
Jin: Boa sorte. – Me deu um selinho e saiu para o quarto.
Mark: Jin. – Ouvi a gargalhada dele e abri a porta, lá estava BamBam, minha mãe e minha sogra. – BamBam?
- Ai esse menino é uma figura. – Minha mãe afirmou e depois vi direito minha outra sogra ao lado do BamBam.
Mark: São nove horas, o que as três Maria estão fazendo aqui? E você, BamBam?
- Oras, viemos discutir o casamento.
Mark: Mamãe.
- Oh, vocês iam...? – Ela perguntou após ver Jin passando.
Mark: Broxei.
- Fala mais com a mãe não, garoto? – Se alterou e entrou sendo seguida pelos outros.
Jin: Oi mamãe.
- Que mané “oi mamãe”, vem aqui me dar um beijo.
Jin: Mãe nos vimos não tem nem duas horas.
- E dai? Tem um tempo limite? – Jin veio da cozinha e a abraçou.
- Vocês iam transar? – Minha mãe refez a pergunta.
Mark: Mãe pelo amor de Deus.
- Vocês vão ter todo o tempo do mundo para fazer depois do casamento.
Mark: Mãe, olha isso... – Puxei Jin para frente do meu corpo, o mesmo estava comendo uma maçã. – Eu quero isso agora e vocês estão atrapalhando.
- Bobagem querido, não vamos demorar, então poderão fazer a vontade. – Jin me olhou com uma cara tão fofa que eu tive vontade de mordê-lo.
Mark: Nem pense em me deixar sozinho com elas. – Murmurei.
Jin: Nem vai demorar, palavras da minha mãe. – O olhei com tédio.
- Jack não estava aqui? Ele me disse que viria aqui.
Mark: Acabou de sair Sra. Wang.
- Ai me senti tão velha agora. – Dramatizou.
Jin: Você é muito jovem. – Ela sorriu.
- Obrigada, querido.
BamBam: Vamos logo que eles querem transar. – Abriu a bolsa e pegou o tablet onde ele organizava o casamento.
- Tem que transar mesmo enquanto está tudo no lugar. – Arregalei os olhos com a afirmação da minha sogra.
Jin: Eu vou... – Ele nem terminou de falar e saiu para o quarto.
Mark: Jin!
- Esse menino é um pecado. – Minha sogra 2 afirmou, da onde eu tirei esse negocio de sogra 2? Tenha dois noivos e entenderá. – Jack também, né BamBam?
BamBam: Hã? – Corou.
- Ah, você já dormiu com ele que eu sei. - Sentei no sofá.
BamBam: Enfim... Mark eu fui tirado da minha zona de conforto para vir aqui falar sobre o casamento.
A campainha tocou e eu levantei para atender.
Jack: Eu esqueci meu... Mamãe?
- Ah oi meu amor, senta aqui, você chegou numa ótima hora.
Mark: Help... – Sibilei com um olhar sofredor, ele deu meia volta para sair, mas o puxei pelo braço, fechei a porta e ele caminhou até a mesinha para pegar seu celular.
Jack: Que coisa né? Não posso ficar, é uma pena, Jae está sozinho no apartamento.
- Bobagem, o chame pra cá. – Minha mãe já foi pegando o celular e ligando na casa do Jackson.
Jack: Um raio caia na minha cabeça agora. – Murmurou.
[...]
Jae: Eu sou um gestante para ficar andando pra lá e pra cá com uma criança de três anos, eu não preciso disso. – Ele chegou ofegante com Yugyeom segurando Jungkook no colo. – O encontrei no elevador graças ao bom pai nosso.
Yugyeom: Reunião? Mark vim pegar meu...
- Cadê o seu pai?
Yugyeom: Não faço ideia.
- Ótimo, fique aqui também.
Yugyeom: O que?
Mark: Eu vou morrer.
- Gay não morre querido, vira purpurina.
Jackson: Mãe, por favor.
- É a verdade.
Jin: Uau, isso aqui 'ta meio cheio né? Fui. – Se virou para sair.
- Aonde você vai?
Jin: Mãe eu tenho muitas coisas importante pra fazer.
- Tipo o que?
Jin: Não achei que fosse perguntar. – O abracei de lado.
Yugyeom: Eu não vou me casar, porque eu tenho que ficar? – Colocou Jungkook no chão e este saiu saltitando até minha mãe e as minhas sogras em seguida abraçou as três de uma vez.
Jungkook: Tavo com sodadi. - Estou me controlando para não sequestrar o Kookie.
Jae: Saudade, filho, céus, não me envergonhe. – Nos olhamos e acabamos rindo. – Aqui nessa casa não tem comida não? Eu 'to tendo um filho de tanta fome, literalmente. – Sentou.
Jin: O que você quer?
Jae: Hm... torta de pêssego.
Jin: Vou refazer a pergunta, o que você quer que tenha aqui? – Todo mundo começou a rir.
Jae: Não pode deixar uma pessoa grávida com desejos. – Yugyeom, Jin e Jackson se olharam.
- Eu busco. – Falaram juntos e os três saíram.
- Quem é que não sabe que isso foi uma desculpa para sair? – Suspirei, derrotado, acabado, destruído e sentei no sofá novamente.
Jae: É uma pena isso, você supera, tive que aguentar a mãe do JB no nosso casamento.
Mark: Você foi uma, eu sou três.
Jae: Detalhes, agora me da o celular que aqueles três nem deixaram eu terminar de falar o que eu queria. – Entreguei o celular pra ele e o mesmo discou um número. – Alo? É o Jae... sim, o Jae... vocês não deixaram eu terminar de falar... sim... pouca coisa... quase nada... ok... tem papel e caneta? Eu espero... – Todo mundo estava olhando pra ele. – Eu quero um pedaço de bolo de baunilha, um mousse de chocolate, um Milk Shake enorme coberto de chantilly e com muita, muita cereja, por favor, biscoitinhos, eu quero vários biscoitinhos, trás todos os biscoitinhos que você encontrar... ah eu quero também uma banana split... banana split... NOSSA SENHORA! – Tomei um susto assim como o Jungkook. – É um sorvete não uma fruta, isso... isso... e um suco de laranja... sem açúcar porque eu 'to de dieta, tchau. – Me devolveu o celular.
- Você tem muitos desejos querido? – Minha sogra perguntou.
Jae: Ah não, quase nada. – Arregalei os olhos, se isso era quase nada imagina se tivesse para valer?
- Então, vamos falar do casamento. – Minha sogra 2 afirmou.
Senhor? Me leva, por favor, eu te imploro.
[...]
Mark: Paz... – Afirmei após fechar a porta e as três irem embora.
Olhei as horas, já era meia noite e pela energia infinita delas ainda iam passar não sei na onde para se divertirem pois de acordo com elas a noite é uma criança.
Alguém avisa que elas já são adultas e casadas?
Jae: Isso aqui 'ta muito bom. – Ele estava comendo as coisas que os meninos trouxeram há poucos minutos, estava finalizando o bolo e o suco.
Jungkook: Appa eu queru. – Abriu a boquinha e Jae deu para ele.
Jae: Cansa não minha formiguinha elétrica?
Jungkook: Num canso não. – Negou e bocejou em seguida.
Jae: Pois eu digo que cansa. – Sorri com a cena. – Não me convidaram, mas vou dormir aqui, 'to cansado demais para ir para casa.
Jackson: Eu moro no prédio vizinho.
Jae: Esteja gravido e poderá dizer algo. – Sim, ele tem mudanças de humor constantes.
Mark: Tudo bem, pode dormir Jae.
Jae: Eu ia dormir mesmo que você não deixasse. – Sorri e ele começou a tomar o Milk Shake que tinha mais cerejas que uma cerejeira.
Podia ver em suas ações o quanto ele estava ferido com toda essa situação do Jaebum e agora esse tumor, na verdade, todo mundo podia ver, eu acho.
Kookie subiu no sofá deitando no colo dele, levou o dedo até a boca e não tardou para dormir. Jae tirou o dedo dele da boca e suspirou, aquilo pareceu lhe trazer alguma lembrança.
Jae: Eu... – Levou uma colherada de banana split na boca enquanto tomava milk shake. – ...decidi fazer a cirurgia... Jack e Bamie me apoiaram então... acho que é isso.
Yugyeom: Eu te apoio. – Sorriu e Jae o olhou.
Jae: Oh... obrigado Yugyeom.
Jin: Eu também... – Sorri para dizer que eu também e ele começou a chorar.
Jackson: Mas porque diabos você 'ta chorando?
Jae: É que... – Abanou o rosto. – Isso é tão bonito, sabe... – Levantou a cabeça para cima, mas não adiantou muito. – Jaebum está no hospital e eu estou sozinho sabe, com um Milk Shake, banana split, um filho de três anos e um filho com um tumor... isso é tão bonito.
Jin: O tumor é bonito?
Jae: Não... – Fungou. – Durante oito anos eu tive ele na minha vida e eu não sei como prosseguir sem ele sabe? Isso é tão triste. – Nos olhamos e ele continuou chorando. – Agora vocês estão aqui dizendo que me apoiam, mas eu queria que ele estivesse aqui dizendo que me apoia também, eu sei que isso é de fachada, mas vocês estão me dando a maior força, poxa, isso é muito emocionante, muito emocionante. – Fungou novamente.
BamBam: Ahn...
Jae: Tudo bem, já passou. – Aos poucos ele foi parando de chorar.
[...]
Após sentar na cama, virei de frente para ele em pernas de índio, demos as mãos e começamos a orar como sempre fazíamos todas as noites, pedíamos principalmente para Jaebum voltar. Quando finalizamos, abri os olhos e sorri, dei um beijo em sua bochecha e deitamos.
Dia seguinte
Jackson: Qualquer coisa nos ligue.
Yugyeom: Ok.
Jack: Qualquer coisa mesmo.
Yugyeom: Eu vou cuidar dele, pode deixar. – Após ele dizer mais uma vez a mesma coisa, saímos do meu apartamento.
Quando chegamos em frente ao local, BamBam já estava tendo um infarto, ele havia ido mais cedo para organizar não sei o que. A entrada do lugar era toda dourada com algumas partes em estrutura elevada. A porta de vidro abria sozinha e assim ela fez quando nos aproximamos. Duas letras em um circulo prata espelhado decorava o topo do local “J&J”.
Jackson: Isso é uma loja de bolo ou onde vamos casar?
BamBam: Enfim, vamos. – Ele entrou e o seguimos, o mesmo não parava de falar ao telefone, pelo que entendi, era com pessoas da decoração.
Uma moça vestida de blazer e saia nos conduziu para um lugar reservado com algumas mesas, sentou conosco e nos mostrou o catálogo com um bolo mais bonito que o outro. Bati palminhas animado e comecei a folhear o catalogo.
Mark: Presta atenção. – Dei um tapa na coxa do Jackson e ele me olhou formando um bico lindo enquanto acariciava onde eu bati. – Você prometeu.
Jack: 'Ta me questionando e nem sabe onde está o Jinyoung. – Olhei em volta.
Mark: Mas onde é que...
Jin: Estou aqui. – Me deu um beijo no pescoço antes de sentar.
- Vocês querem algo para tomar? – Olhei em volta procurando BamBam e ele estava num canto falando no celular.
Mark: Ah não, eu estou de dieta.
Jackson: Vai fazer concurso?
Mark: Que concurso?
Jin: De entrar na garrafa. – Dei um tapa nos dois e a mulher sorriu.
- Vocês são uma graça juntos.
Coitada, mal sabe que é fachada.
- Então, qual a preferência de vocês?
Jackson: Qualquer coisa que dê pra comer no dia 'ta bom.
Mark: Shii... A decoração é dourada e prata. – Ela começou a nos mostrar vários modelos diferentes e ao mesmo tempo semelhantes e que combinavam muito com a festa.
Jin: Gostei desse. – Indicou um bolo de cinco andares com flores no topo, o andar abaixo tinha um brasão redondo com duas letras dentro, abaixo flores assim como na base. Alguns arabescos decoravam as bases que não haviam flores e era tão bonito que parecia ser de mentira.
Jack: Esse aqui é bonito. – Ele se curvou na mesa tirando o óculos escuro e pendurando na gola da camisa, ambos se aproximaram mais.
Jackson indicou um semelhante ao do Jin, porém só havia flores no topo, na frente dele, onde havia o círculos com duas letras, tinha um laço. Pérolas decorava ele por completo e na base tinha flores apenas nas beiradas.
Mark: Gostei dos dois.
Jack: Mistura os dois, tipo dois em um, da pra fazer isso? – Olhou a atendente.
- Sim, claro. No centro onde estão às letras normalmente são as letras do casal. – Voltei a olhar os dois bolos e BamBam retornou.
Mark: Então vai ser... – Um celular começou a tocar, peguei no meu bolso e olhei o visor, era o Yugyeom. – Alô?
Yug: Mark? – Ele parecia ofegante e feliz.
Mark: Sim?
Yug: Jaebum acordou! – Dei um pulo da cadeira.
Mark: Não brinca comigo, garoto.
Yug: Estou falando sério, Mark ele acordou!
Mark: Jaebum acordou, vamos. – Os três deram um pulo da cadeira e eu desliguei o celular. – É uma emergência, sinto muito. – A moça assentiu e nós nem deixamos ela terminar de falar enquanto saímos em disparada da loja.
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