_ E por que eu...? Por que só agora?
Ren perguntou atordoado.
_ É como uma tradição, sua familia carrega essa lenda a muitas gerações. Ela acontece a cada 400 anos e só vocês, da linhagem Sentarô, foram capazes de deter a Jigoku Shoujo.
Wanyuudo disse sem sair das sombras. Ichimoku ficou a pensar sobre tudo que o homem dissera.
_ Onde estão meus pais? Por que eu nunca conheci a minha familia?
_ Seus pais morreram numa batalha, eles trabalhavam para nós e eram parceiros de missão. Nós preferimos poupa-lo de saber disso quando criança, mas acho que você já é um homem e tem plena consiencia de que este é um dever de um guerreiro.
_ O dever de um guerreiro é morrer?!
Ren perguntou indignado.
_ Não, é proteger custe o que custar. Seus pais morreram acreditando nisso.
Respondeu o velho. Ichimoku abaixou a cabeça, sentia que não devia aceitar a missão, mas que escolha tinha? Wanyuudo tinha razão: O dever de um guerreiro é proteger, e se esse mal era mesmo tão grande, seus dever era lutar contra ele. Suspirou.
_ É uma grande honra para mim, Ichimoku Sentarô Ren, aceitar esta missão e representar a "Instituição".
Ren disse se prostrando a frente de Wanyuudo e ficando de cabeça baixa.
_ Você é um bom guerreiro, Sentarô...
Ichimoku estranhou ser chamado de Sentarô, seria possivel que aquele homem soubesse algo sobre a misteriosa menina que abitava seus sonhos? Ren nada perguntou e o homem proceguiu.
_ A Jigoku Shoujo, por enquanto, é apenas uma criança, mas não deixa que sua aparencia o engane e tenha muito cuidado. Sua missão é ficar com ela e protege-la até chegar a hora de mata-la.
A pesar de ser um guerreiro experiente, Ren não pode deixar de ficar supreso com o tom frio nas palavras de Wanyuudo.
_ Me desculpe senhor, mas não entendo como uma criança pode ser tão perigosa. Ela é alguma especie de youkai?
Perguntou Ichimoku. Apesar de não gostar da ideia de ter que matar uma criança, se ela era humana, que mal poderia haver nela? O velho suspirou.
_ A muita eras atras, uma jovem fez um pacto com um youkai para se vingar das pessoas queriam mata-la, em troca, ela o acolheria em seu corpo para que ele pudesse espalhar a sua ira pelo Japão, mas antes que eles pudessem fazer isso, um jovem chamado Sentarô a matou, sacrificando sua vida para isso. Porém, ela reencarna a cada 400 anos e só um guerreiro da linhagem Sentarô consegue mata-la.
Ren tinha a ligeira impressão de que o homem omitira algumas partes da história, mas acentiu.
_ E como saberei a hora de mata-la?
_ Quando a marca brilhar...
_ Marca? Que marca?
Ichimoku indagou, mas a luz se apagou e, quando voltou a acender, o homem já não se encontrava-la, apenas deixará um mapa e um endereço.
***
Ren bateu na porta da casa, era ali o endereço que Wanyuudo deixara. Bateu de novo, porém não obteve resposta. Olhou pela janela e viu que as paredes estava ujas de sangue. Arrombou a porta e entrou na casa, apesar de ter sangue nas paredes, não havia nenhum corpo. Ichimoku subiu as escadas e ouviu o choro de uma criança. Empunhou a espada e entrou no pequeno quarto infantiu de onde vinha o choro. Ele não pode acreditar no que via! Havia um casal deitado no chão em uma poça de sangue e uma menina debruçada sobre os corpos e chorando. Ren não pensou duas vezes antes de pega-la no colo e conforta-la.
_ Quem são eles?
Ele perguntou a criança. Ela o fitou com imensos olhos vermelhos, o rosto estava sujos pois as lagrimas eram tão escarlates quanto os olhos. Ao perceber o cor dos olhos da menina, Ichimoku a colodou no chão e ajoelhou a frente dela.
_ Eles eram meus pais.
Ela disse ainda chorando.
_ Qual é o seu nome?
_ Enma Ai e o seu?
A menina pereceu se acalmar um pouco. " Esse nome..." Pensou Ren.
_ O meu é Ichimuko Sentarô Ren, mas pode me chamar como quiser. Quantos onos você tem?
_ Tenho sete, tio Sentarô.
Ela respondeu enchugando as lagrimas. " Por que logo Sentarô? " Pensou outra vez.
_ Quem fez isso?
Perguntou ele.
_ O monstro que mora aqui dentro.
Ela disse apontando para o proprio peito e voltou a chorar.
_ E por que ele fez isso?
_ O papai disse que eu não podia conversar com ele por que ele é mal, mas ele não parava de pedir...
_ Pedir o que?
_ Para brincar, mas ele machucou o papai.
Ichimoku pegou-a novamente no colo e pôs-se a descer as escadas. Ela era só uma criança, não merecia ver aquela cena.
_ Onde vamos?
Ela perguntou já sem chorar.
_ Titio Sentarô vai cuidar de você, esta bem?
_ Sim.
Ele continuou a andar para fora da casa.
_ Titio Sentarô, a mamãe e o papai estão bem?
Ren parou de andar e fitou a pequena criatirinha em seu colo. O olhar inocente o fez sentir um profundo remorso, então preferiu mentir.
_ Eles vão ficar bem, mas você ficará com o titio daqui por diante.
Ela acentiu. Ichimoku não entendia como de sete anos conseguiu matar os próprios pais. Olhou para o pequeno bracinho direito da menina e viu uma marca estranha, era uma pequena chama dentro de um circulo. " Então essa deve ser a marca" Pensou. Ren suspirou, que tipo de youkai usaria uma pobre criança? Aquilo o indignou. " Juro que matarei esse youkai asqueroso" Prometeu a si mesmo.
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