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História A Prova de Tudo - Improvável Reencontro


Escrita por: NSBarboza

Capítulo 4 - Improvável Reencontro


Fanfic / Fanfiction A Prova de Tudo - Improvável Reencontro

Narração: Quibble Pants

Finalmente essa tempestade terrível passou! Pude sair dá caverna. Depois que você é quase mordido por uma cobra mortal, o simples fato de poder sair daquele local já é motivo de comemoração! Preciso continuar seguindo o córrego, ele provavelmente irá me levar até a água, portanto continuei o trajeto.

Após um certo tempo, o cenário ia mudando, o local fica mais propenso a vegetação, formando agora um bosque. (Esse bosque não é lá essas coisas! Esperava ver aqui paisagens de tirar o fôlego, mas esse me parece um bosque comum, como os que temos em Equestria, decepcionante! Entretanto, estou tentando ser menos crítico, então digamos que é uma bela paisagem, mesmo não tendo nada de especial.) O córrego já não estava seco, mas ainda não continha a água que eu queria, essa não me parecia saudável e beber água contaminada com certas bactérias irá me fazer ficar doente, sendo assim ela deve ser evitada.

Continuei andando por mais algumas horas, e finalmente eu encontrei um rio, com águas cristalinas. Bebi o máximo que pude, enchi os quatro cantis que trouxe na mochila, e ainda pude me dar ao luxo de fazer a higiene pessoal, tirar aquela crosta de lama de cima do meu pelo e fazer a limpeza necessária que, principalmente para um cara exigente como eu, foi maravilhoso!

Logo irá escurecer, e eu preciso me preparar para passar a noite. Com certeza não acharei um lugar melhor para o acampamento, então ficarei aqui essa noite.

A vegetação é rica. Tem algumas macieiras, ou seja suplementos. E até mesmo babosas! A seiva da babosa é usada como remédio em feridas, (preciso me lembrar de levar algumas comigo amanhã.)

Comecei a preparar o acampamento usando tudo que a natureza me oferece. Até consegui fazer uma cama confortável de palha! Me alimentei com algumas maçãs que estavam incrivelmente deliciosas! Só me faltava fazer a fogueira, pois ela ajuda a espantar animais selvagens, e me dará o calor necessário, pois com a noite, chegou o frio.

Então sai pra procurar lenha para fazer a fogueira. Entrei em uma campina, pois no começo dela havia galhos secos de Pinheiro do Caribe, sendo cheio de resina será perfeito para acender a fogueira. Então, quando olhei em volta, uns quinze metros há minha frente vejo algo que me fez estremecer, minha respiração ficou ofegante com aquela figura, a figura de um pônei, talvez morto. Estava perplexo, mas logo me compus e corri até ele, talvez não fosse tarde de mais. Quando me aproximei e infelizmente reconheci quem era, o desespero e a angústia me golpearam a alma e o coração, Rainbow Dash estava ali, desmaiada e muito machucada:

_ Rainbow Dash! (Disse confuso, e a revolta crescia dentro do meu peito)

Peguei ela com cuidado, sem me importar com o sangramento de suas feridas:

_ Há, Dash! (Olhava seu rosto, seus machucados sangravam)

Tamanha era minha aflição que comecei a tremer, a melancolia escorreu como choro de agonia, era como se cada lágrima tirasse um peso daquela tormenta trágica. De cabeça baixa, olhava para ela naquele estado, sem forças, indefesa. Nada mais me importava a não ser salvar aquela vida.

_ Não queria um reencontro nessa circunstancia, preferia

um churrasco, futebol com criança! Mas, ao menos você está viva e eu tenho a chance de te ajudar, como você me ajudou de diversas formas. (Disse ainda fitando seu rosto)

Então, eu a coloco nas costas e a levo para o acampamento:

_ Como isso aconteceu com você? Afinal, você, com certeza veio com os Wonderbolts... Cara que vacilo! O coração deles deve ser de barata, covardes! A cabeça deles maquinava vazia quando abandonaram você! Não, não posso acreditar que alguém teria coragem de abandonar um dos seus deixando o morrer lentamente... O tornado! Ele deve ter te pegado de jeito, se bem que mesmo assim eles deviam... (Respirei fundo, escondi minha ira e controlei a língua.) O importante é que eu vou cuidar de você, e tudo vai ficar bem, eu prometo.

Chegando ao acampamento, a deitei na cama feita de palha que havia preparado para passar a noite, mais uma vez a mirei e meu coração se arrebentou novamente. Uma de suas asas havia se quebrado, percebi porque estava fora do local correto, com certeza, Rainbow Dash não sobreviveria sozinha:

_ Tudo vai ficar bem, eu prometo que vou tirar você daqui, mesmo que seja a última coisa que eu faça. (Disse enquanto acariciava o rosto dela)

Imediatamente eu comecei a fazer o que era preciso, voltando o osso da asa dela para o lugar correto. Senti uma agonia terrível, imaginei o quanto devia ter doído, que bom que ela estava desmaiada! Assim ela não sentiu tanta dor. Usei a seiva dá babosa para limpar as feridas, com todo cuidado.

Enquanto cuidava dela, a agonia e a compaixão deu-me a impressão que eu sentia dor por ela.

Na minha mochila tinha um kit de primeiros socorros, então eu enfaixei a asa quebrada, e os seus fermentos estavam tratados. Fiquei a observa-lá:

_ Espero que você consiga voar outra vez, sua situação é grave. Mas eu tenho certeza que você tem a força necessária para enfrentar e ganhar essa batalha.

Fiquei a olhando durante algum tempo. Até que me aproximei do lago, pois precisava espairecer, me acalmar.

Era impossível criticar aquela paisagem, ela me surpreendeu maravilhosamente. Era tão lindo, remoto e natural. Havia duas luas, uma nas profundezas do lago e a outra no céu, jamais havia visto tantas estrelas, eram incontáveis e muito mais brilhantes, o brilho refletia nas águas escuras fazendo parecer que o fundo das águas era coberto por pérolas negras, e as árvores complementavam a belíssima paisagem. Impossível desviar o olhar. O clima estava agradável. Pela primeira vez, sentia e sabia que havia feito algo relevante com o meu dia, tinha uma sensação de realização.

Estava apaixonado por aquela paisagem, e pela sensação que ela me proporciona. Quero deitar-me todos os dias assim, sentindo que a missão do dia foi realizada. Contudo, nas profundezas do meu coração, algo me fazia crer que ainda havia muito mais para mim, que eu podia fazer mais, muito mais. Naquele instante, naquela emoção, fiz algo que geralmente faço, já que amo escrever, compôr, cantar, e modéstia parte, sou completamente incrível nessas coisas:

_ Se eu puder o topo alcançar

Tudo que sou eu vou realizar

Se apenaaaas!

Força e coragem eu quero ter

Meu lugar reconhecer

Se Apenaaaas!

Eu quero ser livre 

Pra ser quem sou 

Minha razão de ser é maior

Quero mostrar ao mundo quem sou

E dar vazão ao meu melhor

E pro meu lugar eu vou

Então eu vou ser quem sou

Ooooh eeee

Mais perto do que eu devia ser

Se tentar eu sei que posso chegar

E eu nunca vou deixar de crer

Que tem muito mais

Pra mim!

Eu quero ser livre 

Pra ser quem sou 

Minha razão de ser maior

Quero mostrar ao mundo quem sou

E dar vazão ao meu é melhor

E pro meu lugar eu vou

Então eu vou ser quem sou

Eeeee Eeeee

Sim eu vou ser quem sou

Sim eu vou ser quem sou.

A canção, falava exatamente o que me trouxera aquele local. E eu sei, sem saber porque, que eu estou no lugar certo.

"A LENHA DA FOGUEIRA!" gritei mentalmente, havia esquecido completamente. A probabilidade dela acordar é mínima, quase inexistente, por isso não me preocupei em ela despertar assustada e tentar avançar na mata fechada. Com certeza ela iria acordar apenas na manhã seguinte, então fui pegar lenha e acendi a fogueira.

Rainbow Dash estava deitada sob o único material confortável, e o que me restava era dormir em cima de uma rocha, mas, tudo bem, o que realmente importava era ela! (Isso era estranho? Não. Estranho seria se eu não me importasse com ela, ferida daquele jeito. Seria um cara completamente egoísta! Ela precisava do conforto mais do que eu, e eu devo a ela, já que ela me salvou do nada existencial que eu era, e também me salvou naquela ponte moribunda!) Deitei naquela cama "dura como pedra!" virado para direção dela, a observando. Minha preocupação com a sobrevivência dela era insuportável, mas confesso que eu estava feliz em ter ela ali, e isso além de me soar estranho, me parecia egoísta, mas eu tinha uma companhia e não iria mais me sentir sozinho:

_ Você é meu arco íris, coloriu tudo depois dá tempestade! (disse em pura cinismo)

Dormir naquela pedra era difícil. Não era absolutamente nada confortável! Mas, quando eu olhava para o estado de Rainbow Dash, notei quão ridículo eu estava sendo em pensar em reclamar, eu estava muito melhor do que ela... Cada vez eu percebo mais que eu preciso deixar de ser tão crítico. Deveria apreciar as pequenas coisas boas, e agradecer.

Com pensamentos inicialmente irônicos, mas que depois se tornaram verdadeiramente positivos, consegui dormir.

Narração: Autora

Amanheceu, a luz do sol refletiu nos rostos de Quibble e Dash, porém o garanhão continuou dormindo, mas a luz despertou Rainbow Dash. Ela estava dolorida e desnorteada, sentia como se tivesse dormido por dias:

Rainbow_ Onde eu... o que está... Que dor, que dor..! (Então, de súbito, ela teve um flashback lembrando-se de tudo) HAAAAAAAAA! (Gritou assustada)

O grito de Rainbow Dash fez Quibble pular dá rocha em um salto:

Quibble_ O Que? O que foi? (Perguntou assustado e desorientado)

Rainbow_ Quibble Pants? O que você tá fazendo aqui?

Quibble revirou os olhos, e se compôs, e depois de respirar fundo, voltou a olhar para ela, Rainbow Dash o encarava com a expressão mais confusa e surpresa que se pode imaginar:

Quibble_ Vou te contar a versão curta: eu estou concorrendo a uma vaga em um programa de sobrevivência e para conseguir a vaga, eu decidi avançar o máximo após atravessar a fronteira. Depois de um bom tempo, eu te encontrei desmaiada e cuidei de você. A propósito, não tente voar, sua asa está quebrada...

Rainbow_ O QUE? (Gritou assustada, o interrompendo)

Quibble_ Eu sinto muito Rainbow Dash! Lamento por sua asa, porém, creio que logo poderá voltar a voar. E não se preocupe, eu vou tirar a gente daqui o mais rápido possível. (Disse tentando passar esperança a ela, pois ele próprio não podia garantir nada)

Rainbow_ 'Maravilha'! Você vai nos tirar daqui... Eu tô perdida! (Disse em sarcasmo, enquanto levava os cascos a cabeça, em preocupação e aflição)

Quibble_ Para sua informação, eu treinei muito duro para isso, o treinamento necessário para realizar esse feito. E pelo que vemos, eu sobrevivi a tempestade e a todos os desafios até agora, sem sair ferido, porém não se pode dizer o mesmo sobre você. E saiba, minha cara Wonderbolts! Que se não fosse por mim, já teria sido devorada a essa altura. (Disse sarcasticamente, um tanto alterado)

Rainbow_ Quer um troféu? (Disse em cinismo)

Quibble_ Se não for pedir muito! (Respondeu devolvendo o cinismo em abundância)

Rainbow Dash bufou e andou até o lago, estava aflita, com dor e agoniada, assustada e muito preocupada, com fome e sedenta, precisava beber um pouco de água. Quibble sabendo das suas prováveis necessidades, deu um coice na macieira, semelhante a Applejack, e dela caíram algumas maçãs, o que chamou a atenção de Rainbow Dash, que estava faminta:

Quibble_ Café dá manhã senhorita!

Rainbow_ Eu to morrendo de fome, de dor! Minha asa tá quebrada, e eu tô toda machucada! E se eu não puder voar mais? O que eu vou fazer dá minha vida? (Disse dramaticamente)

Quibble_ Se me ouvir, tem uma boa chance de sobreviver e voltar a voar, Agora para de mi mi mi e se alimente, temos um longo caminho pela frente. (Disse em um tom sereno, porém levemente cínico)

Eles pegaram as maçãs, as lavaram no lago, e as comeram. Tamanha era a fome de Rainbow Dash que ela nem olhava para Quibble, comendo as maçãs rapidamente, sem nenhuma pausa.

Após comer três maçãs, enquanto comia a quarta, começou a fazer contado visual com o companheiro. Quibble obviamente estava com fome também, comia a quarta maçã, assim como ela:

Rainbow_ Obrigada! Eu te devo uma. (Disse em bom humor, já que agora a fome e a sede já estavam cessando)

Quibble_ Lembrando do que aconteceu na ponte, diria que estamos quites.

Rainbow_ Melhor! Qual o plano para sairmos daqui?

Quibble_ Bom, a única opção aqui é o alto resgate, já que ninguém nunca veio até aqui e nem poderá vir para nós resgatar. Marquei alguns pontos de localização em minha mente. Temos de atravessar o rio, mas não se preocupe em nadar, você irá segurar nas minhas costas...

Rainbow_ Eu sei nadar muito bem! (Protestou, interrompendo ele)

Quibble_ Pode até ser que sim, mas você não tem a resistência necessária...

Rainbow_ Como é? (Perguntou em indignação, o interrompendo novamente)

O problema não era somente o que ele dizia, mas o seu típico tom cínico de sempre, que ela ainda não havia se acostumado, para Dash aquilo parecia uma provocação:

Quibble_ Sem ofensa, mas mesmo sendo uma atleta, aqui as regras mudam, esse lugar vai te levar ao limite, e sem o treinamento adequado você não irá resistir, sem mencionar que você está ferida. Vamos poupar suas poucas energias. (Disse, principalmente a última frase, em cinismo proposital)

Rainbow_ Há, ótimo! Será que tem como piorar? (Perguntou ela, raivosamente)

Quibble_ Bom, você pode reclamar que acordou cedo, ou agradecer por ter acordado, tudo depende de como você escolhe ver as coisas. (Desta vez, cuidou para não ter nenhum tom cínico)

Rainbow Dash ficou calada, refletindo sobre a frase que Quibble falou, mas para ela, naquela situação era quase impossível ser otimista:

Rainbow_ Para você que tá inteiro, é fácil dizer isso. (Disse ela, por fim)

Quibble_ Você tem sim coisas para reclamar e poucas coisas para agradecer, mas pensando bem, ao menos tem. Basta decidir no que você vai focar. Um conselho: uma das táticas de sobrevivência é se manter confiante, animado, e com auto estima, focando nas coisas boas. (Disse sem um pingo de cinismo)

Novamente o argumento de Quibble deixou Rainbow Dash pensativa:

Dash_ Que ironia!

Quibble_ Eu que o diga.

Pants guardou em sua mochila algumas maçãs para o almoço, não sabendo se iria encontrar alimento como aquele, e sem saber quais seriam os próximos desafios que os esperavam ao decorrer do dia. Era ainda muito cedo:

Quibble_ Bom, Rainbow Dash, vamos? (Disse voltando com seu cinismo, arqueando uma das sobrancelhas, e ainda sorrindo)

Ela hesitou um pouco, não queria ter de segurar nele ou depender dele, porém não tinha outra opção:

Rainbow_ Bora. (Disse rispidamente)


Notas Finais


Olá queridos leitores!
Por favor, não esqueçam de comentar. Como por exemplo, o que você achou desse capítulo em particular? Dá Fanfic? Ou até mesmo o que você acha que pode melhorar? É extremamente importante para mim saber a sua opinião.
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Por favor! Muitíssimo obrigada! ;-)

Espero que tenham gostado.

Beijos :-D


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