No Dia Seguinte:
Neste momento estou sentado numa cadeira a espera que me chamem para a consulta. Estava apenas olhando a parede, e minha mente estava quase em branco, a única coisa que conseguia pensar era: “Qual o segredo da Luna?”.
Mas, fui desviado desses pensamentos por uma pessoa.
?????: Olá, Matteo.
Virei a cara, e vi aquela moça ruiva da recepção.
Matteo: Já é para ir pra consulta?
Me levantei, mas a recepcionista me parou, e fez eu me sentar novamente.
Recepcionista: Não. Ainda não é pra ir pra consulta. Só queria falar com você. – Disse a ultima parte de uma forma sedutora
Ok…eu sou meio louco, e não sou o juízo em pessoa, mas sou capaz de jurar que ela falou num tom sexy. Mas….não resultou…mesmo.
Olhei para a sua chapa de identificação, e vi lá escrito “Candelaria Molfese”. Voltei a encarar a recepcionista, ou Candelaria, e disse:
Matteo: Bem…Candelaria. Eu estou aqui pra consulta.
Candelaria: Me chame Cande.
Matteo: Ta.
Candelaria: Vamos falar. Quero-te conhecer melhor.
Matteo: Não me parece, Cande. – Disse frio
Ela se afastou, e eu continuei a olhando meio que friamente. Como ela tem coragem de dar em cima de mim assim?
Outra recepcionista chegou ao pé de nós.
Recepcionista: Senhor Balsano, a doutora Luna, o chamou.
Matteo: Estou indo.
Me levantei ainda olhando a Cande friamente, rapidamente desviei o olhar e segui caminho para a porta do gabinete da Luna.
Assim que parei em frente a ele, senti uma coisa na barriga…e um nervosismo me invadiu.
Passei a mão pelos meu cabelo, respirei fundo e entrei.
Vi Luna sentada no sofá, encarando a porta de uma forma um tanto anciosa, mas assim que entrei ela meio que desviou o olhar para a sua mesa, como se tivesse tentando esconder aquela anciadade que tinha.
Matteo: Tudo bem?
Ela voltou a me encarar.
Luna: Tudo ótimo. – Disse sorrindo
Aquele sorriso lindo me deixou completamente desfocado do mundo. Sorri de volta, fechei a porta e me sentei ao seu lado.
Luna: Tudo bem? Como tem andado?
Matteo: Bem. Sabe…acho que melhorei bastante desde que te conheci.
Eu disse aquilo em voz alta?
Luna: F-Fico feliz por saber isso. – Disse envergonhada. – Muito feliz mesmo.
Consegui ver as bochechas de Luna ficarem cada vez mais vermelhas. O que por um lado, foi mesmo muito…uau. Porque ela realmente ficou ainda mais linda e fofa. E também foi bem engraçado. Muito engraçado.
Não me consegui conter e soltei um risada nasal.
Luna: Que foi, senhor Balsano? – Disse brincando
Matteo: É que…acho que você virou meio que um tomate. – Disse brincando e apontando para suas bochechas rosadas
Luna: Matteo Balsano, sou sua psicóloga, mas isso não me impede de te dar uma lição. – Disse brincando
Matteo: Sério? Uma lição? Adorava receber uma lição su…Q-Quer dizer…eu…que lição é essa?
Não acredito que disse aquilo em voz alta. Bem…não disse a frase toda. Mas, acho que deu para perceber. Espero que esteja errado.
Por conta do meu nervosismo, com o que disse, acabei por sentir minhas bochechas aquecerem. Parece que o tomate agora sou eu.
Luna: Olha só quem virou tomate agora. – Disse brincando e apontando para minhas bochechas rosadas
Matteo: Luna Valente, sou seu paciente, mas isso não me impede de te dar uma lição. – Disse brincando
Luna: Ah, jura? – Disse irónica. – Vem me dar a lição, então. – Disse brincando
Matteo: Eu cumpro sempre as minhas ameaças. – Disse me aproximando
Luna: Olha eu tremendo de medo aqui. – Disse brincando
Continuei a me aproximar de Luna, e ela acabou por soltar uma daquelas risadas gostosas. Mas essas risadas ficaram ainda melhores quando eu a enchi de cocegas e mais cocegas sem parar.
Luna: Ma-Matteo para…Isso é golpe baixo! – Disse no meio que gargalhada
Acabei por rir também a figurinha dela, era super engraçada.
Matteo: Quem é que é o tomate agora?
Luna: Você mesmo. – Disse no meio de gargalhadas
Matteo: Você tem noção que eu sou perigoso, né?
Luna: Eu não acho você nem um pouco perigoso. – Disse no meio que algumas gargalhadas
Rapidamente parei com as cocegas, mas mantive as nossas posições e a nossa proximidade.
Ela estava deitada no sofá, e eu inclinado para ela.
Matteo: Ai não? – Ela acenou negativamente com a cabeça. – Se eu não sou perigoso…sou o quê?
Luna: Deixa eu ver…você é, meu paciente. – Nós nos rimos. - Misterioso, fofo, querido, simpático, inteligente, atento, lind…quer dizer…e educado.
No final de todos aqueles adjetivos, eu realmente fiquei bem surpreso. Não sabia que a Luna me via assim “misterioso, fofo, querido, simpático, inteligente, atento, lind…quer dizer…e educado.”. Pera…ela ia me chamar de lindo? Ok, tou viajando demais. Óbvio que não ia.
Matteo: Obrigada. – Disse sorrindo verdadeiramente
Luna: E eu? Sou o quê? – Disse curiosa
Matteo: Você é…a minha psicóloga. – Nós nos rimos. – Simpática, bondosa, carinhosa, alegre, inteligente, compreensiva, lind… - Parece que estou meio descontrolado hoje. Mas consegui calar a boca a tempo. – Quer dizer…baixinha. – Disse a ultima parte brincando
Rapidamente o sorriso radiante na cara de Luna, converteu-se, num nada. A expressão dela ficou séria, o que me deixou triste e mal. Não gosto de a ver sem aquele sorriso.
Matteo: Que foi? Foi por eu ter-te chamado baixinha? Se foi, eu peço desculpas. Não te queria magoar. Disse aquilo sem pensar, sério desculpa Luna, a minha intenção não era te mag…
Luna: (Interrompe-em) Relaxa, Balsano. Tudo bem, mas não gosto que façam piadinhas sobre minha altura.
Matteo: Ok. Me desculpa, ta?
Luna me olhou fingindo-se pensativa, e depois disse.
Luna: Só te desculpo com uma condição.
Matteo: Qual?
Luna: Me dá um abraço.
Por conta disso nasceu um sorriso completamente verdadeiro, e um tanto que…ok, é melhor eu nem dizer o que estava a pensar, já disse demasiadas coisas por impulso hoje.
Matteo: Nem precisa por isso como condição. Te abraço, sempre que pedir.
Luna: E depois você se acha perigoso.
Matteo: Posso ser perigoso se quiser. – Disse brincando
Luna: Chega de cocegas por hoje, ta? – Disse rindo
Matteo: Ta. Mas e o abraço. Ainda está de pé?
Luna: Aham.
Dei outro sorriso, e a abracei sem perder tempo.
Pensei que o meu dia não podia melhorar depois daquele ataque de cocega, e daquelas listas de adjetivos. Mas parece que me enganei.
Estava tão distraído cheirando seu perfume, que nem me lembrei do motivo porque dormi mal a noite passada. Mas de repente ele bateu na minha cabeça, e me lembrei das palavras de Simón.
Com muita dificuldade psicológica separei o abraço, olhei Luna seriamente, ela estranhou a minha cara, mas antes de ela me perguntar “Que foi?” eu disse:
Matteo: Ontem, encontrei Simón, a Ámbar e o filho deles, num parque.
Luna: Ah boa. Sendo assim você já conheceu o Pedro, certo? – Disse sorrindo
Matteo: Sim, já. Ele é muito fofo. – Surgiu um sorriso na minha cara por me lembrar da minha brincadeira com Pedro. Mas ele desapareceu quando me lembrei do que Simón disse. - Mas…o que quero falar não é isso.
Luna: É o quê?
Respirei fundo, e disse:
Matteo: Eu falei com o Simón, sobre essa tua fase má que você teve.
Os olhos dela se arregalaram, o seu sorriso sumiu por completo e consegui perceber a sua cara de pânico.
Luna: E-Ele te contou? E-Ele te contou o que aconteceu? – Perguntou realmente preocupada
Matteo: Não. Não contou. Mas disse, que tinha sido algo difícil pra ti, e algo…grave.
Luna revirou os olhos, mas eu levei meu dedo até seu queixo, e virei sua cabeça para mim. Nós nos olhamos nos olhos e eu perguntei:
Matteo: Que fase foi essa Luna? O que você passou, ou fez, que foi tão grave?
Luna permaneceu em silêncio, mas tive uma resposta de seus olhos. Que começaram a deixar escapar algumas lagrimas.
O assunto é tão grave...que ao lembrar...ela chora... Agora preciso de descobrir o que foi aquela fase.
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