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História A Quinta Dimensão - Capítulo Sete


Escrita por: slay0x

Notas do Autor


UM ANO SEM POSTAR, QUASE.

Eu quase desisti da fanfic, sério. Por motivos pessoais, por falta de incentivo dos leitores, por falta de tempo também... Mas resolvi dar mais uma chance. Acho que não ficaria bem com algo que não está terminado, sabe? Então resolvi escrever de novo, tentar ao menos. Disgurpa.

Capítulo 7 - Capítulo Sete


DIZEM QUE quando você passa por momentos difíceis, a realidade aos poucos começa a se distorcer. Eu não duvido disso. Os dias começaram a passar mais rápido depois que tive aquele pesadelo. Era quase como se estivesse presa em um sonho... Tudo perdendo cor, se tornando raso. Alex sempre vem me traz em casa, e agradeço por isso. Se não fosse por ele e Nora, certamente estaria ainda mais perdida do que já estou.

Eu ainda não sei ao certo como eu deveria chamar a relação que tenho com Alexander. Sim, ele é bonito, bondoso e carinhoso comigo. Porém, o fato de que seu nome estava naquele e-mail estranho mexe comigo. Ou isso, ou talvez simplesmente ainda não esteja pronta para ter um relacionamento rotulado. Isso não quer dizer que não nos beijamos... Ele diz que não tem pressa, enquanto isso, só curtimos. Quando estou com ele... Me sinto bem, tranquila e segura. Alex é assim, fácil de conviver. Banhado em tranquilidade. Gosto disso nele.

Suspiro, deixando o capuz do casaco que uso cair, revelando o meu rosto e cabelos. Eu me sinto sufocada, apesar de tudo. É como se a qualquer momento todos os meus medos fossem simplesmente sair sem controle de meus lábios, se espalhando no mundo como poeira ao vento. Mas sei que devo me controlar. Quem acreditaria nas coisas que aconteceram comigo em tão pouco tempo? Me chamariam de louca, me internariam em algum hospital psiquiátrico. Não duvido disso. Enquanto me sinto curiosa para descobrir mais do que realmente está acontecendo, tenho medo. Lá no fundo, sinto como se estivesse me metendo em algo sem volta, como se minha vida fosse mudar completamente depois que finalmente descobrir a procedência daquelas mensagens. Daqueles sonhos, daqueles pressentimentos.

- Estou ficando louca.

Balanço a cabeça, dando um leve tapinha em minha bochecha direita, enquanto entro no prédio do meu curso. Os dias estão correndo de forma estranha, como se tudo fosse um sonho. Como se os detalhes se tornassem rasos, sem importância.

Sem importância.

Sem importância.

Mas será que estão realmente não importando? Porque eu sinto como se precisasse de Alex. É quase como uma válvula de escape. Sua presença anula quaisquer preocupações, me sinto normal com ele. Normal.

- Audrey, você imprimiu o capítulo cinco do livro de biofísica?

Meus olhos se dirigem rapidamente até Lynn, que está parada na minha frente. Mal percebo que já estou sentada em meu lugar, na sala da aula de hoje. Pisco, tentando me situar, e então acabo balbuciando um "sim, só um minuto" antes de apanhar com rapidez - e um pouco sem jeito - minha mochila. Lynn é minha colega de classe, está no primeiro semestre da faculdade, e já que as provas de biofísica são em dupla, resolvi fazer com ela. Ao que parece, a garota é inteligente. Penso ser justo ambas fazerem juntas, para não corrermos o risco de pegarmos uma dupla ruim e fizermos a prova toda sozinhas.

- Aqui. Eu marquei quanto a impressão custou... Mas se quiser me pagar em um café mais tarde, acho até melhor. - Abri um sorriso para a garota, que possuía cabelos ruivos. Era uma pessoa legal até, e parecia ser de confiança. Lynn sorriu de volta.

- Claro! No intervalo então, vamos até o café e eu te compro um mocha.

Eu assinto, voltando minha atenção para a professora, que entra na sala logo em seguida. A matéria, como de costume, flui normalmente e no fim do período estou com todo o conteúdo gravado na memória. Sinto isso as vezes, como se minha mente fosse seletiva e quisesse guardar apenas as coisas que julga ser mais 'legais'. Por fim, eu e Lynn saímos da sala assim que o intervalo é nos dado, e andamos pelos corredores enquanto falamos sobre os planos de trabalho que devemos entregar na próxima semana. Antes de entrar para a faculdade, pensava que tudo era um mar de rosas. Não era ruim, mas os professores não economizaram em nos dar trabalhos. Quando percebíamos, estávamos cheios de coisas para pesquisar, resumir, escrever e entregar. Sufocante.

- Você quer dizer que acredita em dimensões paralelas... É isso? - pergunto, um pouco descrente do monólogo que Lynn estava enterrada até a poucos segundos. Já nos encontramos sentadas na praça de alimentação do campus, com duas xícaras de café, um croissant de chocolate pela metade e também sanduíches de frango.

- Isso! - exclama ela, parecendo empolgada com o fato de que eu estou lhe ouvindo. - Você não acha estranho o fato de termos premonições? Como se já tivéssemos vivido tal situação antes?

- A ciência nunca explicou... - pondero, enquanto tomo um gole de café. - Tenho uma política pessoal que diz: o que a ciência não explica, pode ser esclarecido pelo sobrenatural. Então de certa forma... O que você tá falando pode até ser verdade.

Lynn abre um sorriso de orelha a orelha, e eu apenas encolhi os ombros, pegando um pedaço de croissant.

- Você já ouviu falar das Pessoas Sombra?

Franzo as sobrancelhas. Pessoas sombra? E eu pensando que já havia visto esquisitice o bastante na Internet...

- Não. O que é?

A ruiva parece pegar fôlego antes de falar. Eu já me preparo, pegando mais um pedaço do croissant e tomando mais um gole de café.

- O povo das sombras - também conhecido como vultos, homem de preto, sombra negra, pessoas da sombra - estão em todos os locais. Com o advento da internet, milhares de pessoas começaram a relatar a mesma coisa: ver vultos negros.

"Com milhares de relatos existentes, alguns comportamentos e características do povo das sombras foram identificados:

• São seres com aparência humanoide;

• Alguns usam chapéu, outros uma capa comprida, outros nada;

• Bastante escuros, negros. Descritos como mais negros que a escuridão;

• Alguns relatam que conseguem distinguir os olhos, que podem ser brancos, negros, vermelhos...

• Geralmente não atacam e quando são detectados fogem;

• Os que se deixam ser vistos, ou ficam parados te olhando ou mais aterrorizantemente, ficam sobre você na cama, enquanto você está paralisado..."

Balanço os meus braços, tomando o café com certa urgência. Lynn para, com uma sobrancelha arqueada como se perguntasse em silêncio o que está acontecendo.

- Para com isso... Que besteira Lynn. Você parece aqueles falsos professores que aparecem em documentários de et do Discovery Channel. - Mas, apesar de dizer isso, eu estava com o coração acelerado. Aquelas coisas... Vultos, em forma de pessoas. Mais escuros que a própria escuridão. Os olhos vermelhos. Fico inquieta, porém procuro disfarçar. Lynn não sabe dessas coisas que aconteceram comigo.

Ela não sabe.

Certo?



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