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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - O conselho de Lucy


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 13 - O conselho de Lucy


Era uma noite tranquila e agradável. Pessoas estavam reunidas em volta de uma fogueira, cercadas por grandes árvores, conversando com entusiasmo. Todas vestiam roupas surradas, tinham os cabelos sujos e uma expressão sofrida, dando a impressão de que eram mendigos ou algo do tipo. Não muito distante do tal grupo, um homem observava a conversa deles, com uma expressão de tédio no rosto.

– Vocês deviam ter visto a cara dele quando me viu! – Um homem baixo, magro e com longos cabelos grisalhos falava para os demais, rindo. A luz da fogueira o deixava com uma aparência fantasmagórica. Ele continuou – Acho que pensou que eu fosse assaltar, tentou correr... – ele dizia, como se contasse uma história muito engraçada – Quando amarrei suas pernas, caiu de cara no chão!

Muitos do grupo riam abertamente.

– Foi realmente muito fácil capturar este trouxa! – Ele completou, apontando para algo que se debatia no chão, atrás dele.

– Este foi muito fácil mesmo! Vocês deviam ter visto o que eu encontrei semana passada, em Poitou-Charentes! – se manifestou outro homem, alto, de cabelos curtos, com olhos escuros e expressão fria. – A esposa dele conseguiu fugir, mas não fez falta. Foi corajoso, – o deboche em sua voz era óbvio – tentou me enfrentar, jogou uma cadeira em mim.

Mais uma vez, eles riram da história contada.

– Vocês nem imaginam a cara que ele fez quando eu fiz a cadeira parar no ar e muito menos, a cara que ele fez quando fiz a cadeira dançar na frente dele! – eles se contorciam de rir, agora que o homem alto e de expressão fria terminara de contar sua história bizarra. De repente, uma mulher se pronunciou:

– Muito interessante, mas eu quero ver como a história desse trouxa infeliz vai acabar! – Ela disse, seus olhos miúdos brilhando, apontando para o ser que se debatia no chão, próximo do homem baixo e magro. O ser que se debatia inutilmente no chão, era um homem do qual só se via os sapatos e o rosto, do nariz para cima. Todo o restante de seu corpo estava envolto em uma corda muito espessa. Seus olhos, avermelhados, demonstravam o medo que sentia.

– Tenha paciência, é melhor comer primeiro, a comida já está pronta! – disse o homem alto e de expressão fria. – Depois nós nos divertimos.

Eles começaram a se servir de um ensopado que haviam feito. O silêncio pairava sobre eles enquanto comiam, sendo quebrado apenas pelos ruídos dos animais da floresta e pelo barulho do homem tentando, em vão, se livrar das cordas que o prendiam. Depois de algum tempo, eles se voltaram para o homem amarrado, no chão. Uma mulher se aproximou dele e falou, suavemente:

– Quero que preste atenção. Nós vamos te soltar. Você tem dez segundos para correr o mais rápido que puder, sem olhar para trás. Entendeu? – O homem confirmou com uma tentativa de acenar com a cabeça. – Ok, então... – ela sacudiu a varinha e as cordas sumiram magicamente. O homem que estava amarrado se viu livre e ofegando bastante, começara a correr sem olhar para trás, assim como fora instruído. A mulher de voz suave iniciou uma contagem regressiva, mas ao chegar ao sete, alguém do grupo apontou a varinha para as costas do homem e gritou:

Confundus!

O homem cambaleou e parecia estar bêbado, enquanto tentava correr.

– Eu disse que ele tinha dez segundos! – a mulher de voz suave falou, como se estivesse repreendendo quem lançara o feitiço antes do tempo. – Mas que pena! Eu disse para ele correr o mais rápido possível... Acho que ele não corre muito, não?

O barulho ecoava pela floresta. O grupo gritava e cantava, como se estivessem em uma festa. Um pouco abafado pela gritaria deles, mas ainda audível, o homem chorava e gritava. Então a mulher de voz suave veio ao encontro do homem que assistia a cena de longe, entediado.

– Você não vem?

– Hoje eu não estou a fim... – o homem respondeu, parecendo perdido nos próprios pensamentos.

Berros e gritos de alguém pedindo socorro foram ouvidos. Uma risada também. Eles não se importaram e continuaram conversando.

– Você não comeu, não quer torturar os trouxas... O que está acontecendo, Miguel? Quer dar para trás, de novo?

A frase que a mulher dissera fez com que Miguel despertasse de seus devaneios e pareceu deixá-lo nervoso.

– Aconselho que não repita mais isso! – ele disse, irritado, apontando a varinha para o peito da mulher. Ela apenas sorriu. – Não é isso. – ele continuou, mais calmo, abaixando a varinha e guardando no bolso das vestes – É que não fomos bem sucedidos na tentativa de tomar do ministério. Agora sou um fugitivo e tenho que ficar escondido nessa floresta maldita! Não é o que eu planejei!

Novamente, gritos por ajuda e algumas risadas foram audíveis, mas eles não interromperam a conversa.

– Sabe, talvez você esteja começando do jeito errado... – Disse a mulher, pensativa.

– Como assim, Lucy? – Miguel perguntou, levantando as sobrancelhas.

– Talvez você devesse começar tirando do caminho aqueles que podem te atrapalhar realmente. – Lucy respondeu, encarando Miguel com um brilho nos olhos.

– E quem são esses? – Miguel perguntou e Lucy revirou os olhos, como se a resposta fosse óbvia.

– O pessoal de Beauxbatons.

Lucy se afastou, deixando para trás um Miguel reflexivo e voltando para o meio do grupo que ainda gritava e cantava. No meio da roda de pessoas havia alguém estirado no chão. Ela se aproximou e observou o homem estendido. Ele tinha a roupa rasgada em várias partes, muitos hematomas e cortes profundos no rosto, nos braços e nas pernas. Respirava com enorme dificuldade.

– Você não devia ficar andando sozinho em lugares perigosos, sabia? – Lucy falou para o homem no chão, o desprezo em seus olhos – Mas me atrevo a dizer que você não cometerá mais este erro. AVADA KEDAVRA!

A ofuscante luz verde iluminou o meio da floresta e o homem ficou imóvel, com os olhos vidrados.



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