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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A espiã


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 18 - A espiã


Sentiu quando seus pés tocaram o chão e finalmente pôde respirar. Ainda era uma sensação desconfortável, a aparatação, mas já estava se acostumando. Estava agora em uma estrada de terra ladeada pelo mato, que crescia livremente. Tudo estava escuro, então tirou a varinha do bolso e disse baixinho: – Lumos. A ponta da varinha acendeu e a luz inundou o lugar. Olhou para os lados, varrendo o lugar com a vista e, logo em seguida, começou a caminhar lentamente. Sua capa esvoaçava e parecia que iria ser levada pelo forte vento. Caminhou por um longo tempo, até um ponto onde a estrada fazia uma violenta curva, mas em vez de seguir pela mesma, adentrou o matagal que estava à sua frente. Continuou andando e conforme avançava, a vegetação ficava cada vez mais alta.

Não pareceu em momento algum ter se perdido; já estivera naquele lugar antes. Agora prosseguia com certa determinação, como se tivesse uma tarefa muito importante a cumprir. Aos poucos, o mato se converteu em uma pequena floresta. Seguiu por trilhas quase inexistentes até que avistou o lugar que procurava: no meio da pequena floresta havia uma espécie de ilha, cercada por um rio. Fez um largo gesto com a varinha e um barco apareceu a sua frente. Entrou nele e com um toque de varinha o fez deslizar pelas águas. Em poucos minutos, chegou ao centro da pequena ilha. Não havia nada nesse lugar, exceto uma tocha com chamas verdes apoiada em um mastro, iluminando o ambiente de forma bela e sinistra. Vagalumes voavam para lá e para cá, como enfeites para o local.

Ergueu a varinha e falou alto:

Specialis revelio!

A porta de um alçapão, antes invisível, agora se revelava no chão, diante da tocha. Segurou e girou a maçaneta, abrindo e olhando para a descida. Não hesitou em entrar rapidamente na passagem que aparecera, fechando a porta ao passar e descendo por uma escada de cordas. Depois de alguns minutos descendo pela passagem escura, iluminada apenas pela luz que irradiava da ponta da varinha, se viu no fim de um corredor iluminado por archotes presos as paredes. – Nox! – Sussurrou para a varinha e a luz que havia na ponta se apagou. Recomeçou a caminhar ansiosamente, segurando a varinha firmemente enquanto muitos pensamentos rondavam sua mente.

Depois do que pareceu ser muito tempo, viu que o caminho começava levemente a se elevar, como se estivesse e de fato estava, voltando à superfície. Então, não muito depois disso, encontrou uma porta. Bateu com suavidade e ouviu alguém perguntar com uma voz grave e hostil, do outro lado:

– Quem é?

– Adeline Clermont – respondeu. – Preciso falar com Miguel Boneventura!

Ela ouviu um clique e viu a porta ser aberta. Passou por ela e viu uma sala pequena, onde havia três pessoas. Um bruxo baixo, magro e com longos cabelos grisalhos estava sentado atrás de uma escrivaninha, à esquerda; assim como ela, a capa e as vestes que usava eram negras. Os outros dois homens que estavam na sala vestiam-se de maneira semelhante; Eram corpulentos, mas um era alto e tinha cabelos loiros curtos e tristes olhos verdes; o outro era mais baixo que o anterior, tinha longos cabelos negros e olhos castanhos. Tinham feições duras e uma expressão nada amistosa. Ladeavam uma porta no lado oposto da sala, como se fossem cães de guarda. Do lado direito havia uma lareira onde o fogo crepitava ruidosamente.

– Espere um pouco aí! – disse o bruxo sentado atrás da escrivaninha, sem olhar para ela. – Foster, avise ao ministro que tem visita! – completou, falando para o mais alto dos dois homens na porta. O homem obedeceu e saiu pela porta que estivera vigiando. Houve um longo período de silêncio em que Adeline ficou olhando para os próprios pés, até que finalmente o homem retornara:

– Ele vai recebê-la, me acompanhe!

Ela atravessou a sala em direção a porta no lado oposto, passou pelo homem postado diante dela e seguiu o homem alto por um corredor movimentado. Bruxos e bruxas corriam de um lado para o outro, ocupando-se de muitas tarefas. Ela teve receio de ser reconhecida e puxou o capuz mais para frente, tentando esconder mais ainda o rosto. Eles se livraram da multidão ao entrar por um corredor vazio que tinha várias portas. Depois de passar por algumas delas, o homem parou repentinamente e bateu em uma.

– Entre! – Alguém ordenou de dentro da sala. O homem abriu a porta, dando passagem para Adeline entrar na sala. Ao entrar, ela ouviu a porta fechar-se atrás de si. A garota tirou o capuz, revelando seus cabelos negros e escorridos, atraentes olhos verdes e um rosto muito bonito. – À que devo a honra, Clermont? – perguntou Miguel, indicando a cadeira para a garota. Ela olhou para o rosto dele, exasperada, antes de responder:

– Tenho notícias! Sobre a professora Malfoy e a sobrinha dela, Melanie! – Miguel olhou com curiosidade para Adeline, que tinha um brilho nos olhos ao olhar para o rapaz.

– Então nos conte essa novidade! – Ela viu que uma mulher acabara de entrar no gabinete do ministro e a encarava com uma expressão indecifrável no rosto. Era alta, loira e tinha olhos azuis penetrantes. Sua voz era suave e melodiosa, mas Adeline teve a impressão de que a tal mulher não era tão simpática quanto queria parecer.

– Estou vigiando o pessoal da Perséverer, como me pediu. – Adeline disse, voltando a atenção para Miguel. – Hoje pela manhã segui a Melanie, enquanto ela estava indo para a sala da diretora. Não pude ouvir a conversa que elas tiveram, mas depois que ela saiu de lá, ela se encontrou com a prima e aí eu pude ouvi-las com isto! – Ela mostrou as orelhas extensíveis que carregava consigo.

– E o que elas conversaram? – perguntou Miguel, interessado.

– Melanie falou para a Sofia que a tia havia dito que ela tinha herdado uma grana preta dos pais e que a professora Malfoy vai ser a tutora dela, já que ela ainda é menor de idade e...

– Só isso, Clermont? – Miguel perguntou, como se a garota não tivesse feito um bom dever de casa. – Quero dizer, isso é bem óbvio, não é? A expressão alegre que Adeline tinha no rosto sumiu e o desapontamento a atingiu. Ela achara que a notícia agradaria Miguel, mas pelo visto estava errada. Tinha se esforçado para agradá-lo e esse esforço não tinha dado bom resultado.

– Não seja tão duro com a garota, Miguel! – A mulher que agora estava ao lado dele disse. – Não é uma informação inútil. Só nos lembra que ainda há trabalho para ser feito. As Malfoy ainda estão vivas e Beauxbatton é o único lugar da França que você ainda não controla. Além disso, se nós matarmos a garota, como é que ela se chama? Melanie, não é? Podemos ficar com a herança dela. Adeline olhou esperançosa para Miguel.

– Ok, você tem razão, Lucy. – Miguel falou. – Muito bem, tem mais alguma coisa para dizer, Clermont?

– Só mais uma coisa – a garota voltou a falar. – Parece que Sofia anda recebendo treinamento do Dean, o herdeiro da Sage. Ouvi-a dizer que vai acabar com você!

– Hum, vai ser interessante vê-la tentar – Miguel falou pensativo. – Muito obrigado, Clermont. Você fez um ótimo trabalho. Continuo contando com você para receber notícias de Beauxbatton. Cola na Sofia, viu?

Os olhos da garota brilharam intensamente e ela pareceu corar sob a iluminação do escritório ao receber o elogio. – Pode contar comigo! E a propósito, pode me chamar de Adeline. Afinal, nos conhecemos há tanto tempo, não é mesmo?

– Tudo bem, Adeline. Pode ir então e qualquer coisa é só me contar, Ok? Tenha uma boa noite.

A garota já ia saindo da sala, quando se virou de repente e perguntou:

– Miguel, você conhece a escola melhor que eu. Alguma vez você viu algum cervo nos terrenos da escola?

– Não, por quê? – Miguel falou, parecendo desinteressado.

– Porque quando eu estava vindo para cá, vi um nos jardins da escola... – disse Adeline. – Mas não deve ser nada de mais, né? Ah, vou nessa. Boa noite. E dizendo isto, se retirou do escritório.

– Sabe de uma coisa, foi uma grande ideia ter essa garota infiltrada em Beauxbatton, como nossa espiã. – Lucy falou olhando para a porta da sala. – E ela fará tudo o que você pedir, porque está apaixonada por você...

– Como é? – perguntou Miguel incrédulo. – Clermont? Apaixonada por mim?

– Exatamente – Disse Lucy, enlaçando os braços em volta do pescoço dele. – Não me diga que não notou o jeito que ela te olhava e nem como ficou desapontada quando achou que tinha te decepcionado... E se você der o que ela quer, ela fará tudo o que você quiser... Acho que sabe o que fazer, não?

Miguel olhou para a porta, pensativo.

– Hum, até que Adeline Clermont não é de se jogar fora...



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