1. Spirit Fanfics >
  2. A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) >
  3. O presente misterioso

História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - O presente misterioso


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 24 - O presente misterioso


Miguel estava concentrado, lendo e revisando vários documentos importantes e fazendo muitas anotações. Sua escrivaninha estava abarrotada de pergaminhos e ele gastara o dia inteiro nessa tarefa enfadonha. A ensolarada e quente manhã de quarta-feira acabara e a tarde também tinha passado. Eram sete da noite quando ele decidiu dar uma pequena pausa. Levantou da cadeira, sentindo alívio por poder esticar mais as pernas, e se pôs a observar a paisagem pela janela de seu escritório. De repente, uma garota de cabelos loiros invadiu seus pensamentos e, com esforço, ele tentou afastá-la da mente. Uma batida na porta o trouxe de volta à realidade.

– Entra! – ele disse chateado.

– Boa noite, ministro! – um homem alto, de cabelo loiro e curto entrou e cumprimentou Miguel. Seus olhos verdes pareciam expressar tristeza. Ele aparentemente estava constrangido, como se não devesse estar ali.

– Boa. – Miguel respondeu ao cumprimento. – Foster, eu não deixei claro que não queria ser incomodado hoje? Aconteceu alguma coisa realmente importante?

– Mil desculpas, senhor! – Foster se inclinou levemente em uma reverência – Mas uma moça exige falar com o senhor. Avisamos que o senhor não queria ser incomodado, mas ela insistiu. Disse que era assunto de seu interesse. É a mesma jovem que veio daquela vez...

– Clermont? – Miguel perguntou interessado.

– Essa mesmo, senhor! – confirmou Foster, parecendo mais relaxado.

– Traga a garota aqui imediatamente! – ordenou Miguel.

– Sim, senhor! – Foster assentiu e se retirou rapidamente, fechando a porta ao sair. Miguel voltou a observar a paisagem pela janela. Alguns minutos depois, Foster retornou acompanhado por uma pessoa mais baixa, encapuzada e vestida com roupas negras.

– Obrigado, Foster. Pode ir. – Miguel o agradeceu e o homem, fazendo mais uma reverência, se retirou novamente. Ele se afastou da janela e andou até o lado oposto da sala, onde Adeline Clermont se encontrava, parada e sem o capuz.

– Boa noite! – Ela falou sorridente e estendeu a mão para cumprimentá-lo.

– Adeline! Que grande prazer em vê-la! – Miguel exclamou. Ele avançou veloz, segurou e beijou a mão estendida da garota. Ela se arrepiou ao sentir o toque dos lábios dele sobre sua pele. Ele percebeu. As bochechas dela estavam vermelhas, sempre ficava ansiosa perto dele, mas ela tentou transparecer naturalidade. – Boa noite para você também. Mas o que a traz aqui?

Ela respondeu, com um leve sorriso:

– Eu tenho uma novidade. É sobre os herdeiros.

Ele a conduziu até a cadeira que ficava na frente da escrivaninha. Por fim, sentou-se de frente para ela e disse:

– Pode falar. Minha atenção é exclusivamente sua.

Então a garota começou a contar que, na noite anterior, havia visto Melanie conversando com alguns colegas e que os seguiu, escondida sob uma capa da invisibilidade; falou que os ouviu conversando sobre um vira-tempo e que os viu entrar na sala da diretora. Também contou sobre os patronos que saíram do escritório e que logo após a saída de Melanie e dos colegas, os herdeiros chegaram apressados e permaneceram um bom tempo dentro da sala. Contou tudo o que tinha visto e ouvido enquanto estivera no corredor, debaixo da capa. Quando ela terminou de contar tudo, Miguel perguntou:

– Então quer dizer que Dean Lestrange e Kate Beacourt não estão na escola?

– Isso mesmo. – ela confirmou. – Saíram carregando malões e tudo mais. Viajaram.

– E você sabe para onde foram? – Miguel indagou, a curiosidade estampada em seu rosto.

– Infelizmente, não. – Adeline disse desanimada. – Isso eu não consegui ouvir.

– E o Christopher Lestrange, da Noble?

– Esse continua na escola. – ela informou prontamente.

– Mesmo assim, eles estão mais vulneráveis. Com certeza, será bem mais fácil sem os dois no meu caminho... – Miguel disse pensativo, olhando para o nada. Depois de alguns segundos, ele voltou a encarar a garota.

– Ótimo trabalho, Adeline! Essa é uma informação extremamente útil!

Os olhos de Adeline brilharam intensamente.

– Obrigado. – Ela agradeceu tímida. – Ah, tenho que ir agora. Todos acham que estou no dormitório da Perséverer. Eu falei para a Clarisse que me sentia indisposta e que ia para a cama mais cedo.

– Tudo bem. Eu te agradeço muito, Adeline. – Miguel falou. Os dois se levantaram das cadeiras ao mesmo tempo e ele a acompanhou até a porta do escritório.

Antes de abrir a porta, porém, ele se virou para ela. A garota estendeu novamente a mão para ele, mas ele a puxou para um forte abraço. O corpo dela retesou, surpresa com a atitude dele, mas depois relaxou e retribuiu o abraço. Ela ficou ali, a cabeça apoiada no peito dele, por alguns segundos, até que o abraço se desfez. Ele abriu a porta.

– Boa noite, Adeline. – ele falou sorridente. Ela acenou com mão, parecendo nervosa. Ele se dirigiu a um homem baixo e magro, que tinha cabelos negros a altura dos ombros e um cavanhaque em seu rosto fino. Seus olhos eram grandes e castanhos e ele vestia preto, como a maioria das pessoas ali. Estava parado em frente ao escritório. – Bertrand, acompanhe esta jovem até a saída.

– Sim, ministro! – o homem chamado Bertrand exclamou e Adeline o acompanhou pelo corredor, enquanto Miguel fechava a porta de sua sala, pensando “Clermont fez um excelente trabalho dessa vez. E Lucy tinha razão, ela realmente está em minhas mãos...”.

Adeline voltou à escola quando o relógio marcava nove da noite. Passou sem problemas pelos portões e conseguiu adentrar o Palácio, sob a capa da invisibilidade. Esgueirou-se pelos corredores e entrou sorrateiramente no dormitório da Perséverer, sem qualquer dificuldade. Colocou um pijama rosado e leve e se jogou na cama, exausta. Ficou pensando em Miguel, no abraço que ele lhe dera e se haveria possibilidade de ficarem juntos, até que adormeceu serenamente.




Enquanto Adeline dormia tranquilamente, Sofia e Rick estavam na sala escondida atrás de um espelho. Antes de partir, Dean deixara uma carta para Rick, dizendo que durante sua ausência, ele deveria se encarregar do treinamento da garota, mas ao contrário do esperado, eles passavam mais tempo se abraçando e se beijando do que fazendo qualquer outra coisa. Sofia aproveitou a ausência de Dean para relaxar mais. O treinamento era cansativo e, além disso, ela achava que era muito boa em duelos, feitiços e contrafeitiços. Não precisaria se cobrar tanto, só esperava ser boa o suficiente para derrotar Miguel. Rick, entre um beijo e outro, falava que distrações custavam vidas e que ela deveria continuar aperfeiçoando os feitiços e contrafeitiços.

Mas a garota conseguiu, sem nenhum esforço, convencê-lo a acompanhá-la em um passeio pelos jardins da escola. Eles saíram daquela sala e caminharam pelos corredores apinhados de pessoas. Pelo visto, o jantar havia terminado e os alunos estavam indo para suas salas comunais. Sofia aspirou o agradável ar da noite, assim que chegou aos jardins e se sentiu feliz e serena. Ela e Rick caminharam por um tempo, de mãos dadas e conversando, até que acharam uma bancada que ficava debaixo de uma sacada e se sentaram nela. Os dois voltaram a se beijar, mas de repente ouviram vozes se aproximando cada vez mais. Essas vozes vinham de cima, da sacada. Sofia parou de beijar Rick e apurou os ouvidos para escutar o que diziam.

– Vamos logo, Ti! – Ela escutou a voz impaciente de Liliana. – Para de fazer doce e conta logo o que você conversou com a Katherine antes dela viajar!

– Isso mesmo, Tiago! A gente quer saber, conta logo! – dessa vez era Michael quem estava falando.

– Está bem, está bem! – Tiago disse divertido. Parecia que estava gostando de ver os outros curiosos. – Eu só pedi para ela ajudar os pais do Harry...

– Que Harry? Harry Potter?! - Sofia reconheceu a voz de Elizabeth. – Mas Tiago, isso é perigoso! Não podemos alterar o curso da história dessa forma! Salvar os pais da Melanie é uma coisa, mas isso já é...

– Calma, Liz! – Tiago a tranquilizou. Eu acredito que Dean e Katherine são capazes de fazer isso sem causar nenhum transtorno.

Houve silêncio por um instante, até que ouviram a voz de Tiago novamente, se distanciando:

– Michael, mostra pra gente aquele chapéu-escudo que veio no seu kit! Vamos ver se ele funciona mesmo...

– Acha que eles já se foram? – Rick perguntou baixinho.

– Acho que sim! – Sofia respondeu.

– Então acho que já podemos continuar de onde paramos...




Rick e Sofia permaneceram ali por mais algum tempo. No entanto, a conversa que a garota ouviu enquanto estivera nos jardins ficou grudada em sua cabeça. Mais tarde, eles retornaram para dentro da escola e se despediram um do outro, aos pés da escadaria que levava à torre norte. Ela subiu as escadas lentamente, abriu a porta da sala comunal e entrou. Alguns alunos ainda se encontravam por ali, mas ela não se deteve e subiu para o dormitório. Colocou seu pijama de seda branca e se jogou na cama. Estava quase adormecendo, quando ouviu leves batidas na janela ao lado de sua cama.

Ela se pôs sobre os joelhos e olhou pela janela. Viu uma grande coruja cinzenta, que bicava insistente a vidraça da janela. Abriu-a e a coruja entrou e pousou em seu ombro, deixando cair um embrulho pequeno em suas mãos. Trazia também um bilhete, que a garota apanhou e leu:



Sofia 

Te envio este pequeno presente e espero que goste. Este objeto pertenceu a Draco Malfoy. Agora o entrego a você. O tempo está em suas mãos, use-o com sabedoria.



O bilhete não continha assinatura e Sofia abriu o embrulho, intrigada. Ficou espantada ao ver que dentro do embrulho havia um pequeno e brilhante vira-tempo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...