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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A primeira missão


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 27 - A primeira missão


Dean e Katherine estavam na Mansão dos Lestrange, desde que saíram da Academia de magia de Beauxbatons, na noite da última terça. Naquela noite, ambos chegaram muito cansados. Assim que ele terminou de mostrar parte da Mansão para ela, subiram para os quartos e se largaram em cima de suas camas, adormecendo rapidamente. No dia seguinte, começaram a planejar e organizar cada detalhe da missão. Concordaram em deixar o pedido de Tiago Severo por último; deveriam, primeiro, salvar os pais de Melanie Malfoy. Dean achava que seria uma árdua tarefa convencer o ministro e a chefe do departamento de aurores a deixarem o cargo para trás e salvarem as próprias vidas.

– Com certeza, não vai ser nada fácil convencer o ministro a fugir e deixar o ministério para trás – ele disse quando se sentaram à mesa, no café da manhã. – Ele é um homem de opinião firme. Acredito que mesmo sabendo que vai morrer, vai preferir que seja com honra. Lutando.

– Tenho certeza que sim – Katherine falou enquanto passava margarina em uma fatia de pão.

– Devemos ter argumentos convincentes para tirarmos eles de lá. Ou então usaremos a força.

– Eu acho que isso não será preciso – ela fez uma careta. – Nós temos o melhor argumento que pode haver.

Houve uma pequena pausa. A ruiva engoliu um grande pedaço da fatia.

– Sou todo ouvido – Dean tornou, deixando claro que queria escutar o resto da ideia dela.

– Hmm... – ela começou – Melanie. A garota está um caco, depois do que aconteceu... Está um pouco melhor, mas sei que ainda está muito fragilizada. Potter falou que a ideia de salvá-los foi dela.

– Vamos esquecer os Potter, por enquanto, ok? – Dean amarrou a cara – Vamos nos concentrar em salvar os Malfoy agora.

– Hum, ok... – a ruiva respondeu pensativa. – Com relação ao ministro e a esposa dele, não acho que prefiram morrer com a tal honra, deixando a filha praticamente só. Sei que a diretora tá cuidando dela e tem a Sofia também, mas não se compara.

– É, eu acho que você está certa – ele falou lentamente. – Apelar para o lado sentimental geralmente funciona... Mas essa parte é com você, eu não tenho jeito para isso. E se não funcionar, eu vou estuporar ele e você a ela. Entendido?

– Entendi, mas repito que não vai ser necessário. Isso vai dar certo...



Na quinta-feira à noite, já tinham decidido tudo: voltariam ao dia em que os pais de Melanie foram assassinados e usariam uma chave de portal, para chegar ao gabinete do ministro; esperariam pela chegada do casal e os levariam para longe do ministério, nem que fosse à força. Depois da primeira refeição, na manhã de sexta, cada um foi para seu respectivo quarto, para se preparar para a viagem no tempo. Dean não demorou muito para se aprontar e saiu logo do quarto, indo para a sala de estar, onde ficou esperando pela jovem ruiva, que se arrumava em um dos quartos de hóspedes.

– Vamos logo, Katherine! Depressa! – ele gritou, de braços cruzados, ao pé da escada – Está na hora de fazer uma visita ao ministro!

– Já estou indo! Não seja impaciente! – ela respondeu enquanto descia as escadas. Usava um leve vestido branco e, nos ombros, uma capa esverdeada. Duas mechas de seu cabelo vermelho formavam finas tranças e se prendiam por trás da cabeça. Trazia nas mãos uma pequena bolsa rosada.

– Finalmente, mulher! – ele retorquiu, sarcástico, tirando o vira-tempo do bolso interno do terno preto que usava. Ela fez uma careta para ele.

– Os funcionários do ministério começam o expediente às oito da manhã. Acho que é melhor nós voltarmos às sete e meia daquela segunda-feira. O que você acha?

– Está bom – a ruiva concordou. – Assim não precisaremos esperar tanto por eles.

Eles se aproximaram um do outro. Dean abriu o vira-tempo, apertou os botões para escolher data e hora, e após segurar firme a mão de Katherine, apertou o botão "Ok". O vira-tempo começou a vibrar descontroladamente. A sala da Mansão sumiu e tiveram a impressão de que flutuavam. A visão ficou turva e tudo parecia ser um borrão colorido, cheio de vultos disformes e um barulho ensurdecedor invadia os ouvidos. De repente eles se viram parados na mesma sala. Dean correu até a sala de jantar, para olhar o calendário, e quando voltou disse satisfeito:

– Deu certo! Não estamos mais na sexta, é segunda! Agora só precisamos de alguma coisa para fazer a chave...

– Espera, eu tenho uma coisinha aqui... – Katherine abriu a bolsinha que trazia e apontou a varinha para a mesma - Accio caixinha de música!

Uma pequena caixinha de música quebrada pulou para fora da bolsa e Katherine a apanhou com agilidade. Ela passou o objeto a Dean, que a pegou e colocou-a sobre a mesinha de centro. Ele apontou a varinha para o objeto e murmurou "Portus". A caixinha brilhou e vibrou ruidosamente sobre a mesinha por uns segundos, até ficar imóvel novamente.

– Está pronto! – ele exclamou guardando a varinha no bolso do termo.

Os dois se aproximaram do objeto e estenderam as mãos para ele.

– Quando eu contar três – ele avisou olhando nos olhos azuis da bruxa. – Um... Dois... Três!

Quando eles tocaram a caixinha, sentiram um puxão por trás do umbigo e a Mansão desapareceu novamente. Eles rodopiaram num redemoinho de cores e sons, até que seus pés bateram no chão firme de um escritório luxuoso e muito organizado. No lado esquerdo havia uma estante cheia de livros; no lado direito tinha uma lareira e, sobre o console, garrafas com bebidas variadas; ao fundo, duas cadeiras em frente à escrivaninha e por trás dela, estava a cadeira do ministro e uma janela, por onde se via o céu claro da manhã. Eles olharam para trás e viram a porta, trancada; à direita dela, havia um sofá marrom; e na outra extremidade, havia outra estante com mais livros.

– É, temos meia hora até eles chegarem... – Dean informou, consultando o relógio.

Enquanto a ruiva se sentava no grande sofá, ele correu os olhos pela estante mais próxima e pegou um livro, para se distrair. O escritório ficou imerso em um silêncio profundo. Passados vinte minutos, eles ouviram barulhos, que vinham de andares acima, e souberam que os funcionários do ministério estavam chegando para mais um dia de trabalho. Era questão de minutos, até que o ministro chegasse. Então Dean repôs o livro que estava lendo na estante e voltou para o lado de Katherine. Não demorou muito para que o ministro entrasse no escritório, conversando energicamente com a esposa.

– É animador saber disso e eu quero um relatório detalha... – sua voz foi morrendo e ele franziu a testa ao notar os visitantes inesperados. – Lestrange?! Beacourt?!

– Bom dia, ministro! Sr.ª. Malfoy! – Katherine os cumprimentou.

– Ministro – Dean começou com uma expressão séria – temos um assunto importante para tratar.

O ministro indicou as duas cadeiras em frente à escrivaninha e contornou o móvel, se sentando em sua cadeira. A Sr.ª. Malfoy ficou parada, de pé, ao lado do marido. Dean e Katherine começaram a explicar-lhes sobre a invasão de Miguel e dos Comensais ao ministério, sobre o assassinato deles e contaram que haviam voltado no tempo para salvá-los. Quando terminaram de falar, o ministro permaneceu em silêncio por um instante, até que se pronunciou:

– Isso é alguma pegadinha?

Dean fechou a cara. Tirou o vira-tempo do bolso e o colocou sobre a escrivaninha.

– A professora Malfoy nos deu esse vira-tempo e nos enviou com ordens expressas de levá-los para Beauxbatons!

– Eu dei esse vira-tempo a ela... – o ministro disse, reconhecendo o objeto. – Então... É verdade?

Dean e Katherine assentiram.

– Mesmo assim – o ministro recomeçou – eu não posso abandonar o ministério e simplesmente fugir! De forma alguma! Eu vou ficar e lutar! Levem Melody, eu fico!

A Sr.ª. Malfoy fez que não com a cabeça.

– Se você ficar, eu ficarei também! – ela se apressou em dizer.

Dean e Katherine se entreolharam e seguraram as varinhas disfarçadamente. A ruiva encarou o casal e falou:

– Eu acho que os senhores estão se esquecendo de alguém. Melanie, sua filha. Vocês não têm ideia de como ela ficou, depois do que aconteceu! Era de cortar o coração vê-la chorando nos jardins da escola. Às vezes, a garota nem saía do dormitório!

– E não só ela – informou Dean. – As aulas dos alunos do sexto e sétimo ano foram suspensas, além de eventos, como o quadribol e o torneio Tribruxo.

O ministro ficou em silêncio novamente, analisando a situação. Ele e a esposa trocaram um olhar demorado, até que ele se manifestou:

– Mas e os funcionários? Não posso fugir e deixá-los aqui!

– Eu o aconselho – Dean sugeriu – a mandá-los para casa e a suspender as atividades do ministério por tempo indeterminado.

O ministro e a esposa trocaram mais um olhar. Finalmente, ele falou, vencido:

– Está bem. Vou providenciar a evacuação do ministério. Volto em alguns instantes. – e dizendo isto, se levantou e saiu da sala.

Nos minutos que se seguiram, Dean, Katherine e a Sr.ª. Malfoy ficaram falando sobre Melanie. Depois de algum tempo, o ministro voltou informando que os funcionários já haviam deixado o ministério.

– Vocês vão usar a rede de Flu para chegar à sala da diretora de Beauxbatons – Dean explicou.

– Muito obrigado aos dois – a Sr.ª. Malfoy disse, seus olhos marejando. – Graças a vocês nós temos uma nova chance.

A Sr.ª. Malfoy abraçou Dean e Katherine e se juntou ao marido, em frente à lareira. O ministro pegou um pequeno vaso, em cima do console da lareira, e apanhou um pouco de pó de Flu. Passou o vaso para a esposa e atirou o pó nas chamas, que se tornaram verde-esmeralda. Adentrou as chamas e falou alto:

– Beauxbatons! – e ele desapareceu. A Sr.ª. Malfoy imitou o marido, atirando um pouco do pó nas chamas, que a transportaram para a escola também. Dean se virou para Katherine e falou:

– Vamos nessa. Nossa primeira missão está cumprida.



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