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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A história do lobo


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 47 - A história do lobo


O sol já brilhava forte no céu, quando Snow Hot acordou. Espreguiçou-se, coçou os olhos e viu suas roupas, jogadas em um canto do quarto. Se levantou, apanhou-as e vestiu-se tranquilamente. Sua barriga roncou alto, pois não comia nada desde a noite anterior. Depois de se aprontar, sentou-se no chão, abraçando as pernas, olhando para a parede à sua frente.

Não demorou a ouvir batidas na porta.

– Pode entrar – disse.

A porta se abriu e uma mulher entrou. Trajava uma longa e elegante túnica verde-cana; seus cabelos estavam presos em um coque apertado. Devia ter uns trinta e poucos anos e seu rosto transmitia seriedade. Ela fez sinal para que Snow se levantasse e fosse até ela.

– Imagino que esteja com fome – ela comentou, observando o garoto se aproximar.

– Muito – o garoto confirmou, com um sorriso tímido. – Já estou liberado, Srta. Nouveaux?

– Primeiro, deixe-me examiná-lo – a mulher disse, examinando Snow sem muito interesse.

Pediu para que ele desse uma volta, testou os reflexos do garoto e, por fim, falou:

– É, parece que está tudo bem, nem está tão pálido como antes... Já pode ir para o Salão Principal.

– Obrigado, Srta. Nouveaux – ele agradeceu, formal.

O garoto já ia saindo do quarto, quando ouviu a voz da mulher novamente, chamando-o de volta:

– Sr. Lane!

– Alguma coisa errada, Srta. Nouveaux? – ele indagou, apreensivo.

– Não há nada errado – ela o tranquilizou. – Olhe, isso é para você.

A mulher deu um pedaço de chocolate enorme ao garoto. Os olhos dele brilharam.

– Para comer depois do café – ela explicou, séria. – E trate de se alimentar bem, viu?

– Tudo bem – ele assentiu. – Muito obrigado! Tenha um bom dia!

A Srta. Nouveaux observou enquanto Snow caminhava até a saída, fechando a porta da enfermaria ao passar.


O Salão Principal estava quase vazio, quando Snow chegou. Algumas garotas da Justé acenaram para ele, quando entrou; dois garotos da Noble conversavam, à distância; Um aluno da Sage estava concentrado no livro que tinha em mãos. Um bife mal passado e bem suculento surgiu diante dele. Começou a comer, sentindo a calmaria que repousava sobre o lugar.

Assim que terminou de comer, levantou e saiu do Salão, procurando pelos amigos. Levando em conta o silêncio e os corredores desertos, deduziu que a maioria dos alunos, inclusive seus amigos, estivesse nos jardins, curtindo a bela manhã daquele domingo. Provavelmente, algum deles teria passado pela enfermaria, para saber como estava; já tinha em mente a desculpa para justificar seu sumiço, caso perguntassem.

A parte externa da escola era o inverso do interior: lá dentro, quase não havia movimento; nos jardins, as pessoas conversavam, passeavam, brincavam, riam... Havia mais gente do que o normal, parecia que todos estavam livres e desocupados.

– Olhem, lá vem o Snow! – Elizabeth exclamou, apontando para o garoto que se aproximava.

– Bom dia, gente – ele cumprimentou os amigos.

– Bom dia – eles responderam.

– Snow, onde foi que você se escondeu, menino? – Stars perguntou, claramente ansiosa pela resposta.

– Eh... Eu estava na enfermaria – ele afirmou, parecendo relaxado. Já se acostumara a dar desculpas para seus sumiços.

– Mas o Ti passou por lá ontem, para te contar sobre a reunião do Clube e não te achou – Liliana comentou, olhando para o amigo.

Tiago Severo confirmou. Snow estava sério agora. Hanna tentava esconder o nervosismo, mas para a sorte dela, ninguém reparou. Todos estavam com os olhos fixos em Snow.

– E você não dormiu no dormitório – Luke constatou. – Onde foi que você passou a noite?

Snow encarou o amigo, antes de responder:

– Eu tive que sair com o meu pai. Ele soube que eu não estava bem e veio me ver. Ele me levou para casa, para dormir lá. Não sabem que ele sempre faz isso, quando sabe que estou doente?

Houve um momento de silêncio, mas todos pareceram acreditar.

– Poxa, você poderia ter avisado – Elizabeth reclamou. – Nós ficamos preocupados quando te procuramos e não achamos!

– Desculpa, gente – o garoto falou, sereno – eu sinto muito. Não era minha intenção deixar vocês preocupados. É que foi tão rápido e...

– Tá tudo ok, cara – John Smith tranquilizou o amigo. – Mas você tá legal agora, não?

– Estou sim – Snow respondeu.

– Então senta aí e deixa a gente te contar o que você perdeu – Michael falou.

– É melhor deixar ele ler, né? – Stars falou, atirando um jornal Ultramarino para Snow.

O garoto apanhou o jornal e viu a notícia da primeira página:


MINISTRO DA MAGIA E CHEFE DO DEPARTAMENTO DE AURORES RETORNAM E REASSUMEM RESPECTIVOS CARGOS


– Eles voltaram? – Snow exclamou, surpreso.

– Lê logo! – Michael exclamou.

Quando acabou de ler, Snow olhou para os amigos, incrédulo.

– Caramba, isso é inacreditável! – ele exclamou, devolvendo o jornal para a amiga – Mas por que só o Boneventura foi mencionado? Ninguém do Clube foi lá?

– A Sofia Malfoy falou que a diretora não permitiu que a gente fosse – Lian explicou para o garoto. – Só ele.

– Eu achei isso estranho – Elizabeth comentou. – Não sei se Miguel merece um tratamento diferenciado como esse. Afinal, tudo o que aconteceu foi culpa dele, não é?

– Acho que ele está tentando se redimir – Tiago falou, sério. – Provar que realmente se arrependeu.

– Ou nos enganar de novo – Lian replicou, cauteloso.

Houve uma longa pausa.

– E aí, o que rolou na reunião? – Snow quis saber – E vocês estão sabendo como esse lance começou?

– Fica ligado, que a gente vai te contar o que a gente sabe... – Michael disse.

Eles contaram para o garoto sobre a informação que tinham recebido e sobre a reunião. Snow ouvia cada palavra, atento aos menores detalhes.


Tiago Severo estava deitado no gramado, durante a tarde. Estava pensando na conversa que tivera com Rafael Dragoni, quando ouviu alguém chamá-lo.

– Então você está aí, Potter – Rick disse, se aproximando. Sofia o acompanhava, trazendo nas mãos um pacote.

– Já sei, já sei – Tiago falou, olhando o pacote nas mãos da loira. – Poção de reversão da imortalidade...

– Isso mesmo – Rick replicou, sério.

– Deixa eu ver se tá tudo certinho... Tiago começou a conferir os ingredientes – Ovas de sapo... Escamas de peixe... Chifre de unicórnio em pó... Tá faltando um ingrediente.

– O quê?! – Sofia exclamou, olhando para os ingredientes – Eu comprei tudo, não está faltando nada!

– Está faltando um aromatizante de cereja – Tiago afirmou, sorrindo.

– Aromatizante?! – a garota perguntou, confusa.

– Você nem imagina o gosto e o cheiro que isso tem – Tiago esclareceu. – Vai por mim, você vai achar bem melhor...

– Certo, eu vou pegar algumas cerejas e te encontro daqui a pouco – Sofia falou, chateada.

– Ok, vou esperar vocês na sala atrás do espelho – Tiago avisou.

O garoto saiu e deixou o casal a sós.

– Sabe, So, eu também sou ótimo com poções – Rick enfatizou. – Eu mesmo poderia preparar a poção de reversão...

– Eu sei, amor – a loira retrucou brandamente. – Mas prefiro que Tiago prepare, pois além de ser um ótimo preparador de poções, sobra mais tempo pra gente ficar junto...


– Aqui estão as cerejas – Sofia entregou o punhado de frutinhas vermelhas para Tiago. – Vai demorar muito para ficar pronto?

– Umas duas horas – Tiago respondeu, mexendo o conteúdo do caldeirão.

– Está bem, a gente volta quando estiver perto de terminar – a garota anunciou.

O casal saiu de mãos dadas, enquanto Tiago se concentrava no livro a sua frente.


Duas horas depois, Rick e Sofia já tinham os frascos de poção nas mãos. Eles se entreolharam por um longo tempo.

– Eu não me importaria de viver para sempre, se fosse ao seu lado – Rick falou, olhando nos olhos da namorada.

– Viver para sempre ao seu lado? – ela indagou, risonha – Acho melhor não. Vou acabar me chateando e me separando de você...

Rick murchou. Sofia viu a expressão no rosto do namorado e disse:

– É, brincadeira, sua besta! É que você foi muito meloso. Sabe que não gosto de coisas melosas...

– Eu sei, sim – o rapaz sorriu.

Os dois beberam a poção ao mesmo tempo.

– Bleergh! Essa porcaria é horrível! – Sofia exclamou, com ânsia de vômito.

– Bom, podia ser pior – Tiago comentou vagamente, rindo da garota.

Eles começaram a sentir um imenso frio e uma luzinha saiu do peito de cada um. As luzes pairavam no ar, acima de suas cabeças e, de repente, pareceu que a temperatura tinha subido uns 40 graus. As pequenas luzes se apagaram e a temperatura voltou ao normal.

– Vocês são mortais outra vez – Tiago concluiu, arrumando a bagunça. – Muito obrigado e voltem sempre!

– Potter, vai ter uma reunião do Clube hoje – Rick informou. – Pode avisar aos outros?

– Posso, sim – Tiago assentiu. – Mas antes, eu vou limpar essa meleca toda aqui...


No final daquela tarde, Snow e Hanna se cruzaram no corredor que levava aos banheiros. A garota tinha uma expressão séria no rosto, como se algo a incomodasse.

– É com você mesmo que eu quero conversar, Corvus.

Snow sabia sobre qual assunto ela queria conversar, porém achou melhor fingir que não.

– Conversar comigo? Sobre o quê? – perguntou, disfarçando.

– Não tenta dar uma de esperto pra cima de mim, não! – Hanna retrucou, zangada – Você sabe muito bem do que eu estou falando!

O garoto empalideceu, suas mãos começaram a suar. Ele olhou se não tinha ninguém por perto.

– Fala baixo, por favor! – ele implorou, muito nervoso.

– Você tem que contar a verdade! – Hanna disse, baixinho – Nossos amigos merecem saber!

– Eu não posso! – ele replicou, desesperado – Tenho medo...

– Eles são nossos amigos, vão entender! – a garota tentou convencê-lo – Se não, é porque nunca foram seus amigos de verdade...

– Não posso, por favor! – os olhos dele estavam marejados. Havia terror neles.

– Se você não contar, eu conto – ela encarou o garoto, impassível.

– Você não entende... É muito difícil... – Snow disse, em tom de súplica.

– Oi, gente! – Tiago Severo vinha no início do corredor, acenando vigorosamente.

Snow e Hanna tentaram disfarçar a discussão.

– Vim avisar que hoje tem reunião do Clube – o garoto informou, assim que se aproximou dos amigos.

– Tudo bem – Hanna falou, devagar.

– Tá acontecendo alguma coisa? – Tiago analisou as expressões nos rostos dos amigos e percebeu que havia algo errado.

– Não, nada – a moça negou. – A gente só estava conversando...

– Ah, sei... – Tiago vociferou, jocoso – Vocês andam passando muito tempo juntos, daqui a pouco vai sair casamento!

– Vai se danar, Potter! – Hanna exclamou, dando um leve soco no braço de Tiago.

– Bom, vejo vocês mais tarde – Tiago se despediu e foi embora, sorridente.

Hanna se virou e jogou Snow de costas na parede.

– Essa é a melhor oportunidade que você tem – ela falou. – Você vai contar durante a reunião do Clube.

– Você não pode me obrigar...

– Se você não contar, eu conto – ela ameaçou. – E nem pense em não ir, porque é aí que eu vou contar mesmo! – e dizendo isto saiu, deixando Snow preso entre a cruz e a espada.


A noite veio e, aos poucos, a sala atrás do espelho foi enchendo. Os alunos de Hogwarts também tinham vindo e todos conversavam alegremente quando Snow chegou. Pelo que pôde notar, era o único que estava faltando.

– Vejam só quem chegou! – Michael exclamou, animado, puxando Snow para junto do grupo – Só estava faltando você!

– Eu... Eh... Preciso falar... Uma coisa – ele parecia angustiado. Olhou para os amigos e viu Hanna, que parecia querer encorajá-lo, com o olhar.

– Aconteceu alguma coisa, Snow? – Lian perguntou, observando bem o rosto do garoto.

– Eu gostaria de contar uma coisa e preciso da atenção de todos – ele falou, firme, sua voz saindo anormalmente alta.

O barulho das conversas cessou imediatamente. Alguns estavam espantados, nunca tinham visto Snow agir assim.

– Pode falar, cara – Luke incentivou. – Estamos ouvindo.

O garoto alto e pálido baixou a cabeça, deu um longo suspiro e começou a falar:

– Sou um lobisomem e foi por isso que eu desapareci ontem.

Todos olhavam para ele, estarrecidos com a revelação.

– Como assim, lobisomem? – Stars perguntou, sem acreditar.

– Peço que ouçam a minha história, para que vocês entendam – ele olhou para Rick, que consentiu.

"Snow Hot não é só um apelido. É o nome que recebi ao nascer. Eu era de uma família bruxa nobre e rica. Meu pai biológico era o chefe da grande família Hot. Me lembro de que era um homem forte e valente. A família vivia unida e feliz".

"Quando eu tinha seis anos, nossa casa foi atacada por um numeroso bando de lobisomens. Meu pai e os outros tentaram combatê-los, mas não conseguiram; os poucos que sobreviveram foram mantidos em cativeiro".

– Então isso aconteceu durante a revolta dos lobisomens, em 2045 – Hugo Sangster deduziu, fazendo as contas. – Li que eles atacaram e assassinaram muitas famílias bruxas naquela época...

– Parece que eles estavam tentando fazer com que o Ministro daquela época renunciasse ou algo assim – Rafael Dragoni complementou.

– É, foi isso mesmo – Anelô, Tainá e Bella concordaram.

– Pessoal, vamos deixar o Snow terminar a história dele – Rick interrompeu a conversa e fez sinal para que Snow continuasse.

"Nós passamos quase um ano inteiro sob tortura, muita violência. Todas as crianças da família que haviam sobrevivido foram mordidas: alguns primos, minhas irmãs e eu. A partir daquele dia, toda noite em que a lua cheia aparecesse, a gente se transformaria em monstros".

Os demais alunos escutavam, horrorizados, a história que Snow lhes contava. Catarinha Marcheski tapava a boca com as mãos, seus olhos azuis arregalados.

– Eles nos obrigavam a fazer todo tipo de coisas – ele continuou e uma lágrima começou a escorrer pela bochecha do garoto.

"Um dia, meu pai aproveitou um descuido deles, não estavam nos vigiando direito... Nos reuniu e falou para gente correr, que não devia nem olhar para trás... Mas eles perceberam que estávamos fugindo..."

"Meu pai e minha mãe tentaram impedi-los de nos perseguirem..."

A voz do garoto travou. Ele não conseguiu continuar. Lágrimas insistentes caíam pelo seu rosto agora.

– Calma, cara – Michael pediu. – Respira um pouco, tenta relaxar...

– É melhor deixar ele chorar – Melanie aconselhou. – Vai ser melhor...

Depois de algum tempo, ele conseguiu recuperar a voz.

– Desculpa, gente – ele pediu, enxugando os olhos.

– Não tem motivos para pedir desculpas – Liliana tentou acalmá-lo. – Continua contando!

Snow respirou fundo e recomeçou:

– Meus pais tentaram atrasá-los, para que a gente tivesse tempo de fugir, mas não deu; somente eu e um primo conseguimos escapar.

"Eu desobedeci a ordem do meu pai e olhei para trás, enquanto corria. Vi quando eles os mataram... Minha família inteira se foi naquele dia... Meu primo morreu naquela mesma noite; estava muito debilitado, nem conseguia se manter de pé... Assim, eu fiquei sozinho".

"Passei um bom tempo nas ruas, dormindo ao relento, fazendo favores em troca de comida".

"Aos oito, encontrei um homem, chamado Gaelick Lane. Ele era um auror. Me levou para morar com ele e disse que ia cuidar de mim. Fiquei impressionado, quando chegamos à casa dele, era enorme! Ele falou também que eu seria como se fosse seu filho e me deu o nome de Corvus".

"Certa vez, a esposa de Gaelick, Emily, presenciou minha transformação, durante a lua cheia. Se Gaelick não tivesse chegado a tempo, eu a teria matado... Isso me causaria uma imensa dor, pois Emily é como se fosse uma mãe para mim!"

"Quando recebi a carta da escola, fiquei com medo. Pensava que não daria certo, que se soubessem o que realmente sou, iriam ter medo ou nojo de mim; ou pior, eu poderia acabar machucando alguém... Mas Gaelick e Emily me acalmaram. Eles conversaram com a professora Malfoy e ela disponibilizou um lugar seguro, dentro da escola, onde posso me transformar sem oferecer risco para os outros".

– E realmente não há perigo de você escapar e matar alguém? – Sorcha questionou.

– Não, pois o lugar é protegido e selado com feitiços e encantamentos potentes, executados pela diretora e pela enfermeira, a Srta. Nouveaux – o rapaz respondeu. – Além disso, o Gaelick me manda uma garrafa de Poção do Mata-Cão umas duas semanas antes.

– E onde fica esse lugar? – Oliver perguntou.

– Depois da enfermaria, existe um corredor secreto, que leva para o quarto onde eu fico – Snow esclareceu. – Sempre vou para lá, depois de tomar a poção. Aí quando eu me transformo, é só esperar amanhecer e eu volto ao normal.

– Cara, por que não nos contou isso antes?! – John interrogou o amigo. – Por que não confiou na gente?!

– Eu tive medo – Snow começou a explicar. – Não queria assustar ninguém, mas também não queria perder a amizade de vocês...

– Seu idiota! – Michael exclamou, dando um soco no ombro do amigo – Você nunca vai perder nossa amizade! Você é um amigão de verdade!

Os alunos foram se aproximando de Snow; uns apertavam sua mão, outros o abraçavam.

– Você foi muito corajoso, contando sua história – Teddy Lupin falou, estendendo a mão para Snow. – Posso imaginar como deve ser difícil. Afinal, meu pai foi um lobisomem.

O garoto arregalou os olhos ao ouvir Teddy falar.

– Eu não tive a chance de conhecê-lo, ele morreu lutando por um mundo melhor quando eu ainda era um bebê. Mas o meu padrinho Harry me contou que ele foi uma das melhores pessoas que ele conheceu...

– Eu não sabia disso... – Snow disse, sem jeito.

– Se quer um conselho – Teddy continuou – confie nos seus amigos. Eles realmente gostam de você.

– Vou seguir o seu conselho – Snow concordou, emocionado. – Pode deixar. Quem diria que um dia eu teria tantos amigos!

– Eu disse que você devia ter contado há muito tempo – Hanna disparou, sorrindo.

Snow a abraçou tão rápido, que ela não teve reação.

Obrigado – ele agradeceu, contente. – Você me ajudou a tirar um peso enorme das costas. De um jeito estranho, mas tá valendo...

– Disponha – ela falou, risonha.

– Vamos deixar de moleza e formem logo os pares para começar a praticar! – Rick exclamou, passando pelos outros alunos.


Os últimos dias de janeiro passaram num piscar de olhos e logo fevereiro chegou, com suas tardes nubladas. Miguel refletia sobre as dificuldades que enfrentou e que ainda enfrentava para reconquistar a confiança dos alunos de Beauxbatons e a antiga popularidade. Era um processo lento, mas não estagnado; algumas garotas cochichavam e soltavam risadinhas quando viam o rapaz pelos corredores, o que provocava o ciúme de Melanie.

Até Sofia parecia ter relaxado mais. Em certo momento, ela e a prima praticavam alguns feitiços complexos, quando viram que ele se aproximava.

– Amor, vem treinar com a gente! – Melanie acenou, ansiosa.

O garoto foi se aproximando cautelosamente.

– Não sei se a sua prima vai gostar da minha presença... – ele disse, dando um beijo na namorada.

– Pode ficar, se quiser – Sofia retrucou, dando de ombros.

– Então tudo bem – Miguel ficou mais relaxado.

Os três passaram aquela tarde juntos, praticando. Melanie agradecia aos céus, pois fazia um bom tempo que Sofia e Miguel não implicavam um com o outro.

Miguel agora tinha uma nova ambição: estava se preparando para a chegada do Torneio Tribruxo, que seria realizado em pouco tempo e teria como sede a Academia de magia Beauxbatons.

"Se eu chegar a vencer o Torneio Tribruxo, todas as desconfianças serão deixadas para trás e eu irei honrar Beauxbatons!" ele pensava. Jurou para si mesmo que se encontrasse Lucy novamente, a derrotaria e traria de volta a paz que um dia ele ajudara a destruir.



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