1. Spirit Fanfics >
  2. A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) >
  3. O segundo batedor

História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - O segundo batedor


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 48 - O segundo batedor


Quando fevereiro chegou, os dias pareciam sem fim, como se o mês nunca fosse acabar. A paz reinava na escola e em outras partes do mundo bruxo. Até os trouxas não tinham mais tantos problemas como antes. Lucy McCarthy e seus capangas haviam sumido, sem deixar rastro. As pessoas estavam mais despreocupadas, porém não ficavam descuidadas. O Ministério quadriplicara os esforços para recapturar Lucy e seus companheiros. No entanto, parecia que tinham evaporado, não havia a mínima pista de seu paradeiro. A volta de Pietro Malfoy ao Ministério fez com que a comunidade bruxa se sentisse mais segura. Entretanto, a paz dos alunos de Beauxbatons acabava no exato minuto em que colocavam os pés numa sala de aula; todos os dias, pilhas de trabalhos escolares eram dadas aos alunos do sétimo ano, por causa dos N.I.E.Ms e dos atrasos. Dessa forma, era quase impossível ter os fins de semana livres. A maioria passava o sábado e o domingo nas salas comunais ou na biblioteca, imersos em mais e mais trabalhos.

Rick teve que se desdobrar para ter tempo de fazer o teste para a vaga de batedor na equipe de quadribol da Sage. Para sua felicidade, conseguiu o posto: o garoto que concorria com ele pela vaga deixou o bastão cair e um balaço o acertou em cheio, no tórax. No fim daquele domingo, Joseph Beacourt já tinha formado a equipe de quadribol que defenderia a Sage naquele ano: Hugo Sangster era o goleiro; Morten Haakonsson, um garoto norueguês do sexto ano, e Rick Lestrange eram os batedores; Anelô Sarcostin, Tainá Beatow e Catarinha Marcheski eram as artilheiras. Assim que os testes terminaram, os alunos da Sage foram para a sala comunal, onde fizeram uma festinha em homenagem ao time da Casa.


Na segunda, Sofia foi diretamente ao escritório de sua mãe, com uma pergunta em mente. Fazia algum tempo que essa dúvida a consumia e ela sabia que só Lana Malfoy poderia tirá-la. A garota entrou no escritório, assim que recebeu a permissão da mãe. 

– O que faz aqui tão cedo, Sofia? – a diretora perguntou, sem olhar para a filha – Algum problema?

– Não é um problema, exatamente – Sofia respondeu, observando a mãe atentamente. – É que eu quero fazer uma pergunta e somente a senhora pode responder.

Lana assentiu. Sofia prosseguiu:

– Por que McCarthy nos odeia tanto? – a garota questionou, incisiva.

A diretora encarou a filha, analisando a garota como se fosse a primeira vez que se viam.

– A senhora disse que, um dia, iria me contar – a menina falou, incomodada com o silêncio. – Esse dia poderia ser hoje.

– Muito bem – Lana disse, indicando uma cadeira para Sofia. – Sente-se.

Sofia obedeceu prontamente e sentou-se, com os olhos fixos na mãe, que andava de um lado para o outro, pensativa.

– Muito tempo atrás, quando eu terminei meus estudos, fiz uma viagem pela Europa, para conhecer outras culturas – Lana começou a contar. – E o último lugar que eu visitei foi a Inglaterra.

"Encontrei alguns amigos que viviam lá e fiquei morando com eles durante algum tempo. Foi nessa época que Lucy e eu nos encontramos pela primeira vez".

"Meus amigos moravam num bairro trouxa, em uma cidadezinha chamada Hawkshed, no norte da Inglaterra. Nessa cidade, vivia uma garota cuja mãe a maltratava constantemente".

"O pai dela, um bruxo, tinha morrido antes de seu nascimento e a garota foi criada pela mãe trouxa. Quando aquela criança começou a dar sinais da magia que herdara do pai, a mãe teve medo; achava que a filha tinha poderes malignos, que era amaldiçoada, uma aberração".

– E o Ministério não fez nada para ajudar a menina? – Sofia indagou.

– Eles não deram tanta atenção ao caso, na época – Lana respondeu, com uma expressão tristonha. – Mas já era tarde demais, infelizmente...

"Por causa dos maus tratos, a garota cresceu emocionalmente perturbada, sua mente já não era sã. Ainda assim, com o tempo, ela dominou os poderes que tinha, mesmo que não os compreendesse e nem soubesse a razão de tê-los".

"Os vizinhos temiam a garota, muitos se mudaram, assustados com as coisas que ela fazia. No começo, o alvo dela eram os animais de estimação das outras crianças; não demorou, porém, para que as pessoas entrassem na sua mira. Quando os ataques começaram, meus amigos e eu tentamos intervir. Ela tinha problemas, mas isso não a impedia de ser inteligente: assim que nos viu, percebeu que não era a única, que haviam outros que podiam fazer as mesmas coisas".

"Fomos conversar com ela, tentar convencê-la a parar. Explicamos a ela sobre o mundo bruxo, sobre seus poderes, achávamos que se ela visse que não estava sozinha... Foi um erro. A mãe dela nos viu conversando e nos expulsou aos berros. Arrastou a filha para dentro de casa pelos cabelos. O que aconteceu naquela noite foi horrível".

– O que aconteceu naquela noite? – Sofia tinha os olhos grudados na mãe, quase não piscava.

– Não é difícil imaginar o que aconteceu – Lana falou, com um olhar distante. – Nós tentamos impedir, mas não conseguimos. Alisson McCarthy morreu naquela noite.

O queixo de Sofia despencou.

"Lucy nasceu com habilidades raras, que alguns bruxos só conseguem com muito esforço. Ela consegue fazer magia poderosa sem precisar de varinha. Meus amigos quase morreram tentando detê-la. Eu tive que levá-los ao hospital, depois que Lucy explodiu a casa".

– Mas eu ainda não entendi – Sofia exclamou, tentando raciocinar. – Por que ela te odeia, se você tentou ajudá-la?

– Porque foi por minha causa que ela foi parar em Azkaban – Lana respondeu.

– Como assim? – Sofia estava intrigada.

"Lucy fugiu por anos, anos esses que ela passou aperfeiçoando seus poderes e os seus métodos de tortura. Creio que ela vê a mãe refletida nos trouxas que tortura: sem poderes mágicos, receosos sobre o que não conhecem..."

"Durante muito tempo, o Ministério e eu estivemos atentos a qualquer sinal de seu paradeiro, estudando seus movimentos... Um dia, conseguimos localizá-la, na Alemanha. Os aurores não puderam vencer, mas eu dei uma ajudinha e ela foi capturada e mandada para Azkaban".

– Então é isso que ela procura, vingança – Sofia exclamou, raciocinando sobre o que acabara de ouvir.

– Sim – a diretora concordou. – E para a segurança das pessoas e dela mesma, é melhor que a encontrem logo e a mandem de volta para a prisão.

– Hum, agora eu entendo um pouco essa obsessão dela  – a garota murmurou, se levantando. – Bom, eu já vou indo.

– Antes de ir, eu quero te pedir uma coisa – Lana avisou.

– Pode dizer, mamãe – Sofia ficou atenta.

– Se for possível, adiante os testes para escolher a equipe de quadribol da Perséverer. O Torneio Tribruxo vai começar em breve e eu gostaria de realizar o Campeonato de quadribol antes. Tudo bem?

– Pode ser na semana que vem? – a garota perguntou, ansiosa.

– Sim, pode ser.

– Então eu vou organizar tudo e venho te avisar a data precisa.

Lana concordou e as duas se despediram. Sofia foi ao Salão Principal, pois finalmente lembrou que ainda não tinha comido nada.


Os testes para a escolha da equipe de quadribol da Perséverer aconteceram no outro domingo. O céu estava nublado e ventava um pouco mais forte que o normal. As arquibancadas estavam lotadas, todos estavam curiosos para saber quem seriam os escolhidos. Os testes para a escolha da Sage tinham sido emocionantes; os testes da Perséverer aparentemente seriam também. Muitos candidatos se apresentaram naquela tarde. Sofia entrou no campo, acompanhada por Melanie.

– Boa tarde – ela desejou aos candidatos. – Mas... O que é isso?!

Ela olhou para quatro alunos mais afastados, com trajes da Perséverer e cara de paisagem.

– Severo. Sirius. Michael. Liliana – a loira falou pausadamente, sentindo a irritação subindo depressa. – O que vocês estão fazendo aqui?!

– Viemos fazer os testes! – Tiago Sirius respondeu, com um sorriso cínico.

– E eu serei o capitão da equipe! – Tiago Severo exclamou, passando o braço pelos ombros do amigo.

– Eu vou ser a batedora – Liliana falou, animada, fazendo pose de halterofilista. – Com esses bracinhos, não vou errar nenhuma bolacha!

– É balaço – Michael corrigiu a prima.

– Foi isso que eu falei, balaço! – Liliana retrucou.

– CAIAM FORA DAQUI LOGO, SEUS PALHAÇOS! VÃO PROCURAR UM CIRCO! – Sofia berrou, irritada, apontando para fora do campo.

– Que garota grossa, sabe nem brincar... – Liliana murmurou, zombeteira.

– Eu vou te mostrar quem é a grossa... – Sofia avançou na direção deles, mas eles saíram correndo, rindo como se não houvesse amanhã.

– Gostaria que não estivesse ventando tão forte... – Sofia comentou, mais calma agora.

– Ah, So, para de frescura e começa logo esse bendito teste! – Melanie suspirou, rolando os olhos.

– Está bem, sua chata! – Sofia replicou.

Ela deu início aos testes e logo o campo estava tomado por candidatos, voando em suas vassouras velozes. Sofia observava atentamente cada candidato e ao final dos testes escolhera aqueles que julgou serem os melhores. Miguel Boneventura defendeu todas as bolas que foram lançadas contra os aros e ficou com a vaga de goleiro; Bella Lemaitre, Melanie Malfoy e Román Chantin, um garoto magro do quarto ano, formavam o trio de artilheiros; Pierre Lanet, também do quarto ano foi escolhido como primeiro batedor. Só restava escolher o último membro da equipe.


Depois de uma disputa acirrada e de muitos berros, a loira decidiu que Rafael Dragoni era o candidato ideal para a vaga de segundo batedor. O garoto olhou na direção das arquibancadas e encarou Tiago Severo com um sorriso maquiavélico no rosto.




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...