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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A queda do líder


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 50 - A queda do líder


Tiago Severo perdeu a festança que rolou na sala comunal da Noble, em comemoração pela vitória sobre a Sage. Passou a tarde e a no– te na enfermaria e só teria alta no outro dia, embora estivesse aparentemente bem. Desde que fora levado para lá, o garoto não ficou só um minuto sequer, recebeu várias visitas: Liliana passou o dia inteiro ao lado dele; o time ficou ali por um bom tempo, até que ele os convenceu a irem aproveitar a festa da vitória; assim que o time da Noble saiu, o time da Sage entrou e Joseph Beacourt o parabenizou pela vitória. "Você é louco, Potter!" ele exclamou, rindo. No fim da tarde, muitos colegas de Casa vieram vê-lo, fazendo muito barulho e irritando a Srta. Nouveaux. "Só podem ficar, no máximo, oito pessoas por vez!" ela ralhou, expulsando-os. Hanna também veio e passou umas duas horas conversando com o garoto. Michael e os alunos de Hogwarts apareceram por lá durante a noite, depois do jantar. A Srta. Nouveaux veio até eles, zangada outra vez.

– Já falei que só podem ficar oito visitantes por vez – ela avisou pela quarta vez naquele dia. – Aqui tem dez, dois vão ter que sair e voltar mais tarde.

– Mas eles são da minha família – Tiago Severo pediu, olhando para a enfermeira. – Deixe que eles fiquem, por favor!

A enfermeira olhou para eles, parecendo indecisa.

– Isso é contra as regras – ela informou, vendo expressões tristonhas surgindo nos rostos deles. – Mas vou abrir uma exceção...

Eles gritaram, comemorando, o que deixou a Srta. Nouveaux de cara amarrada.

– Eu disse que podiam ficar, mas sem barulho! – ela gritou, fazendo o grupo se calar. – Vou abrir uma exceção dessa vez, mas se eu ouvir algum barulho mais alto, eu mudo de ideia. Fui clara?

Todos assentiram.

– Muito bem, eu vou para o meu escritório – ela avisou, severa. – Qualquer coisa é só chamar. Conversem sem fazer muito barulho. Em silêncio, de preferência!

– Obrigado, Srta. Nouveaux – Tiago Severo a agradeceu, sorrindo.

– Nada – a enfermeira saiu e deixou eles conversarem.

– Alguém me ensina como é que se conversa em silêncio, porque eu não sei – Lilian Potter falou, jocosa.

– Enfermeiras... São todas iguais... – Hugo Weasley comentou, risonho, olhando para a porta que a Srta. Nouveaux fechara ao passar.

– O que quer dizer com isso? – Tiago Severo perguntou, intrigado.

– Acho que meu irmão está se referindo a Madame Pomfrey, a medibruxa de Hogwarts – Rose Weasley respondeu, olhando para Hugo.

– Exato – Alvo concordou. – São muito parecidas. Não na aparência, é claro, mas no modo de agir.

– Se não fosse pela diferença de épocas, poderia até dizer que são mãe e filha – Scorpius comentou também.

– Ora, também não é para tanto – Teddy Lupin falou em tom de censura, porém rindo.

– Não liguem – Tiago Severo falou, animado. – A Srta. Nouveaux parece chata, mas é muito gente boa...

– Eu ainda estou aqui, Sr. Potter – a bruxa falou, de dentro do seu escritório.

– Que bom, isso quer dizer que sua audição está em perfeito estado! – Tiago Severo replicou.

– Mas e aí, cara, como está se sentindo? – Teddy questionou.

– Eu estou bem – ele respondeu, sorridente. – Só teve um braço quebrado, mas a Srta. Nouveaux já remendou.

– Vocês tinham que ver a birra que ele fez na hora de tomar o remédio – Liliana contou, rindo. – A Srta. Nouveaux teve que enfiar a colher com a poção na boca dele à força.

– Isso é mentira! – o irmão protestou. – Não acreditem nessa mentirosa!

Todos riram. A Srta. Nouveaux colocou a cabeça para fora de sua sala e olhou-os, severa. Tornou a fechar a porta logo depois.

– Mano, a captura que você fez hoje foi incrível! – Michael exclamou, admirado.

– Incrível?! – Rose indagou, incrédula. – Foi muito perigoso! Você podia ter morrido, garoto doido! Quadribol é um esporte de selvagens!

Todos olharam para a garota.

– Foi a tia Hermione que botou isso na sua cabeça, né? – Lilian perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.

– Sim e eu concordo com ela! – a garota retrucou, de braços cruzados, cara fechada.

Todos ainda tinham os olhos fixos nela.

– O que foi? Eu tenho direito de expressar minha opinião! – ela completou, indignada.

Eles voltaram sua atenção para Tiago Severo.

– Eu pensei que vocês iam perder feio – Alvo comentou.

– Realmente, parecia que ia ser um massacre – Hugo concordou.

– Eu já tinha imaginado que fosse acontecer – Tiago Severo disse tranquilamente. – O ataque da Sage é muito forte, talvez seja o melhor do Campeonato.

"Eu sabia que somente capturando o pomo, a gente conseguiria vencer, mas tinha que ser o mais rápido possível ou o placar seria irreversível... Quase não deu certo. Confesso que fiquei apreensivo, quando vi Beacourt próximo do pomo. Mesmo estando tão perto, nenhum de nós dois conseguia pegar. Tive que aproveitar o impulso que a vassoura me deu e me joguei. Só assim foi possível apanhar o pomo".

– É isso aí, você honrou o nome da família! – Tiago Sirius exclamou, alegre. Os outros riram.

– Enquanto eu estiver presente, a Noble jamais perderá! – Tiago Severo bradou, erguendo o punho teatralmente, mas fazendo uma careta de dor. – Afinal, eu tenho que manter meu recorde de invencibilidade!

– Pelo jeito, você não vai poder jogar a próxima partida – Scorpius fez a observação.

– Ah, vou poder, sim – o garoto contrapôs. – A Srta. Nouveaux disse que já vou poder jogar no próximo jogo da Noble.

– É realmente uma ótima notícia – Teddy falou – mas temos que ir nessa.

– É, já está ficando tarde – Rose disse, consultando o relógio. – E tem um livro que quero terminar ainda hoje...

Tiago Sirius e Hugo fizeram caretas. Mesmo que tenha notado, Rose não se importou ou fingiu não ligar.

Eles se despediram de Tiago e caminharam até a saída. No entanto, antes que eles a alcançassem, a porta se abriu e uma garota muito bonita, com olhos frios e cinzentos entrou na enfermaria. Sorcha não pareceu surpresa por ter encontrado tanta gente ali.

– Vim falar com o Potter – a garota disse, firme.

Imediatamente, Tiago Sirius, Alvo e Michael levantaram as mãos, encarando a garota que acabara de chegar com certo fascínio.

– Eu me refiro ao Tiago Severo – ela esclareceu, apontando para o garoto deitado.

Os três Potters abaixaram as mãos, fingindo desapontamento. Tiago Sirius analisou a garota dos pés à cabeça, enquanto ela caminhava em direção à cama de Tiago Severo, e deu uma piscada, fazendo um sinal positivo com a mão. Tiago Severo retribuiu com um sorriso sincero.

– Eu também vou nessa, cabeça de prego – Liliana também se despediu do Irmão. – Se cuida, mané!

Ela se juntou ao grupo e eles saíram da enfermaria. Tiago Sirius foi o último a sair, fazendo outro gesto positivo e fechando a porta ao passar. Sorcha sentou-se na lateral da cama, lugar antes ocupado por Liliana.

– E então, sobre o que quer falar? – Tiago perguntou, encarando a garota com seriedade.

Ela não olhava para ele; seus olhos estavam fixos na porta da enfermaria.

– Eu fiquei sabendo que se machucou no quadribol – ela respondeu, com um tom de voz que dava a impressão de desinteresse. – Vim ver como você estava.

– Eh, eu estou bem – ele adotou a mesma postura. – Foi só um braço quebrado...

– E vai ter que passar a noite aqui? – ela inquiriu, ainda parecendo desinteressada.

Hum hum – ele confirmou.

– Entendi... – a garota falou vagamente.

– Creio que já saiba como eu vim parar aqui, não? – o garoto indagou.

– Me disseram que você caiu da vassoura – ela respondeu, distante.

– Não caí, eu me joguei – ele corrigiu, serenamente.

Pela primeira vez desde que chegou ali, ela olhou diretamente para o garoto deitado ao seu lado.

– Você não é tão inteligente quanto parece, Potter – ela provocou, sarcástica. – Por que fez isso?

– Para capturar o pomo, oras! – ele disse, como se já não fosse óbvio. – Um pequeno sacrifício pelo bem do time.

– Sei – ela murmurou.

– Por que não foi assistir ao jogo?

– Eu odeio quadribol.

– Odeia? Mas qual é o motivo disso? – Tiago estava perplexo.

– Eu não gosto, Potter. E é só. – Ela falou, colocando um ponto final na discussão.

Ela se levantou, mas ele segurou seu pulso.

– Por que não confia em mim? – ele perguntou, de repente. – Por que não deixa que eu me aproxime?

– Não é você – ela replicou, pensativa. – Eu não confio nas pessoas, em geral...

– Mas você pode confiar em mim! – o garoto exclamou, impaciente – Eu gosto de você, eu...

– Você o quê, Potter? – ela lançou um olhar de curiosidade ao garoto.

– Eu... Eh...

– Sim?

– Eu quero ser seu amigo – ele bufou.

Ela virou de costas para ele.

– Na verdade – ele começou, se esticando na cama – eu quero ser mais que um amigo, mas amizade já seria um bom começo...

– Ninguém vai te levar a sério, se você não encarar as coisas com seriedade! – ela exclamou, encarando-o com firmeza.

– Me dá uma chance – ele pediu.

Ela fitou o garoto, com um silêncio enigmático. Ela foi se aproximando lentamente, chegando muito perto, centímetros de distância. Ele fechou os olhos e esperou pelos lábios dela, mas ela apenas sussurrou em seu ouvido:

– Amadureça, Potter. Quando isso acontecer, eu vou pensar no seu caso.

Ela foi se afastando e, sem olhar para trás, abriu a porta da enfermaria. Lançou um último olhar ao garoto e saiu.

– É, esse foi, definitivamente, um dia interessante...


No decorrer da semana seguinte, o quadribol voltou a ser o assunto principal na escola. Perséverer e Justé seriam os próximos a se enfrentarem. Katherine Beacourt e Christopher Lestrange passaram a semana inteira provocando Miguel, dizendo que ele tinha mãos de papelão e ia deixar a goles passar sempre. Ele se manteve firme e não se deixou levar pelos comentários dos colegas. As equipes continuaram com a rotina intensa de treinos durante esse tempo, tentando manter o foco e a forma.


Quando o penúltimo sábado finalmente resolveu começar, os alunos estavam exasperados, ansiosos para que a partida começasse logo. Como sempre, a ansiedade de Sofia não demorou a se transformar em puro nervosismo. A loira parecia à beira de um colapso, no vestiário. Rick e Melanie tentavam acalmar a garota, com muito esforço e paciência.

– Não precisa ficar assim, So – Rick tentou tranquilizá-la. – Você é uma jogadora experiente, é capitã há mais tempo que o Potter, inclusive. Vai dar tudo certo.

– É verdade mesmo – Melanie concordou.

Eles ouviram o locutor anunciar a entrada do time da Justé em campo.

– E aí vêm eles: Lane, Shaw, Fantoni, Smith, Souza, Mager e Potter!

– É isso, está na hora – Miguel disse, parado na porta do vestiário.

– Eu ainda sou a capitã – ela exclamou, lançando um olhar de irritação ao rapaz.

Melanie olhou para o namorado, como se pedisse calma. Ele, porém, não pareceu se importar. Já tinha se acostumado com os ataques de ansiedade da loira.

– Muito bem, equipe! – ela chamou os outros jogadores – Chegou a hora! Vamos!

Ela se despediu de Rick com um beijo rápido e saiu com os outros jogadores em seu encalço.

– E aí vem o time da Perséverer! – o locutor anunciou – Boneventura, Lanet, Dragoni, Lemaitre, Malfoy, Chantin e Malfoy!

A multidão rugia nas arquibancadas. Michael e Sofia foram até o centro do campo e se cumprimentaram. A partida começou logo em seguida.

Bella e Melanie faziam ótimas jogadas, enquanto Román Chantin jogava mais recuado, ajudando na marcação e lançando a goles para as companheiras. A estratégia de Sofia surtiu efeito: a Perséverer marcou três gols rapidamente e até teria marcado mais, se não fossem as grandes defesas que Snow tinha feito. Entretanto, Sofia não atentou para um detalhe: Michael não era um aluno tão brilhante e não era muito bom com feitiços, como o primo, mas sabia jogar muito bem. Ele e os outros dois artilheiros estavam bem entrosados e não demorou até que conseguissem empatar o jogo.

– A Perséverer vem para o ataque mais uma vez! Malfoy com a posse da goles, dribla Mager, passou para Chantin, que passa para Lemaitre...

A torcida da Justé prendeu a respiração; a torcida da Perséverer empurrava o time.

– Agora é só Lemaitre contra Lane! – o locutor berrou, ansioso – Ela mira, atira e... Lane leva a melhor!

A torcida da Justé respirou aliviada. Do outro lado, a torcida da Perséverer lamentou a chance perdida. Sofia viu que John sobrevoava a lateral oposta do campo, à procura do pomo.

– Que beleza de defesa, Boneventura! – o locutor bradou, depois que Miguel defendeu uma tentativa de André Souza.


Passado algum tempo, Melanie marcou e Bella também. No entanto, Rutger Mager marcou um ponto e Michael marcou duas vezes.

– Que jogo é esse, senhoras e senhores! Justé vencendo por sessenta a cinquenta! – o locutor gritou, em êxtase. – Que jogão!

Sofia se aproximou de Rafael Dragoni e falou para ele:

– Dá um jeito no Michael Potter ou a gente pode acabar perdendo!

O rapaz assentiu e Sofia retornou ao lugar onde estava.


A oportunidade que Dragoni esperava apareceu minutos depois. Michael partia em direção ao gol da Perséverer com grande velocidade, carregando a goles. Ele desviou do balaço lançado por Lanet, mas não conseguiu evitar que Dragoni lhe acertasse o outro. Michael despencou, apagado.

– Que balaço! – o locutor parecia não acreditar – Parece que o jogo terminou mais cedo para Potter...

Román Chantin apanhou a goles que Michael deixara cair ao desmaiar e lançou para Melanie, que marcou outra vez.


Não é difícil imaginar como a partida terminou: sem a liderança de Michael, a equipe da Justé se desestabilizou e começou a sofrer mais gols. No final, John conseguiu pegar o pomo, mas não adiantou.

– Smith captura o pomo, mas a vitória é da Perséverer! – o locutor anunciou o término da partida – Perséverer ganha pelo placar de duzentos e vinte a duzentos e dez!

A torcida da Perséverer estava exultante. Do outro lado, a torcida da Justé estava desolada. Os jogadores da Perséverer foram carregados até a sala comunal pela torcida, onde uma grande festa os aguardava.




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