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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - Aula especial


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 56 - Aula especial


Rick e Sofia ficaram abraçados por um longo tempo, sem dar a menor atenção ao que acontecia em volta deles. Assim que os dois se separaram, ela falou, parecendo constrangida:

– Obrigada, Ri. Se não fosse você... Não quero nem imaginar em que estado eu teria chegado à Ala hospitalar, se...

– Eu nunca vou deixar que algo ruim te aconteça, min... – o garoto começou, sorrindo, porém foi interrompido bruscamente.

Sofia tacou-lhe um beijo muito apaixonado, que o pegou de surpresa, mas que ele não demorou a corresponder. Eles foram aprofundando o beijo, até que ouviram alguém pigarrear de forma bem audível. Novamente se separaram, finalmente percebendo que a algazarra das torcidas havia acabado e que tudo estava silencioso. Olharam em volta, atordoados, e viram que um garoto alto, de pele clara e cabelo loiro estava parado, olhando para eles com seus frios olhos azuis. Atrás dele, uma multidão os observava, com ansiedade.

– Desculpe interromper o lance de vocês – Haakonsson disse, com uma expressão séria no rosto – mas eu preciso falar uma coisa.

– Tudo bem, cara – Rick falou. – Diz aí, o que você quer falar?

– Quero pedir desculpa por ter te derrubado da vassoura, Malfoy – o loiro explicou, procurando retratar-se. – Minha intenção não era te fazer cair, somente te atrasar. Até porque o camarada aí pediu para não te acertar com um balaço.

A loira olhou para o namorado, agradecida.

– Tudo ok, mas ainda bem que o Ri estava lá – a garota retrucou. – Ou você estaria ferrado! De qualquer forma, fica sossegado, eu conheço os riscos de uma partida de quadribol.

O garoto norueguês fez um movimento com a cabeça, sinalizando que concordava. A multidão voltou a gritar e a aplaudir. Haakonsson e os companheiros de time foram levados de volta ao palácio pelos amigos e colegas, enquanto a multidão cantava em coro o refrão "Haakonsson é o melhor".

Sofia ficou parada, vendo as pessoas voltando para dentro da escola. No entanto, Rick permanecera ao seu lado.

– Você não vai comemorar com eles? – ela questionou e havia uma ponta de tristeza em sua voz.

– Não – ele respondeu. – Quero ficar com você.

– Mas vocês venceram – ela argumentou. – Vá comemorar com os seus amigos.

Já disse que não – ele se manteve firme. – Vou ficar com você.

O rapaz a puxou para si, dando um beijo suave nela.

– É melhor a gente ir se secar e se trocar – ela disse, quando se desgrudaram um do outro – porque essa chuva tá fininha, mas já tá quase encharcando minha roupa!

Rick concordou e cada um foi para o seu respectivo vestiário, regressando juntos ao palácio logo após.


Como sempre fazia, todas as vezes que tinha jogo de quadribol, Sorcha foi se refugiar no seu esconderijo, que ficava na parte mais afastada dos jardins, lugar que os alunos raramente iam e/ou conheciam. Apenas Rafael e Bella, seus melhores amigos, sabiam onde ficava esse lugar. Contudo, eles evitavam ir lá, pois sabiam também que aquele era o lugar que a amiga escolhera para usar, quando queria ficar sozinha. Só apareciam por lá, se acontecesse algo realmente importante.

A exceção era Tiago Severo. Ele descobrira os segredos que ela escondia a sete chaves: era uma Animaga ilegal, se transformando numa raposa para ir até um lugar desconhecido pelos outros alunos. Assim como ela, ele também era um Animago ilegal e os dois concordaram em guardar o segredo um do outro. Entretanto, ela não sabia o que sentir em relação ao garoto; sempre achou que ele fosse um idiota presunçoso (porque agia como uma criança, na maioria das vezes), mas será que era realmente assim?

Ela passou a tarde inteira, sentada no balanço que ficava preso a um grosso galho de uma enorme árvore, lendo. Porém, minutos antes de Sage e Perséverer se enfrentarem no campo de quadribol, sua leitura foi interrompida por uma chegada inesperada.

Um enorme cervo marrom, com chifres grandes, vinha passando pelos grandes arbustos que separavam aquele lugar do restante do jardim. Ela sacou a varinha instintivamente.

– Definitivamente, você tem que deixar de apontar a varinha para mim, toda vez que eu apareço – Tiago falou, sorrindo, ao voltar à forma humana.

– Ah é você, Potter – ela constatou, sem emoção na voz, encarando o garoto com frieza.

A garota abaixou a varinha e voltou sua atenção ao livro.

– Não enche – ela completou, ríspida.

– Feitiço impermeável? – ele indagou, notando que as gotas da fina chuva que caía não atingiam aquele espaço. Puxou a varinha e lançou sobre si próprio um feitiço secante.

– Óbvio, né? – ela continuava a ler e parecia lutar para se manter concentrada.

Nenhum dos dois falou mais e um minuto inteiro se passou em total silêncio. Incomodada com a presença silenciosa do garoto, Sorcha tirou os olhos do livro e olhou para Tiago.

O que veio fazer aqui? – ela interpelou-o, irritadiça – Por que não vai assistir à sua droga de quadribol?!

– Não tô a fim de quadribol – ele respondeu, olhando em volta. – Tô querendo tranquilidade...

A garota arqueou a sobrancelha.

– Potter, rei das pegadinhas e herói do quadribol, não quer assistir ao jogo e prefere tranquilidade???! – ela questionou, incrédula – Você tá doente?!

– Não estou doente – ele afirmou, enquanto se sentava no chão, próximo dela. – E quanto às pegadinhas, o Mike é que é...

– Nem vem, que é sobre você mesmo que eu tô falando! – ela exclamou, com os olhos semicerrados.

Tiago riu.

– Prefiro ficar aqui e conversar com você – ele falou, ajeitando os óculos no rosto.

– Tudo bem – a garota fechou o livro, aparentemente impaciente. – Vamos conversar.


Tiago e Sorcha ficaram conversando sobre as matérias e depois sobre trivialidades. Já era noite quando decidiram retornar ao palácio.

– Olha, até que não foi tão ruim conversar contigo, Potter – ela disse, quando se despediram um do outro.

– Eu concordo plenamente – ele brincou, risonho. – Não deve ser tão ruim assim.

– Eu vou nessa – ela se despediu. – A gente se vê por aí.

– Tudo bem. Boa noite.

Ele observou enquanto ela caminhava pelo corredor, desaparecendo ao virar a esquina. Ficou alegre, ao lembrar-se de um momento em que ela riu de um dos seus comentários. Para o garoto, aquele era o sorriso mais bonito que já vira.


A manhã de domingo foi tranquila e poucas pessoas apareceram no Salão Principal, para fazer a primeira refeição.

Tiago Sirius, Alvo, Scorpius e Teddy conversavam, muito animados, enquanto Rose e Lilian assistiam a cena de um Hugo faminto, devorando tudo o que estava ao seu alcance.

– Nossa, você vai acabar morrendo engasgado – Lilian comentou, abismada. – Ou vai ter uma indigestão.

O garoto não se importou com o comentário.

– E quando ele e o papai estão juntos? – Rose lembrou – Quase não sobra nada para a mamãe e eu!

– Bocê rá erraerano, Vose! – o ruivo replicou, de boca cheia.

– O que foi que você disse? – Lilian perguntou, confusa.

– Ele disse que eu estou exagerando – Rose respondeu, muito interessada no livro que começava a ler.

– Como você entendeu? – a outra perguntou.

– São anos de prática – a mais velha respondeu.

– Bom, gente, acho que já está na hora – Teddy falou, se levantando e todos o acompanharam. – Vamos andando.

– O que será que a diretora Malfoy vai ensinar para a gente? – Hugo perguntou, cheio de curiosidade. – Tomara que seja um feitiço bem poderoso!

– Não acho que seja isso – Rose contrapôs. – Pelo o que Scorpius falou, ela vai nos dar detalhes da nossa missão.


– Eu estava esperando vocês – Lana disse, ao ver o grupo entrando na sala que ficava atrás do espelho.

– Faz muito tempo que a senhora está nos esperando aqui? – Teddy perguntou, constrangido.

– Uns dois minutos – a diretora respondeu.

Teddy relaxou. Logo em seguida, Tiago Severo, Liliana, Michael e Sofia também apareceram. Então Lana começou:

– Reuni vocês aqui para explicar melhor sobre o que terão de enfrentar.

Todos estavam atentos.

– Anos atrás – ela prosseguiu – eu tive acesso a uma profecia.

– Profecia?! – Scorpius exclamou, ficando muito branco, de repente. – Tenho péssimas recordações sobre profecias...

Todos se entreolharam.

– Sim – Lana recomeçou. – Essa profecia dizia que o mundo seria devastado pelo poder do caos, as trevas dominariam e inocentes seriam varridos da face da terra.

– Que horror! – Rose exclamou.

– A profecia não menciona nomes – a diretora explicou – mas acredito que se refira a Lucy McCarthy.

– Mas ela não tá desaparecida? – Alvo indagou.

– Está foragida – Lana respondeu. – Porém, creio que não vai demorar a reaparecer.

A tensão se espalhou pelo ambiente.

– E como podemos ajudar? – Teddy inquiriu – Essa tal profecia fala sobre nós?

– A profecia também fala que "somente quando passado e presente se fundirem, haverá a possibilidade de um futuro".

– Então – Rose começou – se unirmos nossas forças, conseguiremos derrotar McCarthy!

– Creio que sim – Lana assentiu e seu semblante se modificou.

– O que houve, mamãe? – Sofia perguntou, notando a expressão sombria no rosto da mãe.

– O final da profecia diz que "para que a luz da união seja capaz de extinguir as trevas, é necessário um grande sacrifício".

Todo mundo congelou.

– Então... – Sofia perguntou, rouca – Alguém vai ter que morrer?!

– Eu sinto muito, mas é o que parece – Lana confirmou, tristonha.

Todos se entreolharam outra vez, assustados. Alguém teria que morrer para que pudessem derrotar Lucy?

A aula especial seguiu em frente e Lana explicou os detalhes que conhecia sobre a inimiga, todas as teorias e suspeitas e a razão de tê-los trazido de uma época tão distante.

Quando saíram da sala atrás do espelho, não havia o menor sinal de entusiasmo em qualquer um deles e assim permaneceram durante a maior parte daquela semana. A ideia de que um deles teria que se sacrificar pelo bem dos demais passou a assombrá-los. Por que isso era necessário? Não havia possibilidade de todos viverem em paz?

O quadribol foi o que afastou tais pensamentos, pois na quarta-feira a escola entrou no clima da partida que se aproximava. Tiago e Michael, particularmente, se dedicaram com mais intensidade aos treinos, tentando esquecer esses assuntos medonhos. Na sexta, Michael repassou os esquemas e estratégias com os companheiros de time.

– Luke e Sílvio – ele se dirigiu aos batedores – não se preocupem com as artilheiras, podem deixar que a gente marca as garotas. Quero atenção total no Tiago, entendeu? Não podem deixar que ele capture o pomo!

Luke e Sílvio assentiram.

– André e Rutger – ele chamou os outros dois atacantes – nós vamos jogar no contra-ataque. Souza marca a Baptiste, Rutger marca a Liz e eu marco a Le Blanc. Temos que marcar muito pontos e sofrer poucos, nenhum se possível!

Os dois garotos concordaram.

– Snow, não tem o que dizer. Você sabe o que fazer.

O garoto alto e muito pálido fez um sinal positivo.

– John – ele se virou para o apanhador – Tenta achar o pomo antes do Tiago. Fica de olho nele também, se der atrapalha ele um pouco.

– Já sei o que posso fazer a respeito – John disse, confiante.

– Ainda bem que a Perséverer derrapou – Michael comentou, empolgado. – Se a gente vencer, estaremos na final. Só depende de nós!

Mais um sábado veio e a chuva finalmente deu uma trégua, embora o céu continuasse nublado.

– É isso aí, minha gente! – o narrador começou – Esse é o dia perfeito para uma partidinha de quadribol! Mas antes, vamos fazer um pequeno resumo sobre como está o Campeonato!

Os alunos aplaudiram energicamente.

– Vejamos – ele recomeçou – a Perséverer estava à frente, mas perdeu o jogo anterior e agora terá que disputar a Taça do Campeonato com o vencedor desta partida! O perdedor irá disputar o terceiro lugar com a Sage! Vamos descobrir quem avançará para a grande final, porque aí vêm eles!

Houve uma gritaria absurda nas arquibancadas.

– Pela Justé – o narrador anunciou – vêm Lane, Shaw, Fantoni, Smith, Souza, Mager e o capitão Michael Potter!

Os jogadores da Justé adentraram o campo sob os aplausos e as vaias.

– Do lado da Noble estão Lovegood, González, Ginnet, Baptiste, Le Blanc, Tonks e seu capitão, Tiago Potter!

De igual modo, eles foram aplaudidos e vaiados pelas torcidas ao entrar em campo.

– Os capitães das equipes se dirigem ao centro do campo, para o cumprimento – o narrador avisou.

– Bem, é isso – Michael falou, sorrindo. – Só um de nós seguirá vivo na competição.

– Que vença o melhor – Tiago disse, também sorrindo.

Assim que todos estavam em suas devidas posições, o jogo teve início.

A estratégia de Michael dera certo, em parte. Marcadas de perto, Clemence Baptiste e Justine Le Blanc não conseguiram fazer muita coisa. Dessa forma, Michael e os outros dois artilheiros da Justé conseguiram marcar muitos pontos. Só tinha um fator que impedia o plano de ser perfeito: Elizabeth e Lian. O garoto fez ótimas defesas, o que evitou que o time adversário conseguisse uma vantagem absurda; por outro lado, Elizabeth estava jogando de maneira espetacular e era realmente difícil contê-la. Nem as defesas importantes de Snow foram suficientes para detê-la. Mesmo assim, a Justé vencia por trinta pontos de diferença.

Mais acima, John revezava entre duas tarefas: tentar localizar o pomo e vigiar Tiago. Houve um momento em que John viu o pomo uns cinco metros atrás de Tiago e percebeu que o garoto não tinha notado nada. Porém, era arriscado tentar capturar a esfera alada naquele instante, senão Tiago sacaria e chegaria primeiro. Então tentou atrair o oponente para o lado oposto e fingiu ter visto algo perto dos aros defendidos por Snow.

O truque surtira efeito; Tiago saiu em disparada, perseguindo John. No entanto, John sabia que não era capaz de chegar ao pomo a tempo de apanhá-lo, pois a Thunderbolt de Tiago era muito mais veloz do que a sua Comet X300. Resolveu dar voltas e mais voltas para distrair o outro enquanto pudesse.

– Você me pegou nessa, John! – Tiago exclamou, risonho, voltando à posição inicial.

O pomo desaparecera de novo. John soltou um longo suspiro.

– Essa foi por pouco...

O jogo continuava e a Justé ainda estava na frente: Elizabeth não deixou de marcar, mas toda vez que fazia um ponto, a Justé fazia dois e assim o tempo foi avançando...

– A Justé está vencendo a partida, mas tudo pode mudar agora! – o narrador alarmou-se repentinamente – Parece que Potter avistou o pomo e mergulha para capturá-lo!

De fato, Tiago tinha localizado a bolinha brilhante a centímetros do chão e se lançara em seu encalço. John o seguiu, um pouco mais distante, sabendo dos balaços que não demorariam a aparecer. Luke Shaw e Sílvio Fantoni rebateram os balaços na direção do apanhador da Noble, que foi obrigado a fazer movimentos em espirais para escapar dos balaços furiosos; um passou raspando seu ombro esquerdo e sentiu o segundo passar zunindo perto da orelha direita. John conseguiu se aproximar de Tiago e tentou atrapalhá-lo, mas este o deixou para trás e apanhou o pomo com facilidade, fazendo a torcida da Noble explodir de felicidade. No lado oposto, a torcida da Justé amargava a derrota.

– Potter captura o pomo de ouro e a Noble vence por trezentos e noventa a trezentos e trinta! – o narrador anunciou, confirmando a vitória.

– Poxa, cara, não tem graça jogar contra você... – Michael choramingou, apertando a mão do primo. – Arruinou minha estratégia...

– Eu não! Se não fosse a Liz, a gente teria perdido, mesmo pegando o pomo – Tiago retrucou. – Ela é que é a nossa heroína.

– Eu queria enfrentar o Dragoni e dar-lhe o troco, mas parece que vou ter que deixar essa honra para você... – Michael lamentou.

Tiago sorriu.

– Gente, é hora da festa! – Hanna exclamou, abraçando Lian e Elizabeth – Vamos comemorar a noite inteira!



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