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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - Luz e trevas


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 58 - Luz e trevas


Oliver e Elizabeth alcançaram a entrada da passagem secreta, minutos depois. Seus patronos desapareceram assim que entraram na passagem. Em pouco tempo, já se encontravam atrás das estufas de Herbologia. Correram pelos jardins, passaram pelas grandes portas do Saguão de Entrada e deram de cara com Luke e Liliana, que acabavam de sair do Salão Principal.

– Gente, vocês voltaram cedo! – a morena disse ao ver os amigos, mas rapidamente notou algo estranho em suas expressões – Mas que caras são essas?

Oliver estava ofegante; o cabelo de Elizabeth estava laranja.

– Gente, o que houve?! – Liliana insistiu – Digam alguma coisa! Estão me deixando preocupada!

– Liz, você fica aqui e conta o que aconteceu – Oliver falou com urgência. – Eu vou falar com a diretora.

Elizabeth assentiu. Oliver subiu as escadas, apressado.

– Onde o Oliver está indo com tanta pressa? – Tiago Severo perguntou.

Ele e Snow se juntavam ao trio naquele momento.

– Vai logo, Liz! – a curiosidade de Liliana persistia – Fala o que foi que aconteceu!

Elizabeth começou a contar para os amigos todos os detalhes do que acontecera no vilarejo.


– Isso mesmo, assim que o Campeonato terminar vou para o Japão – Sofia disse, firme. – Vou convencer a Mel a voltar para a França!

A garota estava sentada, de frente para a escrivaninha. A diretora escutava o que ela falava, parada diante da janela.

– E como pretende fazer isso? – Lana questionou, observando os jardins – Que argumentos tem para persuadir sua prima?

– Eu sei que o Boneventura não quis beijar a Adeline, foi ela quem o agarrou de repente – a garota explanou. – Depois que a Mel viu os dois e saiu correndo, eu me escondi e ouvi o Miguel dizer para a Clermont que nunca quis nada com ela!

Lana lançou um olhar curioso à garota.

– E depois, nós conversamos e ele me garantiu isso.

– Interessante – Lana voltou a observar os jardins.

– O que é interessante, mamãe? – Sofia perguntou, olhando para a mãe.

– Não faz muito tempo, você se opunha extremamente ao namoro da sua prima – Lana recordou. – Dizia que Miguel iria decepcioná-la, que não era digno de confiança e agora está aqui, defendendo ele...

– Não estou defendendo ele! – a garota protestou, indignada – Só quero a minha prima de volta. Mesmo que seja necessário que eles dois fiquem juntos. Além disso, se ele é inocente, a Mel não tem razões para fugir. Eu só estou sendo justa...

Um leve sorriso se formou no rosto de Lana, mas Sofia não viu.

– Ah, tem mais uma coisa que eu quero falar – a garota prosseguiu.

– Pode dizer – Lana falou, cordialmente.

– A Clermont era...

Ela não conseguiu terminar a frase. Alguém que batia insistentemente na porta do escritório a interrompeu.

– Pode entrar – Lana deu a permissão e Oliver entrou.

– Professora Malfoy, aconteceu algo terrível! – o garoto exclamou, esbaforido.

– Conte o que houve, meu rapaz – a diretora pediu.

– Professora, eu não posso dar todos os detalhes agora, mas prometo que explicarei tudo direitinho assim que puder – ele ofegou.

– Conta logo, garoto! – Sofia exclamou, impaciente.

– É Maguille, professora! Foi tomada pelos dementadores! – Oliver contou, em tom alarmado – São muitos, centenas!

– Como?! – Sofia arregalou os olhos, perplexa – Que história é essa?!

– É verdade! – o garoto reafirmou, convicto – Eu estava lá e fui atacado! Consegui escapar por pouco!

– Vou avisar ao Ministério agora mesmo! – Lana falou, indo em direção à lareira.

– Até que os funcionários do Ministério apareçam, vai demorar praticamente um século e o pior pode acontecer! – Sofia contrapôs, nervosa.

– E o que você sugere? – Lana encarou a filha.

– Não sei... – a garota olhou para os lados, como se procurasse por algo – Eu vou lá!

– Sozinha? – a diretora indagou, com os olhos semicerrados.

– Realmente é uma péssima ideia – Oliver disse, pensativo.

– Estamos perdendo tempo! – Sofia berrou – Temos que fazer alguma coisa agora!

– Bom, acho que o pessoal do Clube de duelos já deve estar sabendo – Oliver comentou. – Encontrei o Luke e a Lili, lá no Saguão. A Liz tá com eles.

– Eu vou perguntar se algum deles vai comigo – Sofia avisou, caminhando em direção à porta. – Fala com o tio Pietro, mamãe!


Sofia encontrou os amigos no Saguão, aparentemente ansiosos por notícias.

– Eu estou indo para Maguille agora – ela falou para o grupo. – Vou ajudar as pessoas do vilarejo. Alguém vem comigo?

– Eu vou! – Tiago, Liliana e Snow disseram juntos.

– Se a Lili vai, eu também vou – Luke confirmou, abraçando a namorada.

– Eu também vou – Sorcha se juntou ao grupo.

– Eu só não vou com vocês, porque acabei de voltar de lá – Elizabeth disse, pálida. – Manter um patrono por muito tempo me deixou esgotada...

– Bom, vamos logo! – Sofia apressou os amigos.

– Eu quero falar com o Luke antes – Liliana avisou, segurando o braço do namorado. – Vão indo, que eu já alcanço vocês.

– Certo, vê se não demora – Sofia falou e saiu apressada, acompanhada pelo resto do grupo.

– O que você quer falar, Lili? – Luke perguntou, olhando para o grupo que se afastava.

– É o seguinte – ela começou. – Você vai ficar e ajudar a Liz e o Oliver. Eles estão enfraquecidos e precisam de ajuda.

– Oh, não, não precisa – Elizabeth se manifestou, constrangida. – Não quero atrapalhar, a gente pode se virar...

– De jeito nenhum – Liliana entesou, notando que a amiga não estava com uma cara muito boa. – O Luke vai ficar e ajudar vocês. Leva eles para a Ala hospitalar. – falou para o namorado.

– Não é melhor eu ir e você ajudar eles? – Luke sugeriu.

– Não, não quero nem pensar em perder a chance de chutar esses dementadores! – a morena exclamou, animada.

– Boa noite! – Rick apareceu, cumprimentando o trio.

– Boa noite – eles responderam.

– Vocês viram a Sofia por aí? – ele perguntou.

– Ela acabou de sair – Liliana respondeu. – Foi expulsar os dementadores.

– Dementadores?! – o garoto olhou para ela, franzindo a testa – Que brincadeira é essa, Potter?!

– Infelizmente não é brincadeira, Rick – Luke confirmou o que Liliana dissera. – Sofia acabou de sair com o pessoal, para expulsar os dementadores que invadiram Maguille.

– É verdade – Elizabeth também confirmou. – Acabei de voltar de lá. O vilarejo está cheio deles.

– Minha nossa, o que foi que deu nela?! – Rick exclamou, assustado – Tenho que ir atrás dela!

– Cuida da Liz! – Liliana recomendou ao namorado – Ei, espera aí, que eu vou também!

Rick saiu correndo em direção aos jardins e a garota o acompanhou.


Sofia e os outros já estavam perto da entrada do vilarejo, quando Rick e Liliana os alcançaram.

– Que ideia foi essa, So?! – ele perguntou à loira.

– Era a única coisa a se fazer – ela replicou, de cara amarrada.

– Mas devia ter me chamado! – ele rebateu – Vir sozinha?

– Tecnicamente, ela não está sozinha – Tiago comentou, formal. – Acho que mesmo que a gente fosse fantasmas...

– Não se mete, Potter! – Rick vociferou, irritado.

– Não deu tempo – Sofia falou, atenta a qualquer sinal de atividade incomum. – Tinha que vir o mais rápido possível.

Chegaram à entrada do vilarejo.

– Vamos nos separar em duplas, ok? – Sofia sugeriu.

– Eu vou com o Snow! – Liliana falou e os dois saíram para o leste.

– Eu vou com a So – Rick avisou e o casal saiu para o oeste.

– É, parece que somos só nós dois agora – Tiago constatou, ajeitando os óculos.

– Sem gracinhas, Potter – Sorcha o cortou.

Os dois seguiram rumo ao norte.


Alguns minutos mais tarde, Tiago e Sorcha chegaram à pracinha que ficava no centro do vilarejo.

– Realmente há dementadores por aqui – Tiago comentou, pronto para contra atacar.

– Como sabe disso? – Sorcha o questionou.

– O frio – ele respondeu. – E está mais escuro do que o normal...

– Potter! – a garota chamou o rapaz, andando devagar e olhando em volta, empunhando a varinha.

– O que foi? – ele perguntou.

– Eu tenho que confessar uma coisa – ela disse.

– Pode contar – o garoto falou, também olhando em volta.

– Eu só vim porque estava disposta a ajudar – ela começou – mas eu não consigo executar o feitiço do patrono corretamente.

– Como assim? – ele não tinha entendido.

– Meu patrono é disforme – a garota explicou. – É que eu não tenho... Eh... Uma lembrança feliz...

– Não tem lembranças felizes? – ele indagou.

– Bom, as únicas que eu tenho não são fortes o suficiente para produzir um patrono com forma – ela lhe revelou, num tom que lhe pareceu inocente. – É o único feitiço que tenho dificuldade...

– Hum, acho que isso não vai ser problema – Tiago falou, porém sabia que não achava isso realmente.

Eles ouviram o som de uma respiração agonizante, que parecia se multiplicar pelas ruas do vilarejo, que tinha um ar de cidade fantasma agora. Tiago e Sorcha ficaram quase colados, as varinhas erguidas. A horda de seres encapuzados veio se aproximando, veloz e pronta para o ataque...

– Temos que nos manter calmos e concentrados! – Tiago aconselhou.

Expecto Patronum! – Sorcha ordenou, quando o primeiro dementador avançou nela.

Um enorme escudo branco-prateado irrompeu da varinha da garota. O dementador colidiu com o escudo luminoso e recuou uns dois metros. O patrono-escudo diminuiu de tamanho e quase desapareceu por completo, quando mais dois dementadores avançaram, tentando romper a proteção.

– Essa não! – ela guinchou, ao ver outros dementadores vindo ao seu encontro.

Expecto Patronum! – Tiago berrou.

Uma luz muito forte irradiava da varinha do garoto. Um enorme cervo reluzente, que parecia flutuar, apareceu e se colocou entre Sorcha e os dementadores.

As criaturas paralisaram.

– Eles sabem que não vai durar para sempre – Tiago sibilou, concentrado. – Estão esperando o patrono se dissolver, para poderem atacar. Temos que sair daqui...

– Eles estão aqui! – alguém gritou.

Liliana e Snow vinham correndo, com as varinhas erguidas.

Expecto Patronum! – os dois exclamaram.

Os animais prateados saíram de suas varinhas, um corvo e um lobo branco, e dispararam em direção aos dementadores. Tiago ordenou que seu patrono também avançasse. Os dementadores começaram a recuar.

– Ah, mas vocês não vão escapar! – Sofia berrou, avançando com firmeza.

Ela e Rick se juntaram aos amigos, apontando as varinhas na direção das criaturas, que tentavam fugir das investidas dos animais brilhantes. A loira conjurou um grande cavalo prateado; o patrono de Rick era um falcão de asas largas. Os dementadores estavam atordoados, não sabiam por onde escapar.

Bateram em retirada e não restou um dementador sequer no local. Os patronos continuaram brilhando intensamente, voltando para perto do grupo.

– Será que ainda tem mais algum escondido por aí? – Liliana indagou, observando o corvo prateado que havia conjurado.

– É melhor se certificar de que não sobre nenhum no vilarejo – Tiago disse, sério.

– É melhor mesmo – Sofia concordou.

Simultaneamente, eles acenaram para os seus patronos, que foram aumentando o brilho, de forma que a luz ofuscante se expandiu e envolveu o vilarejo.

Aos poucos, a luz foi diminuindo. Os patronos haviam desaparecido.

– Conseguimos! – Sofia exclamou, satisfeita.

Portas e janelas foram se abrindo. Os moradores do vilarejo saíram de suas casas, para ver o que havia acontecido.

– Eles expulsaram os dementadores! – alguém falou e a multidão fez um alvoroço, comemorando.

Todos estavam contentes. Nesse momento, os aurores chegaram, aparatando.

– É, tá na hora de voltar para a escola, pessoal – Rick disse.

No entanto, eles sentiram que seus joelhos não eram mais capazes de sustentar o peso do corpo e suas vistas iam escurecendo. Seus sentidos os abandonaram e eles não viram mais nada.





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