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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - A final da Taça de Quadribol


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 60 - A final da Taça de Quadribol


Michael não ficou tão chateado com a derrota como achou que ficaria. Até riu, ao analisar tudo o que acontecera no Campeonato. Chegou à conclusão de que não fora questão de um time ser superior ou inferior ao outro, pois muitos dos jogos foram decididos pela sorte (ou pela falta dela). De qualquer forma, agora só restava assistir à final, no dia seguinte.

Os alunos da Sage compartilhavam da mesma opinião. Sabiam que sua brilhante equipe tinha condições de conseguir uma colocação bem melhor, mas parecia que algo maior que seus talentos tinha decidido que não era para acontecer. Talvez fosse o destino... Mesmo assim, comemoraram a conquista do terceiro lugar com grande felicidade.

Hugo Sângster foi, de longe, o jogador que mais recebeu atenção na festa. Todos parabenizaram o rapaz pela defesa que impediu o empate da Justé.

– Só cumpri meu dever – ele dizia, modesto.

As artilheiras também receberam os parabéns e muitos elogios, principalmente dos garotos do sexto e sétimo ano. A fama de serem excelentes jogadoras era incontestável, uma vez que a equipe da Sage terminava aquela competição como o time que marcou mais pontos (sem contar os pontos dados pela captura do pomo).

Mesmo não tendo alcançado as melhores posições no Campeonato, os alunos da Sage e da Justé não se abalaram, até porque não houve tempo para tristeza. Todos estavam ansiosos para assistir à final; finalmente veriam se a Noble seria campeã mais uma vez, ou se a Perséverer conseguiria pôr um fim à hegemonia da equipe de Potter.

Embora tivesse comandado bem o time durante os treinos, Sofia parecia distante ultimamente; seus pensamentos estavam longe do quadribol, da França... Estava muito mais empenhada em planejar a viagem para o Japão, que ela faria depois do fim do Campeonato. Ela nem sentiu vontade de assistir ao jogo, naquele sábado; só tinha ido por causa de Rick, que sempre a apoiava nos jogos, mas quase não prestou atenção na partida. Somente quando ouviu a torcida gritar, ao ver John capturando o pomo, é que a garota percebeu que o jogo havia terminado.


O dia seguinte começou bem agitado, principalmente por causa da edição da Gazeta Voadora, que trazia entrevistas polêmicas com Rafael e Tiago. Em certo trecho, foi perguntado a Rafael o que ele achava de enfrentar Tiago na final. O garoto respondeu:


"Potter não é isso tudo que vocês pintam. Eu mesmo o tirei de uma partida e minha equipe saiu vitoriosa do confronto. E não fui o único a fazê-lo. Sei que poucas foram as vezes em que vimos ele ser chutado, mas eu acredito que tenha sido mais por falta de empenho de seus adversários do que por seu próprio mérito. Ele não é invencível."


A declaração de Rafael encheu a torcida da Perséverer de ânimo. Entretanto, os alunos da Noble gostaram da resposta que Tiago dera, quando questionado sobre o que pensava da afirmação do rival:


"Hum, eu acho que todos têm direito de falar o que querem. Penso que estamos empatados: ele me tirou do jogo num momento de distração. Sim, admito que eu vacilei, mas ele não pode refutar os resultados que obtive nesses anos. Nunca perdi uma captura de pomo. De qualquer forma, cada jogo é único. posso afirmar algo com total certeza quando o Campeonato acabar."


As declarações criaram um clima de tensão que envolveu a escola inteira e debates acalorados ocorreram com muita frequência naquela manhã. No entanto, os jogadores preferiram passar a maior parte do tempo em repouso, longe da agitação, e só começaram a se preparar no final da tarde. A novidade era que o jogo final teria início no crepúsculo.


Eram cinco da tarde quando os alunos lotaram as arquibancadas, cheios de entusiasmo.


Às cinco e vinte, Sofia e Rick se juntaram ao time da Perséverer, no Saguão de Entrada, para descerem aos vestiários. Nesse momento, dois homens passaram pelas portas de entrada: Pietro Malfoy vinha conversando com um homem alto e magro; era pálido e seus cabelos curtos eram negros como noite sem lua. Aparentava ter uns quarenta e poucos anos e vestia um elegante terno verde-escuro.

– Olá, meus jovens! – o ministro cumprimentou a equipe.

Todos responderam ao cumprimento.

– Quero que conheçam o Sr. Tom Riddle – Pietro apresentou o homem elegante aos jogadores. – Ele é o Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia do Ministério inglês e veio para assistir à final.

Todos cumprimentaram o Sr. Riddle. Ele fez um leve movimento com a cabeça, inexpressivo. Seu olhar recaiu sobre a loira.

– Bom, não vou atrasar vocês, nós já vamos indo... – Pietro ia dizendo, porém Sofia o interrompeu.

– Tio, espera um pouquinho, por favor – ela pediu.

Pietro olhou para Riddle. O homem não fez nenhuma objeção, então eles permaneceram parados, esperando.

– Pessoal – ela falou para o time – Vão indo na frente, que eu já encontro vocês, ok?

Eles assentiram e deixaram Sofia, Rick, Pietro e Riddle para trás.

– Vocês estão indo falar com a mamãe? – Sofia indagou.

Pietro hesitou por um instante, antes de responder:

– Acho que não faz mal contar para vocês – ele começou – mas não vão sair espalhando por aí, certo?

Sofia e Rick fizeram sinal positivo.

– O Sr. Riddle também veio para ajudar na organização do Torneio Tribruxo – Pietro contou. – Vamos acertar os detalhes para começar a organização do evento.

– Torneio Tribruxo... – ela repetiu. – E quando vai ser?

– Ah, isso eu não posso falar agora – Pietro explicou – mas vocês saberão, em breve.

A garota ficou pensativa.

– Bem, vamos indo – Pietro falou, olhando para Riddle. – Vou apresentar Lana ao Sr. Riddle e ainda tenho que fazer um discurso na abertura da...

– Posso falar com o Sr. Riddle? – a loira perguntou, atropelando o tio – Em particular?

Pietro arqueou uma sobrancelha, surpreso com aquele pedido repentino. Mas não havia sinal de espanto nas feições de Riddle.

– Eu prometo que vai ser rápido... – ela fez uma cara manhosa, puxando o braço do tio – Vai, deixa...

– Você não tem jeito mesmo, So – o loiro comentou, rindo. – Eh, se o Sr. Riddle não se importar...

– Por mim, tudo bem – Riddle disse, sério.

– Mas não demora, So, ou acabaremos atrasando o início da partida – o tio aconselhou.

Sofia e Riddle saíram do Saguão e foram para o jardim.

– Ainda se lembra de mim, Riddle? – a garota inquiriu, sorrindo.

– Claro que lembro, Malfoy – ele respondeu, também sorrindo.

– E aí, tudo em cima, Riddle? – ela tornou a perguntar – Já faz uns cem anos que não nos vemos, hein? Você tá bem conservado...

– Você não deveria se surpreender tanto – o homem comentou, sarcástico. – Afinal, aquele seu livro foi realmente útil...

– Fico feliz que tenha dado certo – Sofia disse, contente. – Vai conversar com a mamãe?

– Vou – ele respondeu. – Na verdade, teremos muito que conversar.

– Boa sorte, Riddle – ela desejou.

– Boa sorte no jogo, Malfoy.

– É melhor a gente ir, antes que o tio Pietro me dê uma passagem só de ida para Azkaban!

Os dois retornaram para o Saguão, onde Pietro e Rick os aguardavam. O casal se despediu dos dois homens e foram para o campo.

– Sinto saudades da época em que eu jogava... – Pietro comentou, nostálgico.

– Jogou no time de sua Casa? – Riddle perguntou, pouco interessado.

– Fui apanhador – Pietro respondeu, pensativo. – Ganhamos a Taça três vezes seguidas. Bem, vamos ao escritório da diretora.

Os dois começaram a subir a escadaria, conversando sobre assuntos políticos.


As equipes aguardavam ansiosamente pelo início da partida, nos vestiários. Quando o relógio marcou cinco e meia, eles escutaram a voz do narrador:

– Senhoras e senhores, está chegando o grande momento! – ele começou, animado – Hoje Beauxbatons conhecerá o time campeão!

A torcida se agitou nas arquibancadas.

– Mas antes, vamos ouvir o pronunciamento de Vossa Excelência, ministro da Magia, Pietro Malfoy! – o narrador anunciou.

O discurso do ministro durou cerca de vinte minutos. Todos escutaram com muita atenção e aplaudiram vigorosamente quando o pronunciamento terminou.

– Muito bem – disse o narrador, retomando a palavra – depois das palavras inspiradoras do ministro Malfoy, é hora dos nossos heróis entrarem em campo! Vamos chamá-los!

A multidão voltou a se agitar.

– Quero ver animação, porque vem aí o time da Perséverer! – o narrador informou – Boneventura, Lanet, Dragoni, Lemaitre, Chantin, Ferreira e Malfoy!

A torcida da Perséverer vibrou; muitos alunos da Sage e da Justé também aplaudiram.

– E agora é a vez da Noble! – o narrador chamou a outra equipe – Lovegood, González, Ginnet, Le Blanc, Baptiste, Tonks e Potter!

Agora era a torcida da Noble que fazia barulho, juntamente com alguns outros da Sage e da Justé.

– De uma forma ou de outra, essa noite entrará para a história! – o narrador empolgou-se – Será que a Noble se tornará heptacampeã ou o time da Perséverer vai roubar a cena? É o que veremos logo, logo!

Como era costume, os dois capitães se direcionaram ao centro do campo, para cumprimentarem-se. Sofia parecia bastante determinada a vencer a partida, mas nada se comparava ao brilho maníaco que Tiago tinha nos olhos. Os dois se deram as mãos e, sem falar nada, se afastaram, cada um indo para seu lado do campo. Todos montaram suas vassouras e ao som do apito (que soou religiosamente às seis da tarde), levantaram voo.


Foi um jogo muito disputado. Desde os primeiros minutos, as duas equipes se atacaram abertamente. Aos trinta e cinco minutos de jogo, o placar indicava quarenta pontos para a Perséverer e trinta para a Noble.

– Ferreira tem a posse da goles – o narrador passou para os espectadores – driblou Baptiste, aaahh... Belo balaço de Ginnet!

A torcida da Perséverer prendeu a respiração, porém relaxou ao ver que João Ferreira continuava no jogo.

– Agora Tonks tem a posse da goles, não... É Le Blanc... Tonks de novo... É a famosa Formação de ataque Hawkshead!

A torcida da Noble empurrou o time. Os torcedores da Perséverer ficaram apreensivos.

– E Tonks leva a melhor! – o narrador anunciou mais um ponto da Noble – Gol da Noble! Noble consegue empatar!

Mais acima, Sofia viu Tiago procurando pelo pomo e teve uma ideia: ela deu uma guinada e disparou veloz, em direção ao chão; Tiago a seguiu imediatamente. Os dois desciam numa velocidade assustadora e quando estava a meio metro do chão, a loira brecou bruscamente, planando. Ela esperou pelo som do forte baque, mas o som não veio.

– Boa tentativa, Sofia – o garoto falou rindo, planando centímetros acima dela. – Mas nessa você não me pega.

– É, Malfoy tentou a Finta de Wronski, mas Potter não caiu na dela! – o narrador comentou, jocoso.

Vendo que seu plano não funcionara, ela voltou a procurar pelo pomo, porém não havia sinal da bolinha.

– Lemaitre carregando a goles, passa para Chantin, que devolve, agora está com Ferreira, Lemaitre outra vez, ela prepara... Arremessa... Grande defesa de Lovegood!


Alguns minutos se passaram, sem alteração no placar. Lian e Miguel estavam se saindo muito bem, fazendo ótimas defesas. Bella tentou marcar novamente...

– Mais uma defesa sensacional de Lovegood! – berrou o narrador e a torcida da Noble começou a gritar o nome de Lian.

"Droga, já esbarrei no Lian duas vezes!" a garota pensou, tentando encontrar um jeito de penetrar as defesas do adversário. Então, uma ideia surgiu, mas era muito arriscado... Mesmo assim, tinha que tentar.

– Le Blanc marca para a Noble! – o narrador computou outro ponto – Noble na frente! Cinquenta a quarenta!

A reposição era da Perséverer. Bella se posicionou de modo que pudesse receber a goles e partir em direção a Lian, sem que algum marcador a atrapalhasse.

E assim aconteceu. Ela se viu frente a frente com Lian; ele era a última e única defesa que a Noble possuía naquele instante. A garota parou e arremessou a goles para cima. Lian ficou apreensivo, sabia o que aquilo significava...

– Não acredito que ela vai ter coragem... – o narrador estava com os olhos arregalados. Ninguém acreditou no que estava vendo. – Sim! Ela vai tentar a Pancada de Fingbourg!

A goles veio caindo, enquanto Bella saltava da vassoura e a usava como bastão. Ela acertou a bola, que ganhou uma velocidade absurdamente alta. Lian tentou defender como pôde. A goles (que mais parecia ser um balaço agora) o atingiu em cheio no rosto e ele despencou, desacordado.

– Minha nossa, Lovegood defendeu a Pancada de Fingbourg! – o narrador gritou, incrédulo – Mas pagou um preço caríssimo! A Noble está sem goleiro!

Aproveitando o rebote, a Noble marcou outra vez.

– Baptiste marca para a Noble! – o narrador contabilizou – Sessenta a quarenta!

Entretanto, a vantagem da Noble não durou muito. Sem Lian, a equipe começou a sofrer gol atrás de gol. Também houveram outras baixas: Rafael acertou a vassoura de Tonks e ela caiu; Justine Le Blanc foi acertada por um balaço de Lanet; do outro lado, Ginnet conseguiu tirar Chantin do jogo.

– Isso é que é jogo digno de uma final de campeonato, minha gente! – bradou o narrador – E a Perséverer vai vencendo por duzentos a sessenta!

"Ainda não está perdido!" Tiago pensava, quase que de forma obsessiva. "Eu preciso encontrá-lo já!"

Seu pedido fora atendido, embora não tivesse vindo da forma que esperava. O pomo ziguezagueava ao lado de Rafael Dragoni. Tiago aspirou o ar selvagem, enchendo os pulmões e,  tomando coragem, se lançou na direção do rival.

Rafael notou a movimentação de Tiago e rebateu um balaço com toda a força que tinha contra ele. Errou por milímetros. Sofia, que perseguia Tiago, por pouco não foi atingida também. Lanet também rebateu um balaço na direção do garoto, mas Tiago desviou com destreza. Ele esticou o braço direito, a mão aberta; Rafael, não vendo alternativa, levantou o punho fechado. Tiago não se intimidou, continuou avançando...

Rafael fintou um soco. No entanto, naquela velocidade, errou a finta e acertou o soco. Tiago despencou da vassoura, o nariz sangrando.

– Penalidade contra a Perséverer! – o juiz berrou, com o apito na mão, mas não havia mais necessidade de cobrar faltas.

Levicorpus! – Lana Malfoy murmurou, com a mão estendida na direção dele, que sentia como se mãos invisíveis o mantivessem suspenso no ar.

Aos poucos, ele foi descendo e quando seus pés tocaram o chão, ergueu a mão e revelara o pomo de ouro.

Logo em seguida, pareceu que uma grande explosão tinha acontecido: os torcedores invadiram o campo, berrando, chorando de felicidade, aplaudindo e Liliana gritando “Toma essa! Sete vezes!”, quase não dava para ouvir o narrador anunciando o final da partida:

– Potter captura o pomo de ouro e a Noble é a campeã deste ano! Campeã pela sétima vez consecutiva! Noble vence a Perséverer por Duzentos e dez a duzentos!




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