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História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - Buscando poder


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 64 - Buscando poder


A porta do bar se abriu mais uma vez. Um homem alto e esguio, de cabelos louros e pele clara entrou, acompanhado por outro loiro, mais baixo e corpulento. Escolheram a mesa vaga, perto da porta e, puxando as cadeiras, sentaram-se. O dono do bar veio caminhando até eles e perguntou com a voz grave, enquanto enxugava um copo de vidro:

– O que vão querer?

– Qualquer bebida quente que você tiver aí – respondeu o mais alto, olhando para a prateleira repleta de garrafas atrás do balcão.

– Eu vou querer um Kvass – disse o outro, olhando fixamente para frente.

– O Kvass acabou – informou o dono do bar. – Só teremos mais amanhã.

– Hum... Então traz uma vodka mesmo – o mais baixo refez o pedido.

– Certo, trago num minuto – o dono do bar se virou e voltou para detrás do balcão.

– Amanhã... – o homem baixo e corpulento murmurou, com um brilho estranho nos olhos.

– Kvass? – sussurrou o alto, observando o movimento no local.

– É uma boa bebida... Já estive por essas bandas antes – o baixo explicou quando o mais alto fez cara de quem não entendera como conhecia a tal bebida.

– Sei...

– Está demorando – o homem baixo comentou, ligeiramente irritado.

– Fica frio – o alto grunhiu. – Temos que esperar a hora certa. Nós já não combinamos tudo?

O loiro mais baixo fez um barulho de impaciência com a boca.

– É melhor que ela não demore muito – ele murmurou. – Faz tempo que não faço um exercício...

– Pelo jeito, só os dementadores andam se divertindo ultimamente – comentou o loiro alto, com um sorriso cínico.

Todas as mesas estavam ocupadas agora: na mesa mais próxima estavam três homens, tomando algum tipo de sopa; na mesa seguinte, cinco rapazes bebiam e conversavam distraidamente; mais adiante, um homem com cabelos grisalhos e com aparência desleixada ocupava a quarta mesa, solitário e amargurado, bebericando uma bebida escura; na última mesa, sete homens jogavam conversa fora, alegres e claramente embriagados.

No balcão, dois dos cinco banquinhos estavam ocupados. Seus ocupantes tinham os olhos vidrados, discutindo sobre alguma coisa que passava no televisor, que estava sobre a ponta direita do balcão.

O dono do bar retornou trazendo os pedidos.

– Pode deixar a garrafa – o mais alto falou.

O dono do bar arqueou uma sobrancelha, mas assentiu e regressou ao balcão.

– Sério, ela sabe que não deve demorar ou o efeito vai passar – o baixinho tornou a reclamar.

– Calma, homem – o loiro mais alto aconselhou. – Temos mais ou menos uma hora antes que efeito acabe...

Ele nem tinha acabado de falar ainda quando a porta do bar voltou a se abrir. Uma mulher alta e loira, com belos olhos azuis, entrou e caminhou até o balcão, sentando em um dos banquinhos disponíveis. Ninguém pareceu ter notado sua chegada, exceto o dono do bar e os dois homens na mesa junto à porta. Todos os outros estavam concentrados em suas conversas ou em seus copos. O dono do bar logo lhe serviu um copo da melhor bebida que tinha no estoque.

– Por conta da casa – ele disse para ela, com um leve sorriso.

– Obrigada – ela agradeceu, com uma voz suave e melodiosa, tomando um bom gole da bebida esverdeada.

– Desculpe a falta de educação, mas eu estou curioso – o dono do bar puxou conversa. – O que uma moça tão bonita faz num lugar como esse?

– Eu estudo lendas e gosto de visitar os lugares de onde elas vêm – a loira respondeu e bebeu o conteúdo que restava em seu copo.

– Lendas... – o dono do bar olhou para ela, intrigado.

– Dizem que nessa região há uma lenda antiga e talvez você possa me ajudar – a mulher falou, seus olhos brilharam. – Você conhece essa lenda?

O dono do bar refletiu por alguns segundos, antes de começar a falar:

– É realmente uma lenda muito antiga – ele disse, pensativo. – Somente as pessoas mais velhas do vilarejo a conhecem.

– Pode me contar o que sabe sobre ela? – a loira pediu.

– A lenda diz que nas florestas dessa região mora uma bruxa – ele começou. – Uma mulher muito velha e má, que enfeitiça e devora as pessoas que se arriscam a entrar em seu território.

A mulher ouvia cada palavra com bastante atenção, quase não piscava.

– Alguns dizem que ela tem preferência por crianças, mas que pode atacar qualquer um que topar com ela.

– Entendi – a loira sibilou, ficando pensativa. – E o que dizem sobre os poderes dela? Tem algum jeito de derrotá-la?

– Hum, existem muitas versões sobre a fonte dos poderes dela – o dono do bar continuou. – Alguns dizem que vêm das poções mágicas que ela faz com o sangue das vítimas. Outros afirmam que seus poderes vêm de um bastão mágico que ela carrega.

– Existe outra versão? – ela não escondeu a curiosidade.

– Tem sim – ele confirmou. – Existe uma terceira versão que diz que os poderes dela vêm de um antigo e poderoso amuleto.

– Amuleto? – um estranho brilho surgiu nos olhos da loira.

– Ô, do balcão! – gritou um dos sete homens na mesa ao fundo – Traz mais uma rodada aí!

Os sete perceberam a presença da mulher e se puseram a cochichar, lançando olhares maliciosos na direção dela.

– Volto num instante – o dono do bar disse e saiu para servir os homens.


– Onde foi que eu parei? – o dono do bar retomou a conversa com a mulher, servindo-lhe mais um copo.

– O amuleto – ela o lembrou, risonha.

– Ah, sim – ele recomeçou. – Existem estórias sobre esse amuleto.

– Quais estórias? – ela se mostrava cada vez mais curiosa.

– Os mais velhos contavam que um mago havia selado um poder sombrio num diamante – ele prosseguiu. – Quando ele morreu, esse diamante sumiu e ficou desaparecido por anos. Mas dizem que esse tal diamante está com essa bruxa e que a torna invencível.

"Tem quem diga que, certa vez, um poderoso bruxo entrou na floresta, para enfrentá-la e roubar o diamante enfeitiçado. Nunca mais foi visto".

– E esse diamante está em um anel, colar, coroa? – a mulher indagou.

– A lenda fala que a pedra mágica foi transformada em um colar, que ela não tira nunca do pescoço – ele esclareceu.

Um dos sete que estavam na última mesa, se levantou, caminhou até o balcão e se sentou ao lado da mulher. O cheiro forte de álcool se espalhou. A mulher o ignorou e continuou a conversar com o dono do bar.

– E essa floresta onde ela vive fica...? – a loira inquiriu.

– Fica a 84 km, para o norte – o dono do bar respondeu. – Mas eu aconselho que você não vá lá.

– Por que não? – ela questionou, sorrindo – Acredita na lenda?

– Não – o dono do bar respondeu novamente. – Porém, mesmo que não tenha uma bruxa maligna por lá, a floresta é perigosa demais e você pode acabar se perdendo.

– E aí, gata – o homem sentado ao lado dela se manifestou, o cheiro de álcool ficou mais forte. – Tá querendo ir à floresta? Eu posso te levar lá...

A loira continuou ignorando a presença dele.

– Não se preocupe – ela falou para o dono do bar e bebeu mais um copo. – Já estive em lugares bem piores...

– Vem comigo, gata, que eu te levo aonde você quiser ir – o bêbado persistiu, passando a mão na coxa dela.

– Ei, cara, melhor voltar para sua mesa! – o dono do bar exclamou, apontando para a mesa.

– Se você não tirar essa mão daí, você vai ficar sem ela – a loira sibilou e sua voz deixara de ser suave.

– Sua vaca, eu sei que você gosta disso! – o bêbado berrou, chamando a atenção de todos.

Ele agarrou o braço dela e tentou puxá-la para si; o dono do bar pensou em avançar no bêbado, mas não teve tempo: a loira se livrou das mãos do homem tão rápido que ele não teve reação. Ela já estava com a varinha apontada para o peito dele; um jorro de luz verde e o bêbado desabou no chão. 

Os amigos do morto se levantaram de um salto, os olhares indo do amigo estirado no chão para a loira, que tinha uma expressão de imenso prazer no rosto; os cinco rapazes da terceira mesa paralisaram; um dos três homens da segunda mesa caiu da cadeira; os dois homens na primeira mesa também se levantaram. No entanto, suas expressões eram tranquilas, pareciam se divertir com a cena; tinham as varinhas em mãos.

– O que tá acontecendo aqui?! – o dono do bar se perguntou.

– Acontece que algumas lendas são reais, querido – a loira disse, ainda olhando para o corpo inerte com satisfação.

– V-v-você é... É uma bruxa?! – o dono do bar mal conseguia falar.

– Sabe, você foi um amorzinho, me contando o que eu precisava saber e os drinques – ela começou. – Eu poderia te poupar, mas você sabe demais. Que pena...

Mais um gesto com a varinha e o dono do bar também tombou, sem vida.

O pânico tomou conta do local.

– Silêncio! – a loira berrou e todos ficaram mudos. – Eu gostaria muito de passar mais tempo com vocês e brincar um pouquinho, mas eu tô com pressa, então... – a loira se virou para sair. – Ah, já ia me esquecendo...

Ela estalou os dedos e os clientes do bar recuperaram a voz.

– Não tem graça matá-los sem ouvir os gritos – ela deu um sorriso e se virou.

Os dois homens que estavam na primeira mesa se encontravam parados na entrada do bar. A aparência deles havia mudado: um era alto e gorducho, com cabelos castanhos, pele clara e olhos azuis; o outro era um pouco mais baixo, era magro e sua pele era escura; seus cabelos eram platinados.

– Se divirtam, rapazes – a loira falou para os dois, passando por eles. – Mas não demorem muito.

– Eles são só três! – berrou um dos homens na última mesa – Estamos em maior número! Vamos para cima deles!

Todos pareceram se encher de coragem, exceto o homem da quarta mesa, que não se moveu desde que chegou ao bar. Eles partiram em direção ao trio junto à porta, com cadeiras e garrafas nas mãos. Contudo, não conseguiram avançar um metro sequer; o gorducho sacudiu a varinha e um dos homens que investiam foi arremessado violentamente contra a parede oposta, apagando imediatamente. A coragem deles evaporou no mesmo instante e todos se encolheram.

– Vejo vocês por aí! – a loira jogou um beijo. – Ou não...

Ela ficou esperando do lado de fora, ouvindo os gritos e o barulho das pancadas.


Minutos depois, o gorducho e o homem de pele escura saíram do bar, com sorrisos largos.

– Até que deu pro gasto – o gorducho comentou, guardando a varinha.

– Menos o velho – reclamou o homem de pele escura. – Nem reagiu... Não teve nem graça matar aquele verme!

– Calma, rapazes – a mulher fez sinal para que eles a seguissem. – Ainda teremos muito tempo para nos divertir. Só que antes eu tenho que achar esse amuleto. Ele é a única coisa que pode me ajudar a derrotar a maldita Malfoy.




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