1. Spirit Fanfics >
  2. A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) >
  3. Férias na casa dos Tonks

História A Quinta geração de Harry Potter (Interativa) - Férias na casa dos Tonks


Escrita por: Laura-Higurashi e Suspenso

Capítulo 66 - Férias na casa dos Tonks


Elizabeth ficou feliz por reencontrar seus pais, quando chegou em casa. Naquela noite, a Sra. Tonks preparou um delicioso jantar em comemoração, pois estavam juntos outra vez, mesmo que só por alguns dias. Quando as duas semanas de férias acabassem, a garota teria de retornar à Academia de magia de Beauxbatons. Por isso, ela queria aproveitar bastante esse tempo sem aulas e trabalhos escolares. Sentia falta dos amigos, principalmente de Oliver, mas sabia que o garoto apareceria em algum momento, pois tinham combinado de se encontrarem nas férias.

Elizabeth ficou muito mais animada ao sentir o cheiro das torradas quando chegou à cozinha, na manhã seguinte. As habilidades culinárias da Sra. Tonks eram incontestáveis e para Elizabeth nada superava a comida feita por sua mãe, nem mesmo as deliciosas iguarias servidas na escola.

Na aparência, mãe e filha eram muito parecidas; uma era a versão mais jovem da outra, exceto pela cor dos olhos: Elizabeth tinha olhos grandes e verdes, iguais aos do Sr. Tonks, enquanto que os da Sra. Tonks eram cor de mel. Além do tipo físico, a moça também herdara da mãe uma rara habilidade mágica: a metamorfomagia, a habilidade de mudar naturalmente a aparência física e poder se transformar em qualquer coisa.

Dias após o nascimento, a menina já dava sinais de que possuía o mesmo dom de sua mãe. Então, sempre que a levavam para passear, lhe colocavam um gorro, para esconder os cabelos, que mudavam de cor a todo instante. Somente quando já tinha idade suficiente para entender as leis do mundo mágico, ela pôde finalmente abandonar o gorrinho.

As duas gostavam de mudar a cor dos cabelos periodicamente, fato que chamava a atenção dos vizinhos, no início. "Ah, é que elas gostam de pintar o cabelo regularmente, para mudar o visual" era a explicação que o Sr. Tonks dava, quando questionado sobre o assunto.

Na escola primária, Elizabeth não tinha muitos amigos, mesmo sendo uma menina alegre e (até certo ponto) extrovertida, porque todos achavam-na esquisita, já que seu cabelo aparecia com cores diferentes a cada semana. Só tinha uma amiga, chamada Rachel. As duas meninas continuaram a ser amigas mesmo depois de terminarem o primário e mudarem para escolas diferentes. Contudo, Elizabeth nunca contou para a amiga que era uma bruxa.

O Sr. Tonks tomou café apressadamente, deu um beijo na esposa, outro na testa da filha e saiu para trabalhar. Elizabeth acabou de comer e se pôs a ajudar a mãe com a louça suja. Passaram a manhã inteira organizando a casa, gastando mais tempo em fofocas do na organização propriamente, que era facilitada pelo uso da magia.

No início da tarde, a garota foi para o quarto e se jogou na cama. Embora não sentisse cansaço algum, acabou cochilando. Eram quatro e vinte da tarde quando acordou. Decidiu se aprontar e ir visitar Rachel.

Vestiu a primeira calça jeans que encontrou, pôs um moletom e um casaco por cima. Calçou uma sapatilha e saiu do quarto. Desceu a escada e viu sua mãe, sentada no sofá da sala, assistindo a TV.

– Tchau, mãe, vou à casa da Rachel, volto mais tarde! – a garota falou depressa, passando pela porta, quase correndo.

– Tudo bem, vai com cuidado! – a Sra. Tonks gritou, sem desgrudar os olhos do televisor.

O céu ganhara tons alaranjados naquela tarde e Elizabeth começou a admirar as nuvens, enquanto caminhava. Ela achou que aquela era uma visão espetacular. A casa da amiga ficava a duas quadras de distância da dela, então não demorou tanto para que chegasse lá. Bateu na porta e esperou, contemplando o firmamento.

Virou-se ao ouvir a porta se abrir.

– Liz! – uma garota de pele bronzeada e expressivos olhos castanhos exclamou, abraçando Elizabeth.

– E aí, Kel, como estão as coisas? – Elizabeth perguntou, retribuindo o abraço.

– Tudo ok – Rachel respondeu. – E você?

– Ah, eu tô bem – Elizabeth disse, sorrindo. – Tô de férias, então vim ver como você está.

– Entra, garota – Rachel convidou, dando espaço para que Elizabeth passasse.

Rachel conduziu a amiga até a sala e correu para a cozinha, reaparecendo logo depois, trazendo copos e uma garrafa de refrigerante.


As duas conversaram sobre muitas coisas: falaram sobre as escolas que frequentavam (Elizabeth obviamente omitindo vários pontos sobre Beauxbatons); daí começaram a falar sobre peso, pois Rachel achava que estava acima do peso, o que Elizabeth negou com veemência; falaram sobre suas famílias, voltaram a conversar sobre escolas (Rachel contou como estava sendo estudar em St. Marylebone, uma escola para garotas) e então o assunto se tornou garotos.

– Ah, ele é super legal e muito lindo – Elizabeth disse, quando Oliver se tornou o assunto da vez.

– Hum, nossa... – Rachel murmurou, jocosa, vendo que os olhos da amiga brilhavam, quando falava do namorado.

– Mas e você, Kel, tá com alguém também? – Elizabeth questionou, encarando a morena.

– Eu não! – a outra negou, firme – Vou passar um bom tempo sem pensar nisso!

– Mas por que, menina? – a garota de cabelo rosa olhou para a amiga com curiosidade.

– Estava saindo com um cara, que eu conheci nas férias do ano passado – Rachel começou a explicar. – Era bonito e no começo era legal, mas depois eu vi que era um chato. Só sabia falar sobre si mesmo, de um jeito muito irritante.

– Hum, entendi – Elizabeth grunhiu.


As duas ficaram conversando até sete da noite, quando os pais de Rachel chegaram. Elizabeth se despediu da amiga e prometeu que, assim que Oliver aparecesse, ela iria apresentá-los.


Na volta para casa, a garota notou que as ruas estavam mais escuras e desertas. Ela ficou alerta, atenta a qualquer movimentação estranha. Entretanto, logo chegou em casa.

– Liz, vem cá! – a Sra. Tonks a chamou, assim que cruzou a porta da sala.

– O que foi, mãe? – ela perguntou, se aproximando da mãe.

– Quero lhe pedir uma coisa – a Sra. Tonks se virou para encarar a filha, com uma expressão séria.

A moça estranhou. Raramente via essa expressão no rosto da mãe.

– Diga – ela respondeu para a mãe.

– Quando sair, tente voltar mais cedo – a Sra. Tonks pediu.

A garota fez cara de que não tinha entendido.

– Você sabe que eu nunca proibi nada e não vai ser agora que eu vou te proibir de sair quando quiser – a mulher acrescentou, ao ver a confusão no rosto da filha – mas as coisas não são mais como antes, estão acontecendo coisas estranhas ultimamente...

– Como assim? Que coisas estranhas? – Elizabeth inquiriu, intrigada.

– Tem feito muito frio, o que não é comum nessa época, e está escurecendo mais cedo que o habitual – a Sra. Tonks esclareceu. – Acho que você viu que as ruas estão bem escuras, não é?

– É, eu percebi – a filha respondeu, pensativa.

– Então, se quiser sair, pode sair, mas tenta voltar mais cedo, ok?

– Tudo bem...

A garota já ia se retirando, quando a Sra. Tonks se manifestou outra vez:

– Você achou que eu não ia ficar sabendo do que aconteceu em Maguille?

Elizabeth encarou a mãe.

– Eu ia contar...

– Não importa – a Sra. Tonks a interrompeu. – O que importa é que você está bem e aqui com a gente.

A garota sorriu.

– O papai também soube? – a indagação saiu automática.

– Graças a Deus, ele não soube, senão teria surtado – a mulher disse. – Mas eu fico mais tranquila sabendo que a professora Malfoy proibiu os passeios.

– Boa noite! – o Sr. Tonks chegara do trabalho, exausto.

As duas se entreolharam.

– Nossa, hoje foi um dia daqueles... – o homem resmungou, indo para a cozinha, acompanhado pela esposa.

Elizabeth avisou que ia para o quarto e subiu a escada.


Na quinta, Elizabeth acordou um pouco mais tarde.

– O papai já foi para o trabalho? – ela se sentou, ainda sonolenta.

– Já, sim – sua mãe respondeu, servindo-lhe chocolate quente.

– Nossa, dormi demais hoje...


Depois do café da manhã, alguém tocou a campainha e a Sra. Tonks foi atender, enquanto Elizabeth voltava para o quarto. Ela nem chegou a entrar nele, porque ouviu sua mãe gritando, lá embaixo:

– Liz, vem cá!

A garota deu meia volta e retornou para a sala. Ela viu que sua mãe não estava só; Oliver estava parado, junto da Sra. Tonks, com uma mochila nas costas. A garota arregalou os olhos e gritou, seu cabelo mudando rapidamente de cor:

– Meu Deus, Oliver! Você não pode me ver assim, eu estou horrorosa! – e saiu correndo, escada acima, trancando-se no quarto.


A garota reapareceu algum tempo depois, mais arrumada.

– Sacanagem da sua parte, mãe – ela olhou feio para a Sra. Tonks. – Fazer o Oliver me ver daquele jeito...

A Sra. Tonks e Oliver riram.

– Você fica linda de qualquer jeito – ele sussurrou para a namorada.

– Seu mentiroso! – ela deu um tapinha no ombro dele – Mas o que está fazendo aqui? Você não me avisou que vinha hoje!

– Hum, eu quis fazer uma surpresa – ele disse, abraçando a garota.

Na hora do almoço, o Sr. Tonks apareceu em casa, pois havia esquecido um documento importante e aproveitou para almoçar com a família.

– Então, esse é o rapaz de quem a Liz tanto fala? – o homem falou, olhando para Oliver.

– Pai! – Elizabeth corou e seu cabelo ficou vermelho.

– Ozanan – Oliver estendeu a mão para o Sr. Tonks. – Oliver Ozanan. Muito prazer em conhecê-lo, senhor.

O homem apertou a mão do garoto. Os quatro almoçaram juntos e Oliver ia respondendo as perguntas dos pais de Elizabeth.

– Bom, eu preciso voltar para o trabalho – o Sr. Tonks avisou, se levantando da mesa.

– Querido, já pegou o documento que veio buscar? – a Sra. Tonks questionou.

– Já tinha esquecido! – ele deu um beijo na mulher e correu para o quarto – Obrigado por me lembrar, querida!

O Sr. Tonks retornou, trazendo consigo o documento, se despediu da esposa, da filha e de Oliver e regressou ao emprego.


O fim da tarde já se aproximava e o casal de namorados resolveu passear pela vizinhança. Elizabeth levou o garoto para conhecer sua amiga, Rachel. Ela os convidou para entrar, mas Elizabeth recusou, dizendo que queria mostrar alguns lugares do bairro para o namorado e que não podia demorar, por causa do que sua mãe dissera, na noite de terça.

Rachel concordou, porém insistiu para que voltassem outro dia, para conversarem.

– Liz, me fala uma coisa – Rachel pediu, antes de o casal ir.

– O quê? – Elizabeth olhou curiosa para a amiga.

– Ele também é como você? – a morena perguntou.

– Como eu? Como assim? – Oliver e Elizabeth se entreolharam.

– Ele também sabe fazer mágicas, como você?

A cor do cabelo de Elizabeth ficou laranja.

– É... – a garota ficou sem fala.

– Ora, Liz, eu sempre desconfiei que você fosse uma feiticeira – a outra revelou, com um sorriso travesso. – E essa escola que vocês frequentam é uma escola mágica, não é?

O casal se entreolhou de novo.

– É sim – Oliver confessou. – Mas é segredo, hein?

Rachel fez sinal positivo.

– Bom, a gente vai nessa, mas amanhã nós passamos por aqui de novo – Elizabeth abraçou a amiga, se despedindo.


Os namorados passearam pelas ruas do bairro e depois de certo tempo, pararam numa lanchonete, para comer uma deliciosa torta de maçã.

– Oh não! – ela exclamou, olhando pela janela da lanchonete – A mamãe vai me matar! Já escureceu!

Oliver pagou a conta e os dois saíram apressados. Como na vez anterior, as ruas estavam muito escuras e desertas. E estava fazendo um frio imenso.

– O que está havendo por aqui? – a garota se perguntou – Não eram tão movimentadas, mas as ruas daqui não eram tão silenciosas e sem vida assim.

Oliver ficou apreensivo.

– E que frio é esse? – ela reclamou.

O garoto tirou o casaco que estava usando e o colocou sobre os ombros dela.

– Oliver – Elizabeth chamou, sussurrando.

– Diz.

– O que é aquilo ali, no final da rua? – ela apontava para um ponto fixo a frente.

– Pega a varinha, é um dementador! – o garoto berrou, sacando a varinha também.

– O quê?! Outra vez?! – a garota berrou, puxando a varinha.

Uns cinco dementadores se aproximavam com velocidade.

"Pense em algo feliz, só uma lembrança feliz!" Oliver dizia para si mesmo.

Expecto Patronum! – uma voz conhecida ecoou pela rua escura e silenciosa. Um brilho ofuscante surgiu e um unicórnio prateado atropelou um dos dementadores.

– Mãe?! – a garota olhou, atônita, enquanto a Sra. Tonks avançava com a varinha erguida.

No instante seguinte, o lobo e o leão prateados se juntaram ao unicórnio que galopava contra os dementadores, que foram dizimados.

Quando o perigo passou, Elizabeth se virou para a mãe e perguntou:

– O que a senhora está fazendo aqui, mãe?

– Vocês estavam demorando e eu resolvi vir procurá-los – a mulher respondeu. – Não tinha visto dementadores por essas bandas ainda, mas sentia que eles estavam próximos. Até os trouxas sentiram algo diferente no ar...

– Então era por isso que as ruas estavam tão vazias... – a garota refletiu.

– E você, mocinha, não me levou a sério, né? – a Sra. Tonks encarou a filha com uma expressão severa.

– Paramos numa lanchonete e nem vimos quando escureceu – Oliver argumentou. – Desculpe por ter feito a senhora se preocupar, Sra. Tonks.

– Sem problemas, mas vamos voltar, antes que seu pai chegue do trabalho!


Oliver ficou com a família Tonks até o sábado, quando retornou para casa.

– Na quinta, eu passo por aqui, para te levar na minha casa, para conhecer a minha família, certo? – ele disse para a namorada, ao se despedir.

– Combinado – ela concordou e deu um beijo nele.

A garota de cabelo rosa se sentia feliz, pois aquela eram as melhores semanas de sua vida, por estar perto daqueles que amava.




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...