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História A Rainha Dourada - Cersei Targaryen


Escrita por: tathi231286

Capítulo 9 - Cersei Targaryen


Havia repassado seu plano mentalmente diversas vezes, nada poderia dar errado, corria risco de vida se algo acontecesse.
Era o dia do casamento que infelizmente chegara, todos compareceram até mesmo a Rainha Rhaela e seu filho Viserys retornaram de Pedra do Dragão para assistir a cerimônia. O príncipe, e sua família trajavam as cores de sua casa como era de costume, também as vestia embora as cores não favorecessem em nada sua beleza, contudo se sentia grande pelo que estava prestes a fazer.
Seu irmão já esperava junto ao Septão, vestia se todo em cor de ouro , qualquer um afirmaria que havia saído diretamente de uma canção, sorria para todos, genuinamente feliz .Quase teve pena dele,que perderia sua mulher tão logo se casasse.
Em um gesto inconsciente ajeitou seu vestido onde guardara as lágrimas de Lys.
Estava ansiosa, embora conseguisse aparentar muita calma, depois do que pareceu uma eternidade finalmente o Alto Septão iniciou suas malditas ladainhas, e todos se calaram para a entrada de Lyanna Stark, Cersei sorriu para si mesma, o vestido da garota lobo era simples, de cor cinza e pouquíssimos detalhes, nada comparado ao que ela usara em seu próprio casamento, mas surpreendentemente ela sorria, quando seus olhares se cruzaram, a cadela virou o rosto sem ao menos disfarçar,apressando seus passos.
Rapidamente alcançou o centro do septo, onde Lorde Rickard Stark, entregou sua filha á Jaime.
Foram ditas as Sete preces, entoadas as Sete canções, e invocadas as Sete bênçãos pedindo a proteção dos Sete Deuses, então foi pedido que o casal repetisse o verso que era ensinado a todas as meninas pelas septãs desde a infância.
Lyanna não os sabia, no norte os selvagens não os ensinavam, estava visivelmente atrapalhada, provavelmente se perguntava pra que diabos tudo aquilo, apesar do nervosismo viu ela segurar as mãos do futuro marido, com cumplicidade, e juntos entoraram:
— Pai, mãe, donzela, guerreiro, ferreiro, a velha e o estranho, nos guiem em todos aspectos da vida abençoando essa união.
A intimidade entre os dois, e o modo como se olhavam, foi a confirmação do que precisava fazer.
O irmão tirou de seus ombros o manto da casa Stark, entregando-o a Lorde Rickard, em seguida a vestiu com o manto Carmesim da casa Lannister.
— Com esse beijo empenho meu amor- Jaime Lannister disse a beijando,o gesto durou um tanto mais do que era apropriado, só sendo interrompido quando ouviram-se risadas, e assobios dos presentes.
Se afastaram contrariados , e seguiram para o banquete, Cersei estava cada vez mais apreensiva, agora realmente começava seu plano, dirigiu se então a pequena criada que tinha subornado, há algum tempo criava a menina perto dela, e cuidava de suas necessidades em troca de pequenos favores, como ouvir atrás das portas e mandar pequenos recados entregou discretamente as lágrimas, sem saber o que era a menina as guardou atenta de forma que ninguém as visse, Cersei seguiu então para o estrado onde todos já estavam sentados,comeram e beberam felizes com seus convidados,e a leoa esperou o momento certo, para chamar a menina a mesa pegando as taças que ela trazia, só depois disso, falou em alto e bom som, fazendo com que todos caíssem em silêncio :
— Gostaria de propor um brinde aos noivos- seguiram-se palmas e gritinhos, ela esperou que se fizesse silêncio novamente- Meu irmão não poderia desejar uma esposa mais adequada-percebeu que o gêmeo a espreitava tentando adivinhar suas intenções- Vamos beber á felicidade dos dois!-pegou os cálices da bandeja reparando que a criada fazia um sinal quase imperceptível, para a taça envenenada, entregou a taça das ametistas a cunhada, e a outra a Jaime, pegando a terceira e erguendo ao alto.
Foi aí que tudo desmoronou. Aerys, seu sogro louco, pegou a taça das mãos da nortenha, gritando para todos.
— O Rei deve brindar também, me dê essa taça querida!- estava claramente alterado pela bebida que já havia consumido, quis gritar para que ele não bebesse, todavia entregaria sua cabeça em uma bandeja se o fizesse,então assistiu inerte o homem beber todo o conteúdo do copo, sorriu para a platéia, não levou mais que alguns segundos até que começasse a engasgar , caiu arranhando sua garganta, enquanto começava o pandemônio. Pessoas corriam de um lado para o outro sem saber o que fazer, enquanto o marido segurava a cabeça do pai gritando desesperado.
“Não, não, eu queria matar ele" se desesperou " era aquela cadela Stark, ela que merecia morrer!" sua face nada demonstrava , porém por dentro ela estava em pânico.
O Meistre chegou rapidamente, mas não havia nada que pudesse ser feito. O Homem estava morto.
— Foi envenenado!- sentenciou- quem serviu a taça a ele?
Ouviram o burburinho aumentar, e os convidados rapidamente apontaram a sua doce menina.
— Ora, com toda certeza, essa menina não pode ter algo a ver com veneno!- tentou ajudar- o que saberia ela sobre isso?
Ignorando seu questionamento, o marido mandou que prendessem a garota e a interrogassem.
“Isso não pode piorar” pensou desesperada, o que poderia fazer agora?
Então começaram as dores, a principio sentiu apenas uma pontada na barriga, pouco depois um liquido transparente escorreu por suas pernas.
A cunhada a olhou assustada, quando cersei se encolheu ao sentir outra pontada.
— Oh Deuses!- Lyanna exclamou- Está na hora! O bebê vai chegar!
“Idiota”, não me diga, Jaime correu pegando a nos braços e levando para o quarto. Subiram as escadas rapidamente,e em um instante ele a colocou sobre a cama, chamando as criadas para que cuidassem dela. Pediu que chamassem também a parteira.
Rhaegar apareceu logo atrás, transtornado de dor.
— Meu pai!Não posso acreditar - Sentia ódio por ter que aguentar aquela ladainha, junto com as dores do parto, mas nada disse- meu pai está morto, como pode?- sentou-se ao lado da cama, com a cabeça enterrada nas mãos, enquanto a leoa rugia de dor, 
O Meistre entrou correndo no quarto, examinou sua barriga e as partes íntimas demoradamente. Tinha uma expressão de desagrado quando disse:
— Vai demorar mais algumas horas.
Rhaegar socou a cama, enraivecido.
— Se não pode fazer nada, cuide dela seu velho inútil!-o Velho o seguiu para buscar ervas para as suas dores, nem bem saíram, teve o desprazer de ver Lyanna adentrando o quarto.Suas dores aumentaram ainda mais.Fez uma cara feia.
— Está tão ruim?-Jaime perguntou preocupado.
Não suportava o olhar de pena de ambos, odiava aquela puta, odiava seu irmão que a traíra e odiava ainda mais ter falhado no seu propósito.
— Saia daqui, não quero que ninguém me veja assim !- esbravejou contra os dois.
Foi Lyanna que respondeu:
— Apesar de tudo que fez contra mim - disse com olhar cândido- essa criança é um inocente e sobrinho de Jaime,meu sobrinho, não vamos te deixar sozinha, Meistre Pycelle é muito velho e precisará de ajuda, eu estive presente em nascimentos de vários filhos dos vassalos de meu pai, sei o que devo fazer.
Queria apenas que ela morresse, que sumisse, que a deixasse em paz, mas não tinha nenhuma força para impedir, encarou seu rosto e percebeu surpresa que a idiota estava preocupada.
— É muito cedo para dores tão fortes- colocou a mão sobre seu ventre, apalpando para sentir os movimentos,tentando identificar alguma alteração, e então sua expressão se modificou- Chame Pycelle ,Jaime,o bebê não se movimenta, tem que nascer o mais rápido possível, senão pode ser tarde demais.

O irmão deixou as rapidamente voltando momentos mais tarde com o velho, algumas ervas e poções, recebeu algo para beber, Lyanna aproximou-se massagenado seu ventre, empurrando-o para baixo de modo que as dores ficaram insuportáveis, gritou para que ela parasse, porém a loba a ignorou , parecia que a dor a mataria. 
Nunca sentira algo parecido, Pycelle dizia como deveria respirar,para aliviar a dor, mas nada fazia sentido. Demorou uma eternidade, horas se passaram.Porém quando achou que não agüentaria mais, ouviu o choro da criança, era um choro fraco, e baixinho.
—É uma menina, Vossa Graça. - O homem avisou, entregando a pequena criança em seus braços.
Nunca sentira nada parecido na vida, o amor pela pequena criaturinha, explodiu em seu coração.Tinha uma pequena penugem de cabelos loiros, e seus olhos permaneciam fechados de modo, que não podia ter certeza de que cor eles eram.
— Engoliu água do parto, Vossa Graça, não irá sobreviver.- ouviu o maldito senteciar a vida de sua menininha, e teve vontade de esganá-lo ali mesmo, por sorte tinha seu irmão.
— Cale a boca, seu estúpido!- Jaime gritou,empurrando o homem , que arregalou os olhos exasperado.
Foi Lyanna quem a pegou primeiro no colo, “é tão linda” a ouviu dizer para o marido “parecida com você Jaime”, viu o irmão sorrir em resposta, contudo sua mente sentia uma onda de raiva a dominar.
Aquele era seu castigo por ser uma regicida, perderia sua filha. E se os deuses fossem bom e ela sobrevivesse, a garotinha poderia provar ser uma Lannister, seria a prova de suas traições. 
— Qual será seu nome?- a nortenha, perguntou com suavidade no olhar.
— Joanna... Joanna Targaryen.
— Por certo que seu marido vai querer um nome Targaryen, Vossa Graça.- O desgraçado do Meistre falava novamente- E seu pai não suportará que a menina tenha o nome de sua falecida esposa, repito que o bebê não sobreviverá.
— Cale sua maldita boca!Ou nunca mais abrirá ela novamente!- ameaçou tentanto inútilmente se levantar da cama.
Lyanna entregou o bebê para ela e puxou o meistre pelo braço o levando para fora, enquanto ele murmurava incessantemente que era verdade o que dizia.
Então os dois irmãos puderam finalmente ficar sozinhos.
— Posso? - ele pediu, e Cersei assentiu, vendo o leão pegar sua menina e aninhar sobre os braços.
— Ela realmente se parece com você - sorriu para ele, e ele sorriu de volta pela primeira vez em meses. De repente sua expressão tornou-se séria.
— Dizem que o incesto é um pecado condenado pelos deuses, acredita que ela morrerá como castigo?- perguntou com os olhos marejados.
— Ela é uma Lannister!Tudo o que sei é que veio ao mundo para pagar suas dívidas!Ela não morrerá- respondeu com segurança que estava longe de sentir.

 



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