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História A Rainha Vermelha - Treinamento


Escrita por: Garota_Whovian

Notas do Autor


Oiiii pessoas!!! Bom, esse daqui é mais um capítulo da minha fanfic, eu sei que fiquei um tempo a mais sem postar, e peço desculpas por isso...
Eu espero que vocês gostem!
Até a próxima!! :)

Capítulo 3 - Treinamento


Fanfic / Fanfiction A Rainha Vermelha - Treinamento

O treino começou cedo, não tive nem tempo para o café da manhã, vesti o conjunto de roupas que deixaram para mim na noite passada e sai do quarto.

A sala de treinamento não era grande, mas eu sabia que eles tinham nos dividido. Os que possuíam poderes estavam em uma outra sala ao lado. Nós que não possuíamos nenhum, treinaríamos com armas, adagas e qualquer outra coisa que nos ajudasse a lutar.

Clara, a filha de Farley, estava aqui também, aparentemente, ela não herdou os poderes do meu tio, Shade Barrow, eu gostaria tê-lo conhecido, mamãe já me contou  histórias sobre ele, de como ele se teletransportava, de como eles se divertiam juntos... A voz dela sempre vacila quando fala dele. Ela ainda carrega os brincos na orelha, mesmo depois de tanto tempo. Ela também me contou a história deles.

A garota passa os olhos por mim, dou um sorriso na direção dela, tentando ser amigável, ela não sorri de volta. Me repreendo. Não estou aqui para fazer amigos de qualquer forma.

Um homem vem em minha direção. Ele não parece muito jovem, o pouco cabelo em sua cabeça é um dos sinais. Ele para a poucos centímetros de mim.

- Meu nome é Trevor, serei o seu treinador.

Ergo uma sobrancelha. Isso com certeza é obra de Julian. Os outros também tem treinadores, mas estão em grupos.

- Julian te enviou aqui?

- Ele disse que seria melhor para você. - Seu tom de voz é sério.

Bufo, não vai adiantar discutir. 

Pego uma das lâminas que estão encostadas na parede ao meu lado. Ele me repreende, colocando uma das mãos em meu braço.

- O que foi? Você mesmo disse que seria meu treinador.

- Não vamos começar com isso. - Ele diz, pegando a lâmina da minha mão.

Cruzo os braços.

- Você tem que aprender a se defender sozinha, sem nenhum tipo de arma.- Ele ergue uma sobrancelha. - Aliás, não acha que uma arma de fogo seria mais útil?

Sinto meu rosto corar.

- Julian me disse que você já sabe o básico. - Era verdade, como eu não possuo nenhum poder para me ajudar a me defender, meu pai achou que seria melhor eu aprender a lutar. E assim foi. - Me mostre.

Dou um soco no seu rosto, bom, eu tentei dar um soco, mas eu só acertei o ar, ele desviou, tão rápido que eu mal consegui acompanhar, ele me dá uma rasteira, me fazendo cair no chão.

- Você precisa ser mais rápida. - Ele diz, com um leve sorriso no rosto.

- Você também. - Digo, e também o derrubo no chão, dando um sorriso maior que o dele.

- Muito bem. - Ele diz, se levantando do chão. - Continue. Mas desta vez, lute de verdade. 

                                                                          ***

Volto para o meu quarto, me jogando na cama de colchão duro. Suspiro. Foi um dia longo. Fiquei o tempo todo desviando de golpes, e acertando alguns também. Ainda não consigo acreditar que Trevor seja tão ágil, apesar da idade.

Me sento na cama, tentando não pensar em Maven, e no que ele pode estar fazendo com meus pais. Eu não entendo como eles também não foram teletransportados como eu, mas, com certeza, eles ficaram lutando. Será que foram os meus pais que ordenaram que me tirassem de lá? Sinto ódio. Não sou uma inútil, eu poderia ter ajudado.

Saio do quarto. Eu não quero ficar presa aqui com meus pensamentos. E não acho que vou conseguir dormir. Ando pelos corredores e vou em direção à cozinha. Não comi nada o dia todo, e acho que vou desmaiar se não comer nada logo.

Entro na cozinha e acho pedaços de bolo na geladeira, e consigo fazer um chá com o que encontro em um armário, nunca fui boa na cozinha, mas também nunca precisei ser, tenho criados para cozinhar para mim. Bom, eu tinha...

Me sento em uma cadeira e bebo um pouco do chá quente, apoiando o prato com o bolo na mesa de madeira.

Lembro de uma vez quando eu era criança e estava doente, era um dia de chuva, e todos os criados estavam ocupados com um banquete para os reinos, mamãe foi até a cozinha e preparou biscoitos com leite quente para mim, me colocou na cama e me enrolou em uma coberta, ela deitou comigo e me contou histórias. Ficou comigo até eu conseguir dormir.

- Posso me juntar à você? - Levo um susto quando Clara interrompe meus pensamentos.

- Sem problemas. - Digo, mordendo mais uma fatia do bolo.

Ela olha para o meu prato e pega uma das fatias.

- Que foi? Você é a única que está com fome?

Fico em silêncio, não tenho nada para dizer. Ela franze a testa enquanto tamborila os dedos na mesa.

- Sabe, ficar emburrada não vai trazer seus pais de volta.

- Você quer que eu saia por aí sorrindo enquanto meus pais estão presos com aquele idiota? Quer que eu fique feliz quando várias pessoas acabaram de ser massacradas? 

- Não foi isso que eu quis dizer. - Ela diz, com um tom de voz sério, mas baixo.

Suspiro, colocando as mãos em volta da xícara de chá na tentativa de aquece-las. 

- Odeio esse lugar.

- Eu também não gosto. Tem teias de aranha por toda parte. 

Olho para os lados, é verdade, eles não limpam esse lugar há um bom tempo. O que é óbvio, as pessoas não tinham nenhum motivo para vir aqui. Nenhum motivo até agora. 

- Posso beber um pouco do seu chá? Você acabou com o que tinha aqui para eu fazer um. - Ela fala enquanto verifica os armários velhos da cozinha.

- Pode pegar. - Digo, enquanto entrego a xícara para ela.

Ela bebe um pouco e franze a testa de novo.

- Esse chá está horrível! - Ela diz com um sorriso.

- Não está tão ruim.

Ela me entrega a xícara, que agora está vazia.

- No treino hoje, você tinha um treinador só para você.

- Eu não pedi isso, Julian que o mandou lá.

- Claro, a princesa tem sempre seus privilégios.

- A filha da comandante também.

Ela cruza os braços e olha para baixo. Clara é séria na maior parte do tempo, mas às vezes ela é divertida, mas só quando quer.

- Vou ir para a cama. - Digo, arrastando a cadeira para poder me levantar.

Ela assente com um sorriso.

- Vê se da próxima vez você não acaba com a comida.

- Não posso prometer isso. - Digo, e saio da cozinha.

Volto para o quarto e me jogo na cama de novo, me cobrindo com o cobertor. Franzo a testa. Julian arranjou um treinador só para mim, mas não conseguiu arranjar um quarto com uma cama confortável.

Olho para cima, para o teto do quarto, pensando em todos que morreram por minha causa. Estico o braço esquerdo na tentativa de aliviar a dor do músculo por causa do treino pesado de hoje.

Tenho medo de dormir e ter mais um daqueles sonhos. Ainda não contei sobre eles para ninguém. O que eles pensariam caso soubessem que eu poderia ter evitado um massacre, mas não o fiz?

Me viro de lado, foi um dia cansativo. Finalmente consigo dormir.



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