- Eu vou sentir tanto a sua falta.- a abracei forte.
- Eu também, meu amor.- Seus olhos estavam marejados.- E você cuide bem da minha neta. – olhou para o Gabriel.
- Eu irei.- a abraçou.
-Vocês formam um lindo casal.- sorriu.-
Escutamos o seu voo ser anunciado.
-Tchau vovó. – nos abraçamos novamente.
Ela seguiu seu caminho enquanto observávamos.
-Logo menos você verá ela de novo.- acariciou meu rosto.
-Espero.- sorri.
-Vamos para alguma praça?
-Vamos.
Seguimos até seu carro e ele me colocou lá dentro.
-Você não tinha reunião?
-Só mais tarde. – deu partida.- Preciso conversar com você. -Seu tom era sério.
Chegamos em um tipo de campo, era lindo. Havia um lago pequeno e algumas árvores em volta enquanto do outro lado havia balanços e brinquedo para crianças.
-É lindo. – sorri abobada com a vista.
Me pegou no colo e me ajeitou entre suas pernas, ele estava encostado em uma árvore.
-Sobre o que quer conversar?- entrelaçou nossos dedos.
-Dois assuntos. – suspirou. – Sua avó teve que voltar ao Canadá, quando tirarem sua guarda dos teus pais, ela irá passar para mim.
-Como assim? – o encarei confusa.
-Digamos que enquanto sua avó estiver fora do país, você ficará comigo porém ela continua mandando em você.
-Entendi.- voltei a fitar o lago.
-O outro é que.. que vai demorar um mês para isso acontecer e eu começarei a turnê em duas semanas.- disse chateado. – Serei obrigado a te deixar sozinha com eles.- beijou o topo da minha cabeça.
-Acho que consigo me cuidar nesse meio tempo.- fiz graça.
-Me prometa que se eles fizerem qualquer coisa, você irá me contar?- levantou meu rosto.
- Eu prometo.- fitei seus olhos caramelados.
Ele se aproximou lentamente de meus lábios que logo foram tomados em um beijo calmo mas quente, com carinho mas desejo, com amor porém com luxúria.
- Eu te amo.- disse colando nossos lábios novamente.
- Eu amo mais. – sorri e beijei seu rosto.
-O que acha de caminhar por aqui?
- Eu topo mas com uma condição. -falei.
-Qual?
-Você vai comprar aquele coisinha de fazer bolinhas de sabão. – falei animada.
-você parece criança. – riu. Dei um cotovelada fraca em seu abdômen.- Vamos lá.
Começou a empurrar a cadeira até o homem que estava vendendo.
-Olá, pode me vender dois desses? – perguntou ao senhor.
-Claro.- entregou os dois tubinhos e o Marins o pagou.
-Aqui.- me entregou.
-Eba! – exclamei contente.
-Acho que minha namorada virou criança.- debochou.
- Eu esto feliz demais pra te responder agora. – comecei a fazer bolhas de sabão.- Olha que grande.- ri com meu jeito.
-Acho melhor se segurar.- falou.
Só deu tempo de segurar a cadeira com uma das mãos e ele começou a correr.
-Gabriel, para você vai me fazer cair.-gritei assim que percebi que ele tinha subido na cadeira.
Quando ele parou ficamos nos olhando e logo caímos na gargalhada.
-Isso foi maneiro.- falei rindo.
-Mas quase morreu do coração. – dei a língua.
-Bobo. – roubou um selinho.
-E agora, o que acha de algodão doce?
- Eu quero.- senti meus olhos brilharem.
Ele me deixou ali e foi até aonde a mulher estava vendendo.
-Olha que legal.- me referi a máscara do desenho “Frozen” que veio grudada no pacote.
-Criancinha.- debochou.
-Idiota.- abri o saco e coloquei um quantidade grande de algodão na boca.- Hmm, isso é muito bom.
- tenho que concordar. – riu.
[...]
- Isso são horas de chegar? – perguntou meu pai.
-Desculpe.- falei.
- Você não toma jeito mesmo.
-Mas eu...
- Não quero ouvir suas explicações inúteis. – me cortou. – Se arrume, Luana vai apresentar o novo namorado.- falou contente.
Ótimo como eu vou subir? Cadê minha super-capa? Assim poderia ir voando.- ri com meus pensamentos.
-Você pode me ajudar? – pedi à Luana
- Só porque estou de bom humor.
Com certa dificuldade, ela me subiu e depois subiu minha cadeira. Fui até meu quarto, peguei uma muda de roupa simples.
Encostei a porta e fui até a cama, com certo esforço consegui ir pra cama. Mudei a roupa e tentei ir pra cadeira mas acabei caindo.
Por que comigo? Eu não aguento mais essa vida.
-Luana.. – gritei.- Papai. -novamente não obtive resposta. – Luana! – gritei mais alto.
Senti as lágrimas escorrerem por meus olhos, odeio estar inválida. Como as pessoas conseguem se acostumar com isso?
-Luana!- usei todas as minhas forças.
-O que você...- parou de falar assim que me viu no chão.- Imprestável.- sussurrou porém eu consegui escutar.
-Deixa, eu.. e-u me viro. -falei magoada.
-Vou te ajudar. – bufou.
Ela me ajudou a levantar e me pôs na cadeira, pra minha surpresa ela foi até a penteadeira e pegou minha escova de cabelo, voltou para aonde eu estava e começou a pentear meu cabelo.
-Ele está grande.- falou.
-Verdade.- sorri. Ela estava diferente.
-Pronto, agora vamos. – Ela me desceu e depois fomos para a cozinha.
-Então, esse aqui é meu namorado.- sorriu e logo passou um cara pela porta ficando ao seu lado... espera!
-Você? – falamos juntos.
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