História A República - Surpresas

Mel voltou para o quarto das meninas, Isa estava acordada, mas abatida. Assistia a um filme de terror debaixo das cobertas em pleno verão.

_E aí, cabrita? – a ruiva se deitou ao lado da amiga, afastando a coberta, pois estava com bastante calor – Você está fervendo! – disse ao tocar na testa da amiga – Meu Deus, preciso te levar à enfermaria!

_Não, não precisa Mel... Só fica aqui comigo, por favor – se agarrou à amiga, que entrou debaixo das cobertas mesmo com calor.

_Eu fico, mas se você não melhorar, vai à enfermaria SIM! – repreendeu a amiga e voltou a abraca-lá – O que aconteceu mais cedo que te deixou assim?

_Ai amiga, o Milo é um ogro... Ele me pegou pelo braço e eu não sei o que teria feito se Deba não estivesse lá...

_ELE FEZ O QUÊ? – nunca sentira raiva de alguém antes como de Milo agora – Aquele desgraçado te machucou?

_Não, está tudo bem... Meu braço só está dolorido, mas vai passar... O pior de tudo é que me fez lembrar daquela peste... Esse jeito bruto, essa possessão... Amiga, acha que eu devo dar um basta nisso?

_Eu sei, mas nem lembre daquela criatura! – fez expressão de nojo – Amiga, honestamente, eu acho que devia fazer isso PRA ONTEM! Se ele já fez isso outras vezes, a tendência é só piorar... Sem condições. Além do mais, Saga é tudo que você precisa, é gentil, educado, paciente... Acho que já fez a escolha que pretendia desde que começou toda essa loucura... Não demora, dê um basta nisso – deu um beijo na testa da amiga. Não estava disposta a vê-la definhar novamente por culpa de um garoto que não a merecia.

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Milo não parou de mandar mensagens para Isa por um minuto sequer. Sabia que talvez teria exagerado. Mas também, por que diabos ela saía com uma montanha daquelas do lado, sendo que estava consigo? Ela estava muito errada! Viu Camus e Shura entrarem juntos no quarto, seguidos por Degel e Kardia.

_Já terminou suas aulas? – Camus disse em direção ao amigo, que não tirava o celular da mão – Ou! Estou falando com você! – tomou o celular da mão do amigo e viu a tela de mensagens aberta no nome de Isa. Oitenta mensagens. Visualizadas e não respondidas – Você é um trouxa mesmo, Milo – revirou os olhos azuis – Pelo amor de Deus, porque não se toca que ela não quer nada sério?

_Não enche, Camus – pegou o celular de volta e voltou a mandar mensagens – Não pedi sua opinião! – tentava a todo custo tirar parte desse sentimento que nutria pelo melhor amigo de dentro de si. E parte dessa tentativa era descontada em Isa. Ele precisava se agarrar em alguém para findar esse sentimento. Gostava de Isa e tinha posse sobre ela, mas nada se comparava a Camus. Mas não podia se declarar. Perderia seu amigo para sempre.

_Mas eu vou dar mesmo assim! Deixa essa garota! Deixa ela, você não vê que ela não faz seu gênero? Ela é livre, não é grudenta e cheia de mimimi como você!

_Ta Camus, ta bom, agora me deixa! – virou para o canto e escutou o barulho das portas batendo quando todos saíram para jantar. Camus olhou para dentro pela última vez e fechou a porta.

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Após o incidente com Seiya no restaurante, Saori sentiu seu coração se despedaçar com a forma com que ele saiu do seu trabalho. Mirou o caminho e não virou um minuto sequer para falar com a irmã, que estava mais soberba que nunca.

_Viu a cara do pobre? – dava gargalhadas dentro da Ferrari de Yuzuriha.

_Vi, Sasha, mas acho que pegou pesado... Não precisava de tanto... Ele deve ter sido demitido! – dizia a loira, que já estava com a amiga atravessada na garganta.

_Que se foda! Ele pode ir faxinar a minha casa se quiser... Eu posso pagar por ele! -  a loira balançou a cabeça numa negativa.

O motorista deixou as outras em casa e seguiu com Yuzuriha até sua casa. Ela subiu para seu quarto, tirou sua roupa lentamente enquanto sua banheira estava sendo cheia com água quente. Separou um pijama em seu closet e seguiu para o banho. Fez um coque com seus fios loiros e relaxou a cabeça sobre a parte acolchoada da banheira branca. Ouviu a porta abrindo e se felicitou ao ver Shion entrando por ela.

_Oi amor... – deu um beijo na namorada. Estava saindo sempre tarde da faculdade, já que estava em reta final de apresentação de monografia.

_Shion, alguém pode entrar! – disse sorrindo.

_Eu tranquei a porta... Além do mais, nem seu pai e nem seu tio estão em casa... Atla já está dormindo e Mu ficou na República hoje... Resumindo, a casa é nossa – dizia enquanto retirava suas roupas, expondo o corpo perfeito que Yuzuriha não perdia o tesão, não importasse quantos anos se passassem. Ele entrou na banheira e se encostou, deixando a namorada entre suas pernas, passando as mãos pelos piercings dos seus seios, tocando-os lentamente – Eu sou louco por você – beijou seu pescoço, dando uma leve sugada, vendo que o corpo abaixo do seu arrepiava.

_Hm... Shion... Eu também... Te amo tanto – ela puxou o outro para um beijo, enquanto ele descia as carícias para sua intimidade, onde havia outro singelo piercing, que foi acariciado numa masturbação – Assim... Adoro quando me toca – permanecia gemendo ao sentir um dedo invadir-lhe com delicadeza – Quero ele dentro de mim... – se levantou e o encaixou em sua entrada, descendo devagar, levando o loiro à loucura.

_Zu... Ah – os gemidos invadiam os ouvidos da garota a estimulando a continuar sentando devagar, até sentir as mãos dele em sua cintura, fazendo-a cavalgar mais rápido.

_Shion... Ai... Gostoso! – sua vagina se contraia de tesão, sentindo que o ritmo aumentava – Adoro seu pau – falava em seu ouvido, o fazendo delirar. Ele a apoiou na borda da banheira de costas para si e a penetrou com força, fazendo a água e as espumas se espalharem pelo chão.

_Gosta assim? – puxou os fios loiros desfazendo o coque frouxo e a trazendo para si – Gosta? – disse agora em seu ouvido, lambendo-lhe o lóbulo.

_AH!! SIM... ASSIM! CONTINUA! ME FODE! – sem se importar com seu irmão estar no quarto ao lado, passou a gemer e pedir de forma enlouquecida, chegando ao êxtase e sendo seguida pelo namorado. Voltaram à posição anterior com algum custo, ainda ofegantes.

_Te amo, minha princesa – deu mais um beijo em sua amada e ficaram por longos minutos por lá.

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Mu estava deitado na cama ao lado da de Shaka, já que Asmita não dormiria lá esta noite. Foi para casa por causa de algum problema familiar.

_Shaka, a Mel está muito esquisita... Ela não quis sair comigo, está meio esquiva... O que acha que está havendo? – perguntou para o loiro, que ouviu com atenção, buscando uma brecha na fala do amigo.

_Mu eu acho honestamente que ela é muito tímida... Deve estar com vergonha... Sabe como ela é!

_Mas mesmo assim, já tem um mês que nos falamos todos os dias, almoçamos juntos todos os dias, mas ela não pode sair comigo? Eu não entendo – dizia desanimado. Não fazia ideia do que estava se passando na cabeça e no coração da ruiva em relação ao seu pai.

_Então ela te vê como um amigo! – disse com um fio de sorriso. Enquanto Mel ainda não estivesse em seu caminho, as coisas poderiam ser mais fáceis. Mas por que raios tinha de amar seu melhor amigo?

_Eu queria que fosse mais que isso... Vou insistir, uma hora ela para de se esquivar de mim e me vê como... Namorado, talvez – dizia abobado, fazendo o coração do loiro se despedaçar.

_É... Talvez... Vou dormir, boa noite – virou para seu canto e fechou os olhos. Queria dormir. Esquecer as palavras de Mu.

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O dia clareou, os despertadores das moças tocaram às 6:30 da manhã. Mel sacudiu Isa para ver se ela iria à aula, mas ela apenas fez um muxoxo dizendo que não iria.

Mel entrou na sala, se deparou com Saga, juntamente com Kanon e Aioros, que dormiam encostados um no outro.

_Saga, preciso falar com você! – deixou a mochila sobre a mesa e se sentou ao lado do “cunhado”.

_Eu também preciso, mas pode falar primeiro – sorriu gentil.

_A Isa ainda não está muito bem, ela nem levantou pra ir à aula... Talvez você pudesse ver como ela está...

_Era exatamente o que eu queria saber! Mel, será que você pode pegar a matéria pra mim?

_Claro, pego sim... Me dê notícias – sorriu e ganhou um beijo de Saga na bochecha e se sentou esperando o professor chegar.

_O Mel, você podia pegar a matéria pra mim também – disse Kanon ainda sonolento, arrumando sua mochila para ir embora.

_Mais essa agora! Sossega essa bunda cachaceira na cadeira e presta atenção na aula! – disse repressiva, fazendo o gêmeo voltar para a cadeira e encostar novamente em Aioros.

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Isa se levantou para tomar um remédio. Viu em seu celular que eram sete e meia. Cem mensagens de Milo. Não aguentava mais receber mensagens dele se desculpando por algo que ela sabia que ele não ia mudar. Ouviu algumas batidas em sua porta, e foi abrir com medo de ser ele, já que todas as meninas tinham suas chaves. Receosa, abriu uma fresta e viu que não era ele. Era muito melhor! Escancarou a porta.

_Oi minha pequena! – deu um beijo em sua menina e viu sua face abatida – Vim cuidar de você, trouxe um presentinho pra te alegrar – entregou uma cesta linda repleta de chocolates de todos os tipos, além de um bichinho de pelúcia que fez seu coração derreter. Era um cabritinho branco, que fazia menção ao apelido carinhosa que ela e Mel se chamavam.

_Ai Saga, você existe mesmo? – o abraçou novamente. Há tempos não se lembrava de ser tão mimada assim por alguém. Sentiu vontade de chorar de felicidade.

_Posso entrar? Não precisa trocar de roupa, você fica linda assim – tocou sua face – Prometo não ficar quando as meninas voltarem!

_Relaxa meu príncipe... – o puxou pela mão e subiu o lance de escadas com ele. Se deitou ao seu lado em sua cama – Você me faz tão feliz sabia?

_Você também, minha pequena... – beijou os cabelos escuros, colocando um bis em sua boca – Te amo...

Ao ouvir aquelas palavras, apenas se arrependeu mais de ter dormido com Milo. Devia ter esperado por Saga. Mas tudo bem, o que foi feito, está feito. O que lhe restava no momento era conversar com Milo e terminar tudo de vez. De fato, se sentia a única mulher do mundo na companhia dele. Saga era mesmo tudo o que faltava em sua vida.

_Eu também, meu príncipe...

Precisava resolver isso o quanto antes!

Continua