História A República - Uma linda surpresa

Após o café-da-manhã na terça-feira, Hakurei deixou os três na faculdade. Asmita, Mel e Shion foram juntos até os seus refeitórios procurar pelos amigos.

Milo, que estava junto de Camus na hora em que viu a menina saindo do carro do “namorado”, comentava com o amigo na cantina.

_Quando eu pensava que ninguém podia ser pior que a Isadora, vem a amiguinha dela e supera... Aquela carinha de sonsa realmente nunca me enganou!

_Do que você está falando? – Camus revirou os olhos. Estava cansado dessa implicância e esse rancor de Milo.

_Da Melissa, ué! Não viu o que ela está fazendo? Saindo com um velho rico! Presta atenção, Camyu, só pode ter alguma coisa aí – sorriu de canto – Pelo menos ela soube aproveitar bem os “dons” que a vida deu pra ela, se é que me entende... – sentiu uma mão lhe cutucar o ombro.

_Vem cá, Milo, você não tem mais o que fazer, não? – Isa estava de braços cruzados. Só não arrumaria outro barraco por que já estava marcada com a inspetora, mas sua vontade era de socar Milo como Mel fez.

_Ih, olha só! É só jogar o boi sangrando, que as piranhas vem tudo encima!

_Milo! – Camus tentou repreendê-lo.

_Olha, pode falar e pensar o que quiser de mim, entendeu? Pra mim pouco interessa a sua opiniãozinha machista de merda, o seu pensamentinho ridículo, mas sobre a minha amiga você não vai falar um “A”, OUVIU?  Ela não tem nada a ver com o que aconteceu com a gente!

_Então ela se meteu entre nós por quê?

_Por que você não tinha o direito de me dizer o que disse! Tenho certeza de que se ouvisse alguém falar o que você me falou, para o Camus, se você não ia querer trucidar a pessoa!

_Ia sim, mas ele vale à pena!

Isa respirou fundo e o puxou pela gola da camisa. Já não tinha mais paciência para Milo. Se não tinha antes, esta se reduziu abaixo de zero.

_Escuta aqui, seu babaca escroto... Eu, nem muito menos a minha amiga temos culpa se você é um frustrado metido a machão, simplesmente por que não tem coragem de se declarar pra quem você realmente ama, e tem essa necessidade retardada e infantil de descontar isso nas pessoas que querem ser felizes! Agora, se você falar, se você PENSAR na Melissa, você vai se arrepender de ter nascido!

_E você vai fazer o que?

_Não queira pagar pra ver! – soltou bruscamente a gola da camisa dele, fazendo com o que seu corpo pendesse para trás – Eu corto sua língua fora!

Camus balançou a cabeça. Estava realmente farto das confusões de Milo. Mas por que diabos ele não podia se comportar como gente? Talvez o que a morena disse faça sentido. Desconfiou sinceramente de que a pessoa que ela disse fosse ele. E se fosse, por que raios esconder isso? Talvez ele mesmo precisasse demonstrar mais! Quem sabe assim, conseguiria fazer dele uma pessoa melhor?

Milo engoliu seco tudo o que ouviu. Respondeu por que não queria ficar por baixo, mas conhecia a leoa que uma delas se tornava ao mexer com a outra. Sentiu isso na pele, quando levantou a mão contra Isa. Deixou aquilo de lado e voltou a conversar com Camus. Melhor não arriscar MESMO.

______xx______

 Isa foi para sua mesa encontrar Mel, e voltou espumando de raiva.

_O que foi, Isa?

_Aquele babaca do Milo que só fala merda! – apertou os punhos.

_O que ele disse pra te deixar tão nervosa assim?

_Ah... Insinuou que você tinha algum interesse, se é que me entende, no seu namoro com Hakurei! Vê se pode!

_Ai, Isa, se eu fosse me importar com todos que disseram isso ou ainda vão dizer, eu vou brigar com meio mundo – revirou os olhos – Sério amiga, não liga pra isso, sabe que vou ter de aprender a lidar com essa crítica – suspirou – Agora para de ficar nervosa, daqui a uns dias você vai ter uma surpresinha com o príncipe! – sorriu e a cutucou.

_Tá, Melissa, só não me pede pra ficar quieta quando algum babaca te ofender! – soprou um fio da franja que caiu em seu olho – O que será, hein? A surpresa? O Saga está fazendo mistério!

_Eu sei, mas não posso te contar! – mostrou a língua para a morena – Na verdade eu até ajudei a pensar nos esquemas...

_Você acaba de subir de posto! Sua VACA! – riu – E por que não me conta?

_Por que surpresa é surpresa!

_Sua traidora – mostrou a língua de volta. Voltaram a conversar sobre outras coisas até o resto do pessoal chegar.

______xx______

A sexta-feira chegou arrastada para Isa. Principalmente as últimas aulas, que pareciam durar milênios. Estava muito ansiosa para ter sua surpresa. Além de tudo, sua amiga ainda tomara um chá de sumiço o dia inteiro. Estava cada vez mais ansiosa.

 Finalmente a última aula do dia terminou e Saga foi buscá-la quando disse que já estava pronta. Levou mil e uma roupas, primeiramente por que ele disse que não voltariam hoje, e segundo por não saber que tipo de surpresa era. Ele a esperava na porta do quarto.

_Pronta?

_Mais que nunca! – estava realmente nervosa e ansiosa pela surpresa. Foram para o carro dele e ele dirigiu por cerca de uma hora até o destino. Era uma casa linda e grande.

_Agora com licença, por que não pode ver nada daqui pra frente! – ele colocou uma venda nos olhos da namorada, aumentando mi vezes sua angústia. Foi a conduzindo pela casa inteira, parando em frente a um quarto em especial. Ela ouviu o barulho da porta se abrindo e entrou, ainda vendada.

_Meu Deus, você quer me matar! Só pode! – Saga finalmente tirou a venda dos olhos dela, que sentiu lágrimas nos olhos ao ver tanta beleza e romance vindos dele. O quarto tinha um caminho de pétalas de rosas por toda a extensão, bem como velas aromatizantes fazendo parte da decoração. No baú da cama, havia dois buquês de rosas vermelhas em dois jarros lindos. As cortinas brancas estavam fechadas, deixando apenas a luz das velas a iluminar o quarto. Havia pétalas das rosas sobre a cama de lençóis finos e sedosos. Estava tudo perfeito.

_Gostou, pequena? – disse, abraçando-a pelas costas.

_Eu... Eu não sei nem o que dizer... – realmente continha sua vontade de chorar. Nunca tivera um amor forte assim. Nunca recebera tanto carinho de alguém.

_Não precisa – a conduziu para a cama e se sentou ao lado dela – Eu só queria que gostasse... E pelo visto...

_Eu realmente estou sem palavras. Gostar é pouco... – o viu andar até o frigobar e retirar uma champanhe de lá, servindo duas taças e a entregando uma – Saga, você não existe, eu...- baixou a cabeça. Se arrependia amargamente de não ter esperado por ele – Eu fico me sentindo mal por...- ele colocou o dedo indicador sobre os lábios dela, calando-a suavemente.

_Isadora, eu já disse e repito quantas vezes forem necessárias: Eu amo você. Eu AMO! Nada do que aconteceu no seu passado vai mudar isso. A única coisa que me importa é que você me ama como eu te amo. A nossa vida começou no dia em que eu coloquei essa aliança no seu dedo! – segurou o dedo anelar da morena – E nada mais existe pra mim além de nós... Nada nem ninguém. E para mim, como você mesma disse e eu acredito, é a primeira vez que fará amor... E é apenas o que eu vou te oferecer se quiser aceitar ser a primeira e única mulher da minha vida. Eu serei seu primeiro e único amor...

Isa desta vez não conteve as lágrimas. O abraçou e se permitiu chorar de felicidade. De emoção. Nem sabia mais quais os sentimentos bons a fazia chorar nesse momento.

_Eu aceito, Saga... Eu amo você – o beijou com paixão e foi correspondida. Saga se deitou sobre o corpo dela. Estava muito nervoso, mas tinha de se conter. Não podia passar insegurança para ela. Permaneceu a beijando com carinho e logo direcionou seus beijos em direção ao lóbulo da orelha singela, dando pequenos beijos e mordidas leves. Desceu seus lábios em direção ao pescoço e abriu os botões do vestido de Isa sem pressa, acariciando cada parte descoberta. Ao terminar de despi-la, retirou sua camisa por cima dos braços, sendo tocado por ela em seu peito e abdômen, se permitindo gemer com tal carícia – Você é perfeito – foi novamente deitada na cama e sentiu a boca dele se ater em seus seios, gemendo alto ao sentir aquele toque delicioso, que foi induzido de um seio para o outro, logo em seguida se dirigindo para sua barriga.

_Eu... Posso? – recebeu uma afirmação e retirou a calcinha rosa, descobrindo a intimidade rosada. Era mais linda do que imaginou. Beijou-a de leve e logo em seguida introduziu sua língua. Não estava muito certo se fazia o correto, mas a ouviu gemer. Arquear o corpo. Segurar forte seus cabelos. Permaneceu acariciando com a língua aquela parte deliciosa e a viu cada vez mais descompassada.

_Saga... Hm...- segurava os fios azuis com carinho, mas o estimulava a continuar. Mesmo inexperiente, ele era incrível no que fazia. Se sentia chupada e cada vez mais excitada. O puxou para si e voltou a beijar-lhe os lábios, sentindo seu gosto neles.

Saga a penetrou de leve, sem deixar de beijá-la um minuto sequer. Desconhecia tamanho prazer. Ela era molhada e apertada. Pensou que não ia resistir por muito tempo, mas continuou se movimentando lentamente até se sentir mais confortável para continuar.

_Pode se mexer...- ela disse em seu ouvido e o incentivou. Ouvindo isso, ele deu início a estocadas mais longas e profundas, ouvindo gemidos roucos e ela dizer seu nome. Vendo o quão excitada ela estava, passou a se movimentar com mais velocidade, cada vez a aumentando mais. Após ouvir um gemido de êxtase da amada, se desfez de prazer. Achava que nada que sentira de bom na vida se comparava ao amor que acabara de fazer. Se deitou ao lado de Isa e a abraçou, vendo-a ainda ofegante e molhada pelo suor – Eu te amo, meu príncipe... Você é mais do que eu esperava... Obrigada...- enlaçou seu pescoço.

_Eu... Eu estou muito feliz também, pequena... Você era exatamente tudo o que eu esperava... Não precisa agradecer... Não foi um favor... Foi amor – ainda respirava e falava com um pouco de dificuldade – Te amo, pequena – deu um beijo terno em sua testa e se entregaram ao sono. Precisava agradecer a ajuda de Mel. Mais tarde faria isso. O que queria agora era só curtir seu amor. Sua pequena. Sua princesa. Não havia maior felicidade que o amor de quem o amava.

Continua